RI ALTO
Um daqueles raros vídeos merecedores do selo “é pra isso q eu pago internet” ahahah
Um daqueles raros vídeos merecedores do selo “é pra isso q eu pago internet” ahahah
Finalzinho de release entusiasmado (por Ed Rivadavia, do All-Music Guide) na versão “Two From the Vault” (2003) da Roadrunner com “Effigy Of the Forgotten” (1991) e “Pierced From Within” (1995):
“This blistering fusion of grindcore repulsion and death metal fury will doubtessly leave you physically exhausted, emotionally spent and gasping for breath under the weight of Suffocation‘s inimitable brand of controlled mayhem“.
por märZ
Ontem essa imagem acima apareceu no Instagram de Jairo Guedz, e imediatamente seus seguidores (eu incluso) ficaram animados com a perspectiva de uma união entre Jairo, Max e Igor (Paulo nem pensar) para regravar o álbum “Morbid Visions” que, apesar de ser hoje em dia considerado clássico e uma das obras seminais do death metal mundial, tem várias deficiências de produção e mixagem, assim como instrumentos desafinados e a falta de conhecimento musical dos então 4 moleques adolescentes.
Pena que isso não vai acontecer. Conversei hoje com Jairo pelo chat do Instagram e ele me disse que a capa postada é simplesmente um fanart que recebeu de um seguidor, e resolveu publicar. Mas reforçou que sua atual banda, The Troops Of Doom, tem planos de regravar todas as músicas de MV e lançar aos poucos, tanto no full lenght que sai ainda esse ano ou no próximo, tanto em formato virtual nas plataformas sociais da banda.
Confesso que fiquei frustrado, torcia para a idéia original da união dos Cavalera com Guedz.
O que acham? Seria uma boa? Péssima idéia? Irrelevante? Comprariam o material? Iriam num possível show?
Histórico da banda até o momento e bastidores de gravação por Alex Webster, na versão remasterizada (2002) de “Tomb Of the Mutilated” (1992):
“We recorded the album ‘Tomb Of the Mutilated’ at Morrisound Studios in 1992. It was our 3rd album, and we were becoming more comfortable recording. We also had more experience writing music, and as musicians in general. I think when you listen to the album, and compare it with the first two, you can hear the progression. The songs on ‘Tomb…’ were the fastest and most technical we had done at that time. This more technical direction made the recording session for ‘Tomb’ our most challenging up to that point. For me personally, for example, ‘Beyond the Cemetery’ was one of the tougher songs to track, and I’m sure the other guys each had their own songs that challenged them on this album. But it was this technical push and the challenging music it created that made ‘Tomb’ a fan favorite (‘Hammer Smashed Face’ is still our most popular song).
Another point that should be mentioned is Scott Burns’ contribution to the development of our band, as this was the first record where we had the budget to work a little longer in the studio. Scott used this extra time to get the best sounds he could for us, and to get the best performances he could from us. Many fans have told me that ‘Tomb…’ is their favorite album because the production is so heavy. There is no doubt that Scott helped Cannibal Corpse a great deal with the excellent production work he did on this album.
The things we learned writing and recording ‘Tomb of the Mutilated’ set the stage for future improvements in our band. It was a big step forward on our mission to be the best death metal we could be“.
“Leaders Not Followers: Part 2” (2004) contém comentários faixa a faixa, provavelmente lavrados por Barney Greenway. E no q se refere a “Troops Of Doom”, coverizada na faixa 16, segue:
“Perhaps more than any other band covered on this compilation, these brazilian boys need no introduction. To think they almost went supernova – with a name that translates to ‘grave’, amusingly – is pretty incredible when you figure that they were once a straight-up death metal band. This is one of the tracks from that era. Albeit an updated version from their second album proper. Just for a laught decided to try and emulate Max’s brazilian accented singing in places – check out the ‘Un… Dos… Tres… Cuatro’ for good measure“.
Por Jessiê Machado
Vai chegando uma idade que fica tudo meio confuso. Dez horas da manhã, uma ressaca infernal onde mal me lembro do que aconteceu entre meia noite e às 6 h da manhã, quando fui dormir, e já estou de pé com outras pessoas em nova missão com tempo insuficiente para meu fígado processar toda a etilidade da missão anterior.
A mina ao meu lado é bem gostosinha. Será que vou comê-la? Lembrei de um poema de um amigo entendido do assunto: “Olho para algumas mulheres, como olho para as estrelas: Nunca irei tocá-las, nunca irei comê-las.” Será que é “olho” ou será que é “vejo”? Enfim o resultado é o mesmo.
Mas que é gostosa ah como é.
