ENCARTE: CHAOS SYNOPSIS
Finzinho dos agradecimentos do amigo Jairo no encarte de “Art Of Killing” (conceitual sobre serial killers – 2013):
“Also big thanks for the psychopaths out there, who made a beauty history for our investigation“.
Finzinho dos agradecimentos do amigo Jairo no encarte de “Art Of Killing” (conceitual sobre serial killers – 2013):
“Also big thanks for the psychopaths out there, who made a beauty history for our investigation“.
08.02.19 – Sesc Pompéia, São Paulo
A real é q fui ao show pq tava barato. 30 kitgays é menos q cd’s da Rollins Band q andei comprando. Tb fui pq o amigo Leo me falou – e ñ foi! – ou eu ñ ficaria sabendo.
Conhecer o Ektomorf, só de ouvir falar. O único álbum deles q tenho é o “Destroy”, q comprei no outro domingo, no Overload Beer Fest, e do qual tocaram 1 som só. E q deu pra ver a semelhança absurda do vocalista com o Max. Cavalera. De assustar.
E o resumo bem poderia ser o seguinte: trata-se de um Soulfly q toca Soulfly ao vivo, sem encher o saco com Sepultura mal tocado no repertório.
Falo do Lacerated And Carbonized primeiro. Tb ñ os conhecia. Mal e mal, de ouvir falar, pelo amigo Jairo (aê!). E me surpreendeu o tanto de gente ali pra vê-los; o evento estava mais pra bandas dividindo palco q pra banda de abertura + banda principal.
Um tanto por perceber muita gente vinda do Rio – certamente no mesmo busão dos caras – ali presente. O Sesc estava bem cheio (ñ lotado) na noite quente de sexta. O ambiente era propício, tinha cerveja, chope e horário decente; daqueles bem-vindos, de se poder pegar o metrô a tempo de voltar.
Novos hábitos, novas bandas, boas novas.
E os sujeitos tinham um merchan melhor q o dos húngaros, de q só vi camiseta. Cariocash trouxeram cds, camisetas e macacões pra bebês com logotipo. Postura séria e profissional, distante das bandas q lambem e se lambuzam no tal do “underground“, na fuleiragem, na tosqueira. Ponto pra eles mesmo.
Ñ conhecia os sons, a proposta, e por isso pude curtir com isenção. Ñ me agradou a ponto de eu comprar cd, mas entendi uma pegada death metal variada, sem descambar pro blast beat o tempo todo, conjugando pegadas death de outros modos. Sons com dinâmica, alguns em português, sem maiores destaques instrumentais. A ñ ser o baterista, q achei meio inseguro e abusando dos triggers.
(o cara é novo, Robson?)
As bases guitarrísticas (um guitarrista só), somadas ao baixo, ñ deram impressão de falar outro guitarrista. Tvz faltasse um pouco de solos, mas sei lá. O vocal é bom e contrastava o gutural com a fala malemolente entre os sons; falta um pouco mais de experiência e de algo a dizer entre os sons. Mas aí, até o Krisiun…
Tvz o material visual apele um pouco àquele metal favela q o Sepultura ostentou entre as fase “Arise”, “Third World Posse” e “Chaos A.D.”, mas pode ser chatice minha isso. A banda tenta trazer a desgraça do Hell de Janeiro pros sons, e se isso significa um novo ciclo de bandas tentando falar às pessoas aqui (ao invés de sonhar ser grandes no Japão ou “tocar no Wacken”), parece bom.
Boa banda, com público e proposta.
Set list: 1. “L.A.C.” 2. “Third World Slavery” 3. “Awake the Thirst” 4. “Spawned In Rage” 5. “Narcohell” 6. “Bangu 3” 7. “Ódio e o Caos” 8. “Bloddawn” 9. “Severed Nation” 10. “Seeds Of Hate” 11. “Decree Of Violence” 12. “Hell de Janeiro” 13. “System Torn Apart” 14. “Mundane Curse”
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Quanto ao Ektomorf, a surpresa (ñ só minha) foi a acolhida aos caras. Aquele público q o Soulfly insiste em desprezar.
