Fiz até post outro dia: estava sentindo falta de ir a show do Krisiun; foram 2 só ano passado e tinha perdido oportunidade de vê-los de graça em fest reaça.
(andaram tocando “Wrathchild”, pranteando PaulDi’Anno, q quem viu não verá mais)
E a falta se deu não só pelo som, mas pelos discursos de Alex Camargo entre os sons – q o amigo Leo já denominou “bingoKrisiun” – q misturam clichê, paranóia e pura auto-afirmação. A ponto de já terem virado bordão.
Como o inicial “o Krisiun está aqui”, q monte de gente anda citando quando posta fotos de shows do trio. Podiam fazer uma camiseta com ele, eu compraria. Ainda mais a 70 contos e indo direto pra conta do Maximiliano Kolesne Camargo.
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Os demais discursos até gravei e enviei a amigos por aqui no WhatsApp (desculpa a encheção), e vão naquela toada do “sem palavras…” (daí fala pra cacete), “deathmetal nacional doa a quem doer”, “o Krisiun não se vende por merda” e “30 anos de deathmetal nessa porra”. Há quem condene, eu acho foda.
E q nesses 2 shows tiveram um “grau” a mais: Alex bradou contra os influencers e “modinhas” “q se acham fudidos”, acrescentou um “gratidão eterna” pra nos agradecer, de praxe e de vibe, pq “não estaríamos aqui se não fosse o apoio de cada um de vocês” (sic) e “aqui não é projetinho de verão” e etc.
Falo ainda de outro aspecto periférico desses 2 shows, parte devido ao Sesc, parte devido à integridade dos caras, q como muito bem me lembrou o amigo FC, NUNCA RECLAMARAM DE FALTA DE APOIO:
O público repleto de mulher, periféricos, idosos (mesmo!), negão blackpower com camisa do Behemoth, metaleiros true, crianças (meninas de 5 a 8 anos com camisa de cruz invertida) e predominante com camisetas da banda. Quase não se vê Slayer, IronMaiden e Motörhead (Leo achou os únicos presentes e couberam numa foto).
Juninho (RatosdePorão) esteve presente tb, na pista, no sábado e foi saudado.
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E o som? Impecáveis (ambos) de nítidos e ALTOS. Saí surdo, mesmo com protetor auricular. Ainda divulgando “MortenSolis” – com “Serpent Messiah” e “Necronomical” – ainda omitindo sons de “AgelessVenomous” e “WorksOfCarnage“, mas surpreendendo com 3 de “ConquerorsOfArmageddon“, como a faixa-título (épica), “Soul Devourer” e a espetacular “Endless Madness Descends”.
Pq, como me lembrou um outro amigo, o Krisiun vai tocar no Wacken esse ano, e só material do “ApocalypticRevelation” e de “ConquerorsOfArmageddon” (tomara q gravem), prato cheio pra quem é fã de tempos e trombar com os manos em shows até lá.
No show de sexta-feira, Moysés provocou a gente prometendo q sábado tocariam músicas diferentes, coisa e tal. Q na real foi só encaixarem a chacina sonora e impiedosa chamada “Bloodcraft” ali pelo meio.
(o fim do mundo já foi, mas não custa relembrar)
E encaixada, vejam só, no lugar da derradeira e protocolar “Black Force Domain”, o q por si tornou ÚNICO o show de sábado. Acho q não lembro de show do Krisiun sem ela, q por sinal e diga-se de passagem, nem pediram.
Nesse show de sábado. Sexta, foi pedida e executada…
Problemas? Os de recentemente e contornados: Alex meio cansado (idade, gutural e cachaça pedindo a conta?), o q faz com q os intervalos dos sons sejam preenchidos com backingtracks – o q não é demérito; prefiro isso a ficarem quietos um tempão entre sons – e o repertório com solos de guitarra e de bateria.
Por outro lado, os caras assumiram a intro e uma outro (só sexta) iniciais e finais de passagens de EnnioMorriconne, q achei do caralho.
Mais q isso, só descrever abaixo os sets e agradecer ao Leo pelas fotos fudidas doa a quem doer nessa porra.
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Set de sexta-feira: “Kings Of Killing”, “Vicious Wrath”, “Endless Madness Descends”, “Serpent Messiah”, “Scourge Of the Enthroned”, “Necronomical”, “Conquerors Of Armageddon”, “Descending Abomination”, “Soul Devourer”, solo de guitarra, solo de bateria, “Blood Of Lions”, “Hatred Inherit”, “BFD”
Set de sábado: “Kings Of Killing”, “Vicious Wrath”, “Endless Madness Descends”, “Serpent Messiah”, “Scourge Of the Enthroned”, “Necronomical”, “Bloodcraft”, solo de guitarra, solo de bateria, “Descending Abomination”, “Soul Devourer”, “Blood Of Lions”, “Hatred Inherit”
PS – pra mim faltam músicas de “ScourgedOftheEnthroned“, mas é coisa minha nessa porra
PS 2 – façamos uma petição pra q Leo poste essas fotos no Instagram e marque a banda. Aposto q vão querer usar, e deveriam.
