SISTERS OF MERCY
Chegar ao Via Funchal quase meia hora antes de começar o show e ver pouco movimento do lado de fora achei estranho.
Quando entramos (eu e a Patroa) e vimos a pista QUASE até a metade – contraste total com a vez anterior da banda, em 2006, em q mal se conseguia ANDAR mesmo rente às paredes do fundo – tive confirmada a impressão do pouco público se devendo a essa mesma vez anterior, um tanto frustrante.
Em patamar de frustração q a mim se repetiu, se confirmou. Pois nem dá pra culpar preço ou curta divulgação (foram meses de divulgação, e eu mesmo já havia comprado os ingressos lá pra Março, temendo um sold-out), nem jogo do Corinthians (ahah) por isso, nada disso.
Ñ entendam mal: se for resumir o q foi o show, digo q “até q valeu”.
*********
Pq Andrew Eldritch é um cara dos 80’s, fazendo um show dos 80’s. A voz cavernosa impera (e impressiona!), e o espetáculo de fumaça com iluminação é sensacional: permitindo-se ver as sombras dos caras no palco, e nada mais. Ñ se via o fundo do palco!
O fato de ñ autorizar (como da outra vez) os telões laterais foi tb, paradoxalmente, ponto a favor. De modo a favorecer completa atenção ao palco.
No entanto, o sujeito deveria se atualizar um pouco mais e considerar (ter misericórdia? ahah) (d)o público entregue e ávido ali presente.
Q pouco se importou com a BOSTA de som inicial (mal se ouvia a caixa da bateria eletrônica!!) – q só melhorou a partir do meio, em “Dominion/Mother Russia” (mas daí com a bateria sobressaindo a tudo) – com músicas semi-reconhecíveis (“Detonation Boulevard” e “This Corrosion” só percebemos – assim como muita gente – quando chegaram ao refrão) e com outras q francamente ñ funcionaram ao vivo.
Como “Something Fast”, balada pungente de voz, violão e bateria, q o guitarrista cagou no solo. Ou “Lucretia My Reflection”, tb semi-reconhecível (sem precisar chegar no refrão, porém) e a mim ainda ultrajante: pois se o q a caracteriza, fora a VOZ, é o riff opressivo e repetitivo do baixo, o q dizer do baixista ñ o fazendo, ficando o show todo tocando com palhetada pra baixo e pulando q nem emo??
Penso, colando na opinião da Patroa, q Eldritch vindo só ele, a bateria eletrônica e as bases pré-gravadas fidedignas e bem equalizadas, soaria mais HONESTO. Mais verdadeiro até.
A banda de apoio (ou alguém ousaria falar serem tb Sisters Of Mercy?), constituída do baixista prego, dum guitarrista chato (com uma Stratocaster cujo timbre em muitas horas deixava a desejar. E q “Vision Thing” deixou entrever guitarras pré-gravadas tb e o sujeito mal disfarçando tocar um pouco junto) e dum tecladista gordo cuja função parecia só apertar o play das bases e manter Doktor Avalanche a contento, ñ fez jus à LENDA gótica nem às músicas, q se ñ sairiam ao vivo 100% nem com banda ensaiada e empenhada, ao menos poderiam sair BEM melhor.
Ñ se enganem com resenhas puxa-saco: Sisters Of Mercy ao vivo é reverência (inclusive de Eldritch ao público, do jeito dele, no fim), clima e SOM IMAGINÁRIO, elementos nem assim pejorativos, mas q fariam ainda mais sentido com as músicas minimamente melhor executadas.
Menos mal q ñ executaram (duplo sentido!) “More”, pra eu ñ ter q morder a língua e acabar dizendo ter ficado pior q a do André Chatos. ufa.
********
“Alice” foi legal, com riff tocado; “Vision Thing” me supreendeu, e foi executada tal qual no “A Slight Case Of Overbombing”, com refrão prolongado no final; “Dominion/Mother Russia” e “Ribbons” entraram na categoria das reconhecíveis pelas batidas características, mantidas ilesas (Doktor Avalanche é o melhor músico ali!), apesar de Eldritch estragar a 2º, com berros a mim constrangedores; “Temple Of Love” encerrou e comoveu, apesar de alguma má vontade do Eldritch em cantá-la.
