DEATH ANGEL – SUMMER BREEZE
por märZ
Eu gosto muito de Death Angel, pra mim uma das melhores bandas de thrash metal de todos os tempos, mas injustamente nunca receberam o merecido reconhecimento. Seus músicos são bem acima da média, assim como suas composições, além de nunca terem lançado um album ruim em toda a sua carreira.
Foi pensando nisso que deixei a apresentação do Carcass apos 25 minutos (sacrilégio!) e me dirigi ao Sun Stage para ver os californianos (bandas tocando simultaneamente em locais diferentes foi pra mim o único ponto negativo do festival). E nao me arrependi.
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Já com o alento de alguma sombra proporcionada pelo palco bloqueando o sol escaldante, me posicionei a uns 3 metros da grade e de lá pude assistir a todo o show com relativo conforto e tranquilidade. Antes de tudo, um pequeno disclaimer: Death Angel é Mark Osegueda e Rob Cavestany. Foi o talento e a resiliência desses dois que manteve a banda de pé por todos esses anos. Dito isso, a performance de Ted Aguilar, Damien Sisson e Will Carroll nada deixa a desejar na comparação. Sao todos ótimos músicos em estúdio e palco, e isso se traduz em ótimos álbuns e shows.
Começaram com sangue nos olhos e assim foi por todo o curto e eletrizante show. A linha de frente se movimenta por todo o palco, interage com o publico e demonstra o vigor de jovens na casa dos 25 anos. Osegueda está em plena forma e sua voz não falha em nenhum momento. Cavestany é a felicidade em pessoa: corre, pula, sorri o tempo todo, parece uma criança se divertindo. Aguilar é mais contido, mas provém a base solida para que o companheiro possa brilhar nos solos.
Sisson é um ótimo baixista, mas o som de seu instrumento me pareceu um pouco baixo no mix. Carroll era uma máquina lá atrás, e deve ter perdido uns 3 quilos em 60 minutos.
“Lord Of Hate”, “Seemingly Endless Time” (amo essa música), “I Came For Blood”, “The Ultra Violence”, “Thrown To The Wolves” e outros clássicos agitaram o público durante todo seu curto set. Foi maravilhoso, mas mereciam o palco principal e mais tempo de show. Flotsam & Jetsam e Forbidden sao ótimas bandas, mas empalidecem na comparação com o Death Angel, e ainda assim tocaram no palco grande e melhor estruturado.
Qual o critério?
Leo
3 de maio de 2024 @ 11:14
Nunca tinha visto e nem é o tipo de som que mais gosto, mas foi um BAITA show. Exatamente ao contrário do Exodus. Com a galera curtindo real. Tem uma sabedoria na escalação do line-up em trazer esse tipo de banda que não vem há muito tempo. E os caras manjam do riscado. Tanto que até eu tirei ótimas fotos desse show. E talvez marZ tenha aparecido em algum vídeo se estava tão perto da grade. Haha. Nota especial: Carroll com a camiseta do The Great Execution do Krisiun. Eu pergunto: qual a dificuldade dessa galera sacar a importância disso?
André
3 de maio de 2024 @ 12:02
Parabéns ao Leo e ao marZ pela cobertura do evento. Deu até um arrependimento de não ter ido. Na próxima, quem sabe?
Leo, a dificuldade é a ignorância e oportunismo desses caras. Não teve um sujeito da Roadie Crew que copiou uma resenha do Marco há um tempo? Pergunte a ele e ele te contará.
O “metal NAZ1onal” não reconhece bandas como Krisiun. Pq eles não são “superstars” da cena. Ainda que tenha um reconhecimento de mídia considerável levando em conta o som que fazem. Não vivem de factoide e nem ficam em podcasts falando asneira. “Ain, fulano quase entrou no Iron Maiden”.
Tem um dono de loja na Galeria do Rock (Animal Records) com canal de yt que falou que não fala de banda de mulher por que, em sua visão, são “forçadas “. Pra em seguida, encher de elogios o Vixen. PUTA QUE PARIU!
Então é esse tipo de jornalismo que impera por aí. Um bando de incompetente. Gente despreparada e que se orgulha disso. Rapaziada do TcH e BB são exceção. E estão muito acima de tudo isso.
Marco Txuca
3 de maio de 2024 @ 12:51
Com um detalhe: nenhum de nós é jornalista.
Jessiê
3 de maio de 2024 @ 17:16
Rapaz, adoro Death Angel, mas não teria a envergadura de deixar o show do Carcass… Aliás este tipo de cruzamento simultâneo beira o absurdo.
FC
3 de maio de 2024 @ 20:31
“O “metal NAZ1onal” não reconhece bandas como Krisiun. Pq eles não são “superstars” da cena”.
Acho que não só isso, a maior ironia é que o metal naz1onal não reconhece o Krisiun porque eles não ficam implorando por apoio e reclamando do público. Vão lá e fazem o corre deles totalmente à parte sabendo de todas as dificuldades dessa escolha.
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“Com um detalhe: nenhum de nós é jornalista”. Pô, eu sou, caceta!
Leo
3 de maio de 2024 @ 20:54
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Meus pêsames, FC! Só não é pior que ser arquiteto ou filósofo. Ou ambos. Rs
Brincadeiras à parte, no show do Mercyful Fate, a banda só autorizou 40 pessoas no Pit pra fazer a cobertura do show. Uma delas, Moyses Kolesne. Enquanto isso, um guitarrista de uma das bandas do metal nacional se escondia atrás de fotógrafos para assistir de penetra (não estou recriminando!)
Em suma, se eu fosse os caras do Krisiun, estaria me lixando pro que essa galera valoriza.
FC
4 de maio de 2024 @ 23:32
Leo, eu ainda cheguei a cursar filosofia mas não concluí hahaha. Sou mesmo ótimo em escolha profissional.
Leo
4 de maio de 2024 @ 23:51
Você é mais inteligente que eu, que concluí. Hahahaha
André
4 de maio de 2024 @ 09:16
Permitam-me discordar. O que foi feito no Summer Brisa (e em todos os eventos resenhados aqui e no BB) é um trabalho jornalístico, ao meu ver.
Longe de mim colocá-los ao lado dessa corja. Vocês estão acima disso.
FC
Pois é. Mané acha que está fazendo algo heroico ao se dedicar a “causa do metal nacional”. Ainda acha que contribuindo muito pra alguma coisa para o público obrigatoriamente apoia-lo.
Leo
4 de maio de 2024 @ 16:06
Eu tenho adotado a nomenclatura de um amigo cientista social: acho que o que a gente faz é etnografia de metaleiro.
Hahahahaha
Marco Txuca
3 de maio de 2024 @ 20:40
Eu não quis excluir ninguém, mas faltou delimitar: eu, märZ, Leo e Jessiê.
André
4 de maio de 2024 @ 09:16
*merda de corretor