UM ANO DEPO1S…
… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
Uma divagação em 3 partes:
UM: tenho um amigo fanático por Iron Maiden, codinome Leoh Connor, um daqueles q todos aqui provavelmente (já) conhecemos, q coleciona tudo da banda e q – especificamente no caso dele – ñ passa duas semanas sem q faça algum post comemorativo no Facebook.
Aniversário de disco, de dvd (antes, vhs), de show no Brasil, de single, da banda, dos integrantes e ex-integrantes (ninguém nunca parece sair do Maiden) e, bobear, até do papagaio do Bruce Dickinson.
(Q esse eu sei o nome: Merlin)
Impressão q dá é q dá pra anotar numa agenda cada um dos eventos e tabular, quantos, em 365 totais (366 em anos bissextos) seriam dias de Iron Maiden. Coisa demais.
***
DOIS: há uns 15 dias o Jessiê fez enquete-duelo entre discografias do Iron Maiden e Judas Priest, por ordem cronológica de lançamentos, lá no bangersbrasil. 16 duelos, em q os discos do Maiden venceram 12, alguns até em “modo 7 x 1”.
Curiosamente, o Judas (ou o Priest?) só ganhou embates quando contra “No Prayer For the Dying”, “The X-Factor”, “Virtual XI” e “Brave New World”. Outra coisa q percebi é um desconhecimento do pessoal ali sobre discografia anterior ao “British Steel”. O amigo ficou indignado com a sova q o “Sad Wings Of Destiny” [corrigido] tomou ahahah
***
TRÊS: conversa natalina com o amigo Jairo Vaz, muito fã de Maiden, em q me disse haver ganhado de presente o single da “Aces High” em LP. (Puta capa, já tive ele). E q estaria planejando colecionar os singles do Maiden, em vinil mesmo.
É muita coisa e muita grana envolvida. Nada contra (quando muito, fui atrás daquelas versões em cd duplo q vieram com os singles), dei a maior força, mas acho q ñ é pra mim.
Sei de fã do Maiden q certamente tem de 3 a 4 versões do mesmo disco – lp original, cd primeiro lançamento, cd duplo com os singles, cd remasterizado q monta a cara do Eddie nas lombadas, e agora as versões digipack – e creio haver os hipsters (“geração ‘you'”, Leo) comprando os lps remasterizados em vinil de 180g.
Eu ñ posso, nem quero, com essa loucura, mas reitero: respeito.
O ponto em q eu quero chegar é assim:
Claro q existem os fanáticos chatos insuportáveis (ñ só de Maiden. Os fanáticos por Dream Theater – até mais q os bolsonóias Manowar – acho os seres mais insuportáveis na cadeia alimentar do heavy metal), pra quem parece q só existe a banda favorita no mundo; os/as fãs de Metallica pós “Load” q lambem qualquer porcaria por eles lançada (vide “S&M 2”)…
… existem aqueles fãs de rock progressivo q colecionam (e tb parecem curtir) tudo daquelas bandas de 3º, 4º e 5º escalão do estilo (Gentle Giant, Premiata Forneria Marconi, Focus, Soft Machine e etc.), tem os fãs de Rush absolutamente dedicados e q lá fora contavam em centenas os shows (o documentário “Time Stand Still” mostra demais esse tipo) a q tinham ido…
… tem os fãs categóricos de Black Sabbath, q juram de morte quem prefere Ozzy a Dio (eu ñ!), consideram “Sevent Star” Sabbath (idem) e q abominam a “fase Tony Martin”. Assim como tb os iconoclastas e idiossincráticos q preferem mesmo “Born Again” e o “Headless Cross”. E variações infinitas sobre o “mesmo” tema.
Conheci um fã de Motörhead (acho q é amigo do Tiago Rolim, o Marco Loiacono) q simplesmente mandava vir da Alemanha todos os discos da horda em lp, cd e fita cassete.
