20 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
O encarte em “Live In Montreux 2010” (2011), q trata da apresentação em si e circunstâncias, descreve em seus últimos parágrafos o falecimento, planos interrompidos e como Moore se via no mundo da música.
Escrito/assinado por Dave Ling, jornalista inglês da revista Classic Rock:
“Tragically, Moore died of a heart attack during a getaway break in Spain on 6 February, 2011 – seven months to the day after this Montreux gig.
The world of music was stricken with grief. There were tributes from Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Bob Geldof, Roger Taylor, Scott Gorham, Glenn Hughes, Zakk Wylde, and Bryan Adams and many more, even from the realm of extreme metal thanks to Opeth‘s Mikael Åkerfeldt. When Europe played at the Shepherd’s Bush Empire in London shortly afterwards, their guitarist John Norum offered an affectionate rendition of ‘The Loner’, the Max Middleton song that Gary had recorded to such emotional effect on ‘Wild Frontier’. Neil Carter, who only the previous summer had reconnected with Moore through the teaching of music at a school attended by all three of the latter’s children, was especially distraught.
‘We were due to go into the studio next week. Gary had some ideas for an album – a Celtic rock album – and we were going to start working on those’. Neil informed Classic Rock, referring to the likes of ‘Days Of Heroes’, ‘Where Are You Now’ and ‘Oh Wild One’. ‘I hesitate to use the word genius but there was something otherwordly about Gary. He was a truly gifted individual. I shall miss him a lot’.
Though the likes of Metallica‘s Kirk Hammett, Vivian Campbell Of Def Leppard and the late Randy Rhoads (of Ozzy Osbourne, Quiet fame) and more have all cited his playing as an influence upon their own techniques, the 58-year-old was a modest and unassumng man – especially so during the final years of his life.
‘I don’t think I’m undervalued (as an artist); I’ve had all the accolades that I could wish for’ he told me back in July 2006. ‘I’ve felt overrated sometimes, not underrated. Being called a legend makes me cringe’.
Well, now there’s very little choice in the matter…“
Piada sobre o produtor (Tony Iommi) no final dos agradecimentos em “Quartz” (1977):
“Producer’s quote: ‘I told you it would be finished by half past nine months ago’“.
“Quartz”, Quartz, 1977, Jet Records/Classic Metal
sons: MAINLINE RIDERS / SUGAR RAIN / STREET FIGHTING LADY / HUSTLER / DEVIL’S BREW / SMOKIE / AROUND AND AROUND / PLEASURE SEEKERS / LITTLE OLD LADY
formação: Mick Taylor (vocals), Geoff Nicholls (guitar & keyboards), Dek Arnold (bass), Mick Hopkins (guitar), Mai Cope (drums)
–
Sim, era a banda do Geoff Nicholls, pareceiraço de sons, copos e aditivações nasais de Tony Iommi. Mesmo q tivesse gravado este disco de estréia mais um de retorno – “Fear No Evil” (2016). Mas é o q ficou no imaginário.
Além disso, Iommi produziu “Quartz”. Segundo o Metal Archieves, tendo gravado tb umas harmonias guitarrísticas (aposto q ainda uns solos), sem levar esse tipo de crédito devido a divergências contratuais de gravadoras.
Curiosamente, a estréia do Quartz saiu pela Jet Records, de co-propriedade de Don Arden, então empresário do Black Sabbath e pai da futura Sharon Osbourne. Ozzy Osbourne q consta haver gravado backing vocals nalgum som q ñ se sabe bem qual (e duvido q ele lembre eheh), mas q acabou ñ ficando na mixagem final.
Segundo a mesma fonte. Q tb a cita alguma participação de Brian May na coisa, sem se saber o q nem em qual faixa, mas q tb ñ entrou no fim. Ação entre amigos. Tutti buona genti. Enfim.
E o q é o som do Quartz, lançado em 1977 e inscrito nos cânones da NWOBHM? Ñ parece Iron Maiden, ou Motörhead, nem Judas Priest; q entre si tb nunca pareceram, muito menos pareceram Def Leppard e ficaram todos sob o teto NWOBHM. Parece bem mais Black Sabbath, o q soa óbvio.