Pq a pegada deles é bem Soulfly mesmo – sem o talento das bases do Max – com ocasionais tiques thrash. O baterista é melhor q o Zyon, e o vocalista (ñ guardei nomes, nem pesquisei) ñ parecia o Max (Cavalera), física nem vocalmente. Estava mais pra Robin Flynn, do Machine Head, tvz uma nova influência. Ou tvz a impressão a mim causada, por estar usando camiseta do Machine Head…
O show teve bem mais músicas do q imaginei, certamente por conta dumas emendadas em outras. Galera pedia uns sons específicos, bradando refrões idem, e ñ percebi se tocaram de fato. Era nítida a surpresa dos caras com o público cantando junto – aquele clichê da banda q toca pra ninguém na Europa e toca aqui pra mais gente. E estava muito, muito, muito ALTO.
Defeitos? Dois, a meu ver. Técnicos. Um: a caixa e os pratos do baterista muito agudos. Destoam do som, negativamente. Dois: o segundo guitarrista disputando frequências com o baixista; falta timbrar melhor ou tirar um da banda ahahah
Na platéia, o Max do Krisiun assistia o show junto do baterista do LAC, próximo à mesa de som. Outro destaque periférico: ainda q se trate de banda com influências de Soulfly/Sepultura, pela primeira vez fui a um show em q camisetas do Krisiun prevaleceram. Sinal dos tempos.
O público parece q mudou. A fila andou. Ainda bem. Ñ era sem tempo.
Muita mulher e criança presente. Bom sinal.
No fim, foi uma noite q curti. E do tipo de evento q pretendo continuar prestigiando – como já fiz com o Krisiun, em janeiro, e com o Chaos Synopsis em 2016 – enquanto Bolsolixo ñ acabar com a verba dos Sescs. Afinal, tudo favorece: preço (teria pagado 15 kitgays se tivesse meia entrada, ou até 6 se tivesse carteirinha da instituição), data, horário, ambiente. E com bandas pra valer, verossímeis, tanto gringas quanto nacionais.
Ainda q pra mim daqui uns anos vá ficar só a lembrança de eu ter visto uma banda húngara de heavy metal. Duvido q aconteça de novo. Ou tão cedo.
Set list: 1. “The Prophet Of Doom” 2. “AK 47” 3. “Fury” 4. “Faith And Strenght” 5. “Bullet In Your Head” 6. “Tears Of Christ” 7. “Infernal Warfare” 8. “Blood For Blood” 9. “If You’re Willing to Die” 10. “Eternal Mayhem” 11. “Holocaust” 12. “I Know Them” 13. “Evil By Nature” 14. “Black Flag” 15. “Gypsy/Show Your Fist” 16. “I Choke” 17. “Outcast” 18. “Ambush In the Night” 19. “Aggressor”
Ano horrível, uns lançamentos cá, outros lá. Bora encavalar umas listas a respeito?
MELHORES ÁLBUNS DE 2017, PRA MIM:
E só comprei/ouvi esses 10 lançamentos mesmo. Estou na espera do Cavalera Conspiracy novo, ainda sem previsão de sair nacional, q certamente tiraria algum desses aí do pódio
MELHORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS EM 2017, MAS LANÇADOS NOUTROS ANOS:
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PIORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS ESTE ANO PASSADO:
E foram bem poucos, pq há tempos (desde 2016) venho adotando austeridade em comprar disco. Nada de comprar se está em oferta só pelo preço, ou coisa do tipo. Além disso, tenho me achado sem tempo de ficar “descobrindo” coisas duvidosas e descobri tardiamente o You Tube como test drive eheh
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MELHORES LIVROS DEVASSADOS EM 2017 E Q ME ATREVO A RECOMENDAR:
PS – tem o livro-catálogo da Hipgnosis tb, mas ñ é bem um livro a ser lido. Se é q vcs me entendem…
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DISCOS DESNECESSÁRIOS DA VEZ:
o auto-tributo de Edu Falaschi (q passarei longe de ouvir) e o tributo ao Helloween por Roland Grapow, constrangedor mesmo à distância (e q tb ñ pretendo ouvir).
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SHOWS DO ANO:
o do Ratos de Porão com Lixomania, no dia mais horrendo do ano pra mim, mas q meio q salvou minha sanidade. Fora esse, vi Megadeth, Claustrofobia lançando tardiamente o “Download Hatred”, Violeta de Outono lançando disco legalzinho recente, Orquestra Sinfônica Municipal tocando trilha de “2001” e foram todos ok.
