THE IRON MAIDENS

Trintões do Thrash Com H, todos devidamente serenos, safenados e ajustados, uma pergunta:

e se em nossos dias de 16 a 18 anos – época de vinis e shows atrozes, de pistas repletas de marmanjos suados e vomitados, cujas presenças femininas ilustres eram as das gordinhas espinhudas com braceletes – nos dissessem q estava pra chegar uma banda com uma figura assim?

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E ainda mais: com uma figura assim tocando VESTIDA EXATAMENTE ASSIM?

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Pois bem: fomos eu e a Patroa ao show das Iron Maidens.

Q, do ponto de vista comercial, foi totalmente fiasquento: mal haviam 200 pessoas ali no tal Espaço Emme (ex-Bar Avenida) sábado à noite, sendo q dessas tantas chuto umas 30 terem sido da imprensa (2 credenciados pela Playboy brasuca incluídos – vi na hora de assinar os ingressos q ganhei), em evento, a meu ver, bastante equivocado em termos de divulgação e preços.

Tiveram divulgação até no “Leitura Dinâmica” (Rede Tv!) – aliás, o programa mais heavy metal da tv – e em banners adoidadamente. E com preços variando entre 50 e 120 contos.

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Fui pra achar ruim, e ñ por razões patrulheiras, já q

* ñ acho q elas estivessem ROUBANDO lugar de bandas nacionais. Afinal, o Xoxxótica já acabou e o Korzus já fez seu show deste ano

* ñ acho descabido show de banda cover, mesmo pq toco em uma já há alguns anos. Embora reitere o absurdo da produção – vi depois q tiveram até banda de abertura! –  divulgação e preços envolvendo as moças. E pq, no fim, vai quem quer: ninguém é obrigado

E consegui torcer o nariz nos 2 primeiros sons, devido a sutis rateadas da baterista. Assim como com birras minhas (q permaneceram todo o show) com recursos dela, como de usar em demasia o pedal duplo: caralho, q fizesse as bumbadas com um só, como o Nicko!…

No entanto, e xiitismos baterísticos à parte, a partir de “Wasted Years” (3º som) e da “Die With Your Boots On” seguinte, desencanei e curti. Foi memorável? Nem. Do mesmo nível duma banda cover boa e comprometida. Mas foi bão.

E antes q a Patroa resolva chiar q fiquei lá olhando pra “Adriana Smith”, alego q fiquei o tempo todo de olhos fechados, viajando, apenas abrindo pra anotar a seqüência dos sons!! A loira é o destaque da banda pelos atributos físicos, sim (ñ q as outras sejam umas barangas), mas tb pq toca pra cacete!

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Muitos dos solos originais foram bem replicados, assim como tb fez a japinha – q ñ consta na foto de divulgação, abaixo – q fazia o Dave Murray. A baixista (Wanda “Steph Harris” Ortiz) tem um trabalho muito legal tb, tendo tirado tudo direitinho: faltando apenas uma pegada mais “macha” (nem daria!), tendo sido dela o momento mais divertido, quando, na hora da parte da retomada em “Phantom Of the Opera”, praticamente teve q escalar o P.A. pra conseguir se apoiar e tocá-la. Fez de propósito a baixinha, com certeza.

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A vocalista, Kristen “Bruce Chickinson” Rosenberg, fosse mais baixinha teria o formato “nutritivo” ideal pra virar cover dum Evaneshit; por outro lado, mostrou-se competente (sabe cantar), embora ñ tenha imitado Bruce Dickinson em nenhum momento. [Patroa: fale de novo o q vc achou da voz dela!]. Nas músicas Di’Anno, me surpreendeu por ñ firulá-las.

Mandava tudo no gogó mesmo, sem se esconder em efeitos ou reverbs. Alguns sons ficaram melhores q outros, mas sem haver nada a q se reclamar dela.

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Os 16 sons seguiam com as moças nitidamente curtindo o q faziam. Visivelmente espantadas com a recepção (e tenho certeza, ante o tamanho ridículo do banner no palco, de q estão acostumadas a botecos ainda menores nos EUA) e alternando recursos visuais modestos – foram uns 4 Eddies de gente fantasiada, ñ robô teleguiado, além de fumaça, diabo (em “The Number Of the Beast”), roupa de soldado na Chickinson + bandeira do Brasil na “The Trooper”, e tal – fora ousando sons como “22 Acacia Avenue”, “Caught Somewhere In Time” e “Moonchild” (sem uso de playback ou teclados, como os titulares fazem/faziam) e “Killers”.

Momento desnecessário breve foi, anteriormente à penúltima “The Evil That Men Do”, da “Adriana” querer solar. Dar uma fritada, mostrando q sabe tocar, pedindo luz: como se todos os marmanjos ali presentes ñ estivessem salivantes de olho nela o show inteiro. A ponto do lado esquerdo do palco ter ficado apinhado de gente: o lado da Japinha Murray meio deserto.

A baterista ñ fazia as músicas exatamente iguais: umas mais q outras. Abusando, reitero, do pedal duplo. No entanto, sentou a mão como ñ vejo muito marmanjo (nem eu!) por aqui fazendo. No q cabe destacar isso nas Maidens: tocam tudo com convicção e intensidade, sem hesitações. A ponto de por vezes escorregarem nos andamentos, acelerando as músicas em seus transcorreres.

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Mas se o próprio Iron Maiden, no “Maiden Japan” e no “Live After Death”, ñ se mostrou assim tão fã de metrônomos…

Outro dado curioso: nos primeiros sons mal se ouviam os solos de guitarra. A partir da “Caught Somewhere In Time”, porém, o volume das guitarras foi aumentando e aumentando, a níveis ensurdecedores, quase q embolando tudo. E o lance duma certa semelhança física: a Patroa chamava atenção da baterista, Linda “Nikki McBURRain” McDonald (*), ser meio parecida com o Nicko. Cara comprida, meio de cavalo. Mas com um NARIZ, ao contrário do homenageado.

Assim se deu tb com a Japinha Dave Murray, discreta no canto dela e fisicamente nem parecida, mas parecida mesmo assim pq tocando rindo e de bem com a vida. Sem tantas poses como a outra, e tudo bem.

Findo o show, foram lá prum fundão atender a galera, autografar e vender merchan (até calcinha da banda tinha. E um dvd ao vivo no Japão – !!), numa demonstração de pé no chão e profissionalismo a toda prova: tem banda cover de Iron Maiden por aqui de nego cuzão, q nem olha na cara das pessoas depois de tocar!!

Ficou grande a resenha, posto o set list e comento outras coisas no ‘so let it be written’:

intro. “Doctor Doctor” (versão Blaze)/Churchill’s Speech 1. “Aces High” 2. “Two Minutes to Midnight” 3. “Wasted Years” 4. “Die With Your Boots On” 5. “The Wickerman” 6. “Flight Of Icarus” 7. “Killers” 8. “Caught Somewhere In Time” 9. “Wratchild” 10. “22 Acacia Avenue” 11. “The Trooper” (a q mais agitou) 12. “The Number Of the Beast” 13. “Phantom Of the Opera” 14. “Moonchild” 15. “The Evil That Men Do” 16. “Run to the Hills”

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(*) achei sensacional o apelido!

PS – no whiplash, consta resenha e link prum resenhista q deve ser moleque de 10 anos. Cujo ápice é o de criticar q a Japinha Dave Murray estava do lado errado do palco. Ugh!!

Postou lá umas 100 fotos, das quais roubei duas e por volta de 70% delas é da Courtney “Adriana Smith” Cox. Divirtam-se!