***
Mas o Sabbath daquela fase desconsiderada,“Technical Ecstasy” e “Never Say Die!”, pendendo mais ao primeiro. E parecendo mais em termos de clima. Com mais violões até. Uma outra aproximação: lembram da forçação de barra imensa e acintosa, de q o Blue Öyster Cult teria sido “o Black Sabbath dos EUA”? É tipo o BÖC (incluída a cozinha discreta/inofensiva) se o BÖC fosse bom, inglês e tivesse alguma noção de riffs.
A singularidade maior deste disco: ñ houvesse menção no encarte ao vocalista chamado Mick Taylor (nada a ver com o ex-Rolling Stone), daria pra jurar q Ozzy Osbourne gravou o disco todo. E dum modo melhorado: quase um Ozzy q soubesse cantar. Com direito a dobras e harmonias vocais. Curioso.
Os sons se desenvolvem em pouco mais de 36 minutos, e meus preferidos são os sabbathicos mesmo. “Mainline Riders” (escrupulosa e estrategicamente situado na abertura, pra já ganhar o ouvinte; me ganhou), “Devil’s Brew” e a vinhetinha “Smokie”, longinquamente aparentada das brisas de “Master Of Reality”.
Só q o trabalho tb agrada a quem curte Fletwood Mac (“Sugar Rain”, quase radiofônica) e Thin Lizzy (vide dobras guitarrísticas e requintes em “Around And Around” e “Pleasure Seekers”). A menção anterior ao BÖC dá as caras em “Street Fighting Lady”. Mas todas referências de aproximação, ñ chupins.
A banda ficou perdida entre mudanças de formação, contrato e dispensa (ñ venderam o suficiente) em selo major e algumas vãs tentativas de retorno. Sem chance, nem destaques ou maiores saudades.
Um disco agradável, q pode ser pensado como “o disco q o Black Sabbath gravou e ñ lançou”, sei lá. Lançado à época por aqui (uau) e recentemente relançado em cd pelo tal selo Classic Metal.
Legal.
*
*
CATA PIOLHO CCLXXIII – “Dead Again”: Type O Negative ou Mercyful Fate? // “Breaking All the Rules”: Peter Frampton ou Ozzy Osbourne? // “Hypnotize”: Audioslave ou System Of A Down?
Tool levou o prêmio de “Best Metal Performance” de 2019 no 62º Grammy ontem, por “7empest”.
Concorriam tb Candlemass com participação de Tony Iommi (“Astrolus – the Great Octopus”), Death Angel (“Humanicide”), I Prevail (“Bow Down”) e Killswitch Engage (“Unleashed”).
Quem liga?
The Freddie Mercury Tribute, abril de 1992, Wembley Stadium. Acho q todo mundo aqui soube de q se tratou; chegou a passar na Band, acho q ñ ao vivo no dia. E do monte de gente – alguns convidados por estarem na “moda”, outros provavelmente por exigência de gravadora – q participou.
Todo mundo lembra de Axl Rose, Elton John, Metallica, David Bowie rezando pai nosso e quase achando q era um tributo a ele, a gostosa da Lisa Stansfield, George Michael… E q foi a última aparição pública de John Deacon. O dvd triplo omite algumas coisas, como a versão de “Innuendo”, com Robert Plant, a pedido do próprio. E algum show inteiro, ñ lembro se do Def Leppard ou do Extreme.
Mas o ponto nem é esse:
Vez ou outra, nas audições noturnas por aqui de YouTube, cato uns trechos disso tudo (o último evento relevante de arena?) e o q mais acabo vendo é a versão de “I Want It All”, com Tony Iommi e Roger Daltrey. Mais lembrada e comentada por Iommi e pela pataquada antiquada de Daltrey com seu cabo de microfone de 1 km.
Mas se o pessoal aqui quer saber, acho q foi a melhor versão na porra toda. Ñ é q a voz desse outro Roger encaixou como uma luva? Puta som. Fora a parte pitoresca de ter sido a PRIMEIRA VEZ em q a música foi executada ao vivo.
O Queen ñ excursionou, sequer fez shows, pra promover “The Miracle” e “Innuendo”, seus derradeiros lançamentos.