Ainda q o show sobrenatural/memorável do The Who, q só vi pela tv, tenha comido todos esses outros e vários outros ainda, com farinha e sem viagra. Puta merda.
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PREVISÕES DE SHOWS:
virão por aí o Focus, Ian Anderson, Scorpions querendo acabar, CJ Ramone sozinho ou tocando com alguém, esses arroz de festa. Cuidado quem comprou já ingresso pra Ozzy e/ou Roger Waters: vai q os velhos morrem no caminho!
E é isso.
Hora pra listarmos os melhores do ano passado. E tb os piores. E ainda outras coisas.
Segue:
MELHORES ÁLBUNS DE 2016 PRA MIM:
Foi um ano atípico pra mim, pq comprei/ouvi ainda outros álbuns de 2016, q acabaram ñ entrando na lista: Borknagar, Abbath, Zumbis do Espaço (a 5 contos em sebo), o novo do Rolling Stones e ainda outros…
E o box “Autopsy – The Years 1985 2014 In Pictures”, do Coroner, ñ incluí propriamente na lista por: 1) ñ conter material inédito; 2) considerar hors-concours. Neste ano passado, e pelo menos desde 2014. Melhor material q adquiri este ano, disparado.
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MELHORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS EM 2016, MAS LANÇADOS EM OUTROS ANOS:
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PIORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS ESTE ANO:
Sete dentre esses comprados em sebo, baratinho, pra conhecer… Menos mal q ñ foram caros.
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ÁLBUNS DESNECESSÁRIOS:
Dois:
Pior saber q lá fora saiu cd + dvd e q a gravadora aqui, fora lançar desmembrado, ainda promete lançar o dvd logo… Putz.
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MELHORES LIVROS DEVASSADOS ESTE ANO E Q RECOMENDO:
Li menos Stephen King do q deveria este ano passado. Ainda estou lendo livros q ñ precisa compromisso em acabar logo, como “Sócrates, Brasileiro” (coletânea de colunas dele à Carta Capital) e “Conquista do Inútil”, de Werner Herzog (diário alucinado/depressivo de filmagens do alucinado “Fitzcarraldo”).
Este último, lendo desde 2015.
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MELHORES SHOWS 2016:
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PREVISÕES DE SHOWS:
Pra 2017 tá fácil prever a enxurrada de festivais se acotovelando. Tendência ou falência dos esquemas?
Por conta da sanha rapinante dos tais promotores de shows, q se atropelam uns aos outros e o público q se foda. Depois, dá pouca gente e a culpa é da “crise”.
Vide Lolla Pra Loser (em março – com um tal Metallica de headliner), daí em maio o tal Maximus Festival (Slayer, Linkin Park da Mônica e Ghost por ora confirmados), daí em junho um tal Liberation Festival, q de confirmado mesmo só tem King Diamond, ñ necessariamente headliner, ñ necessariamente confirmando o show “Abigail” na íntegra. E custando 400 reais. Bah
Há o tal “Pumpkins United”, do Helloween com os vocalistas todos, q é praticamente um festival em si. Anunciados pra outubro – 1º show da turnê aqui em SP mesmo – parece q já esgotou os ingressos. Eia.
Fico com os shows em SESCs, Clash Club e Carioca Club mesmo. Mais baratos, hipsters free e tal. E se o Coroner, lançando mesmo o tal disco novo, vier pra cá, ñ cometerei o erro de ñ ir novamente!
Conheci o baixista/vocalista da banda em 2009, quando resenhei sobre eles por aqui, conhecendo o Chaos Synopsis – de quem nunca tinha ouvido falar – na abertura pro Sinister. Jairo passou a visitar o Thrash Com H desde então, e eis q nem tinha me dado conta de tanto tempo passado – 7 anos! – sem tê-los visto mais, quando me avisou mês passado q tocariam no Sesc Belenzinho, um puta lugar.
Sem abertura. Só eles.
Contemporizo um outro Jairo conhecido no metal brasileiro, aquele Jairo Guedes (Guedz) eterno “ex-Sepultura“, q vez ou outra assola o noticiário com algum novo projeto… q dá em nada. Distam muito esse conhecido e o Jairo Vaz – e a banda, claro – q de 2009 pra cá saltaram da demo “Garden Of Forgotten Shadows” pra já 3 (TRÊS) álbuns fodidos: “Kvlt Of Dementia” (2009), “Art Of Killing” (2013) e “Seasons Of Red”, do ano passado.
