20 ANOS DEPOIS…
.. o q ficou?
.. o q ficou?
Colóquio interdisciplinar @bangersbrasil e Thrash Com H: “Manowar e o mal-estar à luz da preguiça de resenhar ‘Super Collider‘ e criticar o Metallica, sob a perspectiva de Spinoza”.
Foi como legendei a foto legendária lá no Instagram. Todo mundo viu.
Mas q na real consistiu em Jessiê vindo a SP com a esposa pra assistir ao show da Anneke van Giersbergen com Marko “desaposentado” Hietala, o q acabou fazendo com o Leo, o irmão (não guardei o nome!) e a Dani. Compareci ali só pelo barato de falar ao vivo as tantas pautas daqui e do @bangersbrasil
Não teve nada de hidromel, banquete de carne de javali nem nada disso. Ou sessões de acupuntura vodu em bonequinho de Marcello Pompeu. Foi bem legal o encontro, acompanhado duma porção generosa de quitutes do Giraffas ahahah
****
Mas queria saber dos citados: e o show?
Vi fotos e reels, e tenho sério palpite de ter sido ótimo, já q não contou com jams do Bittencourt (q estava dando “canja” em banda cover no Café Piu Piu), nem do Andreas Beijador.
Digam ae.
Pessoal q ouve música pop acha q vivemos a era do “feat.”. Aham
TOP MELHORES PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:
hors-concours: Eddie Van Halen em “Beat It” (Michael Jackson) e Claire Torry em “The Great Gig In the Sky” (Pink Floyd)
quase chega: Kate Pierson em “Candy” (Iggy Pop) eheh
__
ADENDO 1: fogo no parquinho. Ou “quem ñ faz som, faz podcast“? https://igormiranda.com.br/2022/05/abel-camargo-hibria-angra-rock-brigade-criticas/
ADENDO 2: eu pediria o enxoval pros caras. Sugestões de nome? https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2022/05/08/mulher-da-a-luz-durante-apresentacao-do-metallica-no-parana-comecou-o-show-comecaram-as-contracoes-diz-ela.ghtml
Pandemia. Colapso. Apocalipse. Covid-19. Está tudo aí.
Impactos diferentes em realidades diferentes. Como dizia o Olho Seco: “haverá futuro”?
–
–
Pessoalmente, meu espanto ñ é com a ajuda governamental alemã (todo dia um novo 7 x 1!), mas com bandas = empresas. Outra realidade…
***
2. COVID? Convidem!
A nota whipláshica é tendenciosa: “Anneke van Giersbergen: sua banda tem a chance de ter a participação dela em uma música”
https://whiplash.net/materias/news_743/320819-annekevangiersbergen.html
Insisto: banda? Futuro? A moça precisa pagar as contas e está se oferecendo pra gravar junto. Mas ñ é de graça. E está impondo uma “cota”: uma banda por mês. Aham.
Achei indelicado.
PS: Jessiê, bora montar banda?
***
3. vem logo, meteoro
Ñ cito a loja (pra q se prestar a ISTO?), nem o elemento excremento indigente ignóbil. Razões práticas: podem dar um Google, achar aqui e vir encher o saco. Ou mandar hackear
Mas achei lamentável. Tanto quanto pensar q, NESTE MOMENTO, vai ter quem resolva comprar. Puta q pariu.
Algo digno de comentário?
Vou é fazer meu almoço.
Divagações sobre as comissárias de bordo (aeromoças), motivo conceitual de “Air” (2007), pela própria Anneke van Giersbergen:
“Since I began flying and was introduced to the world of the stewardess, ‘the lady in the aisle’, has fascinated me enomously.
She is a phenomenon in my eyes; friendly, helpful, skillful, and… clean and neat.
No wrinkles, no cracks showing in her make-up and no hair on her head is pointing in the wrong direction.
I can watch her for hours and study her details.
