30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
Post citando Bathory pra pagar de tr00 ahahah
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I) se os noruegueses são xaropes, suecos ñ ficam tão atrás
Silencer. Nunca tinha ouvido falar; até aí, acho q pouca gente de fato. Mas nunca tinha nem ouvido falar da história.
Apareceu pra mim no YouTube do celular, como “The Creepiest Band You Will Ever Hear”, semi-documentário (em inglês) muito bem feito, aparentemente voltado a quem ñ é do metal. Banda com uma demo e um álbum (“Death – Pierce Me” e… “Death – Pierce Me”), toscos e restritos. Obscuros. Putz.
Dá conta da loucura do tal Nattramn (q a página no Metal Archieves confirma o rumor – ?! – de estar institucionalizado), embora como marketing tb me pareça uma puta jogada. Da “banda”, pós-Mayhem, da possível fajutice da coisa e de quem fez o vídeo.
Vai ver, eu é q ando muito sensível. Comprei a veracidade da coisa.
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II) finlandeses são esquisitos mesmo
Ñ tenho Netflix, e nem pretendo ter. Ñ enquanto o hype se mantiver. Daí vou descobrindo séries européias bacanas (“Os Vingadores”, “Mulheres da Lei”, “UP 63”) na obsoleta tv a cabo.
E aí, uma série finlandesa, “Nörtti: Dragonslayer 666”, me cai no colo.
Seria apenas sobre nerds – “nörtti” – esquisitos e deslocados em qualquer lugar no mundo. Mas é sobre nerds gamers finlandeses esquisitos e deslocados. Falada em finlandês, ocasionalmente em sueco, vez ou outra em inglês.
Os caras se tratam pelos nicks: Dragonslayer 666 (protagonista e “líder”), Megaman, Obama (o único negão na série), Destroyer 911, Pinokkio etc. Parecia tb ter algum metal na história, já q na primeira temporada “Drago” usa o tempo todo uma camiseta do Motörhead.
Nem. E tudo bem.
Nem é assim uma coisa de outro mundo, aquela série memorável e obrigatória. Tampouco cult. Mas tenho assistido pela esquisitice.
Finlandeses são esquisitos, têm umas rixas com os suecos q ainda ñ entendi, rolam uns personagens ainda mais esquisitos, como o padrastro grego de Drago (curte futebol e parece meio afeminado por isso – ?!), uma gostosa de ascendência árabe disputada entre 2 dos nerds e umas situações surreais do tipo batalha de rap branquelo (em finlandês) à noite e com fogueira. Americanização é mato.
É sobre lealdade, traições e sonhos de gamers em disputar torneios internacionais de videogame. Sério. Está pra começar uma terceira temporada (vídeo acima é o trailer da 2ª), com ida de alguns deles pra torneio em Nova Iorque.
Acho do caralho ler os créditos finais: ñ dá pra entender nada ahah
Bônus de esquisitice, ao mesmo tempo atrativa: episódios duram 15 minutos cada. Provavelmente atendendo ao déficit de atenção do público-alvo. E q o Film & Arts (emissora daqui) passa 4 de uma vez. Às terças à noite. Em uma hora, 4 episódios. Como uma temporada tem 8 episódios, em duas semanas já foi toda.
Tem coisa pior na tv pra assistir.
Hoje a idéia é listar bandas q fizeram uso de bateria eletrônica nalgum momento da trajetória. De modo disfarçado e/ou admitido, ou ñ.
Ñ se incluem bandas com bateria eletrônica como proposta, e de ocasionais bateristas humanos, como Godflesh, Ministry e Pain. Nem baterias eletrônicas de pads oitentistas, como das quais fizeram uso ZZ Top, Judas Priest, Rush e King Crimson.
(e ranqueio de acordo com o momento/fase específicos da banda, ñ pela banda como um todo)
* na verdade, os suíços fazem um híbrido, q vi ao vivo: rola uma bateria eletrônica, mas o baterista toca tons e pratos “normais” junto. Esquisito demais.
PS – Krisiun ñ procede ahahah
E eis q na madrugada de sebunda pra terça-feira última finalmente assisti (sem querer: soube pouco antes) ao tal “Lords Of Chaos”, traduzido para “Senhores do Caos”, na versão dublada q passou no Telecine… Pipoca. 665.
Mais adequado fosse no Telecine Cult, 666? Ahah
Lembro de alguma controvérsia. Baseado em livro. Parece q passou em cinema por aqui. Lembro ainda de resenha no whiplash (reli ontem), dando conta q o filme é legal mas zoou com os protagonistas, caracterizando-os como molecada “leite com pêra”.
