30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
Aproveitando embalo de post märZiano do mês passado…
MELHORES DISCOS LANÇADOS PELA NOISE RECORDS:
PS: quem ñ conseguir lembrar tudo de cabeça e/ou quiser aferir os lançamentos todos, só ir ao Metal Archieves e, na opção “Label”, digitar Noise Records e escolher
PS 2: meu limite é de 2 álbuns por banda por lista, ou então listaria os 6 Coroner + 4 e ficaria uma lista meio chata. Mas é um dogma meu, fiquem à vontade!
por märZ
Comprei a peso de ouro o livro “Damn the Machine – The Story Of Noise Records”, lançado em 2017, e estou um pouco além da metade de suas 480 páginas. Para quem acompanhou a evolução das bandas do selo, é um prato muito saboroso e salpicado de nostalgia. Alguns detalhes:
Karl Walterbach, o idealizador e fundador do selo, veio do meio punk rock e já tinha um selo que lançava bandas punk alemãs. Com a falência do gênero na virada da década de 70 para 80, Karl começou a procurar qual seria a nova onda e identificou no metal sua próxima empreitada, fundando um selo e procurando bandas para assinar. No começo, baseado no que lia em revistas de metal da época, tentou assinar com bandas que se encaixavam no estilo hair metal, pois parecia ser a tendência em voga. A primeira banda a levar o selo “NOISE” na contracapa foi o desconhecido Rated X, que tocava um hard rock pendendo para o glam e não vendeu nada.
Quem deu a dica a Karl que havia um novo estilo híbrido de metal com punk chamado thrash metal foi o guitarrista do Black Flag, sua banda preferida. Anúncios foram colocados em revistas alemãs e lojas de discos, e moleques cabeludos com bandas toscas começaram a surgir aos montes, com suas demos mal gravadas e cinturões de balas.
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Karl e Tom Warrior se odiavam, e o disco do Hellhammer era tão ruim que virou uma piada na indústria e no meio metal, quase comprometendo o potencial do então jovem selo. A má fama da banda era tal que Tom decidiu mudar o nome do grupo para o que seria o segundo disco e então nasceu o Celtic Frost. Com o eventual sucesso da banda, o dono do selo, que não gostava de metal e só tinha olhos e ouvidos para o potencial de mercado, deu total liberdade a Tom e sua banda para fazerem o que bem entendessem em estúdio, o que gerou o aclamado e experimental “Into the Pandemonium” e, mais tarde, o equivocado “Cold Lake”.
Helloween eventualmente se tornou o best seller da Noise e foi o carro-chefe quando da assinatura de um contrato de lançamento e distribuição com a CBS/Epic. Como públicos europeu e americano tinham gostos diferentes, o que vendia em um continente não necessariamente dava certo no outro. Por exemplo, Running Wild era gigante na Europa, perdendo somente para a banda de Kai Hansen em termos de vendas, mas era odiado e ridicularizado nos EUA, onde nunca vingaram. Aliás, bandas como Running Wild, Helloween e mais tarde o Gamma Ray nunca fizeram questão de excursionar pela América do Norte, pois o custo das turnês eram muito altos e não alteravam em nada as vendas naquela região.
Para minha surpresa, um dos primeiros grupos a assinar com a Noise e que foi um enorme sucesso de vendas na Europa foi o Grave Digger, e só não tiveram uma carreira melhor sucedida porque decidiram mudar de estilo e nome, o que deu tremendamente errado e acabou com a banda em seu terceiro disco.
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O Kreator era um trio amador de moleques que mal sabiam tocar e seu guitarrista/vocalista Miland Petrozza, um adolescente de 16 anos tímido e impressionável, que foi totalmente guiado por Karl em termos de como soar e se vestir. Até o nome da banda, que antes chamava Tormentor, foi escolhido pelo dono do selo e seus músicos foram informados disso por telefone dias antes de entrarem em estúdio para a gravação do que seria seu primeiro álbum. Mais adiante, “Extreme Aggression” foi o primeiro álbum do selo lançado nos EUA e resto do mundo devido ao contrato com a CBS/Epic, que logo depois foi absorvida pela Sony. “Keeper Of the Seven Keys I” foi o segundo. Até então, todos os álbuns do catálogo Noise chegavam aos EUA como importados.
Tankard era outra banda de moleques e o que os diferenciava era que nunca tiveram pretensão de serem músicos profissionais. Desde o começo deixaram claro que manteriam seus empregos regulares e a banda seria um hobby. E assim tem sido há mais de 30 anos. Coroner foi indicação de Tom Warrior, e por um curto tempo fizeram algum barulho no meio, tidos como “o novo Celtic Frost“, que havia fechado as portas devido ao fracasso de “Cold Lake”. Mas sua recusa em deixar a Suíça, aliado a mudanças de mercado no começo dos anos 90, pôs também um fim ao trio tecnothrash.
