FALTANDO CARBONO 14
Me ajudem numa reflexão?
Em 1994, algumas bandas ativas ou reativadas surgidas no fim dos 60’s e início dos 70’s, como Pink Floyd, Deep Purple, The Who, Emerson Lake & Palmer e Black Sabbath, com tempo de existência variando de 24 a 30 anos, eram consideradas dinossauros. Pejorativamente.
E eram mesmo dinossauros. A ênfase viso outra:
Estamos em 2021, e bandas com 26 a 30 anos de atividade como Pearl Jam, Offspring e Green Day (essas duas, vindas dos 80’s), Foo Figthers (primeiro disco é de 1995), somadas a uma quase quarentona – Red Hot Chili Peppers – estão por aí ainda, pintando cabelo e bigode (Grecin 2000 mesmo), fazendo “música alternativa” – aham – e passam longe de serem consideradas dinossáuricas.
O q explicaria isso?
Falta de coisa nova parece ñ ser; umas tranqueiras surgidas na cola dos Strokes (de q falávamos outro dia) e do Coldplay estão por aí (algumas já com shows revival) e a gente q é mais velho q ñ liga, mas com uma molecada q curte… a esmo e aleatoriamente enquanto joga videogame ou interage em redes “sociais”.
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Falta renovação? Novidade? Interesse? Mídia cagou e andou? O rock finalmente virou música de fundo?
FC
1 de setembro de 2021 @ 18:49
Isso acontece porque não tem ninguém gigante no rock contemporâneo, que tenha formado uma nova geração de fãs.
Em 91, 92, fazia sentido um tiozão jurássico dizer “Guns e Pearl Jam são uma bosta, bom era o Led”.
Tente fazer isso hoje. Provavelmente os tiozões vão ter morrido e os fãs de rock dos anos 90 e os que estão ouvindo agora irão juntos aos shows do Pearl Jam e Guns.
E a falta de gigantes e de uma nova geração acontece também porque a galera tem outras coisas pra fazer. Na nossa época era rádio, disco, revistas, tudo relacionado a música.
Hoje é Videogame, Netflix, Whatsapp… Tem o Spotify mas nesse sentido ele mais atrapalha do que ajuda.
André
2 de setembro de 2021 @ 07:17
Um dos problemas é que o rock/metal não abraçou a tecnologia como outros estilos. Há uma resistência besta. Tem gente que só aderiu às redes sociais por falta de opção na pandemia ou estariam na mesma. Um monte de banda que não atualiza página de facebook, twitter ou instagram. Quando tem.
Por exemplo: aquela geração dos emos anos 00 jamais teria existido sem orkut e fotolog (lembram disso?). Enquanto isso, os rock/metal continuam com fetiche de gravar cd e fazer turnê na Europa. Falando num contexto brazuca, obviamente.
Alexandre Bassul
2 de setembro de 2021 @ 16:53
Não houve inovação. São dinossauros, pq são a pré-história do Rock, criaram, inventaram, influenciaram… Quem faz esse papel hj em dia? Metallica? Iron Maiden? São tantas “influências” que até a criatividade se perdeu. Pouco ou nada se criou desde então. Avenged Seven Fold tem ótimos músicos. Covers sensacionais, mas a música não alcança quanto os “pre-historical” influencers. E assim segue a gama musical atual. Nem Dream Theater teve expoente de criação e desenvolvimento… Me apedreje. Kkkkkk
Marco Txuca
2 de setembro de 2021 @ 22:13
Teu aparte, André, me lembrou desta.
Alguém mais lembra?
https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/1155896-festival-de-glastonbury-pede-para-brasileiros-pararem-de-sugerir-shows-do-restart.shtml
Enquanto o Restart “quase” foi pro Glastonbury e o Cansei de Ser Sexy (putz) tocou nas Zoropa, o metal nacional fica lembrando q André Matos “quase” entrou no Iron Maiden.
E cometendo coletâneas tributo duplas ao Black Sabbath e ao Slayer (essa última, recém-lançada. Ganhei e nem deslacrei).
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Bem-vindo, Bassul!
Sem pedras: o q vc citou sobre o Dream Theater assino embaixo. Com sangue do dedo mindinho.
André
2 de setembro de 2021 @ 23:08
“E cometendo coletâneas tributo duplas ao Black Sabbath e ao Slayer (essa última, recém-lançada. Ganhei e nem deslacrei).”
Cometer tributo ao Vodu e Stress ninguém quer. Bando de paga pau de gringo.
Avenged Sevenfold tentou fazer um Black Album. E, digo isso de maneira literal, já que copiaram na cara dura. Não sei como Lars não sapecou um processo nos caras.
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A verdade é que virou crime compor sons cantáveis de 1990 pra cá. E, a assimilação ficou restrita. Outros estilos assumiram esse papel e o resultado está aí. Todo mundo tem que gritar e baixar a afinação. Do contrário, não é metaaaaaaaaaaaaaaaaal.
André
2 de setembro de 2021 @ 23:15
Continuando: o elo com as bandas clássicas foi cortado a partir da década de 90 quando tudo que veio antes foi considerado ultrapassado. Só que a tal nova geração, nem de longe, conseguiu criar obras longevas e dar continuidade ao que faziam. O resultado é que a maioria dos festivais de rock/metal continuam a ser encabeçados por bandas clássicas.
Lembro de discutir com um babaca que ficou indignado quando eu disse que essas bandas Lollapalooza, no máximo, enchem um Sesc. E, que os ingressos daquela edição se esgotaram por causa do Metallica, não por causa da Florence The Machine ou qualquer merda dessas.
märZ
3 de setembro de 2021 @ 08:03
Novos dinossauros existem, só não levam esse nome. Ainda. Basta olhar o line up do Rock In Rio por aqui ano que vem no dia do metal: Iron Maiden, Megadeth e Sepultura. De novo.