Mas a real é q eram molecada leite com pêra. Em vários momentos Euronymous (picareta e mentor intelectual) e Varg (gordinho revoltado e influenciável) falam de pegar dinheiro, carro ou casa emprestada com pai/mãe. Se pareceu caricato, é pq eram/são figuras caricatas. Ainda mais caricato acho nego fazer resenha criticando a ñ-truezice da obra.
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Dirigida por Jonas Åkerlund, q se a obra pouco diz (clipes controversos de Metallica, Rammstein e The Cardigans), por outro lado biografia e currículo mostram diferente. Sujeito foi baterista do Bathory lá no primórdio (gravou as duas faixas na “Scandinavian Metal Attack”) e tem idade para, se ñ ter convivido com o pessoal, ao menos ter sido contemporâneo e conseguido patrocínio pro filme. Q é um filme nada tosco. Achei muito bem feito.
E explícito: tiros, facadas (essas, um tanto exageradas) e incêndios pra lá de realistas. Nada de som no fundo sem imagem. A tal foto do tal Dead q virou capa de ep? Tem lá o Euronymous tirando. Assim como o suicídio do cara, praticamente no começo do filme ainda. Tem cenas de sexo explícito tb, de modo q a tv aberta jamais passará alguma coisa.
E acho q nem teria interesse, uma vez se tratar de trama e personagens específicos, para gente específica.
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Outra coisa, uma quase total falta de didatismo: embora narrado por Euronymous, ñ trata de explicar nomes de todo mundo envolvido. Claro, fala do Mayhem e do Burzum, do Deadlike Silence etc. Quem assiste e conhece as histórias, ñ precisou de explicação; quem nunca ouviu falar desse povo, acaba entendendo tb, ou tomando por ficção. E tudo bem tb.
Ñ vou dar spoiler: só q Euronymous morre no final.
Além disso, curiosidades q me ocorreram:
Filmes assim, a meu ver, acrescentam muito a quem curte metal. Ñ deixa de ser um registro histórico. Apesar de tudo, feito com algum respeito pelas situações e personagens.
Recomendo.
Bathory
1º som: “Intro/Blood On Ice”…
1º álbum: … pq o primeiro disco foi “Blood On Ice”. Copiado no hd do meu computador, atualmente salvo num pendrive. Fim dos 90’s, tvz já 00’s
Era muito difícil achar Bathory pra comprar. Só discos importados caros, nunca tive grana. E demorei a conhecer alguém q tivesse pra emprestar pra eu copiar, já na era cd, coisa e tal, tal e coisa. Lia um monte a respeito, as lendas e a misantropia envolvida, sempre tive curiosidade
Ñ entendi – este – e acho q dentre os q tenho é o q mais preciso dar uma reavaliada. Tenho 7 por aqui, mas a maioria copiados de cd do mesmo amigo lá de trás. Físicos, só “The Return…”, “Blood Fire Death” e “Destroyer Of Worlds”. Importados e caros, mas em cd.
por märZ
11.11.18 – Km de Vantagens Hall, Rio de Janeiro
Era para eu ter perdido esse show. Mas pelo mesmo motivo de ter conseguido ir no Cavalera Bros, eis que fui parar no Rio de excursão para ver Judas Priest, Alice in Chains e Black Star Riders. Um line-up um tanto inusitado, alguns poderiam dizer, mas não vamos esquecer q o AIC excursionou ao lado de Megadeth, Anthrax e Slayer nos anos 90, um pouco antes da fama. E, honestamente, eu acho a variedade um ponto positivo, se for pra ver 3 ou 4 bandas numa mesma noite.
Quem abriu os trabalhos foi o Black Star Riders que, para quem não sabe, é o que sobrou do Thin Lizzy com outro nome. Verdade que o único remanescente dos velhos tempos é o guitarrista Scott Gorham, mas o hard rock que fazem deixa claro o DNA famoso. No vocal, um quase conhecido chamado Ricky Warwick, que alguns devem se lembrar como guitarra e cantante do grupo irlandês The Almighty, que fez um certo barulho nos anos 90. Show certinho, bons músicos, mas não chegou realmente a empolgar, a não ser quando tocaram “Jailbreak” e “The Boys Are Back in Town”, da banda matriz.
Em seguida veio o Alice in Chains. Eu já os havia visto antes, no SWU de 2011, em local aberto e debaixo de chuva. E o que mais me lembro desse show foi exatamente o incômodo provocado pela chuva, mais nada. Desta vez, foi diferente. A casa de shows em questão (onde já havia visto Placebo em idos tempos, e o Scorpions mais recentemente) é pequena, com capacidade máxima de 8 mil pessoas e estava com a lotação quase total. O som estava perfeito, bem equalizado e na altura certa, o que beneficiou muito a performance do AIC. Hit atrás de hit, dando uma geral na carreira inteira (exceto os EPs), para delírio dos presentes. O que mais me chamou a atenção foi o PESO na distorção de guitarra de Jerry Cantrell, especialmente nas canções pós-volta. O chão tremia. Tinha hora que parecia banda sludge ou stoner, e não me surpreenderia se começassem a tocar algo do Bathory ou Celtic Frost. Show impecável e emocionante.