Andrew Eldricth, vulgo Sisters Of Mercy: veio pra cá com o jogo ganho e fez show com gosto de empate, tipo o Corinthians e Vasco da semana passada. Gostei pq queria gostar. Vier numa próxima, nem vou.
Mas “até q valeu”.
Carol
9 de junho de 2009 @ 12:08
Ouvir no CD é muito mais legal!! As músicas soam mais pesadas e psicodélicas.
Ao vivo: parece coisa de DJ!! Tô fora!
Numa próxima eu não vou tb !!
Valeu só pra conferir!!
Rodrigo Gomes
9 de junho de 2009 @ 13:16
Muita citação ao Corinthians pra uma resenha do Sisters Of Mercy hahaha. No mais, aposto que você ganharia mais se fosse ver a dobradinha Angra/Sepultura. Ou o filme do Pelé haha.
Rodrigo Gomes
9 de junho de 2009 @ 13:17
Ah, falando em Via Funchal, to pensando em baixar aí em setembro pra ver Children Of Bodom e Amorphis. Você sabe se no Via Funchal tem algum esquema confiável pra comprar ingresso quando a pessoa (no caso, eu) se encontra em outra cidade?
Marcão Bissexto
9 de junho de 2009 @ 13:56
Simples assim: tinha pouco publico, porque os otários que foram da outra vez (inclusive eu e minha patroa) assistiram a um arremedo de show – e show de bandinha cover iniciante de colégio mequetrefe.
Systers of Mercy? Não, obrigado, estou cagando…
Marco Txuca
9 de junho de 2009 @ 19:09
SIsters Of Mercy, Marcão ahahah
Ao mesmo tempo, bandinha cover de colégio teria rendido melhores resultados: bandas cover de colégio ao menos se empenham em tocar direito.
Mas ñ nutro esse rancor todo, ñ. Fui lá meio pra tirar a teima. E tirei. Nem pior, nem melhor q 2006, apenas igual.
O show de 1989 (ou foi 1990?) vc foi? Aquele deve ter sido bão.
*****
Quanto ao Franga/Zé Pultura, Rodrigo, até parece q vc ñ me conhece: fiquei realmente OFENDIDO. O filme do Pelé 1000 vezes ahahah
E Sisters Of Mercy ainda 2000 vezes.
Quanto ao Children Of Bodom/Amorphis, ñ sei te dizer, mas posso propor um esqueminha. Tipo vc me depositar em conta e eu pegar pra ti.
Quando chegar o dia, e vc vier, e eu tiver ganhado ingresso em promoção, a gente se encontra na porta e fica tudo certo!!
Marco Txuca
9 de junho de 2009 @ 19:12
Adicional pra ocisosos: procurem comunidades “Sisters Of Mercy” no orkut e vejam o monte de gente deslumbrada, falando em “show da vida” (pq provavelmente só passaram os extensos 17 anos de vida assistindo Fantástico ahah), em banda “melhor entrosada q em 2006”, ter estado lotado (coisa de quem ficou na frente e ñ viu as brechas na parte de trás da casa) etc.
Curioso é o mínimo.
Rodrigo Gomes
9 de junho de 2009 @ 20:27
O problema é que estou pensando em fazer uma excursão, então seria no mínimo dez ingressos se for van, e uns vinte se for micro onibus, por isso minha pergunta. Se fosse só pra mim eu nem esquentava, dava um jeito. Mas se te interessar uma propina pra comprar essa quantidade de ingresso pra mim, me manda um email que a gente negocia haha. Sua taxa de conveniência deve ser mais baixa que a da Ticketmaster e assemelhadas haha.
Marco Txuca
10 de junho de 2009 @ 02:18
Faz assim, Rodrigo: vê quanto sai pagando pacote (ou sei lá q tipo de arranjo q se faz nesses casos), e, sendo possível, até posso pegar pra vcs por aqui.
Considerando, obviamente, q ninguém fure nada. E aí nem cobro porra nenhuma (tvz um dogão ali na porta), só pra ter o prazer de foder a Ticket Master.
