Jessiê já tinha me cantado essa. Instagram acabou de me instagramar.
Segunda vez este ano? Ainda temos ano. Ainda tem trouxa pra pagar pra ver isso? Certamente.
Do local, nunca ouvi falar, mas tudo bem. Quantas vezes soube de shows (plural) por aqui pelos amigos capixabas? Outro tema, pra outra hora.
Deve estar falando Português melhor q Derrick Green. Modo de dizer, duvido. Ou arrumou mulher aqui. Ou é só demanda mesmo. Carteirinha de vacinação pedida em aeroporto, ou vem a nado? Aguardemos (modo de dizer 2) participação em podcast isentão?
Vai quem quer, lógico. Não vou nem de graça. Inclusive pq a malta q comparecer é gente (modo de dizer 3) de quem preferi me afastar pra sempre.
Daqui a pouco ganha título de cidadão paulistano de vereador reaça.
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Correlato: amigo de amigo (não sei o quão fonte confiável seria) disse q no show do Manoteta sábado rolou pregação religiosa. Imagens de Jesus Cristo em telão incluídas.
Brujeria quase chegando atrasado no culto ao covid 19.
E é aquilo, né? Banda paródia tornada paródia de si própria.
Ñ achei a porcaria q vi em comentários. Mas tb ñ aquela maravilha. O clipe achei mais legal q o som. (Shane Embury baterista?). Nem coronga nem “gripezinha”.
Antropólogo e headbanger canadense, cometeu os documentários “Metal: A Headbanger’s Journey” e “Global Metal”, obrigatórios. Documentários sobre o Rush (“Beyond the Lighted Stage”), Iron Maiden (“Flight 666”) e Alice Cooper (“Super Duper Alice Cooper”), dvd’s de turnês de Motörhead, Iron Maiden, Joe Bonamassa e etc.
Sujeito q, sozinho ou em parceria com o tal Scot McFadyen, fez muito mais pelo heavy metal do q o povo do “metal nacional” daqui faria 100 vezes ou em 1000 anos.
É sobre a série “Metal Evolution” o post.
Em abordagem acadêmica, Dunn fez uma série de 11 episódios contando desde os primórdios até o atual momento (o momento em 2011) dos vários subgêneros (divididos em 24) do heavy metal. Canal Bis andou passando, ñ sei se todos.
“Pre Metal”
“Early Metal Part 1 US Division”
“Early Metal Part 2 UK Division”
“New Wave Of British Heavy Metal”
“Glam Metal”
“Thrash Metal”
“Grunge”
“Nü Metal”
“Shock Rock”
“Power Metal”
“Progressive Metal”
Deixo pra mais tarde apontar defeitos ou dizer o q me faltou (como, por exemplo, o thrash alemão no episódio soberbo sobre o thrash metal). Fora isso, a Wikipédia cita um 12º episódio, recente, sem explicar de q se trata.
Provavelmente é o “Extreme Metal” abaixo, q ainda ñ vi.
Foco em alguns vídeos disponíveis no You Tube com alguns comentários.
Sobre o “Power Metal” (nosso “metal melódico” aqui, mas ñ só), achei foda q ele, enquanto cientista social, ñ se excluiu do objeto de estudo. Admite q ñ sabia o q era power metal, pq o mesmo ñ chegava no Canadá.
Power metal é eminentemente europeu, afinal. Além disso, ñ deixou de externar irritação pra cima de Joey DeMaio (furou com ele) e Yngwie Malmsteen (“sujeito elusivo”, enrolou pra dar entrevista). A cronologia, indo buscar Scorpions, Accept e as letras do Dio no Rainbow, pra chegar até Dragonforce e Nightwish (desculpem o spoiler), achei acurada. Pra quem ñ conhecia, ficou foda.
Do mesmo modo, Dunn ñ escondeu detestar nü metal em episódio sobre o mesmo (disponível em cópia q alguém copiou do canal Bis. Acima), numa fila com fãs de Linkin Park. Mesmo o episódio tendo sido bem abrangente e objetivo, citando Anthrax, Faith No More, Sepultura e Rage Against the Machine.
Sobre o Glam Metal (nosso “hard poser farofa”, ñ disponível), conseguiu captar as hipocrisias e arrivismo da coisa. Assim como tirar dos próprios personagens a conclusão de q o estilo se exauriu por si, e por culpa do Guns N’Roses, ñ tanto por causa do grunge.
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Episódio sobre o grunge (ñ disponível), conseguiu agregar e situar o “estilo” em meio ao heavy metal. Ñ é metal, mas faz parte, esteve próximo. Clash Of the Titans etc.
Nesse específico, achei do caralho ter tirado declarações de Mark Arm (Mudhoney), entre outros, detonando bandas claramente fakes como Creed, Days Of the New, Candleboxta e Nickelblargh ahah
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No episódio sobre “Progressive Metal” (nosso prog metal, e tb indisponível), curti bastante a abrangência, q foi da gênese com Genesis (ops), Yes e King Crimson, incluindo Rush (heavy metal?), passando por Queensrÿche e Dream Theater, até desembocar em Mastodon, Tool e Meshuggah.
Tool e Meshuggahprog metal? Como ñ?
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E o episódio sobre o thrash, abaixo, um dos meus favoritos, contém entrevistas adoidado (Gary Holt e Dave Mustaine, soberanos) e, mesmo faltando falar do thrash alemão (reitero), situa o estilo desde as influências de hardcore até o “black album”, com decorrentes tentativas de “se vender” por algumas bandas, e renascimento do estilo em outras praias.
(Q esse resolvi ñ dar spoiler ahah)
Todo modo, emprego dos sonhos: sujeito viajou pelo mundo – certamente patrocinado – entrevistando figuras raríssimas, outras manjadas e cometeu serviço de utilidade pública inestimável. Fora consistente (tem declarações de jornalistas e acadêmicos ainda) e com credibilidade. Pelo menos eu acho.
Quem de nós aqui ñ gostaria de tê-lo feito? Quem de nós ñ acha q estaria apto em tê-lo feito? Pois é. Eu tb.
Se é q essa porra de Humanidade terá posteridade num pós-covid 19, e tb internet, tenho q o heavy metal estará bem retratado. E isso ñ é pouco. Enfim.
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Curiosidade final: nas entrevistas (provavelmente uma, mas “picotada” ao longo das pautas barra episódios) com Dio, Dunn confessa de as mesmas terem sido feitas 10 dias antes dele morrer…
(se bem q já disse por aqui q Dio ñ morreu: ele só efetuou em definitivo sua passagem pra Terra Média ahah)
O L7 foi – e voltou a ser? – uma banda muito divertida, embora falassem sério. E se divertiram muitíssimo tb.
Ñ eram exatamente umas gostosonas de plantão, mas tinham um sex-appeal, sobretudo Donita Sparks e Jennifer Finch (“a minha ‘L7 favorita'”… bah). E viveram o furacão grunge + música alternativa ascendendo muito. Vindas até de bem antes da coisa.
Mas falharam na decolagem, ou ratearam na chegada. Ñ vingaram, comercialmente falando, isso é fato.
Há uns 15 dias assisti ao documentário aqui. Muito divertido, nada “chapa branca” (certo, märZ?) e zero “reconstruído” (como aquele semi-fake do Anvil), contando com imagens da época e depoimentos de todo mundo envolvido.
Sparks e Suzy Gardner montaram a lojinha, Finch e Dee Plakas chegaram depois. Formaram uma unidade. Passaram por selos cruciais (Epitaph, Sub Pop, Slash), tiveram eméritos produtores (Jack Endino, Butch Vig), tocaram em grandes festivais (Reading, Lollapalooza) e eram enturmadas com punks, grunges, alternativos, mesmo tendo sido abraçadas um tanto pelas revistas de metal.
Aproveitaram alguma popularidade em “Bricks Are Heavy” fazendo shows ativistas (com Gwar e Fugazi?!) pró direito ao aborto, mas nunca venderam muito. Viveram uma expectativa de “estourar” q nunca aconteceu. Encheram a cara, usaram muita droga, zoaram o barraco. Defacções foram abruptas, mas tb sentidas (Finch avisou q sairia por um bilhete escrito em folha de caderno, Gardner telefonando pra Sparks) e inevitáveis, sem tretas internas. Apenas quando perceberam q ñ ganharam dinheiro com nada daquilo.
Desculpem o spoiler.
Além disso, mostra o quão se surpreenderam com alguma ascensão: turnê na Inglaterra (onde foram levadas muitíssimo a sério) e o auge delas aqui, no Hollywood Rock 1992, em q tiveram o maior público da carreira, escolta policial e fãs gritando da porta do hotel.
Achei bacana e melancólico ao mesmo tempo. Sincero demais, imagens de época preciosas (incluída Donita Sparks arriando o short em tv ao vivo – devidamente captada pelo câmera – na Inglaterra). Depoimentos graúdos de gente grande da época, muito coerente.
Banda de certo modo incompreendida – pq ficaram em limites entre estilos – inclusive por elas próprias. Pra mim, faltou uma assessoria melhor, pra tudo: entrevistas, fotos, lançamentos. Ñ foi exatamente uma trajetória de “ascensão e queda”, pq ñ obtiveram a primeira. Mas a segunda aconteceu.
Termina falando da volta delas. É um spoiler e ñ é ahah
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Outra indicação de tempos covid 19.
Tempos em q estou aproveitando a obsoleta tv a cabo (ñ, ñ tenho Netflix!) pra atualizar e rever filmes. E volta e meia esbarrar em pérolas como este “Lugares Escuros”.
Convidativo apenas por ter Charlize Theron (mulherão da porra existe?) e Chlöe Grace Moritz, mas mais ainda pela temática sombria e pesada.
Resenha no site Telecine assim descreve a película: “Libby Day, uma mulher que sobreviveu ao massacre de sua família quando criança, é obrigada a confrontar os eventos da trágica história depois que Lyle Wirth e um grupo de aficcionados decide reinvestigar o caso”.
Uma chacina ñ solucionada (ou equivocadamente resolvida) e uma sobrevivente às voltas com uma vida estagnada, a meu ver muito bem caracterizados. Mas o ponto pra indicar, totalmente oitentista, é q em algum momento surge o “satanismo do heavy metal” como possível catalizador do massacre.
E assim temos adolescentes ali fãs de Misfits, Slayer, Mercyful Fate, Venom e Celtic Frost com pôsteres nas paredes, ostentando camisetas (sempre novinhas nesses filmes), vendo clipe de Twisted Sister na tv e blasfemando obscenidades satânicas em cadernos. Ñ é algo crucial tanto assim na trama, mas tb ñ comparece como elemento difamador.
Assim: ñ me ofendeu constar ali.
Mesmo com cena de sacrifício ritual de bois, com direito a machadadas e sangue na cara. Um bom filme. Ainda q desagradável e incômodo.
Como diz a tal “Dilma bolada”: “o mundo ñ gira, capota”.
Algo q o amigo Leo me marcou no Instagram. Printado e colado aqui:
Galeria do Rock tem quase 60 anos. Prédio antigo, porém conservado, numa área q já foi mais degradada na cidade, mesmo ñ tendo virado gourmet. Motivo de matéria escrota na Band mês passado (comentamos por aqui no post do Chaos Synopsis) e… eventual salvação da lavoura?
Pois eis q a arquitetura vazada do lugar (abertura de ambos os lados, 24 de Maio e São João) seria mais propícia a reabertura pós quarentena (q ainda mal começou) do q os tais shopping centers…
Como ñ acredito em um mundo melhor e pessoas mais evoluídas após o covid 19, fico pensando nos atacadistas mais escrotos tentando reabrir lojas por lá.
Seria bizarro uma Lojas Americanas voltando a vender cds e fazendo promoção de discos do Mayhem. Ou Magazine Luíza oferecendo tatuagem grátis às donas de casa q comprarem um air fryer à vista. Ou ainda lojas de camisetas dando vouchers com descontos (a partir de 10 camisetas compradas) pra casquinhas dos quiosques do McDroga instalados em ambas as portas…
Fidelização. Empreendedorismo. Capitalismo selvagem e monte de roqueiro sendo banido pela “gente de bem”. (“Tudo nóia”). Unicórnios e gente saltitante dando bom dia é q ñ haverá. Provavelmente o cenário imaginário acima tb ñ.
Mas acho certo q a Distopia ñ haverá de parar. O fim ñ tem fim.
O cara podia estar por aí vendendo palheta a 300 reais, munhequeira a 350, solo – por nota, por andamento, por tom? – a preço de carro usado, ou vendendo squeeze cuspido e baqueta usada pra mentecaptos (isso, Leo!) de plantão.
Ou gravando Rush q até eu toco, pra “impressionar”… o próprio ego.
Sujeito podia estar por aí, indigno igual o futebol carioca, só pensando em grana. Pq um pouco antes do covid 19 teve shows solo cancelados devido a falta de interesse.
Ah, ficou milionário com o metal… Duvido mesmo.
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Será q é tudo sobre grana e indignidade no momento? Charlie Benante tá por aí, provavelmente ganhando algum e surpreendendo. Sammy Hagar meio q fez música com comparsas via online. Mike Porretnoy gravou Ramones sozinho e vem tocando projeto cover (mais um) via online.
Tudo aquilo q aquela laia escrota de coaches sumidos (exterminados pelo coronga junto do Estado Mínimo) chamava de “pensar fora da caixa”. Empreender. Hum?
Biff Byford (Saxon) juntou com o filho e fizeram uma “live” simplória e simpática. Ñ pediram trocados, ñ reclamaram da vida, ñ tentou vender o herdeiro como o novo fodão da bagaça, sem tampouco ostentar um pedestal duma glória imaginária. Sujeito é parte da história do metal.
Tudo isso pra falar q curti isto aqui:
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Outra coisa, outro assunto. Documentário sobre a história do grindcore. E com mais de 30 segundos
(como assim?)
“Slave to the Grind”:
Algoritmo jogou no meu YouTube agorinha. Nunca tinha ouvido falar. Presta?
Ao contrário do q imaginei, a dona da banda ñ está assim tão na roça…
Por outro lado, parece coisa de gravadora. Formação worldwide total. Mulherada com currículos e vindas de partes diferentes do mundo. Meio um super time.
Minha dúvida: isso cabe ainda?
Outra coisa: em cenário pós-covid 19 vai funcionar? Pelo jeito, ñ se encontraram nem pessoalmente ainda. Coisa ajeitada pela Napalm Records, certamente. E muita coisa ainda vai aparecer, em termos de esclarecimento, hum?
Fernanda e Luana sabiam disso? Sabiam e ñ quiseram? Tiveram 15 dias de aviso prévio? A imprensa bolsonóia despeitada do “metal nacional” vai querer apurar?
Quarentena imposta, conseqüências q se avizinham: Galeria do Rock fechada desde a última sexta. Tempo indeterminado.
Palavra-chave: “indeterminado”.
Segue o comunicado oficial:
“A Galeria do Rock, ciente da sua importância CULTURAL na cidade de São Paulo e no Brasil, fecha suas portas. Na luta pelo bem comum e a fim de combater o avanço e a proliferação do CORONA VIRUS, a Galeria do Rock e todos os seus lojistas decidiram pelo fechamento de nossas portas por tempo indeterminado, a partir do dia 20 de março 2020.
Ficamos felizes em poder contribuir para o esforço coletivo e mundial no combate ao COVID 19, pois evitando aglomerações e tomando os cuidados básicos de higiene, estamos todos salvando vidas. Queremos compartilhar um sentimento com cada um de vocês que escrevem junto conosco, a cada dia, a nossa história e nos ajudam, visitando, comprando ou até mesmo contando histórias sobre a Galeria do Rock.
A opção pelo fechamento tem uma conseqüência: a de que provavelmente as 215 empresas que atuam hoje na Galeria do Rock e geram mais de 1200 empregos diretos, talvez não consigam sobreviver a esse período, afinal, fechamos hoje sem saber ao certo quando vamos abrir novamente. Vocês nos conhecem, conhecem cada lojista, sabem que somos todo micro e pequenos empresários e nosso ‘ganha-pão’ é a venda do dia a dia, não temos grandes reservas e o acesso a um crédito juto é impossível.
Temos por aqui uma luta diária, por anos e anos, prefeitos após prefeitos e o Centro de SP é cada vez mais abandonado. A prefeitura se nega a cumprir sua obrigação básica que é dar assistência às pessoas, aos moradores, aos trabalhadors e fazer a zeladoria atendendo a quem mais precisa, seus cidadãos. Vocês que freqüentam o centro sabem do que estamos falando. São lutas diárias para manter nossos negócios contra a incompetência de prefeitos e prefeitos regionais que mentem e ignoram a necessidade de quem precisa. A Galeria do Rock é o único prédio da cidade de São Paulo com mais de 50 anos que tem AVCB, AVS e certificado de acessibilidade e mesmo estando em um entorno com edifícios literalmente caindo, sofremos diariamente a pressão de autuações sem sentido algum.
A Galeria do Rock tem um papel cultural fundamental na cidade de São Paulo, no Brasil e na vida de cada um de vocês. Por isso contamos com o apoio e incentivo de todos, pois queremos e vamos passar por mais essa, e cada lojista vai precisar da ajuda de vocês assim que abrirmos novamente. Palavras de carinho e apoio aos lojistas vão nos ajudar, e muito. Por enquanto fiquem em casa, preservem-se.