20 ANOS DEPOIS…
… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
DISCOS DO ENTOMBED PRA MIM:
Estarei perdendo qual mais?
No início, havia o Entombed.
Álbum após álbum, clássico após clássico da truezice gotemburguesa parido. Daí, mudaram o foco prum som “death’n’roll“. Daí o baterista saiu pra fundar e cantar (e ganhar $ e mulher) no The Hellacopters.
Daí no ano passado surge a novidade: agora existem Entombed e Entombed A.D.
Pq o guitarrista Alex Hellid ñ participou de turnê com o… então Entombed… em 2013. Preferindo tocar, com ex-membros da banda (Ulf Cederlund e Nicke Andersson – o do Hellacopters) e uma Gävle Symphony Orchestra, uma turnê com o “Clandestine”, aparentemente inteiro e na íntegra.
Enquanto isso, o vocal L-G Petrov juntou-se a membros atuais da banda e compôs/gravou “Back to the Front”. Desovado ainda ano passado, como Entombed A.D.
Enquanto o Entombed (disputas por nome aparentemente resolvidas) parece resistir, apenas com Alex Hellid na formação. E sem nada no mercado.
O q fica é: com o tanto de florestas e campos q existem na Suécia, ñ haveria ROÇA suficiente pra esses marmanjos carpirem?
campeões de audiência por aqui outro dia…
Entombed
1º som: no q creio q será unânime por aqui, clipe de “Wolverine Blues”, no Fúria Metal. Fora ter adorado o som, ainda era leitor de Marvel na época, fez um puta sentido!
1º álbum: o próprio “Wolverine Blues”, alguns meses mais tarde, gravado dum recente ex-amigo bambi, Vlad Rocha, do vinil q havia comprado na Galeria do Rock (provavelmente motivado pelo mesmo clipe). Tenho a fita até hj, mas tanto como na época, achei “Wolverine Blues”, o som, a melhor coisa do álbum.
Só fui cair minha ficha pra banda já na tal fase “death’n’roll“, de “Inferno” e “Morning Star”, q acho do caralho. E tenho copiados de cd em meu hd.
Voltando à carga…
AS 10 MELHORES BANDAS SUECAS PRA MIM:
menções honrosas: Grave, Unleashed e Opeth, das quais ñ conheço ainda o suficiente (1 álbum de cada)
(A pedidos, certo Rodrigo?). E originalmente postada em 21 de Outubro de 2006.
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SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Alcoholic Death Noise”, Cirrhosis, 2002, MNF Brazil/Cogumelo Records
sons: THE SIN – SEXUAL DELIGHT / ALCOHOLIC DEATH NOISE * / AN EYE FOR AN EYE * / NO FUTURE * / WELCOME TO MISERIES / HUMANITY / BEYOND THE SLAVERY OF PAIN / REPULSIVE IMPULSES * / MIDNIGHT QUEEN [Sarcófago]
formação: Fernando (drums), Juarez (bass/vocal), Marcos e Henrique (guitars); keyboards: Tim Garcia e Neto Castanheira
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Taí uma banda q eu gostaria de ver ao vivo, esse Cirrhosis.
O logo dos caras é simpático (duas garrafas nos i´s do nome), a temática idem, a princípio, fora um tanto diferente (falar sobre sexo e goró) e, passada a audição deste “Alcoholic Death Noise”, a boa impressão – q permanece – é a de um trampo legal, bem gravado e produzido, de boas idéias guitarrísticas sobretudo.
Mas, pelo q sei, ñ é banda q apareça tanto por aí. De repente, por falta de grana pra pagar matéria em site e/ou revista. Ou ñ: me recordo de muitas poucas chamadas de shows dos caras (teve até aqui em São Paulo uns meses atrás, no M868, ou estarei delirando?), pra ñ me ater em matérias, q aí ñ me recordo mesmo, em relação a eles. Pq me parece ser banda q ñ se leva tão profissionalmente a sério… no q teria razão sua própria origem.
