FINLÂNDIA
Alguém achou q ñ seria o país da vez?
AS 10 MELHORES BANDAS FINLANDESAS PRA MIM:
- Amorphis
- Fintroll
- Força Macabra
- Azaghal
- Apocalyptica
- Korpiklaani
- Sinergy
- Tarot
- Nightwish
- Turisas [pra inteirar 10]
Alguém achou q ñ seria o país da vez?
AS 10 MELHORES BANDAS FINLANDESAS PRA MIM:
MELHORES DISCOS FINLANDESES PRA MIM:
1. “Elegy”, Amorphis *
2. “My Kantele”(ep), Amorphis
3. “Nattfödd”, Fintroll
4. “Privilege Of Evil”(ep), Amorphis
5. “Plays Metallica By Four Cellos”, Apocalyptica
6. “Caveira Da Força”, Força Macabra *
7. “Inquisition Symphony”, Apocalyptica *
8. “Once”, Nightwish
9. “Tervaskanto”, Korpiklaani
10. “Battle Metal”, Turisas
* outrora resenhados no blog de outrora, jamais reprisadas
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CODA: um amigo dum amigo filmou o show do Nuclear Assault inteiro. Postei o link no post da resenha do show, abaixo
Show legal no domingo à noite. Lugar legal tb, com a condição alvissareira – e q parece já ter tornada COSTUME – de algumas casas de terminarem as coisas antes da meia-noite: perfeito pra se ir e voltar de metrô e busão.
E aquele show q me fez me sentir BURRO, BURRO: ñ imaginava o Korpiklaani ter tanto fã, como fiquei sabendo ali no Clash Club in loco, nem q há toda uma “cena” de bandas folk metal. Com todo mundo curtindo, a sério.
(cito “a sério” pq meu gostar do Korpiklaani sempre foi meio na brincadeira: ver uns vídeos toscos, pegar um cd q ouço de quando em vez pra espairecer, dar risada etc.)
E “a sério” a ponto de se ver por ali gente com o rosto pintado (como o da banda, nalgumas fotos de divulgação), gente vestida a caráter (com aquele tipo de malha branca medieval, sei lá como chama esse troço) e sacar toda uma ansiedade no ar enquanto os branquelos ñ entravam.
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Fiquei conhecendo tb o tal Skiltron, argentinos, q mandaram bem – grosseiramente falando, me soou um Skyclad mais alegre e power metal, e com um gaitista de fole ao invés de violino – e, surpresa, a galera presente, fora curtir, tb cantava os sons dos caras. Em inglês. A banda q abriu a abertura, o tal Skaldicsoul, brasucas, ñ vi, pq fiquei papeando do lado de fora com camarada da Paranoid Records – q me inteirou do Overkill ter ESTRUMBADO o lugar 2 dias antes – mas fiquei sabendo q causou comoção com cover de Iron Maiden.
Qual cover eu sei lá.
Detalhe outro do público, o qual rogo uma prece: q Odin abençoe os finlandeses por terem trazido as MULHERES aos shows de heavy metal! Ñ o falo pra causar encrenca com a patroa (tá, benhê?), mas por achar bem legal casais – muitos – e muita mulher em show de metal. Por causa deles, sim.
Sou de época de só homem nos lugares, e todo mundo posando de malvado. E de mulher, quando havia, posando de malvada e portando o “kit” espinha na cara + bracelete (ugh!).
Tomara q, daqui uns 10 ou 20 anos, a turma retrô – a surgir desfilando curtindo só bandas noventistas e 00’s – tb o faça arrumando mulher pra ir em show, coisa e tal.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=UclcSkytM9M [/youtube]
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E meu depoimento sobre o Korpiklaani nem poderia ser negativo: o som estava bão (bateria bem alta, bumbos batendo no peito), os caras foram tocando sons “a pedido”, e o q eu vi foi uma tremenda CELEBRAÇÃO e comunhão banda-público. Quem é realmente fã acabou justificando as orkutices de “melhor show da vida” e isso tudo.
Ñ cito nomes, por ñ o saber (e deu preguiça de ir procurá-los certos), mas dá pra dizer assim: tirando o vocal, um Max Cavalera branquelo (toca guitarra tanto quanto ele) e de dread e o baterista com cara de bebum gente boa, a banda pouco interage. São finlandeses, ora!
