20 ANOS DEPOIS…
… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
É…
Foi ver isto aqui q me lembrei do Leo falando da bizarrice do Machine Head preferir fazer tour comemorativa de 25 anos do (irregular) “Burn My Eyes” a comemorar 20 do (bem melhor) “The Burning Red”. Em vez de, inclusive, fazer turnê pra divulgar o último (tvz literalmente falando) “Catharsis”.
Fiquei pensando tb no Sepultura “fase Derrick” fazendo escola (o novo do Dream Theater ñ parece estar sendo o “melhor da fase Mangini” ahah): tem mais de 20 anos do negão – sem autoestima? – na banda, e nada de turnê comemorativa de “Against”, “Nation” etc. Mas turnê pra celebrar o “Arise”…
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Nostalgia compulsória? Falta de rumo? Fazer o q o público quer? Lapso de planejamento? Colapso de carreira? Vão até tocar umas músicas do novo, olha só.
“Aproximadamente 3 horas” (se forem 2h38min melhor acionar o Procon?) de show em q os devotos terão orgasmos múltiplos. Fora isso, só pra quem tem insônia. Sei lá eu.
Dream Theater
“When Dream And Day Unite” – farofa de tabule e leite Ninho
“Images And Words” – acerto (involuntário?) jamais replicado
“Live At the Marquee” – impecável
“Awake” – roubando timbragem do Carcass
“A Change Of Seasons” – ás na manga
“Falling Into Infinity” – “queremos nos vender” (I. A Change Of Reasons II. Despudorada Cobiça III. Chamando Desmond Child IV. Até Pusemos um Bonitão na Banda V. A Change Of Logotipo)
“Once In A LiveTime” – insípido e interminável
“Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory” – auge da masturbação coletiva
“Six Degrees Of Inner Turbulence” – se levando um pouco a sério demais
“Train Of Thought” – “Machine Head é da hora!”
“Live At Budokan” – apoteótico
“Octavarium” – “Muse é da hora!”
“Score” – presunçoso, afetado e desnecessário
“Systematic Chaos” – fritação sem alma e sem sentido
“Black Clouds & Silver Linings” – músicas entremeadas à fritação
“A Dramatic Turn Of Events” – vide título
“Dream Theater” – “Trans-Siberian Orchestra é da hora!”
“The Astonishing” – Queensrÿche fez melhor antes
“Distance Over Time” – velhos demais pra vender miçanga na praia
Tem uns ao vivo, uns bootlegs oficiais (aqueles de shows tributo) e uns eps q francamente desconheço (“Forsaken EP”, “Wither”, “Illumination Theory”), daí ñ incluir. Fique à vontade quem quiser!
… o q ficou?
… o q ficou?
A imagem abaixo, se clicada, aumenta.
A melhor época pra se comprar cd – no caso, pra espécimes como eu, q ainda o fazem – é agora. Esses 15 acima? Praticamente zerados, adquiridos a 25 kitgays TODOS num bazar de centro espírita.
Tudo bem q o do Franga ñ valeu o 1,40 dispendido. E nem consegui ouvir inteiro, coisa horrorosa. Mas peguei pq na Galeria do Rock ñ se encontra por menos q 60 mamadeiras de piroca.
Pq esgotou a tiragem, a Paradoxx faliu e certamente a banda ñ tem ace$$o à fita original, pra remasterizar/relançar. Ñ pq seja bom. E, de repente, vai q eu consigo vender mais caro.
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O ponto é o seguinte: vivendo em São Paulo, tenho desfrutado da condição privilegiada de adquirir cd’s e dvd’s a 1, 2, 3, 5 reais cada. Bazares (de igrejas e centros espíritas) e sebos vendendo de monte, a muito pouco. Pq são doações e qualquer 1 real vira lucro.
No grupo de Acumuladores Colecionadores de Discos do Facebook (em q o amigo Tiago tb frequenta) ñ foram duas vezes q vi relatos de colegas ali encontrando cd’s largados em lixeiras de prédio. Pessoas ñ têm mais “espaço” pra cd’s e ñ se dão nem ao trabalho de tentar vender ou doar.
Tudo bem q a música ñ está, nem nunca esteve, no Lp, no k7, no Cd, no arquivo mp3 ou no pen drive, q são só os veículos pra coisa toda. E a música vem se tornando, parece, aleatória, randômica, Spotify. Mas, sei lá, pessoas ñ têm tido TEMPO e ESPAÇO mais pra música, é isso?
O outro lado da questão é vermos cd’s recém-lançados saindo a 35, 40 kitgays. Como os Overkill (“The Wings Of War”) e Dream Theater (“Distance Over Time”) novos. Fora de proporção ou realidade. Como se os lojistas – ao menos, a maioria dos q vejo na Galeria do Rock – estivessem aderindo à baratosafinsação: “ah, quem compra disco é colecionador, abonado, e paga qualquer valor pra ter o acrílico fetichizado”.
Sim e ñ. Mal se contam 13 lojas de cd na Galeria hoje em dia. Já teve tempo de haver 150. E se continuarem nessa toada, 80% dos remanescentes fecha logo logo. Ou vão ter q baixar o preço pra conseguirem algo.