Nenhuma dessas bandas da primeira geração Noise viu dinheiro algum: todas assinaram contratos onde basicamente o dinheiro das vendas ia todo para as mãos de Karl Walterbach, e eventualmente os grupos sobreviventes deixaram o selo. O ponto do livro em que estou agora começa a descrever a segunda leva de bandas do cast da gravadora, e nomes como Blind Guardian começam a dar as caras. Talvez não seja mais tão interessante para mim, por isso decidi escrever este texto agora.
Uma pena que esse livro só saiu na Alemanha e EUA, pois é bem interessante para os fãs dessa geração do metal.
Eu podia comentar alguma coisa, fazer alguma graça, arrumar algum pretexto. Mas é q Coroner ñ precisa explicação nem justificativa pra postar. Fica o dito pelo ñ dito. E tenho dito.
Show ocorrido este ano, em maio.
Nome e/ou apelido: Marco Txuca/Txuca
Idade: 43
Cidade e Estado de origem: Patópolis/Tucanistão. Ou São Paulo/SP
Gênero musical preferido: heavy metal como um todo, thrash metal especificamente
Ouve rock desde: os 8 anos de idade, em 1983. Pedi pros meus pais me comprarem disco de q tinha visto propaganda na tv, “Flipper Hits 2”, coletânea com Journey, Falco, The Clash, Styx, Toto e etc. Entrei de sola no metal aos 14, em 1989, na oitava série.
Disco que mudou sua vida: “Mais Podres Do Que Nunca”, Garotos Podres
Disco que mais ouviu na vida: “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas”, Titãs. Vinil gastou
Primeiro disco que comprou: q pedi pra comprar, o citado “Flipper Hits 2”; de metal, q ganhei, o “… And Justice For All” (Metallica); q comprei de fato – e de metal – tvz tenha sido “Beneath the Remains”
Último disco que comprou: de recém-lançado, “Gente Ruim Só Manda Lembrança Pra Quem Não Presta”, do Gangrena Gasosa (no show); de ñ-metal, 4 num bazar a 2 golpes cada (“Mister Heartbreak”, de Laurie Anderson, “Elegantly Wasted”, do INXS, “Lobo Solitário”, de Edvaldo Santana e “Buena Vista Social Club”); de heavy metal, “Teraphim”, do Azaghal
Top 5 discos ilha deserta: “L’Eau Rouge” (The Young Gods), “Nem Polícia Nem Bandido” (Golpe de Estado), “… And Justice For All” (Metallica), “Permanent Waves” (Rush) e “Cure For Pain” (Morphine). O box do Coroner ñ é disco, mas levaria comigo como travesseiro
Top 5 bandas: Rush, Slayer, Ramones, Kraftwerk, Black Sabbath
* Iron Maiden e Motörhead, vez ou outra, roubam vagas dos 2 últimos
Top 3 melhores shows que já viu ao vivo: Rush (2002 – Morumbi), Kraftwerk (2004 – Tim Festival) e Carcass (2008 – Santana Hall)
Música que seria a abertura do seu próprio programa de rádio: “Hostage to Heaven”, Grip Inc.
* mas se o programa fosse diário ou semanal, daria jeito de alternar o som de abertura, rodiziando eheh
Música pra tocar no meu velório: vai ter q ter uma playlist, em q ñ pode faltar “Trail Of Tears”, do Nuclear Assault
Não entendo como conseguem gostar de: Skank, Jota Quest, O Rappa e Lulu Santos
Já tocou em alguma banda: 20 e contando. Estou iniciado a 21ª. Sempre como baterista, só em uma como backing vocalista (!!). Pra resumir as mais importantes:
Requiem, Minefield, Verissimilar Grief, Name In Vain e B.M.B. [autorais];
Lethal (Metallica até o “Justice”), Thrash Zone (variado – a dos backings), N.I.Beast (Maiden e Sabbath Cover híbrido), Napster (Metallica), From Hell Wedding Band (do meu casório), Grinder (Judas Priest), Maiden Bsides (adivinhem?), Trust In Peace (Megadeth – recém encerrada), No Class (Motörhead – ainda ativa) e a 21ª, ainda formatando [covers]
Além de rock, curto muito: rock brasuca dos 80’s (sou cria da Bizz), Frank Zappa, Raul Seixas, música eletrônica de raiz, punk paulista dos 80’s, pop não óbvio, rock alternativo noventista (aê, bonna!), Cesária Évora, alguma mpb ñ mpbd (escondido de mim mesmo) e toda sorte de coisas q descrevo aqui no Thrash Com H. Começando tb algum jazz ñ óbvio. Tenho uns eruditos aqui e ali (Wagner, Paganini, Stockhausen, Stravinsky) pra ouvir quando ficar velho e sério.