Q o q sei é haver surgido como projeto paralelo de Wagner Antichrist, do Sarcófago, em momento no qual a banda (melhor chamar de horda? Prefiro nem – até pq vi uns desenhos da She-Ra outro dia, e passei a achar ainda mais ridícula a nominação true ahah) andava parada. Como projeto paralelo desencanado. Q é a impressão por mim cultivada, além disso, pela parca discografia: ainda q surgidos em fim dos 80’s, “Alcoholic Death Noise” é apenas o álbum de estréia do Cirrhosis, muitos anos depois do único outro registro digno de crédito (profissional e comercialmente falando), um split com um certo Lou Cyfer de 1991, lançado pela lendária Cogumelo Records.
E a curiosidade em vê-los ao vivo vem tb da vontade em ver como – e se – conseguem sustentar num palco as várias contradições e fragmentos de q é feito o álbum. Q a meu ver mostra uns caras querendo praticar um death metal old school (e louvações a Entombed, Death, Benediction e Bathory no encarte apenas corroboram a impressão), mas com cacoetes thrash tão disponíveis q fica nítido ser esta mais a praia deles. E ainda momentos com blasts, modernos. Uma banda ousada/arrojada, sem dúvida – ainda mais pros atuais tempos, de formações tão derivativas, compartimentadas ou sem tanta identidade – e mais apreciável q depreciável. A ñ ser, quando nas derradeiras faixas, camas de teclado aparecem, na idéia de dar clima (certamente), sem conseguí-lo. E q, no balanço final, denota um pessoal q careceria de futuros trampos para amadurecer seu som, pro lado de uma identidade única, ou pra escolha em fazerem death OU thrash unicamente. Tocam bem melhor do q gostariam, em suma, e é praticamente impossível querer ser tosco quando ñ se é mais…
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Parte das contradições constantes do álbum é tb a estruturação dos sons, repletos de partes, mas muitos soando abruptos nas mudanças: só q ñ no sentido negativo, como muita banda brasuca oitentista (como o Vodu – reprisado no Exílio Rock em 2010) insistia, de quererem soar fodões, técnicos, coisa e tal. A maioria das passagens, mesmo algumas ñ tão inspiradas (“Welcome to Miseries” tem umas soluções-chavão sabbáthicas em seu início…), desce redondo. Mesmo q a bateria soe demasiado trigada ou até bateria eletrônica: naqueles raros casos em q a perfeição técnica na produção torna o resultado um tanto plástico, artificial. Mas ñ só na rítmica: várias passagens de sons sugerem colagem em computador, coisa e tal.
A outra fragmentação patente por aqui se faz nas letras: apenas “The Sin [uma intro de locução cavernosa, clichê, dum trecho de “Paraíso Perdido”, de John Milton], “Sexual Delight” e a faixa-título fazem jus à pretensão despojada e um tanto chula de falar de goró e muié (ou ainda “sexo rude com mulheres”, vide o trecho “between your legs I will put / my eternal hammer of love” – ui! – nesta 2ª).