Todo modo, esta é a situação de momento. Com a ressalva de q em bazares e sebos raramente encontramos algo de metal realmente incrível (o King Diamond acima foi um acaso), ou aquelas raridades importadas de q vimos uma vez e nunca mais. (Apesar de eu ter comprado o primeiro d’Os Mulheres Negras a 2, valendo 300 no ML).
Amigos de fora de SP q eventualmente se interessarem por algo, tamos ae eheh
Descontemos a política local um pouco: vivemos a era das fake news.
Informações sem critério, boatos tornados realidade (até o desmentido, q pode ou ñ ser lido), anseios de q algo aconteça passados adiante, notícias irresponsavelmente plantadas (migués) q em nada dão, fatos históricos pretéritos tornados “opinião”, essas coisas.
Lembro daquele episódio recente, constrangedor, envolvendo até Lars Ulrich, q dava conta duma reunião do Deep Purple MK III, com Glenn Rugas, David Coverdale, Jon Lord e Ritchie Blackmore. Em q “ñ se sabia” se Ian Paice participaria; até Lars se oferecer, a sério. E até Jon Lord romper a aposentadoria pra se pronunciar oficialmente de q aquilo jamais rolaria.
Pois bem. Aparentemente andam vazando áudios no You Tube de sons novos do Dream Theater. Dum tal “Distance Over Time” a sair logo, com direito a capinha.
Sons fake. Caralho.
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O primeiro abaixo, supostamente faixa-título, percebido como fake e até desementido por quem postou. Seria dum tal Redemption, com participação de James LaBrie:
https://www.youtube.com/watch?v=OmsGQhonfv8
Uma “brincadeirinha”?
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O segundo, instrumental, aparente pré-produção vazada e com comentários dando conta de fake tanto quanto:
Tá foda.
E pra q serve a internet mesmo? Pra difundir tranqueiras. Sobretudo no You Tube, playground digital.
Minha recente descoberta por ali é um certo Josh Steffen, baterista com senso. E senso de humor.
Q deve ter pensado: “ah, tem tanta gente se filmando tocando (certo/errado) sons consagrados. Vou fazer tb, mas de outro jeito”. E sem vergonha alheia, a ñ ser a do homenageado. Assim: maioria dos vídeos encontrados ele toca sons de outras bandas como fosse Lars Ulrich tocando. Inclusive sons ñ-metal.
Songs getting larsed.
Meu preferido segue abaixo: como seria “Holy Wars… the Punishment Due” com ele tocando? Reparem a preguiça de seguir as palhetadas, a indolência do pé direito e a marra. Sujeito imita com perfeição até a linguagem corporal do dinamarquês. Só q sem perder a levada. Aliás, como é com Lars.
E mesmo mostrando-se bem mais técnico q o titular.
Tem ainda versão tocando “Symphony Of Larstruction”, impagável. Sem qualquer suingue. E fazendo “War Ensemble” (Slayer), dum modo tão broxa e coerente – abusando do china – q a gente acredita mesmo q ele assassinaria o som, sem dó.
Só q posto ainda o q seria Lars Ulrich tocando “Metropolis” (Dream Theater) com a caixa estalada do “St. Anger” ahah
E ainda recomendo outro link associado, de Jeff fazendo como seria Mike Portnoy tocando “Two Minutes to Midnight” (Iron Maiden). A ñ ser q alguém por aqui sofra de labirintite, tb diversão garantida eheh
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Quer dizer: saber tocar e deixar filmando, hj em dia tá cheio. Beira o insuportável. A ñ ser umas minas de shortinho tocando bateria. O diferencial acaba sendo o humor.
Pauta q cogitei em janeiro do ano passado, ñ a fiz por preguiça.
Idéia é fazer anualmente lista de melhores posts do ano anterior por aqui. Algumas relidas caem muito bem, em minha opinião. Como tb é minha opinião sobre os melhores posts: ñ o são, pra mim, necessariamente por terem sido idéias maravilhosas, mas muito mais pelas discussões geradas.
MELHORES POSTS NO TCH EM 2017:
Vc ñ lerá errado no link abaixo sobre a tal música estar sendo executada desde 2001.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organ%C2%B2/ASLSP
Passeios aleatórios pela Wikipédia rendem pauta. Composição para órgão de John Cage, americano doidão experimental/aleatório (procurem por “4’20″”) está sendo executada há quase 17 anos. E tem previsão de se encerrar daqui a 622 anos. ANOS.
Executada desde então na igreja de S. Burchardi, em Halberstadt, no interior da Alemanha. Foto abaixo.
E demorará esse tanto – previsão de 639 anos até acabar – pq o compositor ñ indicou com precisão o andamento da coisa, só pediu pra q fosse tocada “o mais lentamente quanto possível”, daí seu título: “Organ²/ASLSP (As SLow aS Possible)”. O mais demoradamente q foi tocada até então teve a duração de 14 horas e 56 minutos, até então o recorde estabelecido duma música o mais lentamente executada.
Até então.
Então bora parar de reclamar das intros gigantes do Dream Theater? Ou de achar q Candlemass é doom? ISTO é doom. My Dying Bride pouco é bobagem ahah
Uma curiosidade q me ocorre é: será q estão gravando isso? Outra: daria pra gravar um troço desse?
John Cage era muito doido.