Clipes indigestos da vez. O ano covídico e a tecnologia conspirando a favor de deixá-los ainda mais incômodos. Como tem q ser.
O heavy metal tem q incomodar. Sou desse tempo e dessa filosofia. Do contrário, vira thrash metal universitário, “família Metallica”, Max Cavalera caçando likes e Ozzy tiozão engraçado do “The Osbournes”.
I – Death Angel fazendo versão de Queen
Nem achei tão foda a versão. Mas o clipe, estupendo e indigesto.
Rompi com um metaleiro hippie isentão de direita q adora Queen e provavelmente mandaria um “ñ tem q misturar Queen com política”. Bem, foda-se. E ñ é a primeira vez q o Queen ganha interpretação às vezes antagônica por conta de letra sem querer querendo de cunho político.
A outra vez de q me lembro (e postei aqui muito tempo atrás) foi quando o Laibach cometeu “One Vision” em alemão, tornando o som praticamente um hino nazista. Um outro tipo de incômodo, abjeto.
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II – Belphegor e a freirinha linguaruda
Conheço bem pouco dos austríacos: só um cd gravado em fita, bem toscão. Bem… parece q aprenderam a tocar um tanto e o clipe achei incrível. E repulsivo junto. Como aquelas capas toscas e sugestivas ganhando realidade.
O tipo de coisa, essa Kate Beckinsale from hell e tatuada, q me faria ter desejos impuros e sonhos molhados caso estivesse em meus 15 anos testosterônicos ahah
O tipo de coisa pra ñ pôr num churrasco em família, pra ñ chocar geral. Ou tvz pra PÔR num churrasco em família, pra chocar geral.
Pro pós-pandemia, quando as coisas ñ voltarem ao “normal”.
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III – Accept novo. Vorsprung Durch Technik
Comentávamos outro dia, quando da discussão de 10 anos de “Blood Of the Nations”, a marca considerável pra uma banda veterana, desde 2010 renascida: 6 álbuns + 2 dvd’s ao vivo (um, bônus em “Blind Rage”) + 1 álbum duplo ao vivo.
Nos anos 80 foram 7 discos. Pô.
E no clipe os caras ñ fazendo qualquer questão de serem bacanas. Indigesto, incômodo e pesado. Ainda mais pro vocalista, q perdeu recentemente o filho (ñ disseram motivo) com 26 anos, no último 9 de agosto.
E já começam a chegar conhecidos contaminados: Chuck Billy e a esposa, confirmados.
Testament andou fazendo turnê com Exodus e Death Angel (deixemos ao largo a ironia dos nomes das bandas), do q correm suspeitas de q Gary Holt (com histórico junkie de ibuprofeno) tb estaria positivo, assim como Will Carroll, baterista do Death Angel, q estaria, inclusive, internado em UTI.
Tool levou o prêmio de “Best Metal Performance” de 2019 no 62º Grammy ontem, por “7empest”.
Concorriam tb Candlemass com participação de Tony Iommi (“Astrolus – the Great Octopus”), Death Angel (“Humanicide”), I Prevail (“Bow Down”) e Killswitch Engage (“Unleashed”).
bônus incríveis: boxes adquiridos a 10 e 2 reais, respectivamente. De Robert Johnson e Captain Beefheart.
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PIORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS EM 2019, LANÇADOS OU Ñ EM 2019:
“Dois”, Kleiton & Kledir
“Rita Lee”(1993), Rita Lee
trilha sonora do “Tomb Raider”
“Flesh And Blood”, Whitesnake
“Pierrot do Brasil”, Marina Lima
“What Sound”, Lamb
“Deconstruction”, Meredith Brooks
“Country Falls”, Husky Rescue
“Dente de Ouro”, Blues Etílicos
“Power From Hell”, Onslaught
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MELHORES LIVROS DESOSSADOS ANO PASSADO E Q ME ATREVO RECOMENDAR:
“Barulho Infernal”, Jon Wiederlorn & Katherine Turman
“A Arte Sutil de Ligar o Foda-se”, Mark Manson
“Tipos Incomuns”, Tom Hanks
“Por Um Fio”, Drauzio Varella
“Dicas de Sexo de Astros do Rock (Por Eles Mesmos)”, Paul Miles
“Zonas Úmidas”, Charlotte Roche
“Kind Of Blue”, Richard Williams
“O Apanhador no Campo de Centeio”, J.D. Salinger
“Relíquias”, Tess Gerritsen
“Saga Lusa”, Adriana Calcanhotto
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SHOWS DO ANO – 22 a q compareci, meu recorde em todos os tempos
Test
King Crimson
Infectious Grooves
Kool Metal Fest (Eskröta, Surra e Nervosa sobretudo)
Ratos de Porão (SESC Pompéia 1º dia)
Overload Beer Fest (Surra e Tankard sobretudo)
Smack
The Mist
Lenine
Replicantes
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PREVISÕES PRO ANO:
Scorpions continua “turnê de despedida”; Banda Beijo e Ozzy tentarão ver se cola mais uma dessas; Sepultura lançará o “melhor da fase Derrick”; Max lançará Soulfly novo, mas fazendo turnê tocando Sepultura. De minha parte, cada vez mais shows no Sesc a 30 reais.
