Selo Harvest professando a “missão da empresa” na contracapa de “Illusions On A Double Dimple” (1974), numa tradução q fiz do português do Google Translator, q traduziu do alemão original:
“O selo ‘Harvest’ foi concebido com o propósito de dar aos grupos progressistas uma identidade própria que não existia antes. O selo deve representar uma ‘colheita’ [safra?] dos grupos de rock mais talentosos e promissores. Então, inicialmente, grupos como Deep Purple, Pink Floyd, Roy Wood etc. apareceram no Harvest, equiparando o termo ‘Harvest’ com boa música rock“.
Depoimento de Richard Wright sobre o clima das gravações e época turbulenta da malfadada (e ñ filmada!) turnê de “The Wall”, no encarte de “Is There Anybody In There? – The Wall Live (1980-81)” (2000):
“Although I never really like stadium shows (the loss of sound quality, and the vagaries of crowd control always bothered me), I didn’t feel there was anything fundamentally amiss in my relationship with huges audiences so I wasn’t keen on Roger‘s idea for The Wall show when we first presented it. I felt that building a wall on stage would deliberately exclude the audience and this infringed my conception of what a rock’n’roll show was essentially about. As his plans developed and he introduced elements into the show which would directly appeal to the audience (such as Gerald Scarfe’s animation and the wall collapsing at the end), my fears no longer applied. In fact, I could see that the show was going to be a very powerful visual experience, as well as a musical one.
It’s a matter of historical record that my relationship with Roger collapsed during the time the band was making the album. There had always been a personality crash, but apparently the tensions now became insurmountable. Part of this down to me. I hadn’t contributed any material to Animals, nor did I have any offer for The Wall. I simply wasn’t very creative thoughout that period. I have enormous respect for Roger who works extremely hard on his own, but I find that process difficult. A good deal of Dark Side Of the Moon, for example, was written when we were together. Subsequently, more and more composition was undertaken separately. After Animals Dave and I did solo albums and in that interim Roger wrote the whole of The Wall. All credit to him, but I think he came to view what he’d written as his solo project.
It was a very difficult and sad time for me. Naturally, I didn’t want to leave the band, but once I was thrown out I managed to persuade myself that it was bound to happen and that Roger and I couldn’t work together anyway. Still, I wanted to finish the recordings – most of my parts had already been taped. I also wanted to do shows as a kind of final goodbye. That was hard and I’m not sure how I did it. I must have completely blanked out my anger and hurt. It was an awkward situation for all of us to be in, but in the English ‘stiff upper lip’ manner we just got on with the job.
It was an extraordinary show to have put on and, despite everything, I enjoyed performing in it. The thing I remember most is the really odd feeling I got from playing without seeing the audience. I suppose it’s the way members of an orchestra feel in the pit of a theatre or an opera house, only I wasn’t used to it. Also, when the wall was up the roadies and stage crew would be moving around anda working as you were playing in a way they couldn’t if they’d been visible to the audience. As someone remarked, the illusion was that we could have played tapes, returned to the hotel, then simply run back for the final encore.
Audiences were mesmerized. Nobody had done anything like it before, nor has there been anything like it since. In some future history of rock shows, I’m quite sure The Wall will feature as one of the most influential and unforgettable“.
Em 1994, algumas bandas ativas ou reativadas surgidas no fim dos 60’s e início dos 70’s, como Pink Floyd, Deep Purple, The Who, Emerson Lake & Palmer e Black Sabbath, com tempo de existência variando de 24 a 30 anos, eram consideradas dinossauros. Pejorativamente.
E eram mesmo dinossauros. A ênfase viso outra:
Estamos em 2021, e bandas com 26 a 30 anos de atividade como Pearl Jam, Offspring e Green Day (essas duas, vindas dos 80’s), Foo Figthers (primeiro disco é de 1995), somadas a uma quase quarentona – Red Hot Chili Peppers – estão por aí ainda, pintando cabelo e bigode (Grecin 2000 mesmo), fazendo “música alternativa” – aham – e passam longe de serem consideradas dinossáuricas.
O q explicaria isso?
Falta de coisa nova parece ñ ser; umas tranqueiras surgidas na cola dos Strokes (de q falávamos outro dia) e do Coldplay estão por aí (algumas já com shows revival) e a gente q é mais velho q ñ liga, mas com uma molecada q curte… a esmo e aleatoriamente enquanto joga videogame ou interage em redes “sociais”.
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Falta renovação? Novidade? Interesse? Mídia cagou e andou? O rock finalmente virou música de fundo?
Tem uns 10 dias q o Jessiê lá no @bangersbrasil resenhou “Cryptic Writings” (Megadeth), q pra mim é o último disco essencial e obrigatório da banda, o q opinei ali.
Fiquei com isso na cabeça e busquei um post antigo do märZ aqui, “Prazo de Validade”, lavrado em 28 de Agosto de 2014, em q o amigo discorria a respeito de discos recentes desnecessários de bandas consagradas e/ou outrora maiores. A partir dos quais daria pra ficarmos sem.