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Pois a seqüência dos sons reflete maturidade e maior seriedade em lidar com assuntos outros, q passam a ser problemas do país (“No Future” – “Try to understand a little of Brazil / where present past and future are always wrong”…), lições de moral (“An Eye For An Eye” e “Humanity”) e até mesmo a condenação moralista daquilo mesmo q nas duas primeiras faixas professavam! – como em “Repulsive Impulses”, q conclama alguém viciado em drogas a se levantar ou ver a si mesmo morrer, e em “Beyond the Slavery Of Sin”, q o faz ante a alguém enterrado em drogas e em sexo promíscuo. A mim, algo um tanto contraditório – esquizofrenia pouca é bobagem – mas como sei q NINGUÉM REPARA EM LETRA, perco meu tempo aqui pinçando isso…
E as mesmas letras se fazem daquele jeito algo macarrônico, nitidamente feitas em português e traduzidas posteriormente. Deveriam ter deixado em português: faltam rimas, falta cadência, os sentidos se perderam. Pra piorar, o vocalista ajuda muito pouco – na verdade, nada – com evidente sotaque de quem ñ fala hot dog em inglês. Algo q foi chamativo (um charme? Ui! – parte II, a missão…) no Sepultura oitentista, mas raios ñ caem novamente nos mesmos lugares. Ainda sobre a negatividade vocal, tem se a pouca (nenhuma) preocupação do Juarez em soar inteligível: a maioria dos sons ñ dá pra acompanhar a letra, ñ se entende – a ñ ser com um requintado senso de abstração – onde o cara está, aqui ou ali (faça-se o teste na própria “Sexual Delight”)…
Mas q importa, hein? Aos sons:
“Sexual Delight” entra mais death metal, contendo riffs thrash e paradinhas (sutis) ao longo; suas partes de solo são bem legais (no q é uma tônica no disco todo: parece q nessas horas os guitarristas simplesmente resolveram caprichar), umas partes ao meio, um tanto harmonizadas, tb cativam. Tvz um tanto desnecessário, lá pra 3’20”, o baterista emular o fim da “Angel Of Death” (bumbaiada lombardiana praticamente igual), mas levemos a coisa pro lado do bom gosto… Bom baterista o Fernando, por sinal, embora pudesse ser mais firulento. “Alcoholic Death Noise”, o som, entra chutando tudo com blasts na cara, virando death com paradas/riff thrash, em molde idêntico ao som anterior, mas mais interessante pela variedade contida ao longo dela toda: o contraste da partes mais lentas, onde fica o vocal, com a porradaria predominando em todo o resto achei bem legal. Partes de solos alternam bases lentas e rápidas os sustentando.
“An Eye For An Eye” mostra-se o som mais moderno: death metal cadenciado com levadas truncadas (drags em bumbos e tal); aos 2’20” entra uma rifferama thrash suja, na melhor veia alemã. Eu curto. “No Future”, pra mim o melhor som disparado, quebra tudo entrando com blasts insanos, praticamente grind, pra ninguém duvidar das malévolas intenções (ahah) da banda, e o som é thrash metal puro: levadas baterísticas muito legais e precisas, partes cadenciadas dando o devido contraste. Por outro lado, assim como em “Humanity” (o som de veia Entombed mais nítida), é a q dá mais impressão de bateria eletrônica. Ñ fossem as viradas insanas perpetradas em “Welcome to Miseries”, de início lento (e com guitarra limpa fazendo base), eu o afirmaria. Esses dois, mais “Beyond the Slavery Of Pain”, considero os sons menos legais. Por conta da variedade de partes, legal em todo o álbum, nelas me soarem dispersas.
Dando seqüência aos sons mais lentos – e em horas, arrastado (q é diferente de cadenciado) – iniciada nos 2 sons anteriores, a longa “Beyond the Slavery Of Sin” confirma a tese da dispersão. Fosse ela mais curta, dividida em 2 sons diferentes, ou alijada da cama de teclados boba, dava pra encarar. Ñ q seja um nojo, mas se a proposta era q fosse épica, ficou na promessa – e o final estranho (fica lenta, acaba o último solo, junto com a bateria e termina com uma guitarra limpa meio dedilhada, duma passagem q soa incompleta, pra nada) fica como prova patente disso q me parece. Mesmo valendo, insisto, o destaque pros guitarristas Marcos e Henrique, de muito bom gosto nas partes de solos.
“Repulsive Impulses” vem tb mais lenta, mas resgatando coerência e equilíbrio entre as várias partes propostas (é pra mim, a mais interessante das “faixas lentas”); trechos sustentados por 2 bumbos são interessantes. Quanto a “Midnight Queen”, q só estende a ligação do Cirrhosis com o Sarcófago – fora a produção do álbum creditada ao outro famigerado integrante, o G.M., aqui Geraldo Minelli – ñ posso falar comparativamente, já q desconheço a original, mas algo na timbragem do teclado ñ me agrada. Ñ supera nenhum dos sons próprios anteriores, fechando adequadamente o álbum, q ainda peca por ñ trazer sua letra no encarte, uma vez q é a ÚNICA em q se poderia cantar junto, bradar o refrão.