Fechando a noite, veio o Judas Priest com seu show de costume. Não mudam quase nada há anos, mas dessa vez a novidade era a presença de Andy Sneap na guitarra, substituindo Glenn Tipton. Também deram uma geral na carreira, mas como possuem muitos álbuns, não dá para agradar todo mundo. Quanto à performance, Halford continua gritando muito, mas já há tempos vem demonstrando cansaço. Normal, com a idade que tem. Sneap parece ainda meio tímido no palco, meio deslocado. Os solos foram quase que monopolizados por Richie Faulkner, com exceção nas canções do novo álbum, “Firepower”, o que para mim reforça os boatos de que Tipton não compôs nem gravou nada no disco, e sim Sneap. É possível.
Show do Judas é sempre divertido, mas algo me incomodou bastante: a altura do som. Estava quase insuportável, apesar de nítido. Passei mais da metade da apresentação da banda com os dedos enfiados no ouvido, protegendo meus tímpanos, especialmente nos agudos de Halford. Desejei muito ter levado protetores auriculares. Só por isso, considero o show do Alice In Chains o melhor da noite.
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Dia 1 de dezembro tem L7 no Circo Voador, e esse é para mim o show mais esperado do ano. Que, é claro, vou ter que perder por causa da minha escala de trabalho. Sorte de quem for.
por Jessiê Machado
Quatorze anos! O tempo é relativo, 14 anos pode ser muito tempo ou pouco, depende do referencial, alguém disse um dia. Ter 14 anos de vida, na média, te faz uma criança, talvez um pouco mais que isso.
Provavelmente eu não tinha 14 anos quando conheci o Bathory, meados de 1987/88. As duas primeiras capas dos discos eram assustadoras para um garoto (e para quase qualquer um com valores cristãos). O som desses primórdios? Bom, o som era praticamente inaudível e dificilmente se tirava algo que fizesse sentido debaixo de riffs rápidos, má gravação e toda sorte de blasfêmia. Mas para quem tinha 14 anos o som, neste caso, não vinha em primeiro lugar. Era a postura, era o significado. Você era radical!
Não no sentido surfista, e sim no sentido de cara malvado mesmo (ao menos na foto de Natal da família com a camisa de bode silkada). Não malvado de boutique tipo Venom. Você era malvado escandinavo e isso importava… nem que fosse de boutique.
Falar do Bathory é meio divagação, já que Bathory era Quorthon e Quorthon era totalmente sueco. Viking em pessoa. Poucas palavras, poucas fotos de domínio público, praticamente nada não autorizado e oficial. Provavelmente é mais fácil achar um ensaio pirata dos Beatles antes de gravarem seu debut do que algo do Bathory. A maior parte do que você lê na internet é lenda, invenção, suposição, exceto “One Rode to Asa Bay”.
https://www.youtube.com/watch?v=I0-aA5GnKL4
Quorton sempre deu de ombros. Na verdade era um visionário e ele nem tinha essa ligação com o heavy metal em si como movimento. Curtia basicamente Black Sabbath dos primeiros álbuns e Motörhead. Pouco depois o contato com o Manowar fez uma ligação com suas raízes cimérias e notam-se umas batidas “a la” em alguns sons, além de uma foto icônica.
Como “black metal” em si (não no sentido de diabo, eis que não era cristão para acreditar em tal dualidade, ao que consta) é mais seminal que Venom, Possessed e Hellhammer. Na temática viking é avô, pai e, obviamente filho.
Nascido em 66, morto no mês 6. Este mês fez quatorze anos de sua passagem para o, indubitavelmente, Valhalla. Conduzido por uma Valquíria e agraciado por Thor e Odin. Poético assim, merecido desta forma a todos que combatem o bom combate, terminam a corrida e guardam sua fé, qualquer que seja ela.
Thomas Börje Forsberg, eu o saúdo. E convido incautos, iniciados, convertidos ou alheios a dedicarem pouco menos de uma hora a escutarem mais uma vez (ou pela primeira) “Twilight Of the Gods” e vislumbrar o reino musical e lírico de Quorthon, e deixe fluir. Até porque a maior parte é lenda, invenção, suposição.
Aquela pauta semestral e sazonal de consumo anacrônico e fetichista de música. De minha parte, vale sempre os adquiridos fisicamente, mas quem quiser colocar os baixados peço q apontem os mesmos.
Todos adquiridos em novembro último:
* comprados do amigo märZ