“Contradictions Collapse” – muito fãs de Metallica “None” (ep) – um Pantera prog
“Destroy Erase Improve” – um Fear Factory epilético “Chaosphere” – formatação 80% concluída “Nothing” – devidamente meshuggados “I” (ep) – obra de arte “Catch Thirty-Three” – repetição e ênfase
“Nothing” [2006] – coisa de guitarrista “obZen” – auge da proposta; forma + conteúdo “Alive” – “quem sabe faz ao vivo”
“Koloss” – fase groove “The Ophidian Trak” – souvenir da fase “The Violent Sleep Of Reason” – estagnados na matemática
Na esteira da morte de André Matos, andei reouvindo alguns de seus trabalhos. Além dos óbvios dois primeiros álbuns do Viper, que curto até hoje, decidi checar outras empreitadas do falecido vocalista. Tenho – e gosto – “Reason”, do Shaman. Passa ao largo do nefasto power metal melódico, pendendo para um híbrido gótico paradiselostiano e é bem interessante. Ouvi também um de seus discos solo, baixado aqui no meu HD faz tempo: “Mentalize” tem boas músicas, produção pesada e as artimanhas vocais de sempre. Também interessante.
Mas a jóia foi mesmo “Virgo”, parceria de Matos com o músico e produtor alemão Sasha Paeth. Comprei esse CD a meros 7 reais em um sebo de Vitória, por pura curiosidade, e gostei desde a primeira audição. Passa longe do heavy metal, seja lá qual vertente, e pende mais para o progressivo e, às vezes, ao pop. Poucas guitarras, muito groove na cozinha, teclados e pianos discretos que não inundam o instrumental, ocasionais orquestrações, melodias delicadas e sutis. O que brilha é realmente a voz de André, que não é (era) tão potente ou de alcance tão elevado quanto gostam de propagar por aí. Mas desliza como veludo por cima da cama instrumental.
Me lembro vagamente quando saiu, 18 anos atrás, e recebeu a babada de ovo padrão das revistas nacionais (quando ainda havia mais de uma). Passou batido. Ninguém comprou, ninguém ouviu. Pena, pois talvez estejam aqui alguns dos melhores momentos de André Matos. Recomendo conferir, de mente aberta.