CRIPPLED BLACK PHOENIX

Nunca ouvi falar desta banda; pode ser apenas má-informação minha.

Algo q me diz se tratar de hype indie; pode ser apenas (puro) preconceito meu.

Na menos pior das hipóteses, tvz se trate de banda stoner. A provável inclusão em trilha de “Malhação” nos desmentirá.

Pra começar o ano patrulhando, uma das piores resenhas q já li. Está na Veja da semana. Ñ consta autor ou autora. Ñ diz de onde vêm. Diz q misturam Pink Floyd e Black Sabbath, mas ñ muito Black Sabbath. Coisa de quem nunca ouviu Black Sabbath e provavelmente só conhece os 2 ou 3 hits de “The Wall”, downloadeados. Coisa provavelmente porcamente traduzida/adaptada de release de gravadora.

Continuei sem saber quem “quase” são, ao fim.

[Seção “Veja Recomenda” – p. 101] DISCO

“(Mankind) The Crafty Ape”, Crippled Black Phoenix (Som Livre)

Pink Floyd e Black Sabbath foram duas bandas de sonoridades bem características. O primeiro fazia discos temáticos, com músicas longas e hipnóticas. O segundo tinha como atrativo os riffs monolíticos e canções com andamento arrastado. O Crippled Black Phoenix reúne essas qualidades numa coisa só. Eles não são bem um grupo: trata-se de um combinado de músicos, entre os quais Justin Graves, ex-baterista do pesado e soturno Electric Funeral, e o guitarrista italiano Karl Demata. “(Mankind) The Crafty Ape” é o quinto – e melhor – disco da quase banda. É um trabalho temático cujas canções giram em torno de corrupção e injustiça, e a influência do Pink Floyd é evidente em boa parte das faixas. Os vocais lembram muito o casamento das vozes de David Gilmour e Rick Wright (especialmente em “The Heart Of the Country”, que incluiu ainda sinos e um coro infantil). Os efeitos do Black Sabbath são menos evidentes – um riff distorcido aqui, o ritmo arrastado de “A Suggestion (A Not Very Nice One)” acolá. O resultado, porém, é uma banda senhora de si, que mostra uma excelência raramente ouvida no cenário atual”.