Pensando melhor será que vou beijá-la? Nessa inhaca de ressaca que estou se conseguir o telefone dela já foi bom demais.
Hummm! Sentou na frente ao meu lado, isso me faz lembrar que minha amiga em comum já confidenciou que ela curte cabeludos. Tenho chance!
– Curte metal? Pergunto.
– Sim, amo Metallica. Responde a mina
Já emendo: “Master of Puppets”?
– Não sei, gosto daquele preto que tem aquelas lentas. Na verdade gosto das lentas em si.
Putz, não aguento mais “Nothing else matters”. A mina nem é tão gostosa assim no fim das contas, e ainda é meio dia!
O que vou ouvir? Lembrei que um amigo de ilibada reputação (metálica) me disse que o Testament lançou um disco imperdível, mas eu retruquei que abandonei a banda no “The Ritual”…
Vá lá, vou dar uma chance a banda tem crédito. A capa é mequetrefe o nome razoável. “Low”.
Uow será que é o cd certo? Assustador, quase death metal. Muito agressivo, não se compara com nenhum, muito menos com o sonso anterior.
Olha só! Segue ainda melhor; muito boa essa introdução da segunda música. Será que essa outra se chama Ave Maria? Meio lugar comum mas a música é muito boa. Puta merda que riff espetacular!
Sabia, tinha que ter uma balada de merda. Melhor pular logo antes que a mina diga que curtiu. Cara ela é maravilhosa (a mina, não a música), mas melhor continuar calado que não quero ouvir “Nothing else matters”.
Cara, esse cd é muito bom!!! Perdi um par de anos por não tê-lo ouvido. Birra boba.
C a r a l h o!!! Que música é essa? Que agressividade! Preciso ouvir no talo! Será que alguém vai perceber se eu der uma “bangueada”? Foda-se o carro é meu. Regras minhas. Cara muito foda, qual o número da faixa? Sete, preciso ver o nome… Putaquepariu!!!
***
Santo Deus onde estarei? Já é noite! O que aconteceu? Que merda de lugar branco é esse?
Vai chegando uma idade que fica tudo meio confuso, difícil saber o que foi fato e o que a memória preenche de qualquer forma, mas não vou me esquecer nunca dessa lição: não ouça certas músicas no volante de um veículo, pois o resultado pode ser catastrófico. No meu caso foi uma perda total do primeiro carro, dois pinos na face e uma menina que nunca me ligou. Isso tem mais de vinte anos.
Obituary no Rio de Janeiro, 17.11.17 [abertura Gutted Souls e Siriun], por märZ
Era uma típica sexta-feira na Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro: os bares de temática samba/bossa nova lotados, muita gente circulando, turistas gringos, locais, gente jovem, bonita e sarada, cabeludos e camisas pretas… No… wait!
Pois é, num espaço de 100 metros um do outro, Circo Voador e Teatro Odisséia disputavam os camisas pretas com Zakk Sabbath e Obituary, respectivamente. Optei pelo segundo. Na fila para entrar, que corria pela calçada de um dos vários barzinhos com música ao vivo, ouvi do grupo à minha frente: “lá no Circo hoje só vai dar coroa e naftalina” – com meus 48 anos talvez estivesse na fila errada. Ao fundo, um trio tocava “Chega de Saudade”, de João Gilberto. Profético?
Já tinha estado no Teatro Odisséia antes, para ver os alemães do Kadavar dois anos antes. Lugar pequeno, palco minúsculo, perfeito para se ver bandas de metal com um certo grau de intimismo. Cheguei logo após a última de duas bandas de abertura e nem sei seus nomes. Tenho a impressão que não fez falta.
Pouco após as 21h, entra no palco um grupo de 5 rednecks cabeludos e barbudos, sorrisos no rosto, todos de preto. Apertados no palco 5 x 3, detonam canção após canção. Som ótimo e no talo, cadência lenta, cabelos voando, sorrisos e mais sorrisos enquanto John Tardy urra sobre morte e desespero. Trevor Peres era o comunicador da banda, ocasionalmente indo ao microfone entre canções para dar um alô, elogiar a cerveja, sorrir e rir de tudo. A performance de todos é irretocável, com destaque para o baterista Donald Tardy e sua levada característica, com ocasionais e desconcertantes inversões de tempo.
Uma hora e meia depois, fecharam com “Slowly We Rot” e acabou tudo.
***
Comprei o cd novo, importado e digipack, por 30 cruzeiro. Cobicei a camisa oficial, mas os 70 mangos me desanimaram. Entre os mais ou menos 300 presentes, umas 15 garotas. Todas acompanhadas. Predominância de camisas death metal: Krisiun (várias), Obituary (óbvio), Possessed (a minha – presente do amigo Colli), Sepultura (“Morbid Visions”) e também Dark Angel, Sabbath, Judas Priest, Kreator, Marduk etc.