No meio disso, montes de show pelo interior de SP, na Polônia e videoclipes nada mambembes. Banda de gente q faz, em vez de mandar buscar. Gente q ñ é “metal nacional” nem fica lamentando falta de lugares imaginários pra tocar. Tocam. Banda a qual Ñ CABE ficar descrevendo “parece gringa” ou como “a novidade” ou como os caras q vão pegar o lugar do Sepultura ou de sei lá quem – esses clichês de crítico whiplash/RC.
(até pq o “lugar” do Sepultura é o da nostalgia. Deixa pra lá)
O Chaos Synopsis tb ñ adere a fórmulas mágicas de sucesso, tipo pôr batucada no som gratuitamente ou chamar gente “ilustre” do metal brasuca pra participar de show e de discos. Praticam um híbrido death/thrash próprio, característico, q só evolui. E q exala influências, sem no entanto soarem chupim deste, daquele ou daquele outro.
O show na última sexta foi impecável. Exemplar. De parte do lugar, q ofereceu estrutura profissa absurda (amplis, retornos, mics, mesa de som, espaço pra vender merchan) e da parte da banda, q ofereceu SOM, pontualidade (hora cravada, sem migué), atitude, timbragem monstra das guitarras (q ñ embolam), da bateria (baterista tem endorsee e ñ precisa ficar ostentando 20 pratos, como o do Torture Squad) e do baixo, claro. A única comparação com gringo q eu faria seria no aspecto sonoro: tudo muito alto, claro, definido e preciso. E com o Krisiun, q eu vi há quase 2 meses num outro Sesc e teve as mesmas condições, pq tem tb um patamar mais elevado.
O “lugar” foi devidamente ocupado, sem intimidações ou amadorismo.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=5hhWK98iq58[/youtube]
Enfim. 12 sons, de todos os álbuns + 1 novo – de split com um certo Terrordome polonês – em uma hora. Parece pouco tempo? Ñ foi. Os caras se divertindo tocando, 50 pessoas presentes se divertindo com a banda, mas sem perder a truezice (ahah). E a sensação minha, positiva, de achar do caralho banda profissa desse nível.
Faz repensar atitude de muita banda tentando alçar maiores vôos, ou q ñ conseguem fazê-lo (por incompetência) e q ñ olham pro próprio umbigo. Q ñ trampam timbre de instrumento direito (mais fácil culpar técnico de som) ou ñ tem equipamento condizente (devem ter suado pra trazer bateria de 2 bumbos lá de São José dos Campos, mas impuseram respeito aí tb), ou ñ exalam ralação, ensaio e produção adequada.
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Friggi Mad Beats, o baterista, a mim é o destaque, mas pq eu toco bateria e vejo o cara fazendo coisas complicadas parecendo simples. Faz firula mas ñ fode, manda blasts mas ñ pra se exibir demais (joga pro time), tem uma precisão absurda e uma criatividade lascada.
Melhores momentos achei as duas iniciais, “Zodiac”, “Serpent Of the Nile” (o tal som novo), “Spiritual Cancer” e “B.T.K.”, com as influências blues e rock’n’roll (sim!) muitíssimo bem articuladas. Porém, mais q indicar uma ou outra – dum set list ñ ofereceu destaques, no melhor sentido possível – conferir o video acima (filmaram o show todo, em 3 partes no You Tube) pode ratificar a maturidade composicional da banda, q faz som extremo mas com dinâmica e noção das coisas. Ñ é o extremismo pelo extremismo, comprimido e jogado na cara em vão.
Nada nos sons parece feito de qualquer jeito.
São criminosos com premeditação ahah
E q venham outros shows desse quilate.
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PS – ia brincar, bateristicamente, q o o batera lembrou de ligar a esteira da caixa só no 2º som, o q só eu e ele por ali teríamos percebido lapso… mas Jairo me disse q é do som, “Gods Upon Mankind”, q no disco usaram uma percussão egípcia q ele tenta emular ao vivo mexendo na caixa. Mas deixo o Jairão se explicar e se ufanar nos comentários. Bora, camarada?