*compilações do tipo “lados b” ou “lado b + demos” ñ valem; compilações do tipo “2 discos em um” tb ñ. Bandas/artistas com algum senso comerical, pq é fácil listar Immortal, Dimmu Borgir ou Darkthrone (q tem um greatest hits!) e ñ é o caso aqui.
Algo q comentava com uns amigos off-blog (e com amigos aqui do blog em off): doideira desvairada pra recuperar $$ e trampo gerando no pós-apocalipse uma oferta insana de shows.
Exemplo: domingo passado, GBH (com Ratones – 2ª filial do RDP – abrindo); The Exploited passando por aqui neste final de semana tb. Watain agendado acho q pra semana q vem. Amanhã tem Exodus (abertura: Torture Squad) no Carioca.
Quando assisti ao Prong em 12 de outubro último, teve show do U.D.O. no Carioca e um festival indie com Pixies (vixe) e Jack White (grande coisa) no mesmo dia. Coisas de cosmopolitanismo? Cidade q nunca dorme? Pára, né?
Pegando de memória, nos últimos meses ainda tivemos Yngwie Malmsteen, Arch Enemy/Behemoth/Nervosa/Crypta, Helloween com Hammerfraude, Dorsal Atlântica em 2 shows no Sesc Belenzinho e parece q hoje à noite tem Garotos Podres em algum lugar. Domingo, Crypta de graça e vindas da Bolívia, na periferia por aqui.
Knot Fest daqui 10 dias.
Quem é q tem grana pra tudo isso?
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E aí, me deparo com isto.
Lamentavelmente passando batido.
Banda q teria a maior curiosidade de conhecer, inclusive ao vivo. Mas agendado (previamente, lógico) numa sebunda-feia e em dia de jogo de Seleção.
Passo pano pq conheço o promotor (ñ tem como controlar tudo), mas imagino q a expectativa seja apenas de fãs muito fãs, daqueles (masculinos, sim) q preferem videogame a futebol, tocar guitarra em casa a montar banda (mas ñ podcasts), comparecendo.
Só espero de verdade pra q em caso de fiasco de público ñ sirva de critério pra q nunca mais voltem.
PS – e quem são Casagrande & Hanysz? O primeiro ñ está no Catar? PS 2 – Noturnall está eufórico pq vai abrir (ou ser banda de apoio, ñ entendi) pra Paul Di’Anno em janeiro. No Manifesto. Com ingressos vendidos parcelados há 1 ano.
Sou totalmente leigo em Behemoth. Sei q já tocaram aqui em SP umas duas vezes e tenho amigos q piraram (né, Leo?) vendo.
Sei coisa ou outra sobre o tal Negal, meio um crítico respeitado barra ponderado, meio ombudsman, meio um pensador no metal atual. E é só o q sei.
De resto, achei o clipe sensacional. (Fazer videoclipe é o novo underground?). Do disco novo, “Opvs Contra Natvram”, a ser desovado (exumado?) no próximo 16 de novembro.
Só tenho uma dúvida: ñ era uma banda über técnica, q tocavam coreografados rodando pescoço no palco o tempo todo? Parece q recentemente mudaram o som, pra essa ambiência mais black, norueguesa.
Os últimos 3 shows de medalhões do hard/metal que assisti ao vivo foram Accept, Judas Priest e Scorpions, todas as bandas com mais de 30 anos de existência e integrantes que já passaram dos 60, uns bem e outros nem tanto. Me lembro especificamente em algum ponto dos shows ter pensado: “nossa, como ele fez isso?”.
No Accept foram os backing vocals de Wolf Hoffmann, que pouco se esforçando produzia côro igualzinho nos álbuns, grave e cheio como se fossem cinco pessoas ao invés de somente uma. No Judas foram os gritos de Halford, ainda lascando tudo lá em cima, e os solos de Tipton, que já na época se arrastava no palco. No Scorpions foram alguns momentos na voz de Klaus e um lance em específico, na volta pro bis, quando Rudolf voltou correndo de trás do palco tocando o início de “Rock You Like A Hurricane”, ao qual me perguntei: “como ele deu essa carreira sem errar uma nota sequer?”.
Acho que agora eu já sei. Com o avanço na tecnologia, ficou muito mais fácil encaixar partes pré-gravadas por trás de sons sendo executados ao vivo. Isso sempre foi prática comum no mundo pop de pseudo-divas e pseudo-rappers, mas inevitavelmente achou seu lugar também entre músicos pretensamente sérios. Todo mundo faz isso hoje em dia. Andei pesquisando e a lista é enorme: Kiss (meio óbvio), Def Leppard, Bon Jovi, Mötley Crüe, Whitesnake, Ozzy, Marilyn Manson e até Behemoth. E a lista continua.
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E pode apostar, tua banda favorita também. Vi um trecho do programa de rádio do DJ Eddie Trunk onde ele discorre indignado sobre a prática hoje comum, e diz que se nega a assistir show de hard rock ou metal com dublagem, seja de voz ou guitarras (no caso de Mick Mars, especificamente).
Minha pergunta aos companheiros de armas: o que vocês acham disso tudo?