“Wasteland Serenades”, Griffin, 2000, Season Of Mist/Rock Brigade/Laser Company
sons: MECHANIZED REALITY / THE USURPER / SPITE KEEPS ME SILENT / OBSESSION / NEW BUSINESS CAPITALIZED / HUNGER STRIKES / ALWAYS CLOSING / PUNISHMENT MACABRE / EXIT 2000 / WASTELAND SERENADE / DREAM OF THE DREAMERS (BLISS 2)
formação: Johnny Wandberg (bass, electric guitar, acoustic guitar & backing vocals), Tommy Sebastian (lyrics, vocals & bass guitar), Kai Nergaard (lead, rhythm 12 strings, acoustic guitar & backing vocals), Marius Karlsen (drums & percussions)
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Griffin é uma daquelas MUITAS bandas, surpreendentemente norueguesa, q o selo Rock Brigade e a Laser Company uns anos atrás tentaram enfiar goela abaixo no mercado nacional. Daquelas q vc comprava a revista e cansava de ver a capinha entre os últimos lançamentos.
E uma das muitas bandas COMUNS, q parece ñ ter vingado (comercialmente) lá fora, muito menos por aqui (como tantos álbuns lançados pela parceria. Rever a Brigade duns anos atrás é interessante de se ver quantas bandas “revelação” jamais ouvimos falar de novo). E q teve lançado aqui ainda apenas mais um álbum seguinte, “The Sideshow”, mais nenhum outro de seus 5 discos. Embora estejam ainda ativos, o q me foi de alguma dificuldade saber, por parecer existirem vários Griffin pelo mundo.
Q o diga o Allmusic.com, com link provavelmente misturando este Griffin com algum Griffin de São Francisco – http://allmusic.com/artist/griffin-p13092/. Putz. Q o diga um site donde roubei a capinha (esqueci de guardar o link), resenhando “Wasteland Serenades” como sendo de banda sueca. Sinal dos nossos tempos: bandas demais no mundo e pobreza de informação na abundante informação on line…
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Ao som: os 3 primeiros sons (“The Usurper” ñ é cover de Celtic Frost) foram me caindo bem na 1ª audição, a ponto de eu cogitar descrever a banda como um “Nevermore com guitarras do Machine Head“. Técnicos mas ñ limpos. Ou como um “Queensrÿche influenciado por Fear Factory“. Devido a alguns climas sombrios e passagens até meio mecânicas/futuristas.
Fui chegando à conclusão, à medida em q as faixas se passavam e ouvia um tecladinho enrustido (creditado ao encarte como “session musician“), se tratar duma banda de metal prog (ñ o contrário) ou de PROG DE MACHO: duas guitarras bem trabalhadas e sem arroubos fritadores (destaques), peso genuíno e vocais alternando entre o rasgado, o empostado e algum gutural (às vezes juntos). Em músicas estranhamente sem “sotaque nórdico”, predominantemente mid-tempo e alvisseiramente enxutas: a maior delas, única a passar de 5 minutos, é “Spite Keeps Me Silent”.
Tem algo guitarrístico nos sons ainda, q recomendo a fãs do Megadeth anterior a “Rust In Peace”, ainda ñ sei bem pq… Entretanto, o q ocorre é q, chegando ao fim de “New Business Capitalized”, as coisas se embolam um tanto: em parte por algum ecletismo dos músicos (ñ me ocorre crer q fosse por tentativa de “estourar” comercialmente), os 3 sons seguintes já ñ soam tão coesos.
O q se tinha de composições e idéias bem resolvidas no q se refere a mudanças de climas e partes se torna um tanto abrupto – parecendo q nestes se meteram a TENTAR fazer prog propriamente e perderam um pouco a mão. Batidas grooveadas genéricas comparecem; elementos derivativos demais (nada ostensivamente chupim de Dream Theater, porém) dão o ar da (des)graça. (Inclusive, um “motherfucker” bastante metalcore comparece em “Punishment Macabre”…). Reflexo até compreensível de banda estreando, sei lá.
Nada q, todavia, atrapalhe a audição e apreciação de “Wasteland Serenades”. Até por “Exit 2000” e a faixa-título darem uma reerguida nas coisas ao final (“Dream Of the Dreamers (Bliss 2)” é uma quase balada quase gótica, legalzinha). Ao mesmo tempo em q, contraditoriamente, vemos na proposta do Griffin algo com potencial, bem feito, arrojado, mas tb bastante COMUM. Temos aqui aquele disco q se compra ou baixa, se admira o esforço dos músicos, mas ouvimos umas 3 vezes e o guardamos nalguma prateleira, até o reouvirmos novamente dali uns tempos…
“Wasteland Serenades”, enfim, achei um bom disco duma banda q no fim das contas parece/parecia ser apenas mais uma banda. Na minha prateleira, vai ficar junto de “Unlimited”, do Susperia [Vale 5 conto – out.09], outros surpreendentemente noruegueses, mas mais enjoativos q estes. Recomendável caso vc o encontre por aí nalgum sebo custando R$ 8,50. Ou pouco mais ou pouco menos.
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CATA PIOLHO CCIII – carreiras solo e bandas de origem:
“Scream At the Sky” (Grip Inc.) ou “Screaming From the Sky” (Slayer)? // “The Alchemist” (Bruce Dickinson) ou “The Alchemist” (Iron Maiden)? // “Devil’s Daughter” (Ozzy Osbourne) ou “Devil & Daughter” (Black Sabbath)?