É a Ticketmaster, né??
Rodrigo Gomes
10 de junho de 2009 @ 08:37
Ainda não sei, porque nem anunciaram os preços ainda. Mandei um e-mail pro endereço que saiu na noticia e eles falaram que ainda vão divulgar. Então não dá pra saber se é Ticketmaster ou qualquer outra. Assim que ficar sabendo, entro em contato contigo. Valeu.
Marco Txuca
13 de junho de 2009 @ 02:59
A mtv daqui fez matéria de 3 minutos com a banda.
No link http://mtv.uol.com.br/noticiasmtv/videos/not%C3%ADcias-mtv-entrevista-exclusiva-com-banda-brit%C3%A2nica-sister-mercy
Bastante reveladora da postura dos caras (sobretudo no mau sentido…)
matheus
7 de setembro de 2009 @ 16:57
Cara, pegou muito pesado na resenha, c não deve ter acompanhado a carreira dos sisters ao longo destes anos, deve ter só uma coletanea TheBest Of em casa e acha que é fã. Os caras tem este som desde 1992. Você que tem que se atualizar. Não há guitarras pré-gravadas, o baixo é eletrônico e não pré-gravado, e o som estava limpido, eu estava no show e achei o som até melhor que o de 2006. Nenhuma banda de 30 anos de existência fica com o mesmo som sempre.
Marco Txuca
7 de setembro de 2009 @ 19:05
Salve, Matheus!
Senti uma tentativa de me desmoralizar, certo? Me testando pra saber desde quando ouço a banda, hein?
Pois os ouço há muito, tempo suficiente para ter lamentado ñ ter visto o show de 1989, quando eu tinha 14 e era meio cagão pra ir em show… Vc foi nesse show? Ou então ao menos foi no show de 2006?
“The Best Of Sisters Of Mercy” eu nem tenho, pq ñ existe. Existem “A Slight Case Of Overbombing” (com só “Under the Gun” inédita, certo?) e a “Some Girls Wander By Mistake”, com junção de vários siingles oitentistas, confere?
Enfim. De resto, entendo q a resenha tenha ficado ambigua, mas acho q vc entendeu tb q eu GOSTEI do show, certo? Pq eu queria gostar, provavelmente como vc.
Só q em tom mais moderado, pois as deficiências técnicas do show ñ me passaram despercebidas; sou fã, ñ sou um fanático. Consigo falar mal de meus ídolos quando acho q merecem.
Guitarra pré-gravada, percebi ter, sim, na “Vision Thing”, onde as palhetadas dos caras Ñ CONDIZIAM com o som. Baixo eletrônico, vc disse? E com quem tocando?
Se ñ havia ninguém tocando – e assumo a essa altura meu equívoco, de achar q eram 1 guitarrista e 1 baixista: eram 2 guitarristas no palco – pode ser baixo eletrônico, semi-acústico, sinfônico e etc., q ainda assim é pré-gravado, sim.
Quanto ao “som límpido”, tendo a discordar concordando de vc, pois vendo posteriormente no You Tube algumas amostras filmadas, pude claramente perceber o som estar nítido PARA QUEM ESTAVA NA FRENTE. Quem estava um pouco mais atrás, ou próximo à mesa de som (q costumeiramente é lugar onde o som fica bão. Exceto desta vez), ñ foi presenteado com a gratidão sonora q vc, privilegiado, presenciou.
O q, no meu entender, torna o show mais falho ainda, tecnicamente falando.
Mas, beleza, tudo é opinião, percepção é algo diverso, e infelizmente ñ sou o tremendo iconoclasta q acho q sou. Compareça nesta bodega de vez em quando pra discutirmos, oras!…
E vc dizia do som “deles” ñ ter mudado desde 1992, certo? Provavelmente por isso (e vc viu o link da mtv q postei acima?) q “eles” ñ lancaram mais nada, vão continuar fazendo shows apenas, infelizmente vivendo da nostalgia. Estivessem interessados mesmo em seguir adiante, dariam um cacete nas trocentas bandas metidas a góticas por aí…