O 2º guitarrista, Cane ñ sei o quê, lembrava uma versão magra do vocal do Tankard, e a razão de ter duas guitarras na banda só deve ser a de dar PESO, já q solos inexistem, tampouco trampo harmônico. O último som o vocal cantou sem tocar, e ficou tudo bem. O baixista tiozão (seria pai de alguém da banda?) com cara de Mestre dos Magos, parece o melhor tecnicamente falando; e interagia com o “Max cover”. Já o sanfoneiro e o violinista (de camiseta do Tankard) são os típicos finlandeses: nenhuma expressão facial – de agrado, nem de desagrado – com o 2º, pra mim, ganhando em truzice dos inexpressivos-mor Tony Martin, Derrick Green e Blaze Bayley ahah
Falando sério: esses 3, perto desse cara, são o Jim Carey fazendo careta adoidado. E claro q no fim o sujeito até reverenciou o público, satisfeito e exibindo algum ESBOÇO DE SORRISO. Mas sorriso a la Sheldon Cooper (“The Big Bang Theory”).
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=naO4DNZE4CU&feature=related [/youtube]
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De qualquer modo, o público estava lá pra se satisfazer e a banda o fez com sobras. Dando impressão de terem tocado mais do q habitualmente fazem e visitando até álbuns mais antigos. Abriram show com “Vodka”, tocaram “Wooden Prints” a pedido (pra mim, a melhor), “Happy Little Boozer”, e assim foram: no bis rolou “Let’s Drink” (do “Tervaskanto”, o único cd q tenho deles) e o hit “Beer, Beer” enquanto catarse final e total.
Rodas rolaram – ops! – a torto e a direito, com um ineditismo (pra mim): até as mulheres participando. No fim, vi garota só de sutiã por conta do calor e suor. E sem ninguém faltar o respeito, nem nada do tipo.
Estava mais cheio q o Nile – embora a casa seja menor q o Santana Hall – e foi mais de uma hora e meia de som. Parece q prometeram voltar, e eu ñ duvido, apesar de ter ficado nítido o sofrimento dos caras em meio ao CALOR. Bem legal. em suma.
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E a ser lembrado por mim, pra dar de true daqui 10 anos do seguinte modo:
Quando daqui 10 anos o paradigma do metal underground for o polka metal húngaro, búlgaro e polonês, me verei em rodinha de gente (mais) velha (ainda) recordando o passado. E recordando dos tempos em q predominava o metal escandinavo, com bandas black, bandas pó-pó-pó, bandas folk, e tal.
Algum interlocutor falará: “ah, é, folk metal do Turisas, do Fintroll, do Ensiferum, do Korpiklaani. Q ouvi falar q tocaram aqui uma vez”
Pra daí eu responder: “é, sim. EU FUI!”.
“Origin”, Borknagar, 2006, Century Media/Encore Records
sons: EARTH IMAGERY * / GRAINS / OCEANS RISE * / SIGNS / WHITE * / CYNOSURE * / THE HUMAN NATURE / ACCLIMATION * / THE SPIRIT OF NATURE
formação: Vintersorg (vocal, choirs and chants), Øystein G. Brun (acoustic, classic and highstring guitars), Lars A Nedland (piano, keyboards, organs and backing vocals), Asgeir Mickelson (drums)
guest musicians: Erik Tiwaz (a.k.a. Tyr: 6 string fretless bass), Steinar Ofsdal (bamboo flute and recorders), Thomas Nilsson (cello), Sareeta (violin)
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Sei lá se é por obra do marketing ou das coincidências (tvz ambos), mas o fato é q ao pensar em Borknagar automaticamente penso em Vintersorg. E vice-versa.