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Set list: 1. “Burn Like Hell” 2. “Gods Upon Mankind” 3. “Sarcastic Devotion” 4. “Zodiac” 5. “Postwar Madness” 6. “Serpent Of the Nile” 7. “Like A ‘Fucking’ Thousand Suns” 8. “B.T.K. (Bind, Torture, Kill)” 9. “Chaos Synopsis” 10. “Son Of Light” 11. “Rostov Ripper” 12. “Spiritual Cancer”
“Kvlt Ov Dementia”, Chaos Synopsis, 2009, Freemind Records
sons: POSTWAR MADNESS / SARCASTIC DEVOTION / ONLY EVIL CAN PREVAIL / LXXXVI / LICENSE TO KILL / EXPIRED FAITH / BLINDING CHAINS / SPIRITUAL CANCER / 2100 A.D. / MARCH OF THE UNHOLY
formação: Jairo (bass and vocals), JP (guitar and backing vocals), Vitor (drums)
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A história é simples: fevereiro de 2009, numa das últimas vezes em q ganhei ingresso pra ir em show, o do Sinister, em q tantos foram os atrasos e as bandas (5) de abertura – q aliados a meu cansaço e saco cheio – me fizeram ir embora antes da atração principal, q acabei nem vendo.
No entanto, lembro haver ganhado o dia com a abertura do Chaos Synopsis, ao fim da qual só conseguia repetir o “caralho, caralho, caralho!” dum cara próximo. Q banda foda, q sons fodidos, q som do caralho etc. Cometi a resenha do show 2 dias depois por aqui, claramente enchendo a bola dos caras, e eis q o baterista Vitor e o baixista/vocalista Jairo descobriram o Thrash Com H – sendo o 2º um miguxo assíduo por aqui desde então – e o resto é história…
Tb foi da história a lenga-lenga de eu sempre prometer ao Jairo comprar o cd deles, este mesmo “Kvlt Ov Dementia” – já q o ep demo q adquiri ali no Tribe House, “Garden Of Forgotten Shadows”, me foi simplesmente insatisfatório – e enrolado o sujeito desde então, nunca tendo procedido à nefasta transação. Até semana passada, quando finalmente deixei a cara de pau de lado e o adquiri na Galeria.
A impressão inicial continuou exatamente a mesma lá do show. Caralho. Caralho, caralho!
Sabem o q dizem de tanta banda por aí, “parece banda gringa”? PARECE BANDA GRINGA. Produção irretocável, instrumentistas irrepreensíveis, músicas q se seguem vertiginosas, sem arrego tampouco misericórdia, uma após outra. Aquele clichê do “petardo”? ISTO AQUI.
Disse lá na resenha: “um híbrido sonoro conciso de Death com Torture Squad e Krisiun, ñ tendo tanto blast assim, mas todos duma competência técnica tremenda”.
Disse lá isto aqui tb: “Q o diga um dos solos de guitarra ter tido base no baixo em tapping (a la Krisiun). E tb momentos de harmonização das cordas bem a ver. O baterista foi o destaque, comendo tudo, sendo um diferencial ao Torture Squad por as firulas soarem pertinentes ao som, e ñ jogadas, como o Amílcar muitas vezes faz (mesmo tendo diminuído no “Hellbound”). Músicas ao mesmo tempo tendo partes thrash, vocais death, vocais rasgados (cortesia do guitarrista), tudo muitíssimo bem costurado”.
Mantenho tudo o q foi dito – tvz só ñ a semelhança com Krisiun – passados 3 anos. E ainda mais por o álbum REPRODUZIR tais elementos de modo absurdo.
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Claro q, em se ouvindo o trabalho, isso se deve à produção requintada (haja visto a timbragem da bateria, repleta de efeitos) totalmente a favor dos sons, dos vocais, das cordas, da bateria. A capa tétrica e soturna, q num primeiro momento me pareceu sofrer de inegável influência dimmubórgica, mostra-se alheia a isso: os grafismos e fotos de integrantes em camisas de força no encarte condizem com os sons, as letras, a proposta.
Poucos são os solos de guitarra, q quando comparecem ñ são estilo “fritação”. Ufa. Um, limpo e articulado, surpreende em “Spiritual Cancer”. Ponto pro trio. O q existem são palhetadas de bom gosto guiando som após som, a bateria as acompanhando e o baixo mediando tudo, sem qualquer embolação. Algo da melhor escola thrash metal q, particularmente, eu gosto pra caralho. A concisão se mostra na duração dos sons: apenas “Expired Faith” passa dos 5 minutos. Legal.
