MARMITA REQUENTADA
Por märZ
De vez em quando me pego pensando sobre essas bandas contemporâneas que se dedicam a emular, imitar, copiar, homenagear, regurgitar o heavy metal dos anos 80 à perfeição, nota por nota, timbres, visual etc. Seja revivalismo do thrash ou da NWOBHM, exemplos não faltam de bandas com essa proposta, e o pessoal daqui provavelmente conhece algumas.
Mas então, volto ao raciocínio: me questiono sobre o tipo de approach que deveria ter quanto a essa tendência. Tipo, “curta o som e foda-se”? Ou “esquece, pois já fizeram isso melhor antes”? Apesar de nada originais, algumas bandas são bem bacanas e o resultado final desce bem, dependendo do seu humor e boa vontade. Mas é fácil torcer o nariz e implicar com elas.
Exemplo? Bullet, um grupo alemão ou sueco, não importa, que já está em seu quinto ou sexto álbum, não importa, e se especializou em imitar AC/DC, Judas Priest e, principalmente, Accept. Vídeo mais novo:
[youtube]http://youtu.be/7AiyrG_x2Gk[/youtube]
Vai pro trono? Vale a pena gastar dinheiro com algo assim, ou melhor ignorar e ouvir “Balls to the Wall” pela miliardésima vez? Alguém iria no show?
doggma
16 de setembro de 2014 @ 06:55
Pra mim valem as duas opções. Dois dos melhores álbuns de 2014 pra mim são fac símile daquele NWOBHM que fizeram Lars Ulrich podre de rico (“Digital Resistance”, do Slough Feg, “Bachelor of Black Arts”, do Hessian). Metalcore e estilos moderninhos afins nunca me comoveram só por serem “novidade”. Então, sem neura quanto a isso.
E valeu pela dica! Vou conferir.
Marco Txuca
16 de setembro de 2014 @ 11:40
Vou nos q embirram com isso.
Ñ consegui assistir o clipe inteiro. Me irritou. Pq ñ me pareceu Judas, nem Accept, nem AC/DC. Pareceu uma coisa sem identidade, muito mais preocupados com o visual q com o som. Um revival de The Darkness, q já era uma tranqueira.
Os ícones – amplis Marshall, guitarras flying v, o baixo a la Mötley Crüe, foguinho, a bigorna e o vocalista martelando – todos presentes, menos alguma substância. Seriam o Comando Nuclear alemão ou sueco?
Parece ser uma 2ª onda de bandas retrô, mais diluída q a 1ª, q tinha os tais Havoc e Municipal Waste. Q eu já ñ ia com a cara.
Tô com a impressão, de acordo com o q o amigo bonna citou outro dia (off-topic, na resenha Armahda/Sabaton), de q está a caminho uma nova leva indie posando de “metal”. Agüardemos Lucio Ribeiro e congêneres “descobrindo” bandas tais quais, e escrevendo com “propriedade” sobre Slayer, Judas Priest e Thin Lizzy.
Ñ gastaria dinheiro com isso, ñ iria ao show nem de graça.
doggma
16 de setembro de 2014 @ 13:13
Eu separo o joio do trigo. Não consigo generalizar antes de zerar boa parte das opções. Sim, existem Havoks e Municipal Wastes, mas também existem Vektors e Eviles.
O Vampire é outras dessas exceções. Speed metal neandertal à Venom/Sodom dos primórdios, travado. Mas a paixão (e o ódio) dos caras é contagiante demais pra ignorar:
http://www.youtube.com/watch?v=E5LzZ1N9yKw
Um dos lançamentos que mais ouvi esse ano.
André
16 de setembro de 2014 @ 19:25
Vai a gosto do freguês. O que der libido(ui)na hora.
Tô ouvindo o Build A Nation do Bad Brains agora e é melhor do que quase tudo que eu ouvi nesse estilo atualmente. O som é retrô, mas, não soa velho ou frouxo.
A minha impressão é que essas bandas não conhecem o gênero a fundo. Aí, produzem essas paródias. Mas, é aquele negócio: tem gosto pra tudo.
Marco Txuca
16 de setembro de 2014 @ 23:59
“Paródia” definiu.
märZ
17 de setembro de 2014 @ 08:25
Paródia: na mosca.
märZ
17 de setembro de 2014 @ 09:44
E eu também costumo filtrar. Tem coisa interessante e tem coisa caricata e rala. Como disse o doggma, também ouço tudo e separo o joio do trigo.
Jessiê
17 de setembro de 2014 @ 14:33
Particularmente não gosto, não compro, e não curto esta vibe de fazer de conta que estamos na bay area em 1985. Prefiro ir a shows de bandas cover.