Ouvindo no carro. Em partes e atento aos radares. Parei na 11, “Aviso Final”, por Sisa.
E se havia alguma dúvida sobre o quão worldwide é o RatosdePorão, temos bandas da Suécia (Arrogante), do Canadá (Fâché), do Peru (Necrocacia) de Portugal (Grog) e dos EUA (MentalFamine) aqui. Entre outras. Entre montes de bandas brasileiras q não Sepultura e Franga/Angraverso. Uau. 43 faixas. E o selo q está lançado o artefato é português, The Hills Are Dead.
Está sendo lançado em cd, cassete e streaming. No link acima há a descrição faixa a faixa, banda a banda. Pq se não, fodeu.
Preferidas até então: “Morrer” (por Grog), “Igreja Universal” (sim, Leo)(por Device, brasileiros) e “Porcos Sanguinários”, entoada num português bastante razoável pelos ianques do BrainFamine.
Nada q vá mudar a vida de ninguém em antes e depois – q isso o q faz é café solúvel – mas tô curtindo.
Segunda vez com o BlackPantera este ano, e acho q até melhor. Consegui curtir mais, entender um pouco melhor a proposta. Apesar do calor senegalesco.
E do rolê: nunca tinha ido a esse Sesc, q me juraram próximo da estação de trem. Aham. 13 estações duma linha Esmeralda à velocidade de camelo manco + meia hora subindo ladeiras no bairro.
Só q valeu a pena. É um Sesc estilo “campestre”: clube de campo, quadras (plural), piscinas (idem), lanchonete coberta com área daquelas churrascarias de beira de estrada, e cheio de gente. Tipo aquele hotel em Acapulco do “Chaves”.
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O repertório foi basicamente o tocado no Sesc Bom Retiro em setembro, embora um pouco reduzido. Durou tudo pouco mais ou menos de uma hora.
Já reconheço sons como “Padrão é o Caralho”, “Ratatá” (meio SystemOfADown), “Legado”, e entendi a parte do meio em q tocaram JorgeAragão, ElzaSoares e um trecho de som do RacionaisMC’s (“Negro Drama”) cantado pelo baixista figuraça Chaene: trata-se de parte dum ep, “CapituloNegro“, q resgata origens da música preta brasileira. E isso eu acho muito foda: banda pesada e preta q não paga pau pra tropicalista!
Finalmente a página estaria virando? Foda.
Queria falar do público: por volta de 100 pessoas, entre as circulantes pelo público (muita gente de calção, maiô, biquínis) e uma metaleirada q fez odisseia parecida com a minha pra ver o show. Q foi gratuito.
Baita oportunidade pra se tornarem conhecidos – e o trecho RacionaisMC’s foi o de maior apelo – e poderem falar das bandeiras negras e antiracistas. Não vi qualquer hostilidade, a não ser tvz uma hora em q uma mãe foi (discretamente) levando os filhos pequenos embora na hora de “Não Fode o Meu Rolê” e “Boto Pra Foder”.
Ao final, desceram os três e ficaram trocando idéia, tirando selfies, vendendo merchan; sobretudo o baterista Pancho (com quem tirei selfie). Como . Tem. Q. Ser. Depois, foi todo um rolê pra voltar, envolvendo caminhada, trem, linha lilás do metrô… Pra duas horas mais tarde eu estar de volta ao bunker.
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Só mais um aspecto saudosista envolvido: trocar idéia e estabelecer amizade com outros metaleiros presentes. Já do trem, conheci um certo Iuri (Yuri?) – o de boné na 2ª foto – com quem fui desbravando o caminho (tb não conhecia lá) e trocando idéias sobre grindcore, JohnZorn, Mr. Big e SummerBreeze2024.
E uma outra amizade de ocasião na fila do bar com um japonês veterano (tipo eu na idade) (e nem nos apresentamos), q estava na ansiedade pra conseguir uma cerveja antes de iniciar o show e de quem soube q amanhã terá show do Saxon por aqui!
(não vou e não iria mesmo q tivesse sabido)
(fora q vou ao RatosdePorão noutro Sesc com a namorada, o Leo e a Danny)
Mas cito tudo isso pq tenho q a maioria de nós já viveu essas experiências, de ficar amigo dum pessoal, daí dispersar durante o show e a saída, pra daqui um tempo reencontrar num outro show nalgum outro lugar e trocar idéia tudo de novo.