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“Alcoholic Death Noise”, no frigir dos ovos, achei um bom álbum, q recomendo ñ só a fãs de bandas-Cogumelo (praticamente tornado um sub-estilo metálico), sendo inclusive superior a tantos clássicos pelo selo perpetrados (sobretudo no quesito produção + gravação), mas ainda mais a quem toca, tem crítica e toca em banda de som próprio. Pq tudo o q aqui se registrou, pra bem e pra mal, pode certamente instigar a pessoa a refletir, aqui e acolá, coisas como “poderiam ter feito diferente aqui”, “eu ñ teria posto tal riff tão no meio”, “tal parte poderia ter virado um outro som”, esse tipo de diálogo com a banda, com o som, com o álbum. INTERATIVO, esse Cirrhosis.
E a capa tosca dá pra relevar.
Publicado originalmente em 15 de Agosto de 2005.
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“The Eindhoven Insanity”, Gorefest, 1994, Relativity/Nuclear Blast
sons: THE GLORIOUS DEAD / STATE OF MIND * / GET-A-LIFE / MENTAL MISERY / FROM IGNORANCE TO OBLIVION * / REALITY-WHEN YOU DIE / THE MASS INSANITY * / CONFESSIONS OF A SERIAL KILLER * / EINDHOVEN HOAR
formação: Jan-Chris de Koeyer (bass, vocals), Frank Harthoorn (guitar), Boudewijn Bonebakker (guitar), Ed Warby (drums)
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Falar hoje sobre o Gorefest, e sobre este cd, é pra mim situação semelhante às ocasiões em q Occult, Dismember, Jag Panzer, Deathrow, Exumer, Scatterbrain, Entombed, Tiamat e os respectivos discos resenhados, por exemplos, tb o foram nesta coluna, num aspecto essencial: é resenha de banda da qual sei muito pouco e de quem o único cd (ou vinil ou fita) q possuo é o resenhado. Este aqui.
O q poupa um pouco a enrolação de sempre no S.U.P. sobre histórico e peripécias anteriores, contemporâneas ou posteriores da banda enfocada.
[salve a paciência de quem acompanha a coluna, pelo menos uma vez!…]
O q anda evidente ultimamente é a volta dos caras, com disco inédito (ainda pra este ano, isso?) e algo como a disponibilidade pra download no site da banda (q ñ me dei ao trabalho de procurar) duma versão pra “Autobahn” (Kraftwerk) ñ lançada em disco pré-término de atividades. Fim da parte q enrola pra quebrar gelo.
A intenção de resenhar este ao vivo, “The Eindhoven Insanity”, fora fechar recente trilogia de discos ao vivo honestos [nota: nas duas semanas anteriores foram resenhados “Live At Budokan”, do S.O.D. e “Proud to Commit Commercial Suicide”, do Nailbomb] é tb brincar de apontar rumos q um certo death metal das antigas e algum thrash metal poderia ter seguido, caso outras bandas tivessem pensado parecido ou prestado melhor atenção nesses holandeses.
Pq nos anos 90 houve algum desgaste das propostas em ambos os fronts: fórmulas saturadas devido a uso excessivo, repetitivo e prolongado, bandas demais reduzindo os estilos a estereótipos e lugares-comuns, assim como vãs promessas de “renovação” (entre aspas) e/ou maior acessibilidade mediante misturas a estilos como grunge, pop e “industrial”. Em meio ao cenário apático, certas bandas – das quais Sepultura e Anthrax me soam mais óbvias – apostaram em pôr o pé no freio e, em assim fazendo, tb reduziram técnica, peso, contundência, virulência e relevância.
(claro q exceções, como o Carcass – mas ñ em “Swan Song” – e o Exodus – e ñ no “Force Of Habit” – me contradizem na tese, e são um tanto exceção à “regra”)
Como naquela brincadeira, bastante conhecida de quem convive com crianças ou estudantes iniciais de algum instrumento: a de pedir “toque mais devagar”, em q obtemos a pessoa retardar andamento e tocar em menor volume. E, quando inversamente, pedindo pra tocar mais rápido, q se obtém resposta de ter a pessoa tocar mais rápido e em maior volume algum trecho, riff ou solo. Muita banda misturou frear andamento com baixar a bola. Felizmente ñ o Gorefest.
