ENCARTE: SARCÓFAGO
Sarcófago sendo Sarcófago + erro de digitação nos agradecimentos de “The Worst” (1997):
“SARCOGAGO would like to thanks: NOBODY!!!“
Sarcófago sendo Sarcófago + erro de digitação nos agradecimentos de “The Worst” (1997):
“SARCOGAGO would like to thanks: NOBODY!!!“
Em 15 de Abril último – no post “Napster Of Puppets” – o amigo Jessiê discorreu sobre os 20 anos do Napster e a treta do Metallica com os caras. De modo q há 20 anos eu comecei a ouvir:
“por q vc ainda compra cd se dá pra baixar de graça na internet?”
Ápice da situação: fui “enquadrado” do mesmíssimo modo por um desconhecido no metrô ainda este ano, voltando da Galeria e abrindo os q havia comprado. Murmurei q ainda gosto de comprar cd, e se ele ñ me entendeu, q se foda.
Passa o tempo, as contradições (pagar pelo q era de graça, pq agrega valor) assumem o lugar no momento tese – antítese – síntese da vez, e há uns 3 anos o q mais tenho ouvido é:
“como vc ainda ñ tem Spotify?”
A real é q eu ainda compro cd. Em rotina e quantidade q já me preocupou (vide os 450 adquiridos em 2018), a ponto de eu ter procurado tratamento pra compulsão. Sério.
Mas os últimos 3 anos aqui em São Paulo têm sido avassaladores. Bazares e sebos com cd’s a 1 real, 1 a 3 /2 por 5, 5 reais e etc. A real é q eu compro cd, agora ainda mais, pq está BARATO. Mais q caixinha de fósforo, q na padaria aqui perto já tá 1,50.
E ñ é q eu compro qualquer tranqueira por impulso, só pq está barato. Exemplo: continuo virgem de discos do Skank. Pra mim, nem pra descanso de copo serve. Pra conhecer e acabar curtindo? Putz. E se eventualmente eu pegar, vai ser pela caixinha.
Por sinal, caixinhas andam difíceis de se encontrar. Caixinha de cd duplo, muito mais.
Pois ontem, em momento singular da vida no qual uma paciente havia pedido pra remarcar a sessão para hoje à tarde (o habitual é q eu faça bem a ela, ñ o contrário), resolvi ir ao bazar fuleiro em q estou sempre passando. Às terças-feiras.
Resultado final: 84 cd’s a 160 reais. Assustador até pra mim, fiquei atordoado. De lotes q haviam chegado ontem mesmo. Compartilhei com amigos, junto do rumor: q era de loja da Galeria q tinha falido e doou. Porra nenhuma, nenhum lacrado. Exemplares de coleção, sobretudo os de punk/hardcore.
Certamente, como o märZ me soprou, de alguém q faleceu e a família doou. Por luto (tipo se livrar das lembranças o quanto antes) ou por preguiça/incapacidade de vender isso on-line. Nego q vira crente ñ doa cd: queima ou joga no lixo. Tem coisa ali q se eu vendesse 2 (como “Sandinista!” + “Trout Mask Replica”) já me voltariam os R$160.
Mas ñ pretendo vender. Ñ, por ora. E se o fizer, especificamente alguns, já prometi prioridade. Mais de um amigo me pediu prioridade em venda – e são cd’s diferentes – então os amigos aqui q o fizeram (fica o sigilo), fiquem tranqüilos.
Compromisso firmado no fio do bigode ahah
Contando o ocorrido no grupo dos colecionadores acumuladores no Facebook, tb me chocou o tanto de empatia (gente me parabenizando pelo feito, sabendo do q se trata), ao mesmo tempo em q recomendei o local. Ao qual 3 colegas por ali foram ainda hoje mesmo.
“Nuvem de gafanhotos” é uma imagem q me ocorreu.
Do q me agradeceram e absorveram outros 170 cd’s (100 de um, 52 dum outro, 18 dum outro lá), no q me ocorre a ajuda ao bazar TB, oras.
E se muito desse material já foi mesmo da esmerada coleção de alguém, tenho q cuidarei bem do espólio. Agora, literalmente como se fosse meu.
E é claro q o espaço vai ficando complicado pra guardar tudo. (De q espaço estaríamos falando?). E é claro q o hábito é anacrônico e tende à extinção. E é claro q isso tudo ñ vai pro meu caixão (até pq serei cremado). E é óbvio q isso é um tanto compulsivo e me tomará muito tempo pra absorver. E é claro q meu recorde anterior era de 42 cd’s duma vez, em Londres/2017. (Dobrei a meta). E é claro q a música ñ é o cd… como ñ era o lp, nem a fita cassete, ou o pendrive, nem o compartilhamento e tampouco a assinatura de música.
Música é música. E vice-versa. Imaterial e ñ ocupa lugar no espaço. Mas ocupa.
Digam o q quiserem: q Jimi Hendrix era maior ou menor, q outros guitarristas foram melhores, q era um impostor, entre outras razões, birrísticas ou ñ.
Mas vou com a maioria dos guitarristas, uma raça q alterna entre o difícil e o insuportável na convivência, q põe, sim, Eddie Van Halen num trono. Num pedestal.
Pra guitarrista admirar outro guitarrista, muitos a ponto de querer tocar igual (alguém conseguiu?) é pq o distinto era foda, realmente diferenciado.
Agora, o clipe acima.
Imaginem um moleque de 8 anos assitindo a ele, já conhecendo a música e sabendo do q Michael Jackson se tratava. (Em 1983 havia outro assunto?) Na hora do solo de guitarra, o impacto foi tão grande, q ao fim o moleque nem lembrava de coreografia, briga encenada, jaco de nylon vermelho ou do jeckson q o usou.
Mesmo nunca tendo reparado num solo de guitarra antes, no final a pergunta q restava era: “q foi esse solo de guitarra?”
Esse moleque era eu, quando vi esse vídeo pela 1ª vez, em q tudo o q roubou minha atenção foi o solo de guitarra de Eddie Van Halen. Q sequer aparece no vídeo.
Uma das várias portas q me levaram aos sons pesados. E se eu ñ fui tocar guitarra, acho q senti um pouco aquilo q sentiu quem ouviu “Eruption” ou o Van Halen (dum baterista tb Van Halen e, por sinal, monstro tanto quanto) pela primeira vez. Foda.
F.U.C.K.
… o q ficou?
Poeira baixando em relação aos 90’s, mas nem tanto…
10 DISCOS PESADOS FAVORITOS DOS ANOS 00’S:
E a playlist semanal do bonna segue nos comentários.
… o q “ficaram”?
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
versus