DA DRUMS
Por märZ
Alguém mais por aí comprou a Roadie Crew temática de bateristas? Bom, influenciado pelo assunto em pauta, decidi fazer uma listinha com meus bateristas preferidos. Sendo o dono do boteco aqui baterista e afeito a listas, creio que abençoará minha ousadia, ainda que o assunto já tenha sido provavelmente abordado anos atrás.
Não toco bateria (ou qualquer outro instrumento), então analiso tudo como fã de música, movido pelo sentimento, pela emoção… pelo groove. Não analiso tecnicamente e não estou nem aí se o cara é visto como o “papa das baquetas”, se dá aula em conservatório ou toca com 3 bumbos. Pra mim, ñ faz a mínima diferença.
A lista tem números e dá idéia de posições, mas nada tem a ver com “melhor”, e sim com preferência pessoal. E mesmo assim não é algo fixo, pode ser que amanhã mude tudo. Ou alguma coisa.
- Ian Paice – bate forte, é econômico e tem classe
- Phil Rudd – uma máquina de tempo, vai reto e direto ao ponto. Trabalha em prol do ritmo e serve à música ao invés do seu ego
- John Bonham – outro que tem força e um estilo todo seu. Fenomenal
- Clive Burr – acho que nunca recebeu o reconhecimento merecido e isso talvez se deva a comparações com seu sucessor
- Bill Ward – quase um baterista de jazz, guardadas as devidas proporções. Sem a sua batida, o Sabbath dos primórdios soaria completamente diferente
- Ginger Baker – brilhante, classudo, cheio de swing, porém com força na munheca. Gostaria de editar as músicas do Cream, só pra ouvir a bateria e o baixo trancados juntos na levada
- Dave Lombardo – sempre foi impressionante, desde os primórdios do Slayer. Rápido e preciso, porém com criatividade
- Charlie Benante – fenomenal é pouco. Nos dois bumbos é quase imbatível
- Gene Hoglan – no metal extremo, é um dos grandes. Mais um que toca rápido e forte, com ênfase nos pedais
- Alex Van Halen – um dos poucos que possuem um som próprio, uma assinatura. Você ouve e identifica na hora
É claro que ficou muita gente boa de fora e, como disse, numa segunda análise podem até substituir os 10 desta lista. Como Neil Peart (dispensa adjetivos), Nicko McBrain, Charlie Watts (sim, gosto muito do trabalho dele nos Stones), Phil Animal Taylor, Roger Taylor (excelente mas pouco reconhecido), Igor Cavalera (outro que criou seu próprio estilo e sempre bateu muito forte). Ah, Dave Grohl também é um puta baterista e gosto muito do seu trabalho no Nirvana e no QOTSA.
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Por aqui falam muito desse tal Aquiles Priester e talvez alguém aqui possa ter uma opinião formada, mas eu não saberia dizer se justifica toda a badalação. As bandas em que ele toca ou já tocou fazem música tão mole e enjoada que não consigo passar da segunda faixa. Detalhe: na tal edição, há 7 anúncios com o cara, uma coluna e mais uma entrevista. Ele é sócio?
Marco Txuca
3 de outubro de 2015 @ 12:41
Indo pelo fim: Aquiles tem irmã gostosa ou muita grana. O q tentam fazer dele MITO só consegue ser maior do q a mitificação forçada pra cima do André Chatos.
Fica parecendo q é o maior baterista do país (ñ acho!) ou a maior revelação mundial dos últimos anos (ponham aí Joey Jordison, Mike Portnoy e Max Kolesne no lugar).
Só isso da edição ocupada por ele? Na Modern Drummer Brasil, em fases áureas (já passadas), chegava a ocupar de 12 a 15 páginas por edição, com anúncios de dvd, máscara, bateria, pratos, calçado especial pra tocar (!!) e etc. As edições q comprei recente contam com duas fotinhos, tá demais.
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Fiz uma base de comparação implicante: apareceu no Angra quando tinha 31 anos e saiu aos 36. Hoje tem 44.
