SHOW DA VIRADA
De 1977 pra 1978.
Em Londres. Por uns novaiorquinos.
Sintam-se lá. Gabba gabba hey!
De 1977 pra 1978.
Em Londres. Por uns novaiorquinos.
Sintam-se lá. Gabba gabba hey!
Final do release assinado por Billy Altman no encarte da versão remasterizada (2002) de meu “Too Tough to Die” (1984):
“Released in October ’84, Too Tough to Die boldly proclaimed the continuing viability and relevance of the Ramones. ‘A lot of people had started giving up on us’, Joey would note years later. ‘But Too Tough to Die reinstated us and pus us back on top’. If their relatonship to the mainstream was still such that they couldn’t help but feel ‘all alone’, like Dee Dee protagonist in “Danger Zone”, they also understood that the mission they’d commited themselves to from the very beginning had even by 1984 reached an almost sanctified state.
‘Even tough it was very hard to us to keep going at times, we never felt like we were martyrs’, asserted Dee Dee. ‘No matter what was going on around us, we tried to play it straight and true’. As he proclaims in the statement-of-purpose title track: ‘I tell to tales/I do not lie… Halo round my head/Too tough to die’. Listening to this album nearly 20 years on, it’s clear that the Ramones‘ music, and their legacy, remains just that”.
… o q ficou?
“Mondo Bizarro”, Ramones, 1992 (Chrysalis/EMI)
O disco menos Ramones dos Ramones, a não ser por “Cabbies On Crack” e “Touring”. Mesmo tendo 13 sons em 37 minutos e pouco.
Johnny morreu sem curtir, contumaz q era em não gravar em discos de sua banda; até onde sei, gravou “Take As It Comes” (The Doors), q eu adoro. E acho superior aos covers todos do “Acid Eaters” seguinte.
Músicas alinhadas aos noventismos alternativos de então, quase hardcore e quase pop punk californiano, solo de Vernon Reid (Living Colour) incluído.
Não as foram 100% pq Marky se soltou como nunca (como já o fizera em “Brain Drain”), pra mim destaque instrumental severo. Fora co-autor inédito em 2 sons: “Anxiety” reaproveitada à frente nos Intruders.
CJ estreava tímido – devidamente apresentado em “It’s Gonna Be Alright” – embora cantando 2 sons, um deles hit. Dee Dee estava fora mas dentro, esquizóide como nunca (ou como sempre?), compondo 3 sons, 2 hits. Mudaram mas não mudaram, mas estavam diferentes.
O ponto é: não é meu favorito da banda, nem de longe. Nem de graça. Mais pra um disco solo de Joey, autor em 7 sons (nenhuma balada!), o q não o desmerece. Ao mesmo tempo, um dos q mais ouço dos Ramones.
Tô pra entender esse meu “coração envenenado”.
Ñ sei se protocolar, hipócrita ou sincero-reverso: release de Johnny Ramone em tributo a Dee Dee Ramone na versão remasterizada (2002) do fraco “Subterranean Jungle” (1983):
“I have been Dee Dee Ramone‘s friend since 1969. We sat outside our job for two years talking about starting a band before doing it in 1974. We said we were in it till the end, so when we left the band in 1988 it was shocking; but nothing compared to losing him in June 2002. He was truly a unique character, a great songwritter, a friend, and the most influential punk rock bassist of all time. No one else is even close. He will be missed by everyone who knew him or saw him perform – but he has left his mark on rock’n’roll forever“.
SKOLY-D. Tá certo.
“Inspirado em Frank Zappa“. Nas boas intenções. Na letra anti-mídia, em cheio. O momento é este. Como diria Billy Corgan – aliás, o verdadeiro abóbora selvagem: “despite all my rage I’m still just a rat in a cage”.
Dá pra ver uma tentativa de falar igual ao Big Ode, soando frouxo, mas ñ falso. Aquele vídeo de Weird Al Yankovic q compartilhei aqui tempos atrás, sendo paródia, conseguiu ser mais sério.
Minha opinião.
