Agradecimentos em “Harmony Corruption” (1990) são individuais e extensos. Finzinho da parte q coube a Mark ‘Barney’ Greenway:
“Finally, A Total Fuck Off to all the people who label us rockstars or say we’ve sold out. If you bothered to remove your head from your hypocritical self-righteous arse-hole you might find the truth!
Sorry to anyone I forgot – you are in my mind if not in print“.
Ano horroroso e inesquecível. O q salvou foi um disco ou outro. Ñ consegui ir além duma certa superficialidade óbvia. Ouvir álbuns no YouTube ainda ñ me acostumei como deveria.
Spotify ñ é pra mim. Mesmo só tendo baixado 1 disco na vida, ñ adiro a pagar por música online. Só compro música q tiver caixinha e encarte.
Um certo disco “ñ encontrei tempo” pra ouvir ahah Quem sabe até 6 de fevereiro, Leo. Desculpae.
MELHORES ÁLBUNS DE 2020: (os 10 q ouvi de 2020 mesmo)
“Throes Of Joy In the Jaws Of Defeatism”, Napalm Death
“Whoosh!”, Deep Purple
“Forever Black”, Cirith Ungol
“Titans Of Creation”, Testament
“Carnivore”, Body Count
“Dia Eterno”, Violeta de Outono
“Despicable” (ep), Carcass
“Ballistic, Sadistic”, Annihilator
“Requiem”, Triptykon
“Mtv Unplugged”, Liam Gallagher
***
MELHORES DISCOS ADQUIRIDOS EM 2020, MAS DESOVADOS NOUTRAS SAFRAS:
“Big Fun”, Miles Davis
“Rise”, Bad Brains
“Higher Truth”, Chris Cornell
“Strategies Against Architecture”, Einstürzende Neubauten
“Perfect Machine”, Herbie Hancock
“Boingo”, Oingo Boingo
“Pink Flag”, Wire
“Tango: Zero Hour”, Astor Piazzolla
“Seven”, James
“Lunático”, Gotan Project
***
PIORES DISCOS ADQUIRIDOS EM 2020, INDEPENDENTE DE LANÇADOS EM 2020 OU Ñ:
“Echoes”, The Rapture
“Quelqu’un M’a Dit”, Carla Bruni
“Whoa, Nelly!”, Nelly Furtado
“As Dez Mais”, Titãs
“Flesh & Blood”, Poison [desvairio resolvido em escambo com märZ]
“Eu Me Transformo Em Outras”, Zélia Duncan
“Good Stuff”, The B-52’s
“Capital Inicial Ao Vivo”, Capital Inicial
“Joe Cocker Live”, Joe Cocker
“My Pain And Sadness Is More Sad And Painful Than Yours”, McLusky
***
Ñ li muito ano passado. Ñ o q poderia ou deveria. Ñ chegou a 10 livros e ñ adianta culpar o smartphone ou a pandemia. Ñ só.
MELHORES LIVROS LIDOS E Q OUSO RECOMENDAR:
“Ringo”, Michael Seth Starr
“Contrapontos – Uma Biografia de Augusto Licks”, Fabricio Mazocco e Silvia Remaso
“Raul Seixas – Não Diga Que A Canção Está Perdida”, Jotabê Medeiros
“No Sufoco”, Chuck Pallainuk [ainda acabando]
“O Instituto”, Stephen King
“Anger Is An Energy – My Life Uncensored”, John Lydon (with Andrew Perry)
“Alta Fidelidade”, Nick Hornby
E ainda 3 livros de Calvin e Haroldo (“Yukon Ho!”, “O Ataque dos Perturbados Monstros de Neve Mutantes e Assassinos” e “Criaturas Bizarras de Outro Planeta!”)
Tenho um livro de crônicas do Sócrates pra Carta Capital q estou há anos acabando, assim como o diário de filmagens de “Fitzcarraldo”, por Werner Herzog. Quem sabe algum dia.
***
SHOWS
Fui a três, nenhum assim memorável: uma banda cover de Rush no sábado seguinte à morte de Neil Peart num boteco aqui (e q eram cover de Led Zeppelin tb, na segunda entrada, daí me broxaram), a serviço com paciente um tal Sérgio Santos (MPBD antiquíssima) num SESC e o Overload Beer Fest, com a quarentena já iniciada.
Surra, Periferia S.A. e D.R.I. foram legais, mas tenho q reler minha resenha pra ver se lembro mesmo.
***
PREVISÕES
Nenhuma previsão séria. Sério. Sei de estúdios q faliram, ouço falar de bares alucinando em querer voltar programação; assim como tb ouço falar de baladas e shows clandestinos por aqui. “Protocolos de segurança” é o caralho.