Thrash, death, cadências sem pula-pula e passagens guitarrísticas meio punk se sucedem nos 10 sons por aqui, q têm cada qual sua particularidade. Estou ainda na fase de me ambientar com tudo, sem ter conseguido racionalizar os “melhores” e os “piores” sons, daí ainda recomendar tudo. No q tange às letras, apocalipse, anticristianismo e descrença para com o ser humano vil e predatório comparecem em doses generosas; gostei, por conta de meu trabalho, da aproximação crítica da devoção religiosa com vício e doença em “Sarcastic Devotion” e em “Spiritual Cancer”. “LXXXVI” tb discorre a esse respeito, mas o amigo Jairo vai ter q me explicar melhor ela.
Pra criticar um aspecto, e ñ parecer q estou falando maravilhas do álbum por ser coisa de gente miguxa aqui do blog, tenho q a parte vocal tvz tenha tido menor atenção: embora se tenha alternâncias entre gutural e rasgado, o nível de compreensão das letras foi prejudicado. Mas tvz tenha sido isso algo intencional.
Provavelmente estou bastante por fora de lançamentos recentes do metal brasuca, ainda mais no q se refere às periferias true do nosso metal. Mas quero crer q em 2019, se este mesmo Thrash Com H estiver ainda ativo, e lançar em pauta cronofágica “Kvlt Ov Dementia”, com a pergunta “10 anos depois… o q ficou?”, as respostas alternarão entre “clássico”, “disco ainda foda” e “caralho, caralho, caralho!!”.
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CATA PIOLHO CCIX – Jogo dos 7 Erros capístico
Pq cantar em Português agora é a nova onda. Tvz pelo desencanto em “acontecer fora”. Tvz pelo inglês primário de 95% das bandas. Tvz pq o mundo vai acabar este ano mesmo, e tudo bem.
Todo modo, segue uma tranqueira legal postada pelo amigo Jairo (Chaos Synopsis) no FB já há um tempo. Reparem o refrão do precursor Thin Lizzy em português claro: “woman don’t like sanduíche de pegar no pé”
ahah
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=fHNOxWuoPTw[/youtube]
O amigo tb postou por lá uma do Death, do “Symbolic”, ñ lembro qual, com uma estrofe inteira inteligível na nossa língua portuguesa. E o amigo Tucho (Trucho), há tempos mandou lá uma do Morbid Angel em q David Vincent brada um “arroz”, claro e soltinho, aparentemente.
Mas tb nem lembro q som era – algum do “Blessed Are the Sick”, certo?
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Força Macabra fazendo escola, quem diria. Ou, no caso da horda de Lynott, sendo enrustida como influência maior q Anthares e Taurus, todos esses anos.
Outra pauta sobre aquele site macabro, Wikipédia. Sobre a história dum frango nos Estados Unidos – onde mais? – q viveu 1 ano e meio sem cabeça.
Em q aproveito pra nem sugerir às hordas Chaos Synopsis e PoisonGod q façam discos conceituais ou música(s) a respeito. Afinal, na banda de som próprio onde venho tocando – o B.M.B. – o tema cabe com propriedade!
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Mike (abril de 1945 – março de 1947) foi um frango que viveu por dezoito meses após ser decapitado.[1]
Por suspeitas de ser apenas um boato, seu proprietário solicitou que a Universidade de Utah[1], na cidade de Salt Lake, o examinasse, confirmando sua autenticidade.
Em 10 de setembro de 1945, o fazendeiro Lloyd Olsen, de Fruita, Colorado, recebeu sua sogra para o jantar, e foi procurar um frango para sua esposa preparar. Olsen não decapitou completamente a ave, de cinco meses e meio, que veio a chamar de Mike.
Não completamente certo sobre o que fazer com a sua cabeça, Olsen na primeira noite após a decapitação, deixou que Mike dormisse com ela sob sua asa; diante do fato, Olsen resolveu suspender aquele jantar.[carece de fontes?]