Os 8 sons aqui registrados, no Dynamo Fest holandês, como o Nailbomb retrasado, mas em 30/05/93 – uma vez q a faixa 9, “Eindhoven Hoar”, é o público clamando por eles ao fim do show – passam todos dos 4 minutos, e contêm partes e mais partes, e solos, e bom gosto, e senso de composição dos mais lúcidos e bem praticado. Ñ se espere um trampo meticuloso a la Cannibal Corpse – só o vocal (ponto fraco pq um tanto cansativo) lembra a praia gore dos estadunidenses – ou aquele virtuosismo hipnótico-hermético meio Death: a coisa aqui ñ recorre a esses requintes, ou a neguinho querendo mostrar saber tocar. FLUI bem. Um trabalho acima da média no quesito composições, afinal.
Os caras ñ reinventaram a roda, apenas combinaram elementos num modo q denota trampo por detrás. Inspiração + transpiração. Mesmo ñ sendo exímios instrumentistas (e o baterista é firmão, indo do jeitão death de tocar até a partes mais cadenciadas, num mesmo som – como em “Mental Misery” – sem no entanto soar desinteressado ou no piloto automático) no sentido IG&T do termo. Sugestão: ouvir “State Of Mind” e “Confessions Of A Serial Killer” imaginando o q o Sepultura – com ou sem o Max – poderia/deveria estar fazendo atualmente…
Blasting beats? Tem, na “The Glorious Dead”, discretos, bem colocados (ñ o tempo todo). Riffs? Sim, variados, mesmo ñ havendo algum tão memorável assim (os caras, afinal, ñ eram o Slayer), embora deva ser registrado o bom gosto nos SOLOS, nada assim virtuosos, mas tb nada gratuitos no uso de alavancas pra compensar deficiências: melódicos, de timbres bem escolhidos, andamentos modificados nesses momentos, e rolam ainda uns harmônicos, tudo nos chegando de modo bem natural, nada forçados. “The Mass Insanity” é pródiga nesse sentido: deixa a dúvida entre seguirmos os solos, ou a banda variando, conforme eles são cometidos…
Influências de Napalm Death vejo bem evidentes, mas nunca chupim ou meramente apropriadores de fórmulas consagradas. Estenderam-nas a outros níveis. E ainda um mérito maior: quebrando andamentos ou investindo em síncopes baterísticas, ñ se vê aquela contaminação nociva q o rap proporcionaria a um pré metalcore yankee tipo Biohazard, de batidas chatas e muitas vezes idênticas.
Cabe ressaltar a qualidade de gravação: embora minha versão, em fita cassete gravada, já esteja um tanto falha (pq a fita tb ñ era lá essas coisas), mesmo assim consigo ouvir e ENTENDER tudo sem problemas. [Numa outra cara lição aqui ministrada: sujeira e peso combinam, sim, com nitidez]. Pra quem adquirir o cd, a façanha será ainda mais compensadora.
Tá bão q os 7 minutos e pouco de “Reality – When You Die” cansam um tanto, mas o groove de 2 bumbos q sustenta “From Ignorance to Oblivion” compensa. O vocalista de Koyer anunciando a maioria dos sons naquele modo clichê – “mental… fucking… misery”, “reality… when you… fucking… die” – evoca tempos em q o expediente ñ soava ainda ridículo, e vai muito do humor de quem ouvir achar legal ou ñ. A capa meio tosca, e q parece de disco pirata (bootleg, ñ o de pagode do camelô da esquina mal xerocado e desbotado pelo sol) ñ chega a comprometer: certa dose de despojamento nunca fez mal a ninguém. Pq “The Eindhoven Insanity” contém lições ñ de todo aproveitadas por bandas contemporâneas, reitero, e vale a aquisição sobretudo se vc tem uma banda ou encontra-se prestes a montar uma voltada a algum thrash metal lento mas bem tocado ou ao death metal duma era sem etiquetas – aquele arredio à rotulação estapafúrdia ‘melodic death metal‘ (argh!).
Bem legal, em suma.