That one beautiful pin in her perfect hair, her never fading lip gloss.
I cheer inside when I see her lose her patience a little bit with an annoying passenger.
I wonder; how long can she stand on those heels? How long until her pantyhose tear?
Does she ever curse? Was she a lonely child? Does her family carry around a dark secret?
Because nobody is perfect, right?
Not even the stewardess I suppose.
The thing is that in our culture, the moral values we live by are based upon achieving and winning and not about just being human with all our beauty, talents, flaws and silly sides included.
This is one of the reasons why we don’t check what we feel and need first when we are not at ease, but instead we look at the person next to us and we try to reach their goals insted of our own.
When I look at the stewardess, I admire those qualities that I do not own myself. I admire her neatness and skills, I love that she seems so different from me and instead of wanting to be her; she inspires me to be myself.
The stewardess is the ambassador of Agua de Annique and the álbum ‘Air’.
She represents the duality of life.
The beautiful side of life and the dark side.
The comfortable and the uneasy.
The lovely and the grim.
All these sides belong to our lives, we should embrace and cherish them as we are so different from each other, and yet, we are so similar“.
Semideusa. Vivêssemos na Grécia ou Egito antigos, certamente seria esse o status de Anneke van Giersbergen, fácil fácil.
Meu senso de deidade tvz seja tosco, ou meio misógino: ñ acho q chegaria a tanto. Mas falar dessa mulher é falar de uma ARTISTA (tudo maiúsculo).
E é ñ ficar esmiuçando filigranas mesquinhas do tipo afinação, tessitura vocal, técnica apurada. Isso é NADA quando a vemos: a mulher ñ passa impressão de ficar se aquecendo horas soprando vela, ou de ser daquele tipo de ‘estrela’ q ñ deixa ninguém chegar perto estando prestes a subir no palco, nada disso.
A impressão é q a mulher simplesmente chega, sobe ao palco e MANDA VER. Sabe aquelas cantoras negonas de soul, q ñ se vê/percebe desafinar, a ñ ser q estejam mal de saúde? Anneke é branquela, mas é ASSIM!
*********
Claro q ñ é uma carreira solo, é banda chamada Agua de Annique tb, todos muito competentes e bastante adequados à música e musicalidade dessa DIVA. Resenhas q li por alto por aí ficam especulando “ah, terá futuro sem The Gathering?”. Vão à merda!
Caralho, o The Gathering é q ñ terá mais nada sem ela, fora algum selinho “banda da ex-vocalista Anneke van Giersbergen” na capa de futuros cds.
Por outra coisa, convenhemos (eu e mais o 1 ou 2 por aqui q gostam dela): o The Gathering andava muito CHATO nos últimos álbuns com ela. Músicas meio flácidas, distantes do auge de “Nighttime Birds” ou “How to Measure A Planet?”. No tópico abaixo ali sobre o Kirk Hammett, o consenso é chamá-lo de funcionário público. O The Gathering andava uma REPARTIÇÃO INTEIRA: os ternos pendurados nas cadeiras, duas horas de almoço, e só a vocalista mostrando serviço.
Pois agora mostra melhor!
Sons como “Witness” (q paulada!), “Day After Yesterday”, “My Girl” (q acho até chatinha) e a minha preferida, “You Are Nice!” (q fechou o ESPETÁCULO), ficaram soberbas ao vivo. Com peso, com os silêncios, com a pegada espontânea de cada músico ali, q tocavam se divertindo, e ñ receosos de errarem, ou de quererem mostrar punhetagem.
Rolou alguma música nova tb (de q ñ reparei nome), duas da ex-banda (uma, a razoável e de letra intrigante “Alone”, do mediano “Home”; a outra, cito abaixo), o esperado cover do Moonspell (de álbum novo dos lusos, em q ela participa cantando. E q nem quero ouvir a original: a “dela” deve ter ficado superior!) e o do Faith No More (“Digging the Grave”, no bis), q pra mim nem supera o original, mas tb ñ o desmerece: ficou com a cara (e a VOZ) dela, fora ter me gerado um arrepio na espinha como há muito tempo ñ tinha com música.