Foi uma noite agradável, apesar de tudo ter acabado muito rápido. Saí do clube e caí na cacofonia da Lapa. Peguei o Über e logo estava de volta à Ilha do Governador, surdo e com fome. É isso.
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Setlist – 1. “Redneck Stomp” 2. “Sentence Day” 3. “Visions In My Head” 4. “A Lesson In Vengeance” 5. “Chopped In Half” 6. “Turned Inside Out” 7. “Find the Arise’ 8. “Straight to Hell” 9. “Turned to Stone” 10. “Dying” 11. “Brave” 12. “No Hope” 13. “‘Till Death” 14. “Don’t Care” 15. “Slowly We Rot”
O encarte de “Midvinterblot” (2005) contém comentários do vocalista/baixista Johnny pra cada uma das 15 faixas. Pincei 5, pra ñ empapuçar:
“THIS IS OUR WORLD NOW – Any one of the loyals in the metal family has had their share of slander and bullshit coming their way. All that is over for this is our world now! Those who can’t accept it, will have to move to some other planet. Period.”
“IN VICTORY OR DEFEAT – This is the story about the spirit of the immortal warriors who have followed us for more than 17 years. Such loyalty and pride is truly worth a song itself. It can’t be bought, and it can’t be fought. It is eternal Death Metal – no compromise!”
“TRIUMPH OF GENOCIDE – Beginning on April 6th, 1994, and for the next hundred days up to 800.000 tutsis were killed by hutu militia using clubs and machetes, with as many as 10.000 killed each day. CNN stated that ‘it was perhaps the fastest genocide in history, and yet the international community would not call it genocide until May 1994, a month after it started’. Note that the prime declaration and task for the United Nations is to prevent war and genocide from occuring, but then there’s no oil in Rwanda…”
“PSYCHO KILLER – When media (evening news) and politicians in general are too incompetent to deal with the hard issues, it is convenient to throw dirt on some psycho killer… That way they get some more time to try and make us all forget the bigger problems in society.”
“LOYALTY AND PRIDE – Regardless of time, place of birth or color of their skin, Death Metal warriors have similar backgrounds to the one that we sprang from. A constant battle of life. A struggle to survive night and day. A number of obstacles we have to overcome to walk our own path on Earth. But we all keep on striving, since we know we are strong at heart, and our family of equals is always there no matter what. For this, and much else… The hammer is our sign, of loyalty and pride.”
Papo meio antigo q tive com o amigo märZiano no Facebook certa vez, q ñ havia transformado ainda em post.
Memória é um negócio traiçoeiro. E ainda mais traiçoeiro quando (des)acompanhada de alguns dos 5 sentidos vagamente específicos. Explicando:
“Harmony Corruption” sempre foi o meu disco preferido do Napalm Death. Lembrava de ouvir a fita em q o tinha gravado – faz tempo – em ñ muito alto volume (ñ precisava), sempre impressionado com a podreira e, ao mesmo tempo, limpeza do trabalho. É o trampo mais técnico (sim!) dos caras. E aí tem já uns anos q desisti das fitas: embora as tenha, ñ mais as ouço e as abandono conforme adquiro os cd’s: coisa q deveria ter feito há uns 20 anos, mas foda-se.
Em junho último, comprei o “Harmony Corruption” em cd. E o som é fraquinho… sem volume. O peso é longínquo. Parece uma fita, mas ñ a q eu tinha, bem gravada e no talo. Uma fita mal gravada. Tenho q erguer o som pra cacete, e aquele peso podre e lindo ñ vem. Fora q a bateria parece mais “alta” q o resto.
Dúvidas a respeito disso:
1. pode ser q o lançamento, pelo selo argentino Del Imaginario, tenha estragado a coisa. Sei de histórias de versões argentinas de cd’s q soam como fitas ruins, outras aparentemente passadas de mp3 pra cd (né, märZ?), inclusive. Será o caso?
2. a outra dúvida/lembrança imperfeita q tenho do petardo é q a banda teria ficado envergonhada do som “limpo” dele (culpa de Scott Burns, q o deixou bem death metal) e o entregou a Colin Richardson (produtor de Carcass e Fear Factory, entre outros) para “remixá-lo”: sujá-lo devidamente. Tvz o meu cd seja a versão “limpa” do artefato e minha fita fosse a versão “estragada”. Sei lá.
Alguém conhece e confirma, ou desmente, alguma dessas dúvidas a respeito?