30 ANOS DEPOIS…
… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
O humor germânico, bizarro – fora difícil de saber umas horas, se rindo ou falando sério – decantado no release de “One Night In Bangkok” (2003):
(trechos)
“But let’s catch up with the present. SODOM’s 1989 album ‘Agent Orange’ turned out to be the first German thrash release hiting the country’s charts. And as of yet, the band has gained a platinum award for over one million copies sold, influenced countless thrash, death and black metal spin-offs and shredded virtually every fricking stage on this planet. With just one exception.
One little spot in Southeast Asia had unintentionally been spared so far: Bangkok, the Eastern jewel, known for its myriads of tuk-tuks and promiscuous travelling middle class businessmen rather than for a music scene of long-haired fans proudly wearing uniforms of sleeveless denim jackets strewn with patches expressing their positive attitude towards life.
But even the inhabitants of this unspoilt Eden came to a point where it was no longer possible to escape SODOM’s acoustic inferno: the band’s musical excretions, persistently preserved (and plagiarized) on vinyl, chromium dioxide and polycarbonate, reached Thailand to be traded on the metropolitan street markets. But de to the lack of wealthy punters, concerts and comparable mass events are exceptions in the land of strip bars and tasty calcium-rich insect dishes. Most major acts still avoid tourning the country just as vampires would spareall-catholic kebab stands.
Known to be renowned philanthropists, TOM ANGELRIPPER, BERNEMANN and BOBBY ventured out to Bangkok in summer 2001 to alter that deplorable state. Originally planned as a short stay with only one listening session for the press to promote their latest record ‘M-16’, the guys decided to put in a show for the masses – and to support the city’s underpaid chiropractors by letting the whole town bang.
Under the paternal guidance of MANNI EISENBLÄTTER, famous adventurer, travel courier, Asian tour manager and MC in persona, the band soon spotted Rockpub (Bangkok’s oasis of tough sounds) as a suitable venue. The sold out show was packed with 300 guests rushing in from all over Asia – a triumphant success despite a few technical limitations like high-voltage power lines being carelessly put together by standard household connectors. Given the local tropical climate that exuberant experience easily outdid a sauna ménage with Heidi Klum, Pamela Anderson and Claudia Schiffer.
(…)
Since the airline had refused to check in his van-sized recording mobile for hand luggage, producer Harris Johns had to grab his binary recording tool (lovingly called ‘Mac’). Also, as fate struck him, he was forced to repair the maixing desk that suffered from the high humidity and doubled as live mixer during the gig. But all’s well that ends well, so here they are the last SODOM the way they were and always will be: loud, raw, brutal, unadulterated and fuckin’ hardcore Thrash. From first to last note, from opener to encore, from dusk till dawn.
ONE NIGHT IN BANGKOK – Konz, April 2003“
“Sounds Of Violence”, Onslaught, 2011, AFM Records/Rock Machine Records/Die Hard Records/Rock Brigade Records/Voice Music
sons: INTO THE ABYSS (INTRO) / BORN FOR WAR / THE SOUND OF VIOLENCE / CODE BLACK / REST IN PEACES / GODHEAD / HATEBOX / ANTITHEIST / SUICIDEOLOGY / END OF THE STORM (OUTRO) / BOMBER [Motörhead]
formação: Sy Keeler (vocals), Andy Rosser-Davies (lead guitars), Nige Rockett (rhythm guitars), Jeff Williams (bass), Steve Grice (drums)
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O q eu conhecia de Onslaught até sábado último era bem pouco. De ouvir falar q era foda, e de saber q eram uma banda punk de origem q virou banda de thrash. Algo ñ tão improvável, a ñ ser serem banda inglesa.
Banda inglesa de thrash é incomum (há mais alguma?), daí q fui protelando conhecer os caras. Por birra mesmo. E por achar q seriam algo meio stoner, um Corrosion Of Confomity mal acabado. Ou uma coisa torta, meio At War (q parece inglês mas ñ é) e Tank.
Ah, tb sabia terem sido das trocentas bandas q acabou numa certa época e daí voltou.
A conjunção favorável de eu encontrar este “Sounds Of Violence” a 15 golpes – e já faz tempo q estava numa certa loja na Galeria – me fez finalmente experimentar. E o q digo é q o retorno foi muito maior q a baixa ou nenhuma expectativa. E ñ pela baixa expectativa em si: o álbum é impressionantemente thrash, como se tem q ser, o q ñ quer dizer CLICHÊ.
Tirando a “intro” inicial e o “outro” obviamente final (clichês!), TUDO o q consta no meio impressiona. Composições com dinâmica e raiva. Nenhuma parte limpa. Nem nos vocais raivosos; a ponto de eu achar q havia mais de um vocalista. E ñ há (porra!). E o maior destaque: guitarras inspiradas, saraivando riffs, bases e solos sempre pertinentes, jamais desnecessários ou repetitivos. Nem óbvios. Como tem q ser.
