ATROCITY EXHIBITION
A culpa foi do recente “Ranqueando”, sobre o “Piece Of Mind”, gerador de discussões (ainda ñ concluídas. Tvz) sobre “fillers“. Q tornou-se outro post, o “Fillers (Pq Quillers)”.
Mas culpa de quê? De eu me pegar re-ouvindo, re-descobrindo “Tempo Of the Damned”, do Exodus, em 2º lugar na minha lista de discos com “fillers“. E, puta q pariu, q disco!
Provavelmente o disco de thrash metal melhor gravado na História.
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Daí, lembrei tb da Revista Zero, publicação efêmera q durou (parece q) entre 2003 e 2004. Bem interessante, a única até hoje a lembrar – no bão sentido – a Bizz dos 80’s. Inclusive no sentido de falarem efusivamente sobre pop rock e rock indie, mas – o mau sentido – descambarem a falar de heavy metal pra conseguirem vender um pouco mais.
Q publicou a seguinte resenha sobre “Tempo Of the Damned”, num paragrafinho exíguo de fim de página, q contava com uma entrevista meia-boca com Gary Holt conduzida por Andreas Beijador (aquele!) nos 3/4 outros desnecessários da mesma, q copio aqui pra discussões ferozes ou atrozes. Eis:
EXODUS – “Tempo Of the Damned” (Nuclear Blast) – Nota: 6
“O Exodus é uma banda que parou no tempo. Mais precisamente em 1985, quando estreou em disco com o clássico ‘Bonded By Blood’. Desde então, o quinteto de thrash metal vem tentando repetir o disco – foram 4 tentativas infrutíferas antes deste ‘Tempo Of the Damned’ – que é o trabalho que mais se aproxima do debute. Nesse meio tempo, perderam o vocalista original – Paul Baloff – e, 12 anos depois do mediano ‘Force Of Habit’ (1992), retornaram sem alteração na fórmula, um heavy metal rápido e nervoso moldado nas guitarras de Gary Holt e Rick Hunolt, vocal rasgado de Steve Souza e bateria avassaladora. E daí? O Exodus estancou no meio dos anos 80, e se isso é bom pelo fato de que foi das épocas mais prolíficas do gênero, por outro lado perderam o bonde da novidade”. [por Luiz Cesar Pimentel]
bonna, generval
21 de março de 2012 @ 04:14
[OFF-TOPIC] Sobre o livro “Precisamos falar sobre Kevin”:
Terminei de ler hoje o “Precisamos falar com Kevin”. Desde o início do livro eu achava que a pessoa mais desequilibrada era a mãe devido a insignificância que dava ao ato materno e sua dependência a manter o vínculo com o ex-marido… até vir os 2 últimos capítulos e me deixar completamente perturbado.
Pretendo checar se o filme passa isso tudo. Tenho amigos que apenas viram o filme e falaram muito bem. Mas é relativo… o mesmo aconteceu para “Ensaio sobre a Cegueira”, cujo filme acho nulo perto da grandiosidade do livro. Já o Zeca Camargo, cujos textos sempre acompanho, falou bem de ambos. Vale a pena uma lida neste post: http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2012/02/02/interpretacao-de-texto/
Louie Cyfer
21 de março de 2012 @ 09:07
Em Tempo (of the Damned):
Peça encarecidamente ao Sr Luiz Cesar para enfiar os dois pés no C* e dar um mortal pra frente, por favor.
guilherme
21 de março de 2012 @ 11:58
Como é mesmo aquela tua definição, Txuca: Crítico musical não gosta de metal por causa de pré-conceitos formados por eles mesmos?
Tempo of the damned é bom demais. Foi o último álbum do Exodus que ouvi, eu acho, não tenho certeza se ouvi os Exhibits.
Marco Txuca
21 de março de 2012 @ 13:35
Acho q era meio por aí, guilherme. Na real, críticos Ñ ENTENDEM heavy metal, pq ñ é estilo “novidadeiro” – o final da resenha falando em “perderam o bonde da novidade”. E é estilo q demanda tempo pra ser ouvido: alguém q ouvir Slayer de 1ª vai acabar achando tudo igual. É TUDO IGUAL, CARALHO??
Música precisa ser novidade? Pra críticos musicais, sobretudo os de rock e indie, SIM!
Revia esses dias o “Beyond the Lighted Stage”, com depoimento de Cliff Burnstein (ex-empresário do Rush e de Metallica), q crava certeiro: “críticos odeiam heavy metal e rock progressivo”. É por aí.
Entrevista na Modern Drummer Brasil com Mike Mangini (novo Dream Theater), o mesmo dá razão cognitiva pra isso: pessoas ñ assimilam muito progressivo por causa das polirritmias, compassos ímpares, q são mais difíceis de assimilar.
Só q o q vejo existir, desde os tempos da Bizz, é o mais puro PRECONCEITO, alinhado à devoção à Rolling Stone estadunidense setentista e à vontade de muitos em se acharem o novo Hunter S.Thompson. Uff!
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Focando a crítica: fora a falta de “novidade”, quanta falha no parágrafo: ñ cita nome do baterista, e generaliza “bateria avassaladora”. O q é “bateria avassaladora”??
“4 tentativas infrutíferas” de repetir “Bonded By Blood”, típico argumento de quem OUVIU FALAR por alto de Exodus, ou foi procurar referência em sites gringos, tipo o Allmusic. Tenho quase certeza q isso deve estar mencionado por lá.