Existem os fãs de Slaaaaaaaaaaaaayer. E recentemente, mulher tb.
E tem tb os beatlemaníacos insuportáveis, dogmáticos e intolerantes, pra quem nada nem ninguém nos últimos 50 anos lançou coisa igual ou melhor q os 4 de Liverpool.
Mas haveria fã mais fã de uma banda – considerando devoção e colecionismos – q fã de Iron Maiden?
versus
Versão conhecida do Faith No More pra “War Pigs”. Manjada até. E pra mim, melhor q a original sabbáthica.
Heresia é mato.
Inclusive por conta da parte do “bla bla bla bla bla bla bla blaa”, no lugar de “day of judgement, God is calling”. Tb manjada. Ame ou odeie. Sempre curti.
Até ver nos comentários do vídeo linkado, a seguinte teoria sobre esse trecho, proposta por um tal KoKor gelir, há 2 anos:
“He’s mockering with Ozzy and DIO:
No more war pigs have the power (Ozzy)
Hand of God struck the hourrarraghragh (DIO)
Day of blablablabalba bla bla (Ozzy)
On their knees the war pigs crawlingooroaghroagh (DIO)
Begging mercy for their sins (Ozzy)
Satan laughing spreads his wings roahroagroaghroagh (DIO)”
O q me faz pensar desde então: “porra, faz sentido!”
Né ñ?
por märZ
Me deram de presente uma assinatura do tal Spotify. “Tem tudo com somente 2 cliques!” – me disseram, entusiasmados. Aceitei, testei, realmente é uma mão na roda (se você não se importa em ouvir música via celular) e me acompanhou numa recente viagem à Bahia. Me fez refletir também em como as coisas mudaram desde que comecei a ouvir música a sério, como fã de “rock pauleira”.
***
Havia muito pouco disponível em 1985. Desse pouco, menos ainda chegava na minha pequena cidade. E desse pouquinho, tínhamos acesso a menos ainda. LPs eram caros, conhecia raríssimos fãs desse tipo de música e qualquer coisa que chegava aos meus ouvidos era ouro. Mesmo se fosse porcaria.
Ficava namorando as capas de discos na loja, deslumbrado com a arte. Ozzy, Dio, Maiden, Whitesnake, AC/DC, Kiss. Era fascinante, era perigoso, era… quase proibido. Não era bem visto pela sociedade majoritariamente católica conservadora da época. Nossas mães odiavam, o que aumentava ainda mais a vontade de ter e ouvir. Mas eu nem toca-discos tinha, somente um 2×1 portátil onde ouvia as duas rádios FMs locais e gravava fitas toscas sempre que rolava alguma música legal na programação. Invariavelmente, perdia o começo de todas. E foi nele que passei muito tempo ouvindo as fitas que gravava de amigos. De LPs ou outras fitas, que eram reproduzidas dezenas de vezes, e mal se ouvia o que estava tocando.
“Esse é o Dio“, “Sério? Tem certeza que não é o Ozzy?”
Alguém tinha alguma fita com “Piece Of Mind”, outro ganhou o LP “Powerage” de aniversário – “pode me emprestar pra eu gravar na casa do tio de um amigo?”. Já outro tinha “um rockão, cara, você vai pirar!”. Era Ted Nugent. Gravava tudo que colocava as mãos. Se alguém dizia que tinha um amigo no bairro tal que comprou o “Kiss da capa azul”, você perguntava o nome e que ônibus pegar até lá. Saía de casa num sábado antes do almoço, pegava 2 ônibus pro tal bairro, subia um morro, passava a caixa d’água municipal e ia perguntando: “você conhece um tal Vitor que mora por aqui?”… até achar o cara.