Pra explicitar melhor o q quis dizer com “dinâmica”: os sons, mesmo parecendo um tanto longos, o são pq precisam ser. O q me remete ao Coroner: composições bem desenvolvidas, sem encheção de linguiça ou partes desnecessárias. Além disso: vários os momentos sem bateria, com bases/riffs acompanhados de pratadas secas. Artifício até manjado noutros tempos, mas q faz uma diferença positiva, a meu ver.
Claro q estou ainda numa fase de arrebatamento, de me encantar com o negócio, q é anterior às racionalizações chatas de procurar semelhanças/chupins ou ficar buscando afinidade com outras bandas de thrash consagradas. Mais por cognição q por chatice. Por ora, alguns vocais lembram-me Exodus (no bom sentido, ñ na “voz de pato”), mas poderia ser Destruction ou Death Angel (da volta), e na verdade isso pouco importa.
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O q consigo já dizer é de ficar realmente impressionado por um trampo desse ter saído em 2011. Soa como disco oitentista, com malícia – óbvia – de banda veterana e produção contemporânea q em nada estragou, só valorizou a porradaria. Tipo os “Thrash Anthems” do Destruction. Poderia passar como disco de regravações, e ñ é. É banda de som e identidade próprias. É Onslaught. E agradeçamos a Crom pela tecnologia.
Pra citar sons: a partir de “Godhead” até “Suicideology”, tudo faz sentido. Ñ q a primeira metade ñ faça, apenas tenho preferido a metade final. Músicas repletas de partes q ñ enchem a paciência, ao menos ñ a minha. “Hatebox”, me fez descrer em tanta mudança: achei umas horas (mais de uma vez, quando ouvia de primeira) q já havia mudado o som. Continuava “Hatebox”. E continuava foda.
E com riffs, caralho, riffs incríveis. Diretos e objetivos. Os meus preferidos em “Godhead”, em “Antitheist” e em “Suicideology”.
No fim, há uma versão legalzinha de “Bomber”, faixa bônus e anterior ao oportunismo de tributos ineficazes a Lemmy Kilmister. Com participação de Tom Angelripper nos vocais e de Phil Campbell tocando guitarra, sei lá se fazendo solo ou ajudando com riff. Pois ficou mais porrada e com início e fim lembrado “Creeping Death” do Metallica. Ruim pra fundamentalistas, legalzinho (reiterando) pra mim.
O único aspecto desfavorável neste lançamento nacional – este q anacronicamente adquiri e pus pra tocar e deu vontade de resenhar – é a porqueira da embalagem. O desenho bacana da água na capa (meio Slayer, mas ñ desmerece) está invisível, assim como o título. Perdidos no fundo preto, q no fim é só fundo + o logo da banda. Parecendo capa de fita demo mal xerocada.
O encarte, por sua vez, pouco/nada permite ler informações de ficha técnica. Tudo em vermelho em fundo preto. Dá pra ler as letras (menos mal – e ainda ñ me ative às mesmas), mas fico pensando q se teve tanta gente brasuca pondo suas logomarcas de “selo” no acrílico e na contracapa – e esses dá pra ver certinho – poderiam ter tido o cuidado de revisar a apresentação.
Pq é o tipo de coisa q depõe contra o “produto”, e me faz pensar q a tal loja na Galeria do Rock ainda terá cópias e cópias de “Sounds Of Violence” ali no cantão da vitrine, meio escondidas e custando 15 golpes, ainda por muito tempo. Sem q neófitos interessados cobicem comprar. Ou até começarem a cobrar 10 golpes, 5 golpes…
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CATA PIOLHO CCLXIV – equivocado acusarmos chupim. Chamemos de ‘capas de inspiração semelhante’
Sai amanhã. Provavelmente já “vazou” o tal “Gods Of Violence”.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=xeUBJ2Ha-FM[/youtube]
Ñ consegui formar impressão ainda, com base na faixa-título acima. Mas acho interessante q molecada fã do seriado eventualmente possa se tornar fã de Kreator ahah
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E fico imaginando um grupo de whats contendo Mille Petrozza, Schmier e Tom Angelripper:
– E ae, galera?
– Ae!
– Seguinte: estamos querendo usar “violence” no título do novo disco. Algum de vcs andou usando?
– Pode usar. Já usamos “torture” e “war” recentemente. Ñ pega nada.
– Daqui andamos usando “attack” e “genocide”. Vai fundo, irmão. Mas vcs ñ andaram usando “god” recentemente?
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