Ñ acho q antes do 2º semestre tenha alguma possibilidade decente de show, muito menos show gringo. Rock In Rio, nem a pau. Quem comprar, vai se ferrar. Pq em 8 de Abril Bozolóide assinou portaria q desobriga contratantes de devolver ingresso de show.
Pessoal q gastou – e ñ gastou pouco – na Banda Beijo, no Metallica (Cover Oficial) ou no Lolla Palooza tá na mão. De minha parte, consegui o reembolso do The Hu e esta semana dizem q haverá reembolso pelo Clutch. É o máximo de show a q eu pretendo ter acesso neste 2021 ahah
(tem ainda uns eps e uns splits + a coletânea “Death By Manipulation”, mas o essencial aqui está representado)
Napalm Death
“Scum” – a carícia essencial “From Enslavement to Obliteration” – o poder do extrafísico “Harmony Corruption” – inteligência emocional “Utopia Banished” – em busca de sentido “Fear, Emptiness, Despair” – em busca de nós mesmos “Diatribes” – a sutil arte de ligar o foda-se
“Inside the Torn Apart” – as coisas que você só vê quando desacelera “Bootlegged In Japan” – a coragem de ser imperfeito “Words From the Exit Wound” – o lado bom do lado ruim “Leaders Not Followers” – (ñ ouvi) “Enemy Of the Music Business” – o poder da resiliência
“Order Of the Leech” – (ñ ouvi) “Noise For Music’s Sake” – qual é tua obra? “Leaders Not Followers: Part 2” – muitas vidas, muitos mestres “The Code Is Red… Long Live the Code” – pressa de ser feliz
“Smear Campaign” – contos q curam “Time Waits For No Slave” – minutos de sabedoria “Utilitarian” – não me julgue pela capa
“Apex Predator: Easy Meat” – o poder do hábito… “Coded Smears And More Uncommon Slurs” – manual de mindfulness e autocompaixão
“Throes Of Joy In the Jaws Of Defeatism” – felicidade em gotas
Está temerário/proibido/arriscado fazer show. Lançar disco, coisa mais arcaica e obsoleta, ñ.
Ufa.
Napalm Death na área.
Prestes a lançar álbum novo. Com um daqueles títulos q só eles conseguem fazer: “Throes Of Joy In the Jaws Of Defeatism”. Ñ dá pra falar sem ter q parar pra respirar no meio.
Uma das tantas coisas q os distinguem dos demais (leaders not followers): quem é q vai copiar um nome desses?
***
Curti o som (single?!?) prévio.
Comentários no YouTube dão conta duma volta à ‘fase’ “Fear Emptiness Despair”, q nem é meu disco favorito. Pode ser. Grindcore raiz. Mas os sujeitos podem se reinventar (tinham lançado cover de Sonic Youth ano passado, surpreendendo) e se revisitar à vontade.
Podem até lançar disco de lambada, q vai ficar bom. E ñ por dogmatismo. Por impressionantes – ainda – serviços prestados.
Só tenho a curiosidade de saber COMO eles sabem qual música é qual na hora de fazer show. Tipo Iron Maiden. Devem ter tudo anotado, pq preocupação com fazer músicas q ñ soem como as antigas acho q há tempos já desencanaram.
E a pomba do vídeo é a capa do disco, pelo q me pareceu. Forte e incômoda, sem apelação.
Quem de nós mais antigos por aqui já ñ leram um sem-número de resenhas de álbuns ou sons q terminavam com a fatídica frase: “o disco perfeito pra ser ouvir no Apocalipse/quando o mundo acabar/no fim do mundo”?
Até onde me consta, a porra do Apocalipse tá aí. Banda de ultra death metal: Coronavirus. Bora fazermos umas playlists?
Dá pra fazer montes, me ocorrem algumas pra listar agora. Meio q um top 3:
Outros sons q me ocorrem:
“Countdown to Extinction”, Megadeth “Infected” e/ou “The End Complete”, Obituary “Pandemic”, Accept “Impossible to Cure”, Kreator “Plague Rages”, Napalm Death “Global Warning”, Voivod “The Perfect Virus”, Annihilator “The Evil That Men Do” e/ou “When the Wild Wind Blows”, Iron Maiden
Joy Division, pra ser mais alternativo, ganhou um meme na internet q é uma playist em si. Em loop: “Incubation”, “Transmission”, “Colony”, “Disorder” e “Isolation”.
Ainda prum rock alternativo, R.E.M.: “It’s the End Of the World As We Know It (And I Feel Fine)” e “I’m Gonna DJ” (“if death is pretty final/I’m collecting vinyl/I’m gonna DJ at the end of the world!“). Ou Bad Religion (“Infected”). E por aí vai.