Apesar do trabalho mal feito por Olsen, Mike, agora sem cabeça, podia ainda se balançar em uma vara e andar desajeitadamente. Como a ave não morreu, Olsen decidiu continuar a cuidar dela, alimentando-a com uma mistura de leite e água usando um conta gotas, foi alimentado também com pequenos grãos de milho. Infelizmente, ocasionalmente Mike ficava afogado em seu próprio muco, que a família Olsen removia usando uma seringa.
Quando se acostumou com seu novo e incomum centro de massa, Mike podia facilmente alcançar os poleiros mais elevados sem cair. Seu cantar, entretanto, consistia em um som gorgolejante feito em sua garganta.
O fato de não ter cabeça não impediu Mike de ganhar peso; quando perdeu sua cabeça, tinha pouco mais de um quilogramas de peso, e quando morreu, já pesava três quilogramas.
Uma vez que sua fama tinha sido estabelecida, Mike começou uma série de excursões e shows na companhia de outras criaturas como uma vitela de duas cabeças. Foi também fotografado para vários jornais e revistas.
Como era de se esperar, Olsen foi criticado pelos, então equivalentes a ativistas dos direitos dos animais, que diziam que deveria ser terminado o trabalho que tinha começado.[carece de fontes?]
Mike estava em exposição ao público por um custo de vinte e cinco centavos de dólar, e no auge de sua popularidade chegou a ganhar $4.500 por mês. Uma cabeça cortada era também exposta com Mike, mas esta não era a cabeça original (que um gato tinha comido). Mike mais tarde foi examinado por membros de diversas sociedades humanitárias e foi declarado não estar sofrendo.[carece de fontes?]
Em março de 1947, em um hotel em Phoenix, quando voltava para casa de uma excursão, Mike começou a sufocar a meio da noite. Olsen tinha deixado as seringas de alimentação e de limpeza no local do show do dia anterior, sendo incapaz de salvar Mike. Lloyd Olsen alegou que tinha vendido a ave, tendo por resultado em histórias de que Mike andava ainda em exposição pelo país em 1949.
Os exames feitos após a sua morte, deixaram claro que a lâmina do machado tinha errado a veia jugular e um coágulo tinha impedido que Mike sangrasse até a morte. Embora a maior parte de sua cabeça estivesse num frasco, o tronco cerebral e um ouvido ficaram no seu corpo. Como a maioria das ações e dos reflexos de uma galinha são controladas pelo tronco cerebral, Mike podia permanecer bastante saudável.
Muitas tentativas de reproduzir o fenómeno foram feitas, mas as aves não conseguiam viver mais que 11 horas após a decapitação.
Desde 1999, no terceiro fim-de-semana de maio, em Fruita, Colorado, ocorre o festival Mike the Headless Chicken Day, no evento ocorre as atividades de uma corrida de 5 quilômetros denominada “5K Run Like a Headless Chicken Race”, corrida com ovo (egg toss), “Pin the Head on the Chicken”, o frango sem voz (“Chicken Cluck-Off”), um bingo (“Chicken Bingo”), e uma espécie de roleta.[2]
Há também uma canção da banda Radioactive Chickenheads sobre o frango.
É o q dá ficar perdendo tempo com sites macabros como a Wikipédia…
Ñ sei se alguém por aqui conhecia a história do ilustre bandoleiro (e “abigeatário”, nunca tinha ouvido falar: descobri ser ladrão de animais/gado) q, se ñ renderia um álbum conceitual, ao menos algum som homenageando, será q ñ?
Toque esse q dou ao Jairo (após arrumar a “garota irada” pro Chaos Synopsis e estourar… nas páginas do Estadão) ou pro miguxo Louie com a horda PoisonGod. Pensando bem, estou tb tocando em banda de som próprio: poderia fazer algo a esse respeito.
Afinal, Ed Gein e Jeffrey Dahmer já meio viraram carne de vaca (morta).
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BIG NOSE GEORGE PARROTT
Big Nose George Parrott, também conhecido como George Manuse ou George Warden, foi um abigeatário no Velho Oeste durante o final do século XIX.[1] Tornou-se notável por ter sido transformado em um par de sapatos após sua morte.[2][3]
Em 1878, Parrott e sua gangue assassinaram dois oficiais da lei — o xerife Robert Widdowfield de Wyoming e o detetive da Union Pacific Tip Vincent — enquanto tentavam escapar após um assalto a trem mal-sucedido.[4] Widdowfield e Vincent foram designados a rastrear a gangue de Parrott em 19 de agosto de 1878, após a tentativa de roubo ocorrida em um local isolado da linha férrea, próximo ao Rio Medicine Bow.[2] Os oficiais perseguiram os bandoleiros até um campo no Desfiladeiro Rattlesnake, nas cercanias de Elk Mountain, mas acabaram sendo avistados por um olheiro da gangue.