Ao menos, ñ achei pior q a fase rapper de Dee Dee Ramone, q se levou a sério. Alex Skolnick parece estar mais pra “leve a sério quem quiser, eu ñ ligo”.
E essa camiseta do RUN DMC parece q ñ saía do armário há uns 30 anos.
Peça zappatista na qual o guitarreiro teria se inspirado.
Detalhe: foi uma apresentação ao vivo de Frank Zappa no Saturday Night Live, em 1976. Nunca mais foi convidado.
Ué.
Última lista da “série baixistas”. Baixistas tornados baixistas à força ou à revelia; já tinha guitarrista na formação, faltava baixista etc.
Casos específicos, desta vez justificados.
TOP 10 GUITARRISTAS TORNADOS BAIXISTAS:
(critérios: gosto pessoal versus tamanho do legado)
OBS: Lemmy Kilmister e Shane Embury tvz se enquadrassem na categoria ‘baixistas q tocam como guitarristas’ eheheh
OBS 2: John Entwistle era trompetista antes de virar baixista
Ainda Ramones. Fato conhecido é o de Dee Dee Ramone, mesmo saído da banda, ter continuado a compor – os melhores – sons dos 2 discos autorais em q CJ Ramone, seu substituto, tocou.
No entanto, mesmo em “Halfway to Sanity” (1987) e “Brain Drain” (1989), em q consta ainda como integrante, Dee Dee sequer gravou uma nota, ficando o baixo neles a cargo do produtor Daniel Rey.
Fonte: autobiografia de Johnny Ramone, “Commando”.
Ficha/agradecimentos à moda “conheça nossa cozinha”, em “BeeHappy” (1996):
“Hi! If anybody needs to know, it’s you! What’s your name? Mine is Nina Hagen and I’ve made 15 LPs/CDs so far, and the one you’re lookin’ at is the latest: “BEEHAPPY” I know: it almost drives one crazy, being told that! But in the first version of “BEEHAPPY”, which we call: “FreuD Euch” in its German version, the name only suggests a couple of meanings. And I’d bee very happy to thank all those wounderful people, who helped me 2 bee ready with this CD to let you “BEEHAPPY”: They are the German producer Herr Ralf Goldkind and the English engineer Mister David Nash and Ash Wednesday and all the people like Christa and Stephan Fast from Conny’s Studio in Germany. Also – the American producer and engineer Joseph Julian – I want 2 thank very mucho! And the two second engineers Roland Alvarez and Elizabeth Magro plus David de Vore and Cindy Corson from The Complex Studio in Los Angeles. Also – my manager Axel Schwarzberg and his assistant Sybille and everybody at RCA in Hamburg. I also wanna thank Barbara Baker (management Joseph Julin) for the big help, and last but not least, all my fans all over the world for their unique and soulful love-vibrations. Many thanks to my children Cosma-Shiva and Otis and to Maddy and Fränckie and Kelly and David and Tequila and Kurt Cobain and Anita Berber. And especially Andy, Liza and Susi from SNAP HER for putting those unique demos together with me and being my band, testing the new material live in L.A. and New York. I love you all 4 ever! See U on tour 96/97.
Nina Hagen
P.S.: Oh, thank you Dee Dee Ramone! I love U!”
Algum tempo atrás, conversando (ñ aqui) sobre discos recentes, lembro do amigo Leo Musumeci (bissexto por aqui) defender as bandas de “segundo escalão”, como Amorphis e Moonspell, q ainda dão o sangue em novos lançamentos, ao invés de medalhões como Slayer e Iron Maiden, q vêm lançando álbuns só por lançar, protocolares, compostos e gravados na pressa (custa menos tb), pra daí terem pretexto de sair em turnê.
Álbuns como souvenirs de shows, coisa assim.
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Situemos o Amorphis nisso: 13 álbuns e 3 ep’s na bagagem, pouco mais de 25 anos ativos e formação atual q dura já 8 discos. Acomodação? Álbum novo qualquer nota? Zona de conforto?