NICKO MCBRAIN entrou pro Maiden aos 31. Com 36 já tinha gravado “Seventh Son” com os caras. Aos 44, estava entre “The X-Factor” e “Virtual XI”
DAVE LOMBARDO aos 31 já tinha sido mandado fora do Slayer (2ª vez, noventista). Entre 31 e 36 lançou “Nemesis” e “Solidify” pelo Grip Inc., os 2 primeiros do Fantômas e gravou com o Testament. Aos 44, lançava com o Slayer “World Painted Blood”, significando q já tinha voltado à banda no “Christ Illusion”, de 3 anos antes…
IAN PAICE aos 31 já estava fora do Purple, q tinha acabado; aos 36, voltava com a banda ao “Perfect Strangers”. Com 44, já tinham lançado “Slaves & Masters”
CLIVE BURR aos 25 gravava seu último álbum com a Donzela. Alguém sabe o nome?
LARS ULRICH lançava o “black album” quando contava com 28 aninhos. Com 36, a banda já enrolava após “Garage Inc.”. “Death Magnetic” veio com o moço tendo 45 anos.
Descontemos diferenças de estrutura, primeiro e terceiro mundistas e o marketing forçado pra cima do Priester. Lanço cá a pergunta: com 44 anos atuais, o q esse besta legou?
Auge parece ter sido o show do Noturnall semana passada. Eia!
André
3 de outubro de 2015 @ 17:46
Começando pelo Aquiles. O pior é que esse cara tem um bando de paga pau. Competem com fãs de Legião Urbana e Nirvana em baitolice.
Mas, tudo isso é somente por que ele tocou no Angra. Nada além disso. Nessa praia firulenta, prefiro o Amilcar do TS ao Aquiles. Pelo menos, o torturador toca um som, como diz o Lobão(ex-baterista), com mais paudurescência.
Ponto alto da carreira do Aquiles foi ter gravado com o Roupa Nova(https://www.youtube.com/watch?v=itANpAdkbOs). Que tem um baterista foda e que sabe cantar.
Ou então aquela presepada com o Dream Theater. O mais engraçado é ver os fãs em negação. “Não, gente, ele tava nervoso”, “ah, os caras só divulgaram as partes que ele errou”, “ah, ele tava com caganeira” etc. Ainda assim, insistem que é o melhor do mundo. Vão a merda.
Marco, nem precisava ir tão longe. Era só o colocar o Igor Cavalera. Antes dos 30, é claro.
guilherme
3 de outubro de 2015 @ 23:18
Ian Paice é foda demais amigos, e olha que nem gosto tanto assim do Deep Purple, mas o cara toca demais. Classe absurda e desce a pancada quando precisa. Burn é uma aula de bateria do início ao fim.
Fora ele, Bill Bruford é meu pastor e nada me faltará.
Marco Txuca
4 de outubro de 2015 @ 04:25
Bill Bruford é monstro só por ter dado um pé no Yes pra içar vôos sublimes no King Crimson, o maior caso falso de “tiro no pé”.
Tem quem chame Alan White de “baterista novo do Yes” até hoje ahah
Como tem quem diga q Mikkey Dee é o baterista novo no Motörhead, sendo q Animal Taylor rancou fora já há 23 anos!
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Pegando as deixas ainda do autor do post:
gosto muito, no thrash, de 2 bateristas bastante subestimados: Tom Hunting (pra mim, depois de Lombardo, o melhor) e Glenn Evans, praticamente um baterista de jazz tocando thrash.
Ambos com a seguinte característica (q pude presenciar ao vivo): têm os sons das suas baterias praticamente reconhecíveis. A afinação dos tambores deles é própria, é assinatura. Coisa q, pra mim, Mike Portnoy ñ tem, nem nunca teve.
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André: fã de Aquiles em chatice só perde pra fã de Loser Manos. O páreo é duríssimo. E Priester se vale de “quase” ter entrado pro Dream Theater até hoje. Vai ver, até ELE acredita…