A NEBLINA
Por märZ
Chegou na última quinta-feira minha cópia em CD do álbum “Phantasmagoria”, da banda de heavy metal mineira The Mist. Na época que foi lançado, 1989, destacava-se pela caprichada produção musical e visual, e na minha opinião foi um dos melhores lançamentos da gravadora Cogumelo.
Por anos a fio me perguntei o porquê de não ser relançado em formato digital, já que a gravadora havia reeditado quase todo seu catálogo em formato “disquinho”. Minha suspeita era de que havia problemas com a capa. Na época ninguém se tocou, afinal não havia internet, mas o artista brazuca Kelson Frost plagiou na cara dura um trabalho do americano Michael Whelan, que mais tarde ficaria famoso com capas de Sepultura e Obituary. Descobri isso anos atrás, folheando um livro com a arte do americano na extinta Tower Records de Boston.
Quase 30 anos depois, finalmente CD em mãos, creio que estava certo (ou pelo menos cheguei perto): a capa da reedição traz a arte original de Whelan, inclusive com crédito no encarte, e nem sinal da xerox de Kelson. Será que foi tão difícil assim conseguir os direitos autorais? Provavelmente superou todo o orçamento da produção e prensagem.
E pra entrar no clima de cabeça (hoje sem cabeleira), vou ouvindo na sequência:
Chakal: “The Man Is His Own Jackal”
Dorsal Atlântica: “Searching For The Light”
Attomica: “Disturbing The Noise”
Vulcano: “Bloody Vengeance”
Colli
8 de março de 2016 @ 08:03
Caralho… lembro da ânsia de esperara por esse álbum. Afinal era a saída do Korg do Chakal. O cara era “o cara”. Melhor vocalista disparado no metal nacional naquela época e tinha acabado de lançar o Abominable… Tinha o Jairo Guedes ex-Sepultura. Então foi uma espera longa e que valeu a pena.
Eu tinha uma camisa da capa(plajiada). Foi a única camisa de metal branca que tive. O legal dessa camisa que consegui na época em que tinha envio de cartas, mandei um carta para o fã clube do caras e a camisa veio com autógrafos de todos da banda. Infelizmente, meu pai, militar, queimou a camisa kkkkk
Mas esse lance da capa foi foda. Não sabia e certamente na época foi uma das melhoras capas lançadas, produção e tudo mais, como bem citou no post.
Clássico do metal nacional subestimado.
Colli
8 de março de 2016 @ 08:51
Tenho que confessar que ouvindo o álbum de novo agora o vocal do Korg está igual ao do Lemmy, principalmente nas partes mais lentas.
Na época eu não conhecia o vocal do Lemmy.
Marco Txuca
8 de março de 2016 @ 12:05
Comprei o dito-cujo mês passado e ainda o estou digerindo. Queria falar sobre a capa:
q estranhei, vendo o encarte: arte de Michael Whelan? Ué, artista da Roadrunner, capista de Sepultura, Obituary e outros? Pensei algo do tipo: “pô, The Mist estava mesmo à frente”.
Mas aí tem esse plágio aí. Q rende matéria em veículos “sérios”. Ñ sei se alguém de revistas e sites sabe da história. Por isso:
pessoal da RC e do whiplash q lêem esta bodega e resolverem “transformar” este post em matéria, favor creditar o sr. Marcio Coelho por ela, valeu?
märZ
8 de março de 2016 @ 17:46
Colli, o Jairo só entrou no segundo disco, o ótimo “The Hangman Tree”.
Ironicamente, acho a capa plágio mais bonita que a original.
Faça
8 de março de 2016 @ 19:09
Acho que esse lance aí da capa plagiada explica perfeitamente porque o disco levou tanto tempo pra ser relançando. Tinha reparado que a capa do relançamento era diferente, mas não sabia desse detalhe (apesar de ter achado ambas familiares, por já conhecer o trabalho do Michael Wellan; era mais do que mera impressão, haha). Detalhe muito bem observado.
Colli
9 de março de 2016 @ 09:58
märZ, é verdade. Foi o Cavalão que gravou o álbum, mas o Jairo entrou logo em seguida no lugar dele, se não me engano(de novo hehe).
Lembro que assisti ao show do Phantasmagoria aqui em Vitória já com o Jairo na guitarra.