E a inquietação com a qual iniciaria este S.U.P. – “puta q pariu, por q ñ viram uma banda só duma vez?!”, haja visto serem filiais sueca e norueguesa do mesmo cartel q, à exceção do Steve DiGiorgio (músico contratado na filial sueca algum tempo atrás), simplesmente conta com alguns mesmos músicos lá e cá, e gravam nos mesmíssemos estúdios – me foi parcialmente respondida quando recentemente adquiri “Empiricism” (Borknagar safra 2001), cujo release (minha cópia é aquela versão feita pra jornalistas e rádios, de caixinha de papelão e release – pra copiarem nas resenhas – atrás) assim diz:
“após serem amigos por anos, Øystein e Vintersorg perceberam q têm praticamente a mesma atitude, motivação e visões para suas músicas. Por isso, depois de ICS Vortex sair da banda para se concentrar no Dimmu Borgir, foi apenas natural aos amigos trabalharem juntos”…
Quer dizer, se a junção ñ se dá por conta de Vintersorg e Brun terem APENAS gravadoras diferentes, ou pelo fator logística (suposições minhas), só posso chegar à conclusão de q os caras são realmente true ahahah Pois pra piorar, ainda li recentemente q ambos juntam forças numa OUTRA banda/projeto de “metal progressivo” – deles 2 apenas e de 2 álbuns já – chamado Cronian.
E eu achava q Jon Oliva era hiperativo e esquizofrênico… ahah
Vai entender essa misantropia nórdica. Por outro lado, por ñ serem assim bandas – nem uma, nem outra – e bem mais projetos de estúdio, q diferença afinal faz tudo isso?
Descobri Vintersorg, a banda, primeiro, mas recentemente venho me inteirando mais do Borknagar, de q ñ tenho ainda tanto: apenas “Quintessence” (2000), “Empiricism” e este “Origin”, ainda o álbum novo. E é interessante sacar uma proposta sonora evolutiva, q mantém alguma crueza black metal (no q são aí semelhantes ao Dimmu Borgir), só q incorporando elementos folk e progressivos ao longo do caminho – alguns sons em “Empircism” contêm órgãos Hammond e sintetizadores etéreos muitíssimo bem amalgamados à barulheira guitarrística e aos blast beats de baciada – fundando, a meu ver, um outro sentido para o termo prog metal.
Pois ñ me parece justo q apenas Fates Warning, Dream Theater, Symphony X e imitações rasteiras destes devam ser considerados prog. Lógico q o nível técnico dos estadunidenses é imensamente superior, e assumidamente calcado de Genesis, Rush, Zappa e outros baluartes das intrincações, mas deixo por aqui a sugestão, pra quem se instigar o suficiente, de se analisar o Borknagar (e tb Vintersorg, uma vez q as propostas coincidem a todo o tempo) sob o foco de uma proposta claramente PROGRESSIVA – ou rock e/ou metal progressivo seriam apenas nicho de mercado e âncora de estagnação? – q jamais regride e vai se recriando/aprimorando álbum após álbum. Pra ñ se ter q incorrer em cunhar mais um rótulo no metal, tipo black metal progressivo… (ugh!).
“Origin”, para começar a (finalmente) falar do álbum, é trabalho altamente paradoxal, além disso. Pois é álbum completamente ACÚSTICO. Dando o q questionar acerca de tanta evolução/progressão assim; pq é fato q 99,9% das bandas q lançam trampos assim na verdade vão se mostrando covardes, estagnadas, redundantes. Só q se trata do Borknagar, cacete, q ñ tem hits a “revisitar” ou contrato milionário a cumprir; à exceção de “Oceans Rise”, única releitura, todo o material aqui registrado é INÉDITO.
O outro paradoxo, e motivo para prováveis execrações, é ser “Origin” um álbum acústico duma banda de black metal norueguês. Desconsiderando-se a “coincidência” do álbum recente de Vintersorg, “Solens Rötter” (2007), ser tb acústico, temos aqui uma proposta OUSADA e verdadeiramente radical. Pq foge do black metal “convencional” de guitarras-abelha e gritaria claustrofóbica (coisa, aliás, de q o Borknagar já vinha se distanciando desde a efetivação do Vintersorg vocalista…) compulsórias e compulsivas, como tb, por outro lado, da recente onda folk viking metal, de bandas pesadas e algo desencanadas – como Finntroll, Turisas e Korpiklaani – q se meteram a enfiar violões folk, violinos e acordeões engraçados nos sons, e côros bêbados em refrãos. O resultado por aqui é orgânico, sóbrio e DENSO.