Ñ sabe q “Impact Is Imminent” é completamente diferente de todos os outros, pra ficar por baixo. Q “Force Of Habit” ñ emula “Bonded By Blood” nem num Universo Paralelo!
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Quanto ao “Precisamos Falar Sobre o Kevin”, levantado off-acima, quem viu o filme e quiser comentar, à vontade por aqui.
O amigo generval comentava a respeito comigo no FB, eu recomendei q ele replicasse por aqui tb.
marZ
21 de março de 2012 @ 17:26
Confesso que nunca ouvi esse album direito, nem tenho o que falar dele.
Marco Txuca
21 de março de 2012 @ 19:46
Se vc em algum momento já se interessou pelo Exodus, recomendo q o ouça, cara!
Nem q seja pra discutirmos por aqui os “fillers”.
Louie Cyfer
22 de março de 2012 @ 10:02
Tenho uma tese de quem realmente não tem conhecimento do que seja rock pesado, indifere se estiver ouvindo Iron ou Morbid Angel.
Quem aqui nunca viu um leigo torcendo a cara tentando entender o que se passa em determinada música (pesada). E a melhor tática de defesa é o ataque, portanto, não entendeu leva pau!
Louie Cyfer
22 de março de 2012 @ 10:05
Falando em Exodus…
Já tá tudo na mão pro show Txuca.
Vamos nos encontrar pra enfim tomarmos umas cervas e discutir pseudospremissasmetálicasvariáveis (jogar conversa fora)?
Marco Txuca
22 de março de 2012 @ 23:38
A tese é perfeita, Louie!
E o contrário se faz verdadeiro: fala prum indie q Jesus & Mary Chain, Smiths, White Stripes, Placebo é tudo igual. Vão falar q ñ…
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Comprei o Exodus tb. Vem só vc ou a horda capixaba em peso? Podemos tomar alguma breja sem álcool num boteco ali perto.
“Jogar conversa fora” a gente faz aqui, caralho! Quero é discutir Nietzsche!!
Colli
23 de março de 2012 @ 07:32
Tempo Of The Dammend é clássico, fora o hit Black List.
[OFF TOPIC] – Bonna, Não li o livro, assiti ao Filme… Nunca assisti um filme tão bem dirigido, 90% ou mais do filme não tem diálogo. Filme tenso, que te prende do início ao fim, porém o filem não passa essa impressão que você teve da mãe. Realmente era o filho que me passa essa ideia, talvez por que já assitis sabendo da história do filme.
Louie Cyfer
23 de março de 2012 @ 09:38
-“Jogar conversa fora” a gente faz aqui, caralho! Quero é discutir Nietzsche!!-
Ok. Assim falou Zarathustra!!!
Hehehehe…………
Podemos tmb discutir a bíblia, principalmente o ÊXODO!!!!
Jessiê
23 de março de 2012 @ 21:46
Pra mim o Tempo é nota 8 fácil. 3.º melhor da horda. É muito legal folhear revistas antigas e analisar lançamentos da época que hoje são clássicos (ou fiascos) e ver o que o analista cometeu. Isso dá um excelente post, tenho umas velharias aqui…
Marco Txuca
24 de março de 2012 @ 04:03
Colli e Bonna: pelo q vcs disseram, é q ñ pretendo assistir ao filme. O livro tem uma complexidade a qual ñ pretendo abandonar.
Fora q é sempre gratificante, e bem mais obra-aberta q o cinema: vemos versões diversas, convergentes, sobre uma mesma história. E vem cá, generval: o final é BASTANTE PERTUBADOR, hum?
Será q o filme chega a tanto? Pelo sim, pelo ñ: tô fora!
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Essa das resenhas velhas, Jessiê, já rascunhei umas vezes isso (ver no menu “Se Disse”), mas fique à vontade pra sugerir ou pautar algumas. Pode ser?
Aí eu posto por aqui e a gente discute.
Jessiê
24 de março de 2012 @ 11:15
Opa tenho umas pérolas aqui vou te mandar por e-mail.
doggma
27 de março de 2012 @ 01:15
Tenho que reouvir esse álbum urgente. Foi a saideira do Zetro, né?
Esses dias tava relendo uma edição da Zero perdida aqui (a única que tenho). Uma com uma entrevista hilária com o Nasi.
Li não sei onde (será que foi aqui?) uma frase interessante sobre aquela geração Bizz/Zero: “um bando de indies resenhando metal, bah!”
Bah!
Marco Txuca
27 de março de 2012 @ 02:30
Foi a saidera do Zetro, sim. Reouça urgente!
Essa edição com o Nasi, acho q ñ tenho. Mas comprei quase todas as edições da dita-cuja. Uma, específica, elegeu os melhores discos do rock nacional: achei muito boa.
Outra q tenho tem matéria com Gerson Conrad, falando dos tempos do Secos & Molhados e DESCENDO O CACETE no tributo RIDÍCULO feito pelo Rafael “Baba Cósmica” Ramos (existe ainda esse sujeito?) com gente tudo a ver com o assunto, como Falamansa, Matanza, Nando Reis cantando errado e etc.
A frase aí citada acho q ñ foi aqui. Mas cabe. E fico pensando q quem resenha metal hoje em dia, ainda assim teria q comer muito arroz com feijão pra chegar àlgum nível q alguns elementos daquela geração teve…
Tem a ver com o post ali atrás sobre o Viper: tempos áureos oitentistas da Rock Brigade e suas resenhas bombásticas, mas jamais mentirosas!