EMBATE 2
versus
versus
por märZ
Dependendo de onde você obtinha informação no começo dos anos 90, Sebastian Bach era ou um cara muito legal, ou um babaca completo. Assim rezavam, respectivamente, Rock Brigade e Bizz, naqueles tempos pré-internet.
A Bizz sempre odiou o Skid Row, sempre execrou hard rock e heavy metal e fez tudo para ridicularizar o estilo, até que a força das vendas os obrigou a colocar Metallica e Sepultura em suas capas, assim como o próprio Skid Row. E aqui entre nós, fãs assumidos e incontestáveis do estilo: porra, Skid Row era massa!
Eu sempre curti, e olha que hard rock não era muito minha praia. Seus dois primeiros álbuns são excelentes e dá pra escutar de ponta a ponta a qualquer hora do dia.
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E Sebastian Bach? Tião era um puta performer, cantava bem e encarnava o rock star hedonista e festeiro ao extremo, digno herdeiro de David Lee Roth. E tudo isso vem à tona em sua autobiografia, recentemente lançada no Brasil. Acabei de ler e recomendo a todos. Leitura rápida e divertida, como a música da banda que o fez famoso. Mas sua carreira não fica só nisso, vai além com participações em musicais da Broadway, seriados de tv e discos em carreira solo. Que, olha só, também são bem legais mas ninguém hoje em dia dá atenção.
Outra coisa que fortalece sua imagem de cara bacana são suas entrevistas em rádios e tvs que podem ser encontradas em abundância no You Tube. São hilárias. E Tião está sempre bem humorado, sorrindo e fazendo piada com tudo. Novamente David Lee Roth me vem à mente. Sempre o bobo da corte da hora. Nada de verniz pop/rock star, nada de distanciamento entre artista e fã. Somente um cara normal que sempre se considerou extremamente sortudo por fazer o que faz e obter sucesso e atenção.
Recomendo a biografia. E a música também.
Pelo amigo – e agora tb colunista – märZ
Sebastian Bach é um cara bacana. O ex-vocalista do Skid Row tem os pés no chão, zero de verniz pop star e parece ser o tipo que tomaria umas brejas com você no boteco enquanto discute música e mulher. Ou pelo menos é a imagem que passa na mídia.
E uma recente declaração sua me chamou a atenção e me fez refletir: Tião comentou em tom jocoso quanto ao fato de sua página no Facebook possuir quase 1 milhão de seguidores aparentemente entusiasmados com o fato do cantor estar lançando álbum novo, mas o cd ter vendido míseras 4 mil cópias desde seu lançamento.
http://whiplash.net/materias/news_815/202691-sebastianbach.html
Onde foram parar os outros 996 mil “fãs” de sua música? E aí concluo: Facebook não é termômentro pra nada, quanto à tendência de mercado. Internautas usam o “like” pra qualquer coisa, de maneira leviana. É o supra-sumo da preguiça, do compromisso e comprometimento vazios. Tipo “pronto, agora já fiz minha parte, agora ele que se vire”.
É a oração moderna. Pode executar o quanto quiser, mas se você não se levantar da cadeira e fizer algo real a respeito, não vai mudar porra nenhuma. Tião, esperto que é, deveria saber disso.
“SEBASTIAN BACH E GUNS N’ROSES”, por Danny Poser
Bom, vamos começar do começo… rs
Quando fiquei sabendo do show, relutei em comprar ingresso… por achar que a banda que acompanha o Axl é ruim, por achar que o “Chinese” não era exatamente o que eu queria ouvir no show etc. Mas, como sou uma gunner tonta, comprei. Como tinha que manter minha postura de fã insatisfeita, então peguei o ingresso mais barato que tinha, arquibancada hahaha
Continuei dizendo que só ia porque era gunner, porque o show em si não valia a pena.. até que soube que o Sebastian Bach iria abrir o show. Aí o discurso mudou para “vou só para ver o Bach!” rs
No dia do show, cheguei às 20h no estádio mais bonito da cidade (dá-lhe Porcoooo!), depois de me empanturrar no Shopping Bourbon.
Eu e minhas amigas arrumamos um lugar razoável para assistir ao show, e nos conformamos com a ponta direita da arquibancada.
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Um pouco antes das 21h, entra a banda Forgotten Boys. Não prestei muita atenção no show, mas o som até que não era desagradável. Tocaram pouco mais de meia hora, e depois ficamos esperando ansiosamente (eu pelo menos estava bem ansiosa) pelo Sebastian Bach.
Ele entrou às 22h, falando várias frases longas em português, super atencioso e animado! Abriu com a “Slave To The Grind”, e fez todo mundo agitar o estádio. Aliás, eu não sei o que ele usa, mas é bom, viu? Ele pulou o show inteiro que nem um macaco, agitou pra caramba! Sem dizer o “momento Ivete” dele, falando “Sai do chão!”, quase morri hahahaha
Depois tocou “Back in the Saddle”, do Aerosmith, que está no cd novo dele também. Aliás, eu amo essa música! Escutem o cd inteiro, é muito bom 🙂
Rolou bastante Skid Row no show: “Big Guns”, “18 And Life”, “In a Darkened Room”, “Monkey Business”, “Piece of Me”, “I Remember You”… foi maravilhoso! A banda que o acompanha é razoável, nada comparado ao Skid. E infelizmente o Baz não dá mais os agudos que dava na época de Skid, ficou nítido em “In a Darkened Room” e “I Remember You”.. mas mesmo assim ele deu um show, e eu realmente acho que mesmo que se só ele fosse tocar aquela noite, teria valido meu ingresso já. Os sons novos são muito bons, adorei a “By Your Side” e “Love is a Bitchslap”. E pra fechar com chave de ouro, a clássica “Youth Gone Wild”!!! Perfeito!
