“Contradictions Collapse” – muito fãs de Metallica “None” (ep) – um Pantera prog
“Destroy Erase Improve” – um Fear Factory epilético “Chaosphere” – formatação 80% concluída “Nothing” – devidamente meshuggados “I” (ep) – obra de arte “Catch Thirty-Three” – repetição e ênfase
“Nothing” [2006] – coisa de guitarrista “obZen” – auge da proposta; forma + conteúdo “Alive” – “quem sabe faz ao vivo”
“Koloss” – fase groove “The Ophidian Trak” – souvenir da fase “The Violent Sleep Of Reason” – estagnados na matemática
Iron Underground (tr00 o suficiente?), em Guarulhos. Dono se auto-intitulava “Lobo” (e acho q, fora Bruno, nos era o 2º nome de dono de bar mais freqüente) e tinha uma namorada, meio sócia meio tiete (ñ lembro o nome dela), bastante patricinha.
Patricinha roqueira.
Cabe um acréscimo: pessoalmente Guarulhos nunca me desceu. Com o No Class (três vezes) e com outra banda anterior (Lethal), nunca foi bom pra mim. Shows ruins e mal organizados, lugares precários, gente caloteira (num certo Território Custom, em 2012, tomamos o ÚNICO calote na história da banda), outras bandas picaretas. Enfim.
Pra piorar, acho ruim de chegar. É perto daqui da capital, mas totalmente fora de mão. Monte de ruas estranhas, sem pontos de referência razoáveis. Enfim, parte II.
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Ñ lembro como soubemos, nem como fomos convidados.
Provavelmente devido ao Napster, o Metallica Cover com quem andávamos tocando muito (e prodigiosos em arrumar lugar ruim) e depois viraríamos joint-venture (juntamos ambas as bandas na mesma formação e fizemos meio q uns 10 shows com a gente abrindo pra gente mesmo). (E depois, a gente mesmo fechando).
O lugar era novo, foi em 18 de Agosto de 2006, e era basicamente um porão todo recém-pintado (de branco), numa casa térrea numa avenida ali meio principal. Vizinho a uma IURD. Promissor.
No Class primeiro, Napster fechando (Metallica sempre teve mais apelo). Pro casal dono e mais uns 3 presentes. Q curtiram de verdade, a despeito do climão constrangedor, quebrado pela promessa do Lobo de “numa próxima vez” ser melhor e pelo “momento Mötley Crüe“ acontecido.
O tal Lobo simplesmente pirou com as duas bandas e, pegajosamente já se achando melhor amigo da gente, fez questão de pôr uma cadeira no meio da pista (vazia, depois dos shows) pra q cada um de nós 7 sentasse nela e ele nos desse vodca na boca.
Girls girls girls. Vergonha alheia demais. Imagina na Copa.
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Fui o único a ñ participar. Fiquei atrás da bateria mesmo, justificando q a estava desmontando (acho q tinha levado a minha, mas ñ lembro) e q iria dirigir na volta, um fato. Mas até o Cássio e o Edinho, normalmente comedidos e sensatos, participaram da pataquada.
Galera do Napster se jogou de cabeça e ficaram por lá até passar a brisa e poderem voltar de carro pra São Paulo. Fiquei sabendo por eles depois q a paty tinha feito um barraco com o Lobo, por algum motivo tonto, e ameaçado tirar a roupa ali na frente de todo mundo.
Pode ser (fuçando o Orkut do casal, eram realmente muito playboys; a guria tinha fotos fazendo snowboard na Nova Zelândia), mas pode ser q a galera tenha ficado muito bêbada.
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De qualquer modo, zero lição aprendida com a roubada.
Acreditando piamente “na próxima vez” melhor, voltamos – No Class e Napster – ao local no mês seguinte, em 2 de Setembro. E desta vez, realmente pra ninguém. Só Lobo e namorada. Fazendo caras e bocas e encenando ligar dos celulares pra chamar “mais público”. Aham.
Do q eu lembro ainda, ñ ganhamos cachê. Em nenhuma vez. Do q eu soube, o “bar” ñ durou mais um mês.
Gênero musical preferido: Heavy Metal tradicional, Thrash, Black e Death Metal, com especial apreço pela produção oitentista.
Ouve rock desde: 2002, quando comecei a assistir à saudosa MTV Brasil. A porta de entrada foi o vídeo de “One”, do Metallica, visto ao acaso – como são as grandes descobertas, afinal. Logo percebi que emissora tinha mais a oferecer em termos de humor do que de música, vide Hermes & Renato e RockGol, mas o pontapé inicial foi indispensável.
Disco que mudou sua vida: Não foi um disco, foi um vídeo, direto dos primórdios do YouTube: Malmsteen tocando “Blue”. Vá lá que é uma peça menor no cancioneiro do guitarrista sueco, mas, para um moleque de 14 anos que estava se iniciando na guitarra, ver todos aqueles arpejos, palhetadas, sweeps, harmônicos, bends e tudo o mais era o que de mais absurdo poderia existir na face da Terra.
Disco que mais ouviu na vida: Empate triplo entre “Reign in Blood” (Slayer), “Master of Puppets” (Metallica) e “Painkiller” (Judas Priest). Por um critério matemático simples, a duração do artefato, talvez o do Slayer vença haha
Primeiro disco que comprou: “… And Justice for All” e “Black Album”, ambos do Metallica, adquiridos em uma unidade da Drogaria Danielli (!)
