Conhecido meu compartilhou ontem no Facebook. Sem spoilers.
LemmyKilmister em seus últimos meses, versão improvável (e acho q sem querer) de “Overkill”. Estado terminal do homem. Saia justa pra Mikkey Dee e Phil Campbell; imaginem-se nos lugares.
Ñ curtia na época assistir aos shows q duravam pouco mais de 20 minutos, q era o q ele agüentava em pé. Entendo q era o q queria: morrer no palco. E ñ rolou. Tb ñ vi até hoje o tal funeral, com homenagens q eu acredito terem sido 90% sinceras, mas sei lá.
Pra mim, a obra devia falar mais. Pessoas deveriam estar ouvindo mais Motörhead, do q ficar polemizando ou requentando declarações de Lemmy. Deixaram mais de 20 discos, vale a pena. Ler as letras, inclusive.
Mas, sei lá. Consegui ver isto aqui e ñ achar cruel. Mas a imagem e a VOZ q eu guardo Dele já ñ eram estas.
Pois olha q hoje Lemmy Kilmister faria 75 anos. E daqui 4 dias fará 5 q se foi.
Ñ parece tanto tempo; por outro lado, nada ficou pra trás. Os discos do Motörhead permanecem, os videoclipes, os shows no YouTube, os canhotos de shows (cinco) q fui dos caras e tal.
O amigo Jessiê fez um post legal lá no @bangersbrasil, retirado do documentário “Lemmy”. E ficou uma dúvida sobre o som q toca ao final do trecho. Chama “Don’t Matter to Me” e é dum disco solo q ainda ñ foi lançado, sei lá pq.
(jamais nos esqueçamos de q só o Rush acabou sem deixar sobras, hum?)
Enquanto isso, aproveito o ensejo pra homenagear. Inscrevendo o momento no tempo do ano covídico. Fan video: vc tem 2’45” pra ouvir a palavra de Lemmy?
Sei q o Uriah Heep foi uma grande banda “b”, da 2ª divisão dos 70’s, mas a real é q sempre tive preguiça de ir atrás. Motivo: mudanças infinitas de formação, impossível pra eu assimilar.
Sei q têm lá um “Tony Iommi”, membro original q resolutamente mantém a lojinha aberta – o tal Mick Box – mas é tanto ex vocalista e ex tecladista, q deixei quieto.
Tenho 2 discos aqui: aquele ao vivo na União Soviética de capa vermelha, e até recentemente campeão em sebos + um recente, “Into the Wild”, q tive q ir até onde está guardado pra lembrar do nome. Q comprei pq tava em oferta, na base do “um dia vou ouvir melhor e ver qual é q é”.
Tvz eu ache algum tempo pra isso na quarentena eheh
Mas falei do Uriah Heep só pra contextualizar o falecimento da vez.
Pessoal aqui tem dicas? Ressalvas? Deixar pra lá tb?
***
Outra coisa é a live abaixo. Nova geração duma molecada metaleira estadunidense.
Sempre tive vontade desse tipo de coisa: fazer uma música como se fosse outra banda tocando. O q fizeram esses caras na “versão Iron Maiden” pra Oingo Boingo. Q, ñ fosse o vocal, pra mim teria ficado ok.
Em tempos de No Class, sugeri isso uma vez: pegarmos umas músicas de outras bandas e fazer como se o Motörhead tivesse coverizado ou composto. A deixa foi aquele tributo ao Queen – “Dragon Attack” – em q Lemmy cantou e tocou guitarra base em “Tie Your Mother Down”, mas ñ com o Motörhead de fato (era Ele, Ted Nugent na guitarra solo, Bruce Kullick na guitarra base, Rudi Sarzo no baixo e Tommy Aldridge na bateria), e q ficou muito a ver.
Poderia ter sido composta pelo Motörhead, de certo modo.
A idéia ñ andou: o baixista escolheu “Sunday Morning” (Bolshoi) e o guitarrista, “There’s A Light That Never Goes Out” (The Smiths), q fomos incapazes de motörheadizar. Na real, nem a cover do Queen acabamos fazendo.
Sei q eu curtiria algum cover de Van Halen q tivesse 2 vocalistas: um “David Lee Roth”, outro “Sammy Hagar”, com um fazendo só os sons do outro e vice-versa. Acho q só eu pagaria pra ver, mas tudo bem.
Divagações à parte, vídeo acima rende uns likes/dislikes, ou nem?
Quarentena, algum tempo livre, resolvi pegar este aqui
Q comprei em 2017 em Londres. Demoro bastante pra ler em inglês, um pouco mais q o Bostossauro fazendo pronunciamento em português, então vamos lá.
Surpreendente. Sujeito articulado e agregador, com opiniões embasadas. Ñ no sentido punk “foda-se”. Inclusive fala mal dos punks cabeça-fechada desde q foi – ainda em tempos de “Sex Piss-ups” (sic) – em programa de rádio e tomou bronca de Malcolm McLaren por ter tocado Peter Hammill, Captain Beefheart e Can.
Tem tb um linguajar próprio, cheio de trocadilhos e gírias, q fez com q a editora colocasse aviso no início do livro sobre o livro ser uma autobiografia do cara “em suas próprias palavras” (sic), o q faz com q em alguns momentos a ortografia ñ seja correta ahahah
(um dia posto isso na pauta “encartes”)
***
Legal o livro tb ñ ficar só nos Pistols. Dura até a página 178 (de 538 totais), mais q o suficiente. Legal tb ñ perder muito tempo com infância e vida pregressa, embora tenha passado poucas e boas. Do tipo ter tido meningite (por contato com mijo de rato) aos 7 anos, o demandou 1 ano de internação hospitalar e gerou dano cognitivo/neurológico de ter esquecido “tudo o q sabia” até então.