Os salteadores apagaram então sua fogueira e esconderam-se em um arbusto mas, quando Widdowfield chegou ao local, percebeu que as cinzas do fogo ainda estavam quentes. O bando então disparou suas armas, atingindo o xerife no rosto. Vincent tentou fugir, mas foi alvejado antes de conseguir deixar o desfiladeiro. Os criminosos roubaram as armas de ambos os mortos, assim como um de seus cavalos, antes de esconder os corpos e fugir da região. O assassinato foi rapidamente descoberto e uma recompensa de dez mil dólares oferecida pela “apreensão dos assassinos”, remuneração mais tarde aumentada para vinte mil dólares.[5]
Apesar do bando ter conseguido escapar, Parrott e seu braço direito, Charlie Burris (vulgo “Dutch Charley”), foram capturados em Montana em 1880, depois de ficarem bêbados e gabarem-se do crime.[6] Após julgamento, Parrott foi sentenciado à morte por enforcamento em 2 de abril de 1881, mas tentou escapar enquanto estava detido em uma cadeia de Rawlins, Wyoming.[4][7]
Quando a notícia da tentativa de fuga chegou aos habitantes de Rawlins, um grupo de 200 linchadores o arrancou de sua cela sob a mira de armas de fogo e o pendurou pelo pescoço em um poste telegráfico.[6][8] Charlie Burris sofreu um linchamento similar pouco tempo depois de sua captura; enquanto era transportado de trem para Rawlins, moradores locais o encontraram escondido no compartimento de bagagens, enforcando-o na viga transversal do poste telegráfico mais próximo.[9]
Os médicos Thomas Maghee e John Eugene Osborn apossaram-se então do corpo de Parrott, com a intenção de estudar o cérebro do bandido à procura de sinais de criminalidade.[8][10] O topo do crânio de Parrott foi serrado de forma bruta durante o procedimento e a tampa presenteada à Lilian Heath, assistente de Maghee então com 15 anos de idade. Heath acabaria tornando-se a primeira mulher a exercer a medicina em Wyoming, ficando conhecida também por utilizar a tampa craniana como cinzeiro, porta-canetas e calço de porta.[7] Uma máscara mortuária foi criada a partir do rosto de Parrott, e a pele de suas coxas e tórax removidas.
A pele, acompanhada dos mamilos do morto, foi enviada para um curtume em Denver, sendo transformada em um par de sapatos e uma valise de médico.[11][12] Os itens macabros foram mantidos por Osborne, que usou os sapatos em seu baile de posse após eleger-se o primeiro governador Democrata de Wyoming.[13][14] Enquanto os experimentos prosseguiam, o corpo desmembrado de Parrott foi guardado em um barril de uísque preenchido com uma solução salina por aproximadamente um ano, até ser enterrado em um jardim nos fundos do escritório de Maghee.[2][3]
A história de Big Nose George foi sendo esquecida com o passar do tempo, até que em 11 de maio de 1950 operários que trabalhavam nas obras do Banco Nacional de Rawlins na rua Cedar desencavaram um barril de uísque cheio de ossos. Dentro do barril estava um crânio com o topo serrado, uma garrafa de conserva vegetal e os sapatos que teriam sido feitos a partir da coxa de Parrott.[15] A doutora Lilian Heath, então uma octogenária, foi contactada, e a tampa craniana enviada ao local. Descobriu-se que ela encaixava-se perfeitamente ao crânio; um exame de DNA posteriormente comprovou que aqueles eram realmente os restos mortais do criminoso.
Atualmente os sapatos encontram-se em exibição no Museu do Condado de Carbon em Rawlins, juntamente com o crânio e a máscara mortuária de Parrott.[7] A corrente utilizada durante o enforcamento do fora-da-lei, assim como a tampa craniana, estão em exibição no Museu da Union Pacific em Omaha, Nebraska. A valise fabricada a partir de sua pele jamais foi encontrada.