Inclusive no q tange às LETRAS, todas bem cabeça e esotéricas. Com reflexões a respeito das inter-relações entre o homem e os elementos, sobre o vento, sobre a terra, as causalidades da Natureza etc. (Q parece ser temática q vêm por aí chamando de “pagã”). E q, ao contrário das músicas, praticamente todas compostas por Brun (exceção a “White”, de Nedland), foram divididas entre os integrantes todos: há, inclusive, feitas por Mickelson (“The Human Nature”) – q ainda acumula o trampo de capista da banda – e por Vintersorg (duas: “Acclimation” e “Cynosure”, esta última, ñ por acaso, a mais viajante e científica. O cara é professor de Física na Suécia, ñ é isso?); por isso esqueçam papos sobre elfos, duendes, demônios ou Satã querendo fornicar o Nazareno ahah
Os sons me soam, desde a 1ª audição, bastante coesos e coerentes entre si, fluentes, ñ dando aquela impressão de álbum feito às pressas (por ser mais despojado), e algum destaque q eu venha a fazer, o faço no lado negativo: “The Human Nature” tem lá uma melodia descendente q se repete (e sei lá se feita por teclado ou por flauta) q enche o saco – parece música de fundo de peça teatral. Ainda q “White”, por ser do Nedland, a mim tb se destaque – junto às faixas asteriscadas acima – embora positivamente: músicas por ele compostas em discos anteriores sempre têm algo diferenciado, q ñ entendi ainda bem o q. “Earth Imagery” em seu início, tem clima bucólico q os chapas do Thyrfing ou do Summoning – pra citar ainda outra vertente viking metal vigente – amaldiçoariam Odin pra fazer.
A surpresa mais positiva, musicalmente falando, foi constatar os vocais limpos de Vintersorg bastante INTEGRADOS ao contexto. Nada forçados, até mesmo quando dobrados. Pq me incomoda nos sons porradas, nas filiais norueguesa e sueca, o tipo de vocal sub Matthew Barlow (por sua vez, um sub Paul Stanley) do sujeito, q parece sempre brigar com os sons, estragando a meu ver apreciações melhores, q ocorreria caso a voz rasgasse ou guturalizasse mais. Ñ q esteja adequado o tempo todo, mas bem mais do q o habitual.
“Origin”, enfim, é daqueles raros discos em q o paradoxal instiga, pois é ao mesmo tempo despojado e épico (teclados e cordas muitíssimo bem encaixados, ñ constando por aqui apenas como decoração), fora CORAJOSO: demonstrador de q Brun está pouco se lixando pra rótulos ou patrulhamento de fãs radicais; parece importar o q ele quis fazer – ser true ñ é isso, afinal? Tvz as impressões por aqui listadas ñ coincidam com o GOSTO de quem mais ouvi-lo (e o barato do Thrash Com H é eu Ñ SER o dono da verdade), mas ñ é álbum q se deva desmerecer sem razões para tal: desgostar sem ouvir é babaquice. Um álbum elegante, de heavy metal sim, e indicado a cabeças suficientemente abertas. Para os radicais, a discografia anterior tvz baste, fora torcerem para ñ virar o estilo definitivo dos caras isto aqui ahah
No mais, lembro-me duma outra polêmica, a meu ver EQUIVOCADA, por ele suscitada: quando resenhado no www.novometal.com, site q eu curto, o redator em questão desdenhava deste ser um disco CURTO – “Origin” tem pouco mais q 35 minutos – levantando para isso argumentos como custo/benefício duvidoso (ñ valer a pena comprar algo tão breve) ou suposta preguiça da banda em fazerem mais músicas… Como se alguns dos melhores álbuns de Slayer, Frank Zappa, Rush, Ramones e Motörhead ñ tivessem pouco menos de 40 minutos – cacete, o “Reign In Blood” ñ chega a 30 cravados e é a Bíblia do thrash! – e como se para fazer música foderosa se precisasse utilizar todos os 80 minutos duma mídia… fosse assim, Dream Theater seria a maior banda do mundo. E ñ é. Em suma:
Discão!
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CATA PIOLHO CLXVIII – ñ é mesmo caso de plágio (pq acho improvável os holandeses terem ouvido os brasileiros), mas ñ deixa de chamar atenção q o riff principal – tocado no início e no fim – em “Leaves” (The Gathering) seja idêntico ao dedilhado final de “Caso Sério”, do Golpe De Estado.