A quem sabe de q se trata, por favor ñ dar spoilers.
A quem ñ sabe, sugiro ouvir antes de ler os comentários no You Tube. E prestem atenção ao solo.
(ou 2 primeiros solos. Parecem ser 3)
Candlemass novo.
Q tal? Nada mal?
Ou nada mau?
Como um disco solo acaba virando um disco da banda? Com inevitáveis atritos entre integrantes, graças à gravadora. Tvz Tony Iommi e Dave Mustaine já tenham passado por algo similar; mas Ian Anderson entrega esse b.o. na versão remasterizada (2004) de “A” (1980):
“During the hiatus in Tull‘s activities following the Stormwatch album and tours, I decided to make a solo album featuring new Tull member Dave Pegg and new pal Eddie Jobson (ex UK, Zappa band and Roxy Music). Eddie brought along his drummer friend Mark Craney, with whom he had been recording his own solo album, and we set to work in the rehearsal studio with some of the new tunes I had written.
In what was to turn out to be a landmark and not-too-wise decision, I asked Martin Barre to come and play on a couple of tracks. Martin complemented the line-up perfectly and ended up playing on the whole thing. The big and orchestral piano and synth sounds of Eddie’s keyboard rig were a powerful but not dominating feature of the end result and the Jobson electric violin fitted with the folk influences that sneaked into a couple of tracks.
But it was mainly to be a foray into a more hard-edged electric and less quaint music that emerged me to write and arrange the material.
But then came the surprise.
The finshed album was played to the record company guys and their reaction was to strongly suggest that the record be released – not as a solo Anderson Project – but as the new Jethro Tull album.
Tull drummer Barrie Barlow had gone on record as not wanting to continue as a band member anyway, but Evans and Palmer had started a new band called Tallis, to further their interest combining classical and rock music forms.
I deliberated, prevaricated and said I needed to talk to the other Tull musicians first to see where they were headed on their new projects but Chrysalis Records boss Terry Ellis went public in the press with the story that the new Tull line-up was to feature Jobson and that the other guys had been ‘replaced’.
Of course, to read about it in the music press was not the right or proper way for John Evans, Barrie Barlow and David Palmer to find out about the difficult matter and they were understandbly and rightfully pissed off.
(…)
To Mark, all too briefly a member of the extended Tull family: the Ian Anderson solo album that never was“.
Parece documentário bônus no relançamento comemorativo-remasterizado de “2112”.
Errado. O relançamento comemorativo-remasterizado é q deveria ser o bônus.
25 minutos sem excessos. Alex Lifeson e Terry Brown, produtor do Rush por muito tempo (entre “Fly By Night” e “Signals”), falando de música, instrumentos, artifícios de gravação e etc. O tipo de coisa q eu acho do caralho.
O tipo de coisa q eu sinto uma falta absurda nas biografias bandísticas ou de músicos. Bruce Dickinson, Dave Mustaine, Anthony Kiedis, Kim Gordon, Peter Hook, Nick Mason, por exemplos q me ocorrem. A de Tony Iommi chega a ter um tanto. Falar dos sons, dos arranjos, dos estúdios, das doideiras, de quanto durou fazer um disco específico, essas coisas.
Parece haver uma biografia do Led Zeppelin voltada a esse aspecto, hum?
***
Um detalhe no vídeo acima: a hora em q Lifeson fala da falta de fotos ou registros à época. Se pensarmos o Rush como banda q foi ralando ano a ano (provavelmente a única banda a fazer turnês de TODOS os seus discos) e q nunca esteve num holofote, tvz tenham faltado registros do tipo mesmo.
Menos mal existir ainda a MEMÓRIA. E câmeras pra registrar esse tipo de coisa.
Torço pra q saiam ainda mais documentários deste tipo. Do Rush, destrinchando os demais discos. E de monte de bandas. Pq vida pessoal, intrigas, fantasmas internos e esqueletos no armário acho legais até a página 2. Se trata de pessoas fazendo música. E música é o principal.
Vídeos legendados assim no You Tube tb vão fazendo Keith Richards ganhar anos de vida eheh