Nos últimos dias, ñ foram duas vezes q vi gente pela internet ostentando “Lotus” (acima) e dizendo ser “o disco do ano”. Soen? Nunca ouvi falar.
Fui pesquisar. Nada no Metal Archieves. Algo só na Wikipédia gringa: “super grupo sueco de prog metal consistindo de vários músicos pica de metal extremo” (tradução minha). O mais conhecido, Martin López, ex-Opeth.
Ah
Steve DiGiorgio tocou – provavelmente pagaram, tocou – com a banda num disco apenas (o valor agregado permanece…), “Cognitive”, o primeiro. De 2012. “Lotus”, recém-lançado, já é o 4º.
Essa mesma Wikipédia dá conta de serem banda descaradamente influenciada pelo Tool, com o q López endossa, dizendo considerar o Tool ñ só uma banda, “mas um estilo”.
Ah
YouTube pra sacar uns vídeos. Peguei os 2 recentes: “Covenant” (acima) soa Tool com clipe de Rammstein. E uns truques meio “Arise” no fim eheh
Puta produção incrível.
A faixa-título (acima) achei mais Pink Floyd q o “The Division Bell” inteiro. Gostei mais. E penso q tvz a comparação com Tool (do qual, no mais, fizeram uso de mesmo produtor) soe insuficiente: parecem ter mais lenha pra queimar do q só isso.
Ñ parecem exata ou estritamente metal ou prog metal, mas um progressivo q tem vindo lá das Escandinávias e q demanda tempo, paciência e prioridades pra se dissecar, digerir, assimilar. Ñ acho q seja meu caso, mas beleza.
O entusiasmo dos comentários youtúbicos, por ora, vai me dando conta de serem o maior hype no metal desde o Ghost. Já ñ era sem tempo. Segue a dica, com moderação.
Ainda ñ li a letra. O som, ñ curti tanto. Mais do mesmo.
Mas essa porra desse clipe, ainda mais nessa hora em q “gente” eleita (aspas e minha resoluta recusa em chamar de “presidente”) e tornada ministerial caga pela boca sobre “nazismo de esquerda”, menino abrir porta, menina ganhar flor, “universidade ñ é pra todo mundo” e etc.
A porra desse clipe, repleta de referências (inclusive ao grupo Baader-Meinhof?), super produzido ao extremo, tvz seja o q a presente zeitgeist mais precisava. Sei lá. Como me recomendou o amigo Leo: “os caras se propuseram a fazer uma síntese estético-histórico-cultural de um país complexo pra caralho como a Alemanha, e DEU CERTO!”
Ou ñ. Quem vai aguentar ver clipe de 8 minutos? Temos tempo para tal tipo de polêmica?
Já tem vídeo entregando as “referências” mastigadas.
O q acho, por hora, é q o Rammstein acertou. Mesmo q o zeitgeist seja outro agora. Bem pior. Os caras progridem, nós aqui só regredimos. Cada vez mais, ainda mais nos últimos 3 meses. Mitando e andando. Puta q pariu.
OBS: se o link ñ abrir, é pq o You Tube tá considerando impróprio pra menor. No celular, consegui abrir e ver.
Papo recente com amigo afastado (culpa minha!) e webmaster da bodega, o sr Sidney Guerra, rendeu umas indicações de bandas alemãs/cantadas em alemão, a mim desconhecidas. E creio q aos amigos aqui tb, daí eu repassar.
A princípio, pela ordem das mais esquisitas. Q ñ necessariamente curti – tb ñ aprofundei, admito – mas q podem render assunto.
Hämatom é o primeiro caso. “Made In USA” a seguir achei completamente Rammstein, chupim q dói. Mas sem nenhum sal (ou páprica) ou graça:
Fuçando o Metal Archieves, vi ñ serem tão antigos, contando com 6 discos + 1 ao vivo + 5 eps, uma coletânea e uma pá de singles. Desde 2005. Produtivos, parece.
***
O outro som, “amor antigo ñ enferruja”, curti mais e tem clipe q alterna humor duvidoso, mau gosto e depressão. (O final do clipe ñ poderia ser outro). Vai ver, senso de humor alemão é formado dos três combinados…
Tb ñ saquei a do visual, meio new metal, Slipknot de brechó com corpsepaint de micareta, sei lá. Q reflete no som: ñ chega a ser um metal típico, tem tiques new metal, cacoetes industriais, pitadas metalcore. Cantado em alemão ajuda. “Groove metal”? Um negócio por vezes indigesto, mas por razões erradas.
Tipo sanduíche do McDroga na última Copa do Mundo q misturava hambúrguer de carne (carne de McDonald’s) com hambúrguer de frango empanado. Faz sentido assim ou se tenta misturar qualquer coisa pra obter algum resultado?
Na boa? A melhor coisa a acontecer no heavy metal mundial nos últimos 5 anos.
Poréns? Vários, se escolher ser chato: banda montada por empresário, ênfase no visual, marketing virulento, gimmicks óbvios. Mas se for ver por aí, artistas como Bowie, Kiss, Alice Cooper, Rammstein, Slipknot, Ghost e Marilyn Manson também nadam no mesmo balde, em maior ou menor grau. Fazem ou fizeram uso de recursos similares.
O fato é que a banda toca MUITO, e as meninas dão um show de coreografia e carisma. E a vocalista principal tá cantando cada vez melhor e periga virar uma singer de verdade. O impacto é irresistível e o contraste hipnotiza. Grande jogada de quem inventou de juntar o injuntável. E, além de tudo, estão servindo de porta de entrada para drogas mais pesadas, vide a molecada que passou a notar esse estilo de música por causa das japinhas e dos japões, e que vai aos poucos assimilando outras bandas.
Sua popularidade no resto do mundo é assombrável, e parece que só aqui a coisa não decolou. Preconceito?
Admito: ñ estive tão a par de muita coisa do Laibach pra além dos consagrados “Opus Dei” e “Let It Be”, e de “Volk”, disco de hinos nacionais bizarramente revisitados. Ou ainda dos vídeos antigos aleatórios pela internet.
Um pouco, claro, pq a horda pouco se deixa saber – ainda ñ dão entrevistas, hum?
E aí, o passeio aleatório recente pelo You Tube revelou isto:
Q me causou aquele espanto: o Rammstein, q soava um Laibach evoluído, vai precisar correr muito atrás pra chegar no patamar. Q é dum disco recente, “Spectre” (2014), já adquirido, pq ainda fartamente munido daquela veia distópica deles. Mesmo os sons ao vivo soando melhor q em estúdio. Como esse “Bossanova”
“Europe is falling apart” diz o refrão de “Eurovision”. Eu ñ ouso discordar.
Vejamos e convenhamos: tirando nos EUA e, tvz, por aqui, bandas inspiradas em Rammstein surgiram a torto e a direito. Aos cântaros. Bandas reconhecidas se inspiraram neles com parcimônia, como até mesmo o Nightwish.
Nada de banda revolucionária: apenas uns ogros competentes surgidos na hora e lugar certos. Com os 2 últimos discos fazendo mais do mesmo e demonstrando declínio aparente, repetição da proposta, marasmo de idéias.
Aí vem Peter Tägtgren (Hypocrisy e Pain) e monta projeto com o vocalista Till Lindemann. Banda intitulada Lindemann, q recém-desovou álbum de estréia conceitual sobre parafilias, abaixo: