Conversa sobre 20 anos de “Cross Purposes” outro dia levantou a história mais ou menos conhecida da capa idêntica a de single do Scorpions, q puxou assunto sobre a “grife” Hipgnosis de se fazer capas de disco.
Daí aproveitei o ócio de ñ ter ensaiado sábado pra fuçar, via Wikipédia, as 172 capas feitas pela primorosa empresa de design/escola de artes. E escolher as 10 melhores, pra mim:
“Lovedrive”, Scorpions
“Ummagumma”, Pink Floyd
“Animals”, Pink Floyd
“Deceptive Bends”, 10cc
“No Smoke Without Fire”, Wishbone Ash
“Go 2”, XTC
“Quatermass”, Quatermass
“Toe Fat”, Toe Fat
“Barrett”, Syd Barrett
“Edgar Broughton Band”, Edgar Broughton Band
A de “Dark Side Of the Moon” ñ listei pq é hors-concours. É ícone. É covardia.
Site mastigado pra quem quiser fuçar. Vale a pena o passeio:
OBS: Storm Thorgerson continuou capista-solo após o fim, em 1983, da empresa – e até ano passado, quando faleceu – mas ñ listei capas dele (tem do Bruce Dickinson solo, Helloween, Pink Floyd e etc.), q deixarei pruma próxima lista numa próxima vez.
Nunca ouvi falar desta banda; pode ser apenas má-informação minha.
Algo q me diz se tratar de hype indie; pode ser apenas (puro) preconceito meu.
Na menos pior das hipóteses, tvz se trate de banda stoner. A provável inclusão em trilha de “Malhação” nos desmentirá.
Pra começar o ano patrulhando, uma das piores resenhas q já li. Está na Veja da semana. Ñ consta autor ou autora. Ñ diz de onde vêm. Diz q misturam Pink Floyd e Black Sabbath, mas ñ muito Black Sabbath. Coisa de quem nunca ouviu Black Sabbath e provavelmente só conhece os 2 ou 3 hits de “The Wall”, downloadeados. Coisa provavelmente porcamente traduzida/adaptada de release de gravadora.
Continuei sem saber quem “quase” são, ao fim.
–
[Seção “Veja Recomenda” – p. 101] DISCO
“(Mankind) The Crafty Ape”, Crippled Black Phoenix (Som Livre)
“Pink Floyd e Black Sabbath foram duas bandas de sonoridades bem características. O primeiro fazia discos temáticos, com músicas longas e hipnóticas. O segundo tinha como atrativo os riffs monolíticos e canções com andamento arrastado. O Crippled Black Phoenix reúne essas qualidades numa coisa só. Eles não são bem um grupo: trata-se de um combinado de músicos, entre os quais Justin Graves, ex-baterista do pesado e soturno Electric Funeral, e o guitarrista italiano Karl Demata. “(Mankind) The Crafty Ape” é o quinto – e melhor – disco da quase banda. É um trabalho temático cujas canções giram em torno de corrupção e injustiça, e a influência do Pink Floyd é evidente em boa parte das faixas. Os vocais lembram muito o casamento das vozes de David Gilmour e Rick Wright (especialmente em “The Heart Of the Country”, que incluiu ainda sinos e um coro infantil). Os efeitos do Black Sabbath são menos evidentes – um riff distorcido aqui, o ritmo arrastado de “A Suggestion (A Not Very Nice One)” acolá. O resultado, porém, é uma banda senhora de si, que mostra uma excelência raramente ouvida no cenário atual”.
Postei no Facebook anteontem, repriso e reitero aqui:
Ñ sei mesmo quem são os srs. Alan Ianke e Jonas Pinheiro, respectivamente tradutor e revisor de “Inside Out”, a biografia do Pink Floyd escrita originalmente por Nick Mason.
Mas tendo em vista um ERRO já cometido duas vezes – até agora – no livro, o de grafarem “acima” como “a cima”, nas páginas 92 e 142 (o q afasta a desculpa de “erro de digitação”), quero publicamente externar meu REPÚDIO à carlinhosbrownização da Língua Portuguesa por tais profissionais das letras.
Pra ler coisa errada, já tenho a internet. Gostaria muito q os livros tivessem passado incólumes a tal fenômeno horrendo… Tsc, tsc.
Post pra arqueólogos ou fetichistas colecionadores do acrílico arcaico. Tipo eu.
O amigo FC desde ano passado anda vendendo uns cd’s dele. Passou por email, comprei (ainda ñ paguei, ainda ñ peguei, mas comprei ahah) 2, daí tive a idéia de ele passar a lista toda, pra ver se interessava pra alguém aqui.
Contatos exclusivamente com ele. Por aqui no ‘so let it be written‘ ou email privado.
Preços, foi me dizendo assim:
cd’s simples: R$ 15 / cd’s duplos: R$ 25
Exceções a
“The Greater Of two Evils” (Anthrax), autografado – R$ 35
“Everyday” (Blown Jobvi), single importado – R$ 30
“A Sense Of Purposes” (In Flames), duplo com dvd – R$ 30
“Little Dog” – é som, como “Cheat On Me”, q dá margem a se criticar as tais músicas gigantes. Ñ chega a ser completamente desnecesária como essa outra, mas fosse editada um pouquinho, até q passaria. E ñ por ser boa: lembra até Johnny Cash no início, sendo a acústica do álbum. Tb é som q me ocorreu, tal como “Iced Honey”, q tivesse sido lançada única (ou em single elas duas), ficaria um trabalho esquisito, mas ñ tão execrado, sei lá.
Pros detratores do estilo “ruim” de Lars Ulrich – gente q descobriu AGORA o q ele vem fazendo já há 15 ANOS?? – esse é o som perfeito pro achincalhe: pratinhos dando “climinhas” ao longo – em 2’55”, 3’14”, 4’00”, 4’48”, 4’55”, 5’21”, 5’41”, 6’02”, 6’59”, 7’28” e bateria entrando tímida (nenhum toque em caixa, só uns tons-tons tímidos) faltando 1 minuto pra acabar. Devido à praticamente ausência baterística, é o único som do álbum q se ñ se dissesse ter o Metallica aqui, ñ se perceberia. Ñ é chata, nem legal.
****
“Dragon” – emparelho a “Frustration”. Música q se tivesse Hetfield cantando e estivesse no “Load”, ficaria do caralho. Lou Reed a essa altura vai parecendo um pastor bêbado/psicótico pregando. É o som mais pesado desde “Mistress Dread”, o q faz com q quem ouça “Lulu” na ordem, nesta hora ACORDE DE VEZ. Peso absurdo, alguma inspiração Metallica: ñ parece jam improvisada, no mau sentido. Lá pra 9’00” surge – e pela 1ª vez – algum trabalho guitarrístico harmônico. Tvz pra lembrarmos q o Kirk Hammett está na banda. Barulhos e dissonâncias se fazem presentes. Peso animal nas guitarras, na melhor timbragem dos instrumentos até então. O som é extenso, mas ñ dá canseira. Curti.
****
“Junior Dad” – é o som q teria feito, segundo nota whipláshica, Kirk e Hetfield saírem do estúdio pra irem chorar no banheiro. O único em q fui atrás da letra, falando de filho querendo ser salvo pelo pai. WTF??? – ñ era esse um álbum sobre uma puta masoquista q gosta de ser mutilada?? Entre o monte de escatologias e dadaísmos perpetrados pelo álbum, achei a letra bem bobinha. O q me fez crer duas coisas: 1) aquele psicólogo q trabalhou com os caras era um idiota (fosse eu, topava só com as passagens pagas e pra ver o Mustaine chorando ahahah); 2)Lou Reed encarnou uma “figura de pai” (Freud rula!) braba com os sujeitos por aqui. Putz.
Ñ achei ruim, na medida da mesma pegada de “Dragon”. Introdução solene (e realmente climática) com o q parecem ser cellos, q voltam lá por 5’00”. Mas faltam vocais: há muito instrumental – na pegada pobre característica do álbum – o q torna o som tb redundante. Penso q uma editada aqui tb o tornasse menos pior. Mas tem 19 minutos.
Quando chega aos 12’00”, era pra ter acabado: iniciam uns feedbacks e distorções típicas de fim de música (tipo “South Of Heaven”), q ACABAM DURANDO OS 7 MINUTOS RESTANTES. E sei lá se por eles quererem soar Pink Floyd, Sonic Youth ou Tangerine Dream. Teste de paciência master. Mão a palmatória pra quem jurar ñ querer ouvir “Lulu” de novo; impressão final ruim e negligente, tb na medida em q nos faz esquecer dos primeiros (4) sons melhorzinhos.
.
..
.
Finda a maratona, impressões finais:
longe de ser álbum horroroso, ou “antimusical”, tenho q “Lulu” é álbum PARA SER ESQUECIDO. E será, na hora em q o novo do Metallica sair, já q duvido eles serem burros em lançarem de novo algo parecido. O tempo haverá de mostrar ñ ser nada demais pra ser gostado ou odiado. Apesar de q prevejo daqui uns 20 anos isto aqui ser encenado na Broadway ou virar musical. Com outra banda fazendo as vezes e outro velho caquético pigarreando em cima
com “Lulu” vejo q o Metallica retomou sua verdadeira VOCAÇÃO. Q ñ é a de fazer o q querem, mas a de fazer coisas q os fãs jamais imaginariam q fizessem. Pois entendo q “Death Magnetic”, apesar de bão, foi desvio nesse caminho: álbum em q fizeram o q os fãs tanto queriam. (Apesar da dúvida: fazer, àquela altura, o q os fãs tanto queriam ñ foi tb fazer algo q os fãs já nem imaginavam possível?). Duvido q gere frutos – outras bandas pegando outros tios morféticos pra fazer parceria – mas deixaram uma marca na música com isto aqui, gostemos ou ñ
ñ é nem a pau, nem de jeito manero, ou de jeito algum, pior q “St. Anger”. É chato, presunçoso, redundante, auto-indulgente. Ñ mais q isso. Penso q se ñ saísse duplo, alijado de “Cheat On Me”, “Little Dog” e “Junior Dad” e com “Iced Honey” de bônus na versão japonesa, teria gente na “crítica” falando bem
música gigante ñ é sinônimo de progressivo, progressividade, arrojo técnico. “Poison Was the Cure” (Megadeth) é até pequena e um ARREGAÇO. “Rime Of the Ancient Mariner” (Iron Maiden) é gigante e legal, mas ñ impossível de tocar. Tvz apenas “Pumping Blood” ou “Frustration” se aproximem – e de longe – de algo progressivóide. O Metallicarushiano ainda jaz intacto no “And Justice For All”
procurando a foto acima (digna de comentários??), li uma resenha italiana do álbum, do ponto de vista de fã de Lou Reed. Ñ desmerecendo “Lulu” (pareceu) e mesmo citando referências ao longo ao próprio Reed das antigas e ao – ugh! – Velvet Underground. Parece q o “lado de lá” ñ execrou totalmente o álbum cabeça: alguém mais por aqui foi atrás de visões diversas, tais quais?
A lista hoje atende sugestão de duas semanas atrás do amigo Jessiê, em listar melhores discos por aqui q ñ sejam metal, punk, hc, hard ou hibridismos q habitualmente preenchemos ou preencheríamos nas listas q se seguem ao longo dos anos.
E q tb servirá de desculpa pra ele ficar listando Pink Floyd eheh
Resolvi dividir em “gringos” e “nacionais” e listar ambas hoje. Pra ñ ficar bipartindo a tôa.
.
MELHORES DISCOS OFF METAL (HC, PUNK, HARD, HIBRIDISMOS) GRINGOS
1.“Autobahn”, Kraftwerk
2.“The Piper At the Gates Of Dawn”, Pink Floyd
3.“Dark Side Of the Moon”, Pink Floyd
4. “Cure For Pain”, Morphine * 5.“Dummy”, Portishead
6.“Substance”, Joy Division
7. “The Soul Cages”, Sting
8.“Phaedra”, Tangerine Dream
9. “Jazz From Hell”, Frank Zappa
10.“Vision Thing”, Sisters Of Mercy
MELHORES DISCOS OFF METAL NACIONAIS PRA MIM
1.“Jesus Não Tem Dentes No País Dos Banguelas”, Titãs
2.“Nós Vamos Invadir Sua Praia”, Ultraje a Rigor
3.“Gita”, Raul Seixas
4.“Psicoacústica”, Ira! * 5.“Revolver”, Walter Franco
6.“Secos & Molhados”, Secos & Molhados
7.“Duplo Sentido”, Camisa De Vênus
8.“A Revolta Dos Dândis”, Engenheiros Do Hawaii
9.“Ao Vivo No Mosh”, Smack
10. “Fausto Fawcett & Os Robôs Efêmeros”, Fausto Fawcett & Os Robôs Efêmeros
.
* discos resenhados no blog mesmo, outrora situado no Terra