Batia a porta, se apresentava e explicava. “Sim, tenho um disco do Kiss, mas não empresto nem gravo porque meu cabeçote tá fudido”. Voltava pra casa de mãos vazias. Quantas vezes passei por algo parecido…
***
E havia o tal Metallica, de quem ouvíamos falar o tempo todo, mas ninguém tinha ouvido, muito menos tinha algo físico. Todo novo amigo metaleiro que fazia já perguntava: “já ouviu Metallica?”. A resposta era sempre negativa. Tinha gente que pensava que era banda brasileira, por causa do nome com grafia e fonética meio latina. Demorou um tempão até conseguir ouvir algo deles. Um amigo de um amigo de um amigo veio dos States e trouxe uma coletânea caseira em fita, sem capinha, sem nomes de bandas ou músicas. “Ele falou que tem duas músicas do Metallica aqui!”. Ouvimos com atenção e aparentemente as identificamos, pela descrição que líamos na revista Metal.
“Porra, som massa! Metallica é foda!”
Aconteceu que as duas músicas que ouvimos por meses achando que era Metallica, na verdade era English Dogs. “Fight Fire With Fire” e “Ride the Lightning” passaram batidas aos nossos inexperientes ouvidos metálicos.
O começo foi assim, depois foi aos poucos mudando. Mais discos foram lançados no mercado brasileiro, mais fãs foram aparecendo, o metal ficou popular por aqui. Era difícil mas era legal. Bons tempos aqueles, em que eu tinha 8 ou 10 álbuns gravados em fitas cassete e ouvia a mesma coisa, over and over, até literalmente gastar (ou arrebentar) as fitas.
“Minha fita do ‘Metal Heart’ já era, me empresta a sua pra eu gravar de novo?”
Foi um longo caminho até os modernos “2 cliques”, mas fico feliz de ter testemunhado tudo de perto.
Foi lá no grupo de Acumuladores Colecionadores no Facebook q surgiu isto. Um colega ali estranhando a capa de seu “Slide It In” (Whitesnake) em LP conter uma foto miniatura da mesma. Q pesquisou por aí e ñ achou registro desse tipo de tiragem etc.
Tão logo me ocorreu a lembrança e a sensação idiota de “porra, como nunca falei disso no TCH?”, dei sequência ali no papo. Era de álbum de figurinha roqueiro dos 80’s. Ou Stamp Color ou Rock Stamp. Dúvida solucionada.
E o barato foi ver monte de gente, inclusive o dono do disco, completamente sem registro disso ter ocorrido. E é uma das minhas lembranças mais surreais: haver existido álbum de figurinhas de rock, hard, heavy metal. Quando eu estive na 2ª ou 3ª série.
Eu NADA conhecia sobre as bandas, ñ tenho nenhum desses álbuns hoje em dia, e ñ os colecionei até o fim. Mas tive até ñ muito tempo atrás figurinhas (cromos) de Ozzy (a grandona ali abaixo) e Lars Ulrich (fotos do encarte do “Master Of Puppets”) colados em móveis e/ou pastas velhas. Lembro de figurinhas de Jeff Beck, Iron Maiden, Twisted Sister e outros. Envolvia integrantes e capas de discos.
Revendo via Google… Putz, tinha figurinhas de capas de discos nacionais!
Alguém mais por aqui teve acesso a isso?
Já busquei em sebos e nada encontrei. Ñ sei usar ML, mas já vi à venda por aqueles “lados”. Morro de vontade de adquirir algum, mesmo q ñ 100% completo.
Alguém aqui tem algum desses pra me vender ou me compraria pra eu reembolsar?
RANKING DE TERÊNCIOS/TERENCINHOS PRA MIM:
Isso existe e eu comprei na Galeria do Rock esses dias. 40 foratemers.
Cd + dvd estilo bootleg. Pirataço descarado; tanto q nem tem nome de selo q lançou, apenas um CNPJ na contracapa. E toda a informação disponível é a q consta acima na capa: “Live In Camden, New Jersey – 2004”. Encarte tem, mas só fotos.
