A FAREWELL TO THE KING
Tem 37 anos q comecei a ouvir música diária, febril e obsessivamente. Há 30 eu toco bateria, sendo q JAMAIS toquei Rush em ensaio ou na frente de qualquer pessoa. Só no air drumming solitário. Pq é pecado, uma heresia, seria um desrespeito da minha parte.
E pq ñ consigo tocar. Entendo, mas pouca coisa consigo tentar imitar.
Assim: Peart foi o meu maior ídolo. Meu maior herói. Pra mim, o melhor baterista de todos, da História. Ñ aceito discussão.
E se é certo q a gente vem sofrendo com a morte de inúmeros ídolos q admiramos, e q essa enxurrada morfética está longe de encerrar, tenho q por mais q tenha lamentado as mortes de Lemmy, Animal Taylor (me abalou mais, pq inesperada), Jeff Hanneman, Johnny Ramone ou Raul Seixas, a morte de Neil Peart me pesa mais pq DÓI.
Nada q eu possa dizer fará alguma justiça ou sentido. Se temos ídolos, é pq os mesmos nos servem de modelo, de parâmetro, de ideal daquilo q gostaríamos de ser.
Jamais serei Neil Peart, jamais conseguiria ou conseguirei. Mas pra além da bateria, havia o letrista, o inconformista, o anti-estrela, o exemplo, o freak, o nerd e o gênio. Tudo o q eu gostaria de ser e vou tentar continuar tentando. Ainda q na fantasia.
O Thrash Com H declara luto oficial de 30 posts por Neil Elwood Peart.
FC
13 de janeiro de 2020 @ 13:59
Estamos ficando cada dia mais carentes de gênios. E ninguém tem a capacidade de pegar o bastão. Tremendo problema isso.
Jessiê
13 de janeiro de 2020 @ 21:13
Foi um choque pra mim. Nutria uma afeição quase pessoal pelo cara, ia além do lance músico/banda.
Marco Txuca
13 de janeiro de 2020 @ 21:27
Tvz eu tenha exagerado no dia, dizendo a alguns amigos q estava “órfão”. Mas é quase isso. Um amigo, baterista, 11 anos mais velho q eu e 11 mais novo q o Peart, me disse q estava perdendo “o irmão mais velho”.
É por aí.
Nunca interessou divulgar as tretas internas. O Rush sempre foi o q o Foo Fighters vai morrer sem conseguir: a banda dos caras mais legais da praça.
Fui a um show cover sábado (q nem era pelo motivo enlutado: já era show agendado há mais de mês) e o clima era de reverência e VELÓRIO: tinha gente chorando. O baterista monstro estava nitidamente abatido e chocado.
Fez um solo bastante verossímil e representou Deus demais.