E uma torcida pra q o Coroner lance logo o disco novo. Outra: pra q o FNM, retomando atividades pra festivais europeus, ñ lance mais nada.
MEUS DISCOS PREFERIDOS DE RETORNO DE BANDAS THRASH:
“Another Lesson In Violence”, Exodus
“All Hell Breaks Loose”, Destrúcho
“The Art Of Dying”, Death Angel
“B.A.C.K.”, Artillery
“Awakening”, Sacred Reich
“Killing Peace”, Onslaught
“Third World Genocide”, Nuclear Assault *
“Fire & Damnation”, Exumer
“Omega Wave”, Forbidden
“Unborn Again”, Whiplash [pra inteirar 10]
* na verdade, o disco da volta (a 1ª volta) é “Alive Again”, um ao vivo q nunca ouvi (acho q vi uma vez na Galeria, se muito. E muito caro) e q ñ incluía músicas inéditas. A quem objetar com o ao vivo do Exodus, o incluo por ter música inédita, meio q um critério de desempate
OBS: ñ incluí discos “de volta”, como aqueles em q a banda volta a fazer thrash depois de abandonar o estilo, tipo “Violent Revolution” (Kreator) ou “We’ve Come For You All” (Anthrax) ou mesmo “Death Magnetic” (Metallica). Quem quiser incluí-los, à vontade!
Ñ é bem o q poderíamos chamar de “comeback of the year“, mesmo pq a banda ñ voltou. Agora. Estão de volta desde 2006, fazendo uns shows por aí e acolá, fato conhecido, sempre com repertório antigo clássico.
Mas nunca, nunca, jamais, q eu apostaria em DISCO NOVO do Sacred Reich neste ano de desgraça de 2019. “Awakening” saiu sábado último.
E já tem no YouTube pra ouvir inteiro, o q estou a fazer enquanto bosto posto isto. Como tb 2 videoclipes bacanas, da faixa-título e de “Manifest Reality” (segue abaixo), quase um clipe do Tool.
Com direito a Dave McClain no time, catso. Machine Head já era mesmo. Com direito a 31 minutos, quase um ep, mas bastante nesses tempos de cd’s ostensivamente gigantes, só pq cabe 80 minutos de som neles. Comentários no YouTube saúdam “Awakening” como superior aos recentes de Overkill (prolixo como sempre) e Death Angel; do primeiro, ouso já tb concordar.
Ñ lembro bem como esbarrei nesta informação. Pq esbarrei mesmo. Acho q fuçava algum site de loja da Galeria do Rock já o vendendo. Por outro lado, andei re-buscando os mesmos sites e ñ vi nem rastro.
Simplesmente aconteceu: saiu sexta (lançamento oficial), sábado já tinha na Galeria do Rock e peguei.
Fiquei sabendo pelo grupo de Whatsapp da minha loja favorita ali, a SoWhat. E faz sentido, olhando em retrospecto: os 4 últimos discos – “Relentless Retribution” (2010), “The Dream Calls For Blood” (2013), “The Evil Divide” (2016) e este “Humanicide” (2019) – saem/saíram em intervalos regulares de 3 anos.
Esses 4 últimos tb contando com o mesmo time, o q vai dando uma consistência interessante à coisa. Um videoclipe já disponível (“I Came For Blood”), um oficial visualizer pra faixa-título e um official lyric video (viraram coisa oficial isso) pra “The Pack”.
Já são 6 os discos desde q voltaram, melhores do q eram. E meu juízo, por ora, de “Humanicide”, é q é o melhor dos 4 últimos. Aliás ainda, já o 3º com os catiorríneos na capa. 11 sons contrariando os Spotify e randomismos vigentes: pra ouvir, assimilar, digerir, escolher as preferidas. Mais de uma.
Minhas preferidas, por ora: “Agressor” e “Alive And Screaming”. Tô ouvindo, assimilando e digerindo.