Quão underground uma banda chega a ser? O MetalArchieves tem 166820 bandas, entre antigas e novas + ativas e encerradas, cadastradas. Não tem o CircusSatanae.
CircusSatanae é banda dum cara só, e entendi q radicado em MG, q compôs, tocou, cantou e gravou este “NuclearMoments…” em homestudio, bateria eletrônica e etc.
As letras são esquerdistas, sim. “De protesto”, como se dizia antigamente. E focadas na era bozolóide, com críticas a terraplanismo (“Flat Earth!”), classe média equivocada (“Brazilians Rightist”), aos banqueiros sanguessugas (“Banker’s Guillotiner”) e etc.
Mesmo a quem discordar, não dá pra entender muito. Os vocais ininteligíveis – algumas horas guturais, outras berreiro – e o inglês às vezes primário numas letras, não colaboram. O q fica é a mensagem. Clara. Óbvia.
E o som? Grindcoreavant-garde, o q significa barulheira inveterada e soando orgânica, entremeada por passagens melódicas, maneirismos à Fantômas e até versão pra “In the Hall Of the Mountain King” (de Grieg). Difícil explicar, mais fácil tirar 27’32” pra ouvir.
O principal atributo deste artefato (de 2021), pra mim são dois: produção e apresentação. De primeira, melhor q muito cd de banda majoritária: gravação e masterização nível gringo e capa + encarte em papel de ótima qualidade. Parece cd importado de verdade. Duma banda q não deve tocar ao vivo, não se propõe.
Lord Ciaabatator (o líder da horda) conseguiu algo aqui q penso q tem q ser ouvido por quem lida com som e/ou trabalha com produção. Além disso, faço recomendação a quem ainda (não por aqui) acredita de verdade q heavymetal no Brasil é só Angra (e dissidências atrozes) e Sepultura (com Max e Igor ainda): atraso de vida acho pouco!
Finalzinho de release entusiasmado (por Ed Rivadavia, do All-Music Guide) na versão “Two From the Vault” (2003) da Roadrunner com “Effigy Of the Forgotten” (1991) e “Pierced From Within” (1995):
“This blistering fusion of grindcore repulsion and death metal fury will doubtessly leave you physically exhausted, emotionally spent and gasping for breath under the weight of Suffocation‘s inimitable brand of controlled mayhem“.
Release anônimo no adesivinho da capa do meu “Kill Trend Suicide” (1996):
“New York City’s infamous hemp-fueled grindheads detonate their strongest and most diverse material to date… Ten terse tracks of prime grind produced by sonic guru Billy Anderson (MELVINS, NEUROSIS, SLEEP).
Se é certo q o heavy metal desde sempre se bifurca, metamorfoseia, gera sub-estilos até dentro dos sub-estilos, é mais ou menos patente q o grindcore (metal? punk?) tb o faz, tal qual.
A ponto de ter gerado formações praticamente prog, como o Cephalic Carnage, q eu gosto, mas me dá mais tontura q Dream Theater.
A ponto de ter já um festival próprio, consagrado, na República Tcheca. O Obscene Extreme Festival. Ratos de Porão tocou lá, salvo engano tb o Surra.
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Ao mesmo tempo em q por outras abordagens – outras cêpas – a coisa tá ficando mais zoeira. E sei lá se mais descaracterizada também.
Pintou no YouTube aqui esse dias o tal Cartilage.
Estadunidenses, goregrind zoeiros. Uma demo, 1 álbum, 1 ep.
Ñ me recordo da última vez em q vi tanta gente nada a ver numa banda num palco. Tvz desde a vez em q vi a “banda do Elvis preto” (um dia conto essa história).
Esquisitos, mas ñ no bom sentido. Pagaram vôo pra tocarem lá? Como assim?
Mandei pro amigo tr00, menino buxudo q compra fita cassete de black metal boliviano, q me retrucou: “ah, já conheço. Conhece Gutalax?”
E me mandou este:
Tchecos, 3 álbuns, 1 ep, 1 split e uma coletânea.
Rachei de rir com a música de introdução. E o q é esse público? De onde vieram? Pagaram pra estar lá?
Ñ é o tipo de coisa q vou gastar tempo ouvindo ou dinheiro comprando, mas sou dum tempo em q “metal feliz” era Helloween.