O show acabou lá pras 23h20, porém demorou mais uns 10 minutos pro Tião sair do palco. Ele ficou tagarelando e correndo no palco, não saía nunca! Hahaha
(aliás, acho que ouvi ele dizendo “one more song” umas três vezes!)
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=WjqQBdesxIo[/youtube]
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Aí veio a longa espera… mais de 1h para o GNR entrar. Já estava tudo super atrasado, e ainda mais essa. E o povo em coro gritando “ei, Axl, vai tomar no c*” cada vez que pausava o som ambiente.
Eu estava sentadinha na arquibancada, mas imagina o povo espremido na pista, que canseira. Mas eu já esperava isso, então nem estava puta com o atraso. Aliás, eu esperava qualquer coisa do Axl, inclusive não aparecer pro show. Só acreditei quando às 00h40 apagaram as luzes, finalmente!
Entra o gordinho e sua banda, abrindo com a “Chinese Democracy”! No meio da música algum infeliz jogou uma garrafa no Axl, que parou a música pra causar um pouco. Ceninha armada ou não, esse sim é o Axl Rose, arrumando confusão e dizendo que não era problema para eles saírem do palco e blábláblá. Então ele terminou o chilique e disse “Senhoras e senhores, onde estávamos?” e continuou a música de onde parou.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=UpSPXAUPBrY&feature=player_embedded[/youtube]
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Após a “Chinese”, um breve silêncio e então o que todo mundo esperava:
“Do you know where you are?? You’re in the jungle, baby!”
Nooooossa, aí por alguns segundos eu me arrependi de não estar na pista VIP, eu pensava “nossa que foda, que animal, não acredito, to engolindo tudo que falei mal dele” hahaha
Eu pirei na “Welcome to The Jungle”, não tenho palavras. E pra me deixar mais feliz, rolou na seqüencia “It’s So Easy” e “Mr. Brownstone”!! CARA**O
O Axl estava cantando melhor que no RiR, agitando MUITO, correndo pelo palco.. mas quando eu pensava que o show seria perfeito, começou a rolar uma seqüência bem… cansativa, digamos. Duas músicas novas e o solo de um dos três guitarristas que acompanham Axl. Acreditem, teve gente na arquibancada que DORMIU de verdade!
Eu pessoalmente não vi graça no solo, achei muito cansativo, mas dormir também é demais né? rs
Não considero o “Chinese” um álbum ruim, porém me agradou menos ao vivo. Claro que eles têm que tocar, é o novo trabalho deles, o que eles querem mostrar ali. Mas não vi resposta positiva de quase ninguém no estádio, ou é impressão minha? Em algumas músicas, eu não via nem o pessoal na pista VIP, que estava pertinho da banda, agitar muito. Apesar dos clássicos, ficou um show meio que cansativo, acho que por juntar o horário do show e o set list dividido em blocos.
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Outra coisa desagradável foi a cada 3, 4 músicas ter uma pausa pro Axl trocar de roupa (tá pior que a Madonna…) e provavelmente cheirar hehehe Ele parecia voltar cada vez mais podre. Quem estava mais perto do palco pode falar melhor sobre isso.
Well, o set seguiu com “Live and Let Die”, “If the World” e “Rocket Queen” (animal!). Aí veio o Dizzy Reed firular um pouco no piano e entrou mais um bloco de sons novos, finalizando com o solo do Ashba.
Assim que acabou o solo da criatura, ouvimos o início de um dos riffs mais esperados da noite: “Sweet Child O Mine”!!! Outro clássico que agitou o estádio inteiro, e foi seguido pela ótima “You Could Be Mine”.
Foi nessa música que parei de ouvir o Axl cantar… Pois é, da arquibancada parecia que tinham desligado o microfone dele. Quem estava na pista disse que dava para ouví-lo, porém estava mais baixo mesmo. Não sei se era problema com o Axl ou com o som, mas foi péssimo não ouvir quase nada do Axl daí pra frente.
By the way, o Axl durante o show falou da voz dele, reclamou sobre o tão falado fato do show na boate, e fez até graça pelo que o povo berrou durante a espera… pediu para todos gritarem “Fuck you, Axl Rose” várias vezes.
Após mais uma das pausas do Mr. Rose, ele volta e senta ao piano para tocar, obviamente, “November Rain”. Ficou bem legal, fora o solo, muito mal tocado.
Em seguida mais um solo, de outro guitarrista (Bumblefoot), bizarramente feito com a música da Pantera Cor de Rosa (?).
Ainda rolou “Knockin on Heaven’s Door”, “Nightrain” (mais uma que fiquei triste por quase não ouvir o Axl), “Madagascar” e mais um som novo que não me lembro agora.
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E então entrou uma surpresa MUITO boa para mim, “Patience”. Eu não esperava que eles fossem tocá-la aquele dia. Também estava difícil de ouvir o Axl, mas curti mesmo assim.
O Guns N’ Roses fechou o show – já era mais de 3h da matina – com a maravilhosa “Paradise City”, que fez todo mundo pirar.
Enfim, tem muita coisa neste show que não me agradou, mas não posso dizer que não gostei.
Não vai entrar na lista dos melhores shows que já fui, está longe disso.
Mas está na listas dos shows que eu não poderia deixar de ir, por amar tanto o antigo GNR.
A gunner que disse que o show não valia a pena continua reclamando, porém agitou, chorou (2x) e ficou muito feliz de ter ido, apesar dos pesares.
Danny
PS: os horários que coloquei podem não estar totalmente corretos, pois eu sou perdida no tempo. hehe