Último disco que comprou: Em formato físico, provavelmente “The Devil You Know” (Black Sabbath). O ingresso no ensino superior mudou radicalmente minha alocação de recursos e espaços, com os livros substituindo pari passu os CDs. Se vale formato digital: “Secret of the Runes” (Therion). Sou catecúmeno na horda, e o petardo pareceu uma boa porta de entrada.
Top 5 discos Ilha Deserta:
Bathory – “Hammerheart”
Metallica – “Ride the Lightning”
Judas Priest – “Defenders of the Faith”
Mercyful Fate – “Don’t Break the Oath”
Black Sabbath – “Black Sabbath”
Top 5 bandas: Judas Priest, Bathory, Metallica, Accept e Black Sabbath. Como sou prolixo, me permito a menção honrosa a Slayer, Venom e Manowar haha.
Top 3 melhores shows que já viu ao vivo: Meu repertório de shows de bandas de grande porte é dos mais pobres, de modo que cito apenas aquele que brilha sobre os demais: Accept no Monsters of Rock 2015. Em todo caso, minhas melhores memórias são daqueles “festivais-tranqueiragem” em botequins ou pequenas casas que frequentava lá por 2005 e 2006. Nada supera a expectativa e apreço sem filtro típicos da idade juvenil.
Música que seria a abertura de seu próprio programa de rádio: Metallica – “Whiplash”.
Música pra tocar no meu velório: Seguidor das ideias da García Marquéz a respeito de celebrações fúnebres, proponho medley dos mais insólitos: Hino da Sociedade Esportiva Palmeiras, “Cinema Paradiso” (Andrea e Ennio Morricone) e, para fechar e fazer todos voltarem às suas casas mais leves, “Hot for Teacher” (Van Halen).
Não entendo como conseguem gostar de: Essa me pegou, mas de bate pronto respondo bandas genéricas de Metal Melódico, em particular aquelas egressas de nossa safra e que tiveram seu auge no início dos anos 2000.
Já tocou em alguma banda: Durante o ensino médio, entre 2004 e 2006, fui, talvez, um guitarrista de algum talento, ganhei alguns prêmios e toquei num sem-número de bandas e projetos, mas nenhum de grande alcance haha. Dos mais dignos de nota: Barbaria, que gravou uns dois ou três discos depois de minha saída; Mercy Scream (Mercyful Fate & King Diamond cover), com a qual dividi palco com “baluartes” da cena pátria como Torture Squad e Claustrofobia, e Red Hunter, a primeira de todas, com amigos de escola e com a qual cometi as primeiras músicas autorais. Em todo caso, não toco ao vivo desde 2009, e, desde o ingresso no doutorado, sequer encosto na minha guitarra.
Além de rock, curto muito: Música instrumental em geral, com particular apreço por trilhas de filmes (Morricone, Vangelis, Zimmer, Poledouris, Goldsmith etc), animes (Yokoyama e Yamashirogumi) e videogames (Kirkhope e Kondo, sobretudo).
Maior decepção musical: Posso me confessar decepcionado, mas não surpreso, com atitudes de músicos que costumava admirar – que vão de mudanças sonoras claramente motivadas por razões mercadológicas a invasões de sedes de governo federal de países da América do Norte. Mas, e sem querer parecer elitista, o que mais me decepciona é a estreiteza de visão do metaleiro tupiniquim médio – que vai da boçalidade política à preguiça de ficar ouvindo, apenas e tão somente, “Fear of the Dark” a vida toda.
Indique 3 bandas novas: Velho (ops!): Black Metal carioca de pura desgraça; Batushka: Black Metal polaco dos mais originais, mas que infelizmente já sofreu seu cisma (ops!) e Ex Deo, Death Metal com toques épicos e uma inspiração bardólatra em história romana que meu coração não pôde resistir haha.
LP, CD, mp3 ou streaming: Pelas razões supracitadas, mp3, mas confesso que hoje em dia escuto coisas, novas e antigas, principalmente pelo YouTube.
Imagina o susto: abrir o YouTube do celular e me deparar com vídeo novo do Napalm Death novo:
Mas já?
Sim, um ep, “Resentment Is Always Seismic – A Final Throw Of Throes”, descrito como continuação do ou diálogo com o magnânimo “Throes Of Joy In the Jaws Of Defeatism”, q ainda nem sei falar o nome de cor.
Parece q 8 músicas sobradas da sessão do anterior, com direito a cover de Bad Brains, “Don’t Need It”.
Sai em fevereiro.
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Aí os vídeos associados me jogam o Voïvod novo. “Planet Eaters”.
Caralho, outro Voïvod? “Synchro Anarchy”, sai em fevereiro tb. Mesmo dia do Napalm Death. Mas tinham avisado q sairia um com orquestra… Parece q ñ, ou parece q outro.
Ñ me estranha q os canadenses desovem 2 discos duma vez.
Impressiona q bandas praticamente quarentonas estejam ativas e relevantes, fora explicitamente produtivas na quarentena.
Torço demais pra ñ me decepcionar com negacionistas antivax entre eles.
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Enquanto isso Dave Mustaine vai embaçando disco novo do Megadeth, Anthrax mandou avisar q só grava quando der pra fazer show, Metallica fica requentando vídeo velho no site oficial enquanto ñ der pra fazer o mesmo de sempre… q é enrolar, fazer turnê e enrolar mais.
Como se o mundo estivesse salivando por Megadeth, Anthrax e Metallica novos.
Zona de conforto? Bolhas de conforto.
Bobear, vem aí um Cannibal Corpse novo antes desses todos.