Ñ conseguia falar (pensava, saíam sons inarticulados – afasia) e ñ reconhecia nem os pais. Mas os irmãos, sim. Enfim.
***
Mas o motivo de eu postar isto aqui, fora pela empolgação (e ñ acabei ainda; estou na p. 276) foi querer destacar umas curiosidades:
Sid Vicious (aliás, nome de batismo John Simon) e John (Jah) Wobble, eméritos baixistas toscos, eram amigos de escola de Lydon
Chrissie Hynde (The Pretenders) era amigona já na adolescência e tentou ensiná-lo a tocar violão, o q recusou por preguiça e por “ser canhoto”
a mãe de Sid era “junkie profissional” e deu de presente ao filhão uma vez um tanto de heroína. E havia suspeitas de q punha drogas na comida do filho
quando do assassinato de Nancy Spungen, foi Mick Jagger quem interveio com advogados, o q me fez pensar numa certa confraria/maçonaria do rock (um dia faço post)
antes dos Sex Pistols nunca teve banda, jamais tinha escrito uma letra de música ou sequer cantado. Grande coisa e tudo a ver, mas caso raro de alguém q parece ter surgido abruptamente. Combustão espontânea
as roupas dos Pistols, desenhadas e costuradas por Vivienne Westwood, demandavam alfinetes pra segurar e pq eram modeladas pra mulher (camisetas baby look e calças pegando no saco) e ela era péssima estilista
ler tudo isso me tem feito pensar no quão deliberadamente Marcelo Nova se inspirou no “personagem” Rotten/Lydon pra se tornar aquele personagem/figura pública (meio “fiscal de cu”) característico
Mas o mais engraçado deixo pro fim: Lemmy tentou ensinar Sid a tocar baixo. Segue o trecho:
(p. 145)
“Off all people, it was Lemmy from Motörhead, amongst others, who tried to teach Sid to play bass. Lemmy was really funny about it; he said, ‘Sid has no aptitude at all, no sense of rhythm, and he’s tone deaf’”
Tem 37 anos q comecei a ouvir música diária, febril e obsessivamente. Há 30 eu toco bateria, sendo q JAMAIS toquei Rush em ensaio ou na frente de qualquer pessoa. Só no air drumming solitário. Pq é pecado, uma heresia, seria um desrespeito da minha parte.
E pq ñ consigo tocar. Entendo, mas pouca coisa consigo tentar imitar.
Assim: Peart foi o meu maior ídolo. Meu maior herói. Pra mim, o melhor baterista de todos, da História. Ñ aceito discussão.
E se é certo q a gente vem sofrendo com a morte de inúmeros ídolos q admiramos, e q essa enxurrada morfética está longe de encerrar, tenho q por mais q tenha lamentado as mortes de Lemmy, Animal Taylor (me abalou mais, pq inesperada), Jeff Hanneman, Johnny Ramone ou Raul Seixas, a morte de Neil Peart me pesa mais pq DÓI.
Nada q eu possa dizer fará alguma justiça ou sentido. Se temos ídolos, é pq os mesmos nos servem de modelo, de parâmetro, de ideal daquilo q gostaríamos de ser.
Jamais serei Neil Peart, jamais conseguiria ou conseguirei. Mas pra além da bateria, havia o letrista, o inconformista, o anti-estrela, o exemplo, o freak, o nerd e o gênio. Tudo o q eu gostaria de ser e vou tentar continuar tentando. Ainda q na fantasia.
O Thrash Com H declara luto oficial de 30 posts por Neil Elwood Peart.
A banda parece q chama Parasyche. E a estratégia pra aparecer vem ficando manjada, mas ainda rende um caldo: postar no YouTube versão de música conhecida como se vários vocalistas famosos a tivessem cometido. Alguns, executado. Duplo sentido e tudo.
Dá pra dar umas risadas, mas de ver uma 3ª vez já meio enjoa.
Pontos altos: Bruce Dickinson (perfeito), David Gilmour, Geddy Lee e Lemmy Pontos baixos: Dio, Serj Tankian, Joey Belladonna e Kurt Cobain (nada a ver)
Foi nalgum post facebúquico do amigo märZ ou do amigo bonna em q fui apresentado a esse Asomvel.
Q catso de banda com nome de amaciante de roupa?
Dizer q o vocal ñ é um cosplay de Lemmy é brincadeira. Heresia. Ao menos tenta ñ soar rouco igual.
Chamar de chupim de Motörhead ñ procede 100%. Uns 95%, tvz. 5%, influência ahah
E é banda já meio antiga: primeiro disco de 2009. Lemmy deve ter ouvido/ouvido falar; o q ñ sei é se falou algo a respeito. Eu me sentiria lisonjeado, mas tb querendo chutar o saco desses caras. Na real: ñ sei se estou sabendo lidar. É legal, mas me sinto traindo a causa lemmynística eheh
Por outro lado, é daquele tipo de banda q já sei q ñ vai me ficar muita coisa. Tipo banda paródia, até divertida, mas pra ouvir a cada 2 ou 3 anos.
E o pior mesmo é q andaram tocando aqui pelo Brasil. Ñ há muito. Abril Pro Rock e por aqui pertinho, num boteco fuleiro (onde já toquei com o cover de Motörhead!), o Mineiro Rock Bar. Em Osasco. Putz.