PS – e eu duvido q Vaginal Penetration Of An Amelus With a Musty Carrot seja uma banda séria. Mais conhecidos como VxPxOxAxAxWxAxMxCx (pra ficar mais fácil?). 6 splits, 1 single, 1 ep. Austríacos, trio rebatizado com nomes de serial killers.
O cara podia estar por aí vendendo palheta a 300 reais, munhequeira a 350, solo – por nota, por andamento, por tom? – a preço de carro usado, ou vendendo squeeze cuspido e baqueta usada pra mentecaptos (isso, Leo!) de plantão.
Ou gravando Rush q até eu toco, pra “impressionar”… o próprio ego.
Sujeito podia estar por aí, indigno igual o futebol carioca, só pensando em grana. Pq um pouco antes do covid 19 teve shows solo cancelados devido a falta de interesse.
Ah, ficou milionário com o metal… Duvido mesmo.
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Será q é tudo sobre grana e indignidade no momento? Charlie Benante tá por aí, provavelmente ganhando algum e surpreendendo. Sammy Hagar meio q fez música com comparsas via online. Mike Porretnoy gravou Ramones sozinho e vem tocando projeto cover (mais um) via online.
Tudo aquilo q aquela laia escrota de coaches sumidos (exterminados pelo coronga junto do Estado Mínimo) chamava de “pensar fora da caixa”. Empreender. Hum?
Biff Byford (Saxon) juntou com o filho e fizeram uma “live” simplória e simpática. Ñ pediram trocados, ñ reclamaram da vida, ñ tentou vender o herdeiro como o novo fodão da bagaça, sem tampouco ostentar um pedestal duma glória imaginária. Sujeito é parte da história do metal.
Tudo isso pra falar q curti isto aqui:
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Outra coisa, outro assunto. Documentário sobre a história do grindcore. E com mais de 30 segundos
(como assim?)
“Slave to the Grind”:
Algoritmo jogou no meu YouTube agorinha. Nunca tinha ouvido falar. Presta?
Quase 8h de som, a 120 kitgays, quase 80ºC à sombra, 6 bandas, de q o show “pior” foi nota 8.
Resumindo, foi isso o Overload Beer Fest domingo. Como evento, impecável: lotado, pessoal bebendo e comendo, camisetas oficiais e cd’s disponíveis, horário conveniente. E som das bandas, todas, ñ abaixo de ótimo. Um feito.
Críticas: 1) poderia ter sido no Audio. Lugar melhor e com área livre (a dos sanduíches) maior. Tvz ñ se tivesse a expectativa de casa cheia; 2) o pessoal do Carioca Club ligar o ar condicionado só a partir do Tankard. Artifício manjado pra vender cerveja. Venderam. Muito. Mas teve muita gente passando mal, incluindo a mulherada vendendo camiseta. Fim de semana senegalesco em SP, com direito a 40º C sábado.
Elogio outro, fora todos os contidos abaixo: terem ajeitado do show do Overkill no Brasil ser data única aqui. Resultado: montes de vans vindas do interior e de outros estados. Desconheço se algo ajeitado em contrato, mas funcionou.
(pq cabe uma ressalva: nos últimos anos, os shows de metal na capital têm enfrentado concorrência com shows em Limeira, a 143 km daqui. Algo q esvazia os eventos, lá e cá. Mais cá)
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Cheguei com o Blasthrash já andando. Tocaram meia horinha, e soaram bem diferente da banda “tr00” q eu conheci lá atrás. (“No Traces Left Behind”,de 2005, jaz em algum pen drive por aqui). Soaram mais profissionais e capazes. Ñ sabia q ainda tocavam. Thrash metal retrô – q lá atrás me parecia modinha tosca – bastante pertinente hoje em dia. Gente q faz o q gosta de fazer. Nada de fuleiragem de relação simbiótica com o “underground“. Som consistente, com uma fala do baixista ao final bem interessante:
“queremos agradecer ao Gustavo da Overload pelo CONVITE”. Captei a mensagem.
Na sequência, veio o Surra. Impressionante. Foi um coice. E levando o nível pra cima. Comentava com o amigo Leo assim: “D.F.C. e R.D.P. vão ter q suar pra superar”. Tb uma meia horinha de som, mas com prováveis 10 ou 15 músicas executadas. Grindcore irrepreensível, extremamente bem executado, quase maquinado. Único defeito o vocal meio baixo, mas dane-se.