Juntei lé com cré pra parir a lista de hoje. Q a memória ñ 100% confiável desconfia ñ ter sido feita ainda.
TOP 10 ÚLTIMOS ÁLBUNS OBRIGATÓRIOS (critério: a obra intrínseca + a importância na discografia de sua banda)
TOP 10 DISCOS Q SAÍRAM COM NOME-FANTASIA DE BANDA, POR FATORES Q ENVOLVERAM CONTRATO, PREGUIÇA OU FICÇÃO LEVEMENTE DESONESTA, Q NA VERDADE ESTAVAM MAIS PRA DISCOS SOLO DO LÍDER DA HORDA:
“The Final Cut”, Pink Floyd?
“The Eternal Idol”, Black Sabbath?
“A”, Jethro Tull [admitido]
“Restless Heart”, Whitesnake [idem]
“The System Has Failed”, Megadeth [admitido, negado, desementido…]
todo e qualquer disco do Annihilator, incluídos os ao vivo, pós-“Set the World On Fire”
“Chinese Democracy”, Guns N’Roses?
“Seventh Star”, Black Sabbath featuring Tony Iommi [né?]
“Peeping Tom”, Peeping Tom
todo e qualquer disco de banda formada, separadamente, por Noel e Liam Gallagher após o Oasis
OBS: “Resurrection”, do Halford (e tb os outros da ‘banda solo’) ñ consegui incluir nem nesta, nem na lista da semana passada (discos solo com cara da banda matriz). Pra mim fica num limbo. Opiniões?
Freud dizia q “o inconsciente se revela nos chistes e nas parapraxias”, o q traduzindo do português de Portugal da tradução da Editora Imago, significa: nas “tiradas” (piadinhas corriqueiras) e nos atos falhos.
A lista de hoje pretendi um TOP 10 DE ÁLBUNS DE TÍTULOS SINCERICIDAS, q até acredito q as bandas e/ou artista ñ perceberam (nem todos) estarem dando TIRO NO PÉ ao entregarem de bandeja seus álbuns menos bons ou inspirados pra vender no Mercado.
[critério nem é tanto ‘de pior para menos ruim’, mas a combinação entre a sinceridade e a ruindade; subjetivo, claro, daí virar tema para discussão]
parte 1 – dead men tell no tales? (com colaboração/sugestão do baixista e comparsa no “projeto Angry Again“, Carlos Zardo Jr. Valeu)
Printado de página enigmas_da_guerra, do Instagram. Fala por si. E q apenas torço pra q, sendo verdade, alguém – de preferência, ñ hollywoodiano – transforme o episódio num filme ou série.
E a homenagem do Sabaton (aquele “Manowar C” com vocalista de tecnobrega) a respeito.
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parte 2 – stone dead forever
Nada a ver com Roger Waters, “The Wall” ou Pink Floyd. Nada a ver com séries (intermináveis) e filmes b manjados sobre zumbis. Esta “In the Flesh” é uma série sobre mortos-vivos, cujo protagonista, Kieren Walker, é um morto vivo. Um zumbi. Um “ñ-morto”. E achei genial.
Em algum momento recente (2014) houve um levante de mortos-vivos, com conseqüente morticínio de gente viva e extermínio dos “podres”. A trama começa da constatação de terem encontrado CURA e TRATAMENTO para os “ñ-mortos”, q passaram a ser denominados portadores da “Síndrome do Óbito Parcial”. Foda.
Alguns deles, devida e institucionalmente tratados (com injeções diárias) e razoavelmente serenados (pois ñ esqueceram terem matado e/ou canibalizado pessoas antes) foram enviados de volta às suas casas e famílias. Reintegrar à sociedade. E aí o bicho pega.
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Sem dar spoilers: os vivos são muito piores q os “podres”.
A trama é centrada em cidade pequena, Roarton. Medo, preconceito, fake news e radicalismo religioso os aguardam. O q inclui toda uma milícia organizada, Exército Humano Voluntário (HVF, no original), homenageada pelos vivos como “heróis” (aham) pra então combatê-los, querendo manter-se ativa. Há o radicalismo dum grupo de “ñ-mortos” tb. E uma segunda (e última) temporada voltada a políticos tentando se aproveitar da situação, dos envolvidos. De ambos os “lados”.
Qualquer semelhança com um certo país q elegeu um monstro (vivo) fascista é mera coincidência.
Essa mesma temporada final tb se vale dum expediente meio místico (uma “segunda ressurreição” aguardada e temida), e o derradeiro episódio (dos nove totais – 3 da primeira, 6 da segunda) termina ambíguo: meio q “fecha” a trama em suspenso, meio q dá a entender q uma 3ª temporada caberia.
Achei bom do jeito q ficou. Fóruns e informações sérias sobre “In the Flesh” dão conta de q teria trama pra uma 3ª temporada, mas a BBC ñ renovou. E tudo bem pra mim. Perigava perder a graça, o incômodo (as cenas gore existem e são menos repulsivas q tantas outras), a missão da série, q parecia a de incomodar, perturbar, fazer pensar. Em vários níveis.
Bons atores, personagens bastante carismáticos e antipáticos, nas devidas medidas.