“Under the Red Cloud”, disco recém-lançado e motivo da atual turnê sul-americana [Santiago dia 25, Montevidéu 26, São Paulo 27 e Roça’n’Roll dia 28] nem acho o melhor da banda, mas tb ñ o pior. Teve 6 (SEIS) sons no set-list sexta-feira (60% dele); coisa de banda q ñ vive no passado ou pra agradar trues. Q até foram contemplados com sons – três – do “Elegy” (pra mim o melhor) e dois do “Tales From the Thousand Lakes”.
Ñ q o público estivesse dicotomicamente dividido entre “trues” e “fakes“: a comoção era genuína, dum pessoal q a tudo cantava – inclusive riffs (em “On Rich And Poor”) – e participou dum jeito q roqueiros de micareta e bangers de selfies JAMAIS farão. Teve até uma mina meio maleta dando cinto de balas (durante um som!) pro vocalista Toni Jousten.
Fator determinante para isso foi a escolha do Hangar 110 pra noite, o q a princípio julguei equivocado (achei q lotaria a ponto de ñ se conseguir respirar lá dentro), mas q se revelou lugar acolhedor e cúmplice no evento. Exemplo maior: eu e a esposa conseguimos curtir tudo praticamente da beira do palco, sem empurrões nem sufoco. E como direito a ela conseguir filmar “Silver Bride” – q depois vejo se consigo postar.
Demos sorte tb de ficar do lado do palco do guitarrista “bom” – q faz mais riffs e único a solar – Esa Holopainen. A banda, por sua vez, teve q se espremer no palco exíguo (o tecladista Santeri Kallio ficou encaixotado no fundo à direita, mas tudo bem: é finlandês e nem iria agitar ou dar stage diving), q mal comportou o banner gigante por trás. Talvez os tenha feito sentir-se em casa ou nos shows europeus de igual tamanho.
Ñ houve miguelice de show de uma horinha, bis forçado de 2 sons e bate o cartão. 17 sons totais em quase 2h de apresentação. E se os caras pouco são de interagir com o público, tb ñ foram frios, muito pelo contrário. A timidez dos caras é escancarada: no máximo jogarem umas palhetas, distribuírem uns adesivos ou bater na mão do pessoal à beira-palco. Pareceu q ficaram satisfeitos, mais do q surpresos.
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Foi nosso terceiro show deles, e pra mim o melhor. Legal ver certas inseguranças, como quando tocaram “Relief”, com os sujeitos se entreolhando e olhando pra Holopainen, pra ñ errarem. Meio clima de ensaio. São seres humanos, ñ deuses longínquos do heavy metal. A do uso de pedal duplo pelo baterista, mesmo tendo montado bateria de 2 bumbos pra ficar bonito. A de microfone todo incrementado falhar durante um som e Jousten ter um no palco de backup. A de ter dado algum problema num microfone na bateria, após um som, e ñ se estressarem enquanto arrumavam. Etc.
A esposa, fora curtir os sons, disse ter babado pelos “bonitões”… no q só posso lamentar a Luana Piovani jamais ter feito parte de banda de metal finlandesa. Bah!
Teve venda de merchan, no q aproveitei o q ñ gastei (a mais) no Young Gods + Nação Zumbi pra comprar uma camiseta da turnê. Custou mais q o ingresso do show da véspera, mas q se foda. Comprei tb, de 2ª mão ali na lojinha, autobio de Dee Dee Ramone (concluída ontem) + cd do The Haunted, no q a lojinha da Overload (alô, Gustavo Garcia!) me deu de brinde cd de The Reign Of Kindo, coisinha meio estranha… Mas beleza.
Melhores momentos: a ausência de banda(s) de abertura, o preço decente dos ingressos, “On Rich And Poor”, “Relief” e “Death Of A King” (pedrada!)
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Set-list: 1. “Under the Red Cloud” 2. “Sacrifice” 3. “Bad Blood” 4. “Sky Is Mine” 5. “The Wanderer” 6. “On Rich And Poor” 7. “Drowned Maid” 8. “Dark Path” 9. “The Four Wise Ones” 10. “Silent Waters” 11. “Relief” 12. “My Kantele” 13. “Hopeless Days” 14. “House Of Sleep” / 15. “Death Of A King” 16. “Silver Bride” 17. “Black Winter Day”