Descrevendo pelo oposto, meu ecletismo ñ alcança pagode, música de câmara, hard farofa, música indígena, rap, sertanejo/forró/funk universitários, Rod Stewart, Marisa Monte, Whitney Houston e música eletrônica de rave
Maior decepção musical: Titãs chamando Caetano pra cantar “Igreja” em especial da Globo, em 1988. Tenho uma envolvendo o Motörhead em 2004, ñ exatamente musical, q conto nos comentários
Indique 3 bandas novas: Surra, Vektor e Oasis (nova pra mim!)
LP, CD, mp3 ou streaming: LP mantive, mas ñ pretendo comprar mais (nem me desfazer); CD ainda coleciono (dei uma freada); mp3, dos meus cds q copio pra ouvir em pendrive no carro e streaming pra quando estou no computador e/ou tarde da noite, pra ñ acordar ninguém em casa.
Crom abençoe o You Tube
Nome:
Cássio
Idade: 42 anos
Cidade/estado:
Recife, PE
Gênero preferido:
Essencialmente Heavy e Thrash
Ouve rock desde:
Vou subdividir este item; a primeira vez que o rock me chamou atenção mesmo foi com “Stairway to Heaven” na trilha internacional da novela “Top Model”, por volta de 1989/90. Esta música me prendeu, chamou e me chama a atenção até hoje. É manjada, muitos a odeiam, Robert Plant esqueceu a letra, etc. Mas foi exatamente aí onde percebi que tinha algo no gênero. Pra valer mesmo foi quando comprei uma k7 original do Iron Maiden, “Powerslave”, uns meses depois.
Disco que mudou sua vida:
“Powerslave”
Disco que mais ouviu:
Megadeth – “Peace Sells…”
1º disco que comprou:
A minha 1ª aquisição foi a fita do Iron (“Powerslave”); 1º vinil foi o “Somewhere in Time”, em 1991.
Último disco que comprou:
Attomica – “Disturbing the Noise” (na semana passada)
Top 5 (discos):
IRON MAIDEN – “Powerslave”
MEGADETH – “Peace Sells…”
METALLICA – “Master of Puppets”
VOIVOD – “Nothingface”
SLAYER – “Seasons in the Abyss”
Top 5 (bandas)
Black Sabbath
Beatles (do “Help” até o fim)
Voivod
Coroner
Megadeth
Top 3 (shows):
Ratos de Porão (1998)
Kreator & Destruction (2002)
Exodus (2012)
* acrescento aí show dos sonhos que não fui: “Clash of the Titans” em 1990 (Suicidal Tendencies, Testament, Megadeth e Slayer)
Música de abertura de programa de rádio:
AC/DC – “For Those About to Rock”
Não entendo como alguém consegue gostar de:
Essas músicas R&B americanas; Jack Johnson; no HM, Dream Theater
Já tocou em bandas:
Não
Além de rock, curto muito:
Não” curto muito” mas descem legal algumas coisas pops dos 80´s e 90´s. também material do Ira!, Titãs, essas coisas do RockBR.
Maior decepção musical:
Os rumos que Metallica e Sepultura tomaram; a decadência do Slayer…
Indique 3 bandas novas:
Não pesquiso muita coisa mas indico o Vektor (não são mais novidade) e outro que me agradou foi o The Vintage Caravan (gostei do som mas sei que não são inovadores). A outra vou deixar no prego.
LP, CD, MP3, Streaming:
LP pelo visual e arte; CD pra mim ainda é o ideal. MP3 e Streaming só para conhecer ou quando não tem como adquirir a mídia física.
Música para meu funeral:
Judas Priest – “Beyond the Realms of Death”
MELHORES ÁLBUNS COM PALHAÇOS NA CAPA:
Quando pela 1000ª vez citei, há duas semanas, o box “Autopsy”, do Coroner, lamentava – de novo – ñ encontrar o material inteiro no You Tube (sobretudo os sons todos do dvd 2, dos shows de retorno), pra reiterar, ratificar, indicar, instigar, insistir.
Mas eis q encontro integralmente o documentário “Rewind” (do dvd 1), com legendas em inglês, bastante úteis em se tratando da língua coloquial nos depoimentos ser ALEMÃO.
A ñ ser as partes em q Max Cavalera fala em seu papiamento próprio eheh
Uma hora e 45 minutos da vida dos amigos q ñ serão perdidos, garanto.