Ñ reconheci sons q ñ tivessem sido anunciados: “Não Escolha” e “7 x 1” rolaram. Outro dado relevante: das bandas escaladas, a q tinha mais gente portando camisetas. Uma pena ñ terem levado cd’s e camisetas pra vender. Teria vendido muito. Memoráveis.
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D.F.C. veio na sequência contando com carisma e sede de sangue. Tecnicamente estão mais pra hardcore q o Surra. Outro conhecido me disse terem rolado 46 sons no repertório. Ñ duvido, mas acho q ñ foi tanto.
Baterista aloprado, vocal um pouco baixo (com ótimas tiradas) e rodas insanas. A trinca inicial do disco recente – “Venom”, “Não São Casos Isolados” e “Conversa Pra Boy Dormir” – quando percebi e respirei, já tinha acabado. Rolou “Cidade de Merda”, “Vai Se Fuder No Inferno”, “Respeito É Bom e Conserva os Dentes” (com babada pra cima de babacas q estavam passando mão na mulherada nas rodas), “Pau no Cu do Capitalismo em Posições Obscenas” (q abriu os trabalhos), numa geral da carreira toda.
As melhores camisetas do merchan, incluída uma paródia da capa de “Aces High” (single do Maiden). Q escolhi comprar “depois” e ñ encontrei mais. O nível alto mantido. Nenhuma banda brasuca tosca escalada, fantástico.
Final com “Molecada 666” apoteótico.
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O Ratos de Porão foi estranho. O show nota 8. O pior. Ñ foi ruim. Só fazem show ruim se quiserem: estavam estranhos, meio apáticos. Ainda assim, rolaram 17 sons.
Pareceu menos. Como assim, sem “Aids, Pop, Repressão”? Esperava deles discursos anti-Bolsonaro, e tvz a eleição os tenha afetado. “Não Me Importo” tvz tenha sido o mote. Quem falou, foi ao fim, o Juninho – “pau no cu do Bolsonaro e pau no cu de quem votou no Bolsonaro” – em meio à microfonia, q nem todo mundo ouviu. Clima “no future”. Pouquíssima interação.
Gordo esqueceu ordem no set; puxou “Beber Até Morrer”, e ainda tinha “Herança” antes. Falhou em “Crise Geral” (esqueceu letra no fim). “Crucificados Pelo Sistema” foi executada protocolarmente. O som estava bom, mas opaco. Até isso estranho.
O público nem ligou: agitou demais. Embora menos q com o D.F.C. Impressão de q estavam ensaiando, ou faltando ensaio. Estavam meio autistas. E se houve algum discurso anti-Bozo, parecem ter preferido fazer nos sons apresentados, praticamente todos literais. E surreais, por isso mesmo. Juninho usando camiseta do MST, Jão do Facada. Eita. Entendi. No fim, Jão e Boka jogaram as camisetas (!!) pro público.
Lados b presentes: “Estilo de Vida Miserável” nunca pensei q veria ao vivo. “Farsa Nacionalista” deveria virar o Hino Nacional. Faltou dedicarem “Crianças Sem Futuro” à ministra sinistra sociopata de Deus. Fiz eu comigo mesmo isso.
Set list: 1. “Pensamentos de Trincheira” 2. “Estilo de Vida Miserável” 3. “Crocodila” 4. “Ódio” 5. “Amazônia Nunca Mais” 6. “Lei do Silêncio” 7. “Testemunhas do Apocalipse” 8. “Ignorância” 9. “Crianças Sem Futuro” 10. “Farsa Nacionalista” 11. “Morrer” 12. “Não Me Importo” 13. “Crucificados Pelo Sistema” 14. “Herança” 15. “Beber Até Morrer” 16. “Crise Geral”
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Do Tankard, ñ esperava grande coisa. Acho uma banda menor, de q tenho um monte de discos copiados, mas q ñ encontrei “tempo” suficiente ainda pra destrinchar. Banda tvz divertida, mas ñ de riffs memoráveis ou discos pra levar pra tal ilha deserta.
Por outro lado, era a banda mais esperada. Entraram com o jogo ganho. Vencedores para o público, com folga. Parece q funcionam melhor ao vivo, com seus melhores momentos e na base da interação festeira.
O vocalista barrigudo lembra um Jon Oliva menos lesado. Ou um Ozzy articulado. Jogava gelo (!!!) na galera, mostrava o pânceps, tirava onda. Banda q ñ se leva (muito) a sério, acertando onde o Anthrax oitentista ñ chegava a tanto. Baterista tocando com a bateria das bandas anteriores e mandando muito bem. Baixista meio tiozão, competente, correndo q nem tonto pelo palco. E o único guitarrista sobrando, destaque absoluto. Ñ precisam de um segundo guitarrista. Bacana.