Foi um episódio em q o Ozzy teve alguma caganeira e ñ pôde tocar com o Sabbath. Solução? Pegar o vocalista da banda de abertura, um certo Judas Priest, pra fazer o freela. Q é o q torna o episódio lendário: Rob Halford fez a abertura E o show principal!
O repertório é o seguinte: “War Pigs”, “N.I.B.”, “Fairies Wear Boots”, “Into the Void”, “Black Sabbath”, “Iron Man”, “Children Of the Grave” + o riff de “Sabbath Bloody Sabbath” seguido de “Paranoid”.
Vale a pena? Como documento histórico. Vídeo razoável, áudio bão. Desempenho da banda, q incluía Bill Ward, bem satisfatório, e o priest apenas rateando nos 3 últimos sons, os mais fáceis. Tvz fosse cansaço.
Comprei pelo receio de mandarem recolher. Acho q ñ pega nada. E só resta torcer pra lançarem O SHOW sabbáthico com Halford, de fato, q foi o ocorrido em 1994, quando entrou no lugar do Dio e cantou repertórios Ozzy e Dio foderosamente.
Tem no You Tube e já postei até por aqui. Inclusive.
Disco novo do Motörhead saindo. Sim.
https://www.metal-archives.com/albums/Mot%C3%B6rhead/Under_C%C3%B6ver/662570
Até previsível, pra quem os acompanhava e lia q fariam um disco de covers após “After Shock” (2013). Dito até antes do mesmo ser lançado, e q ñ foi cumprido. Haja visto o “Bad Magic” (2015) seguinte e – de fato – derradeiro. Previsível e até oportunista, por conter covers já lançados em álbuns regulares, como “God Save the Queen” (do “We Are Motörhead”), “Cat Scratch Fever” (do “March Ör Die”) e “Sympathy For the Devil”, de fato a última do último.
Tem “Hellraiser” nele tb, q pra mim ñ é cover, e sim co-autoria. Até pq a motörhéadica foi a tornada hit, desovada posteriormente à “do Ozzy“.
**
Até oportunista – no mau sentido – ñ tivesse sido desovado o equivocado “Clean Your Clock” (2016), q só fez expor indevidamente os estertores lemmynistas. E até bem-vindo, no q tange trazer faixas avulsas, até então lançadas em discos-tributo (“Whiplash”, “Breaking the Law”, “Starstruck”), trilhas sonoras (“Shoot ‘Em All”) ou como bônus em versão japonesa do “Bastards” (1993 – “Jumpin’ Jack Flash”). Versão de “Rockaway Beach” ñ sei onde lançaram.
E q contém (conterá) apenas 1 som inédito, versão de “Heroes” (David Bowie), q ñ reprisa som homônimo próprio contido em “Motörizer” (2008). E q… sei lá… versão de David Bowie?! Pra hipsters e roqueiros de Rock In Rio?!
Todo modo, ñ obstante objeções e birras deste q vos bosta bloga – afinal, irei comprar “Under Cöver” – fizeram um vídeo pra “Heroes”. Q curti. Bem mais q aquele funeral ominoso, q o “Clean Your Clock”, q a versão em si e q algum oportunismo inoportuno da coisa.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=J06yQb4lbPk[/youtube]
Maldito cisco no olho!
[baseado em idéia original do amigo Miguel Jabur]
John Bonham ficaria orgulhoso. Tony Iommi parece q ficou sabendo e curtiu, mas ñ se gaba. Deveria.
Bill e Geezer ficaram de dizer o q acharam em duas vias separadas, protocoladas em cartório, a me enviarem cópias autenticadas até sábado sangrento sábado. Ozzy tvz leve de 15 minutos a 15 dias pra explicar e pode ser q entenda. Quem sabe aparece por aqui e nos manda aquele “we love you all“.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=n6UmRmFHAkE[/youtube]
Ice T.
1991. Yo!