E o clima era todo de devoção: queimei a língua em achar q seríamos eu, a patroa, o Gustavo miguxo (da Overload Records, q organizava a parada. E q cito sem jabá, pois paguei pra entrar ahah) e mais um ou outro ali no lugar. Um Hangar 110 – alguém será q falou a ela da coincidência do nome do lugar com as poses de aeromoça em “Air”? – bastante cheio cantava os sons praticamente todos, numa comoção q ñ era de histeria besta, mas de cumplicidade e respeito praticamente religioso e solene.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=d08k364N-CU&feature=related[/youtube]
.
Outra resenha q li – acho q no whiplash – desdenhou do lugar, indireta e pusilanimemente. Pois no Via Funchal (como foi com o The Gathering), a energia certamente dissiparia (como dissipou lá. Tanto q a tarde no Blackmore, no dia seguinte, foi superior), e o clima intimista (todo mundo perto) favoreceu ainda mais o show. Minha opinião. E revelando acertada decisão dos organizadores em ñ darem passo maior q a perna, regra tão comum em nossa “cena”!
Creio q a mesma resenha agradece a Anneke ser ainda, no bom sentido, uma artista “amadora”. Com o q concordo: ñ se percebe nela qualquer afetação, qualquer estrelismo (quanta gordinha cantante em sub-bandas gotiquinhas por aqui se acham muito mais q ela!…): retribuía os ‘i love you’ numa boníssima, engoliu choro numa hora (em “Beautiful One”, ao sacar todos cantando), tentou retribuir cantarolando melodia de “Aquarela do Brasil” etc.
E sem soar artifício de artista, maquinismo de carisma. Porra nenhuma.
********
Teve uma banda abrindo, de Floriánopolis, Fake Twilight, de q escaneio a opinião da patroa: “já vimos bandas de abertura bem piores”. Sim.
Ponto a quem os escalou, por terem estilo até semelhante. Mesmo ñ fazendo um som q me agradasse a ponto de pegar a demo de R$ 5 deles/delas (eram duas minas, a vocalista/baixista e a tecladista, na banda), e mesmo sendo banda nitidamente inexperiente – ao final, me pareceu a tecladista ter caído em choro por conta de defeitos bestas ocorridos no teclado ao longo (modo de dizer!) do breve set – mas q ñ enfrentou contrariedades (tirando um mala, já no Agua, de q ñ vale comentar, o público foi elegante, educado, respeitoso e tb incentivador)…
E q cito por aqui por ver a vocalista – Carla – no Orkut reclamando (com certa razão) de muita resenha ñ ter sequer citado o show deles. Se acharem o blog por aqui, fiquem à vontade ahah
*********
Voltando ao show principal, últimas impressões:
1) o som excelente do show (exceção ao baixo, meio baixo, e ao violão q Anneke usou ao fim, pra cantar “My Electricity” – a outra da ex banda – q pareceu até meio trastejante), certamente resultado de passagem de som de 3h e meia (o Gustavo q me contou)
2) os melhores 50 reais q gastei em muito tempo. Tivesse custado o TRIPLO, valeria!
E ainda aproveitando o embalo do Faith No More recentemente resenhado:
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=jPSWkmHb-lw[/youtube]
Trata-se do Agua De Annique, boa (achei) banda nova da ex-vocalista do The Gathering, coverizando “Digging the Grave”, do FNM.
Ñ q eu tenha achado assim uma maravilha (ñ gostei da brecada no refrão), mas assim: quem, fora Mike Patton e Anneke Van Giersbergen, teria afinal condições de cantar isso?
Com certeza ñ a Pitty!…
.
PS – da hora a hora, em 1’34”, q ela espirra! ahah