Rodas a mil, monte de gente entoando as letras todas, set list contemplando todas as fases, e diversão genuína. Foi bem divertido. Tecnicamente, até onde o som em geral estava ótimo, ficou ainda melhor. Irrepreensível.
Set list: 1. “One Foot In the Grave” 2. “The Morning After” 3. “Zombie Attack” 4. “Not One Day Dead (But Mad One Day)” 5. “Rapid Fire (A Tyrant’s Elegy)” 6. “Rules For Fools” 7. “Die With A Beer In Your Hand” 8. “Minds On the Moon” 9. “R.I.B. (Rest In Beer)” 10. “Pay to Pray” 11. “Rectifier” 12. “Chemical Invasion” 13. “A Girl Called Cerveza” 14. “(Empty) Tankard”
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E aí tudo o q estava foda ficou ainda maior. O Overkill ñ é primeiro escalão do thrash, mas estão alguns degraus acima das bandas outras todas. Show profissional e visceral. Retrô e atual. Headliners de fato.
Som insuportavelmente alto, mais q das bandas anteriores. Pratos e chimbau sibilando infernalmente. Repertório assassino. Até luzes melhores. Ñ acho q tenha faltado som, ñ ouvi ninguém reclamar. Saí de lá com zumbido no ouvido, o q há muito ñ ocorria.
Méritos aos caras, cada vez mais velhos e cada vez mais sérios. Bobby Blitz berrando como nos discos, apenas sumindo nas horas de solo, pra sentar atrás dos amplis. Tinham tocado no sábado, tvz estivesse se poupando. No q tange aos guitarristas perpetuamente anônimos (o mais “novo”, na horda há 18 anos), ñ sabia q Derek Tailer fizesse 90% dos solos, mas tudo bem. Dave Linsk, à esquerda, se ocupava em jogar palheta pra cima e tirar onda com pessoal do camarote. Mas sem comprometer. E fazendo um ou 2 solos.
A postura dos caras, um outro conhecido (aê, Eduardo Cabelo!) apontou: ninguém toma a frente do palco. É um pelotão. Uma banda. Cujo destaque são os sons. Ninguém querendo aparecer mais q o outro. Por mais q, pra mim, o baterista novo aloprado – o ex-Shadows Fall Jason Bittner – tenha sobrado. Tocando os sons antigos à risca, mas tb melhor. Ñ consigo explicar. “In Union We Stand” foi absurda, igual ao disco.
Sabe aquela estória da banda merecidamente a ser escalada num “próximo Big Four”? Testament? Exodus? Overkill ninguém nunca cogitou, mas deixam Anthrax no chinelo.
Tvz se entrassem no lugar do Metallica, q ficaria no backstage contando dinheiro e subiria ao palco só pra “Am I Evil?” eheh
Set list: 1. “Mean, Green, Killing Machine” 2. “Rotten to the Core” 3. “Electric Rattlesnake” 4. “Hello From the Gutter” 5. “In Union We Stand” 6. “Coma” 7. “Infectious” 8. “Goddamn Trouble” 9. “Wrecking Crew” 10. “Head Of A Pin” 11. “Hammered” 12. “Ironbound” + bis 13. “Elimination” 14. “Fuck You” (com “Sonic Reducer”)
– Bora montar uma banda?
– Demorou.
– De grindcore. Pode ser?
– Demorou.
– Já tenho até o nome.
– É mesmo?
– Demented Mutation.
– Demorou.
Passa um tempo, a banda lança uma demo intitulada “A Vile Demented Toxic Waste Mutant Raping Your Mother In the Bowels of a Putrefracting Maggot Infested Carcass of a Dead Elephant Then Shit Out of Its Ass into a Giant Meat Grinder”. Formada de 3 sons (o título da demo desmembrado nos 3 títulos), em épicos 2 minutos e 17 segundos de duração.
Ñ é o álbum da Fiona Apple q o amigo märZiano citou na pauta listeira sobre discos de nomes prolixos no último 19 de Maio, mas nem por isso parece horda dada ao comercialismo descarado, hum?
Meiguice encontrada por acaso no Metal Archieves, onde mais?