KMFDM
CAPA DO ANO
Estamos quase em outubro e ainda ñ tenho um disco favorito deste ano. Em parte por minha culpa, já q tenho/ouvi uns 5 lançamentos só.
Este “Hell Yeah”, do KMFDM, vi à venda em Londres, mas ñ trouxe. Por falta de referência ou indicações. Se tivesse prestado atenção à capa (o q o amigo bonna me fez reparar, lá no FB), teria trazido sem vacilar.
Assim: ñ tenho ainda um “disco do ano”, mas A CAPA DO ANO, e de muitos anos, e tvz de toda uma geração, seja essa.
ENCARTE: KMFDM
Agradecimentos especiais em “Naïve/Hell to Go” (1994):
“We would like to say a very special thanx to all of our friends and supporters
We believe in the freedom of the arts reflected by the freedom of the artists
This freedom has become delicate and vulnerable
KMFDM stands up against the patronization, the glorification and propagation of ignorance, and the prohibition of any content labeled ‘unsuitable’ or ‘undesirable’ by authorities as dubious and questionable as the PMRC or MTV
Slogans like ‘free your mind’ can only mean: turn your MTV off and live
Support your favorites
Thank you
KMFDM“
ENCARTE: MORTIIS
Orelhudo bizarro entregando a fórmula de sua Coca-Cola no encarte de “The Smell Of Rain” (2001):
“Thanks to the following for inspiration (in no particular order):
Skinny Puppy, Nine Inch Nails, John Carpenter, Enigma, Moby, Basil Poledouris, horrible 80’s synth pop, Tangerine Dream, Brian Lustmord, Roky Erickson, The Sisters Of Mercy, Vangelis, Danzig, Era, KMFDM, Rob Zombie, Tool, Aphex Twin, Leather Strip, The Animals“
B.A.N.D.A.S.
MELHORES BANDAS-SIGLA PRA MIM:
- AC/DC
- R.E.M.
- R.D.P.
- MD 45
- D.F.C.
- S.O.D.
- D.R.I.
- PWEI [Pop Will Eat Itself]
- GZR
- KMFDM
VALE 5 CONTOS
“Nihil”, KMFDM, 1995, Wax Trax!/KMFDM Enterprises/TVT Records
sons: ULTRA * / JUKE-JOINT JEZEBEL / FLESH * / BEAST / TERROR / SEARCH & DESTROY * / DISOBEDIENCE / REVOLUTION / BRUTE / TRUST *
pre-production, sequencing, sampling, programming, arregements, manipulations & tracking by Sascha Konietzko & Gunter Schultz
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Inicio a resenha admitindo, sim, q até 5 meses atrás, quando adquiri “Nihil” e um outro álbum do KMFDM, “Näive/Hell to Go” (uma versão autorizada/editada do “Näive” original), num balcão de ofertas, tudo o q eu conhecia – e até curtia – desses alemães era o clipe de “A Drug Against War”, de razoável divulgação em tempos de Mtv musical/Fúria Metal, naquele funesto embalo de Ministry e Nine Inch Nails sendo descobertos.
A pauta se pretende curta, por isso recomendo a leitura da história detalhada da banda no All Music, onde constam as inúmeras mudanças de formação, de q permaneceram somente os integrantes originais Sascha Konietzko e En Esch. Tanto quanto a copiosa discografia de já uns 20 álbuns, quase todos laconicamente intitulados – “UAIOE”, “Money”, “Angst”, “Xtort”, “Symbols”, “Adios”, “Attak”, “Blitz”, “WTF?” (o mais recente) etc. – de capas muitíssimo afinadas esteticamente (ñ sei descrever estilo gráfico, mas aquele tipo de capa q se vê formatção ou traços e se diz “ah, capa de KMFDM…”) e as atividades de Konietzko em remixes de formações EBM, góticas e industriais mundo afora.
Pois bem: consta “Nihil” ser o 7º álbum da banda, e um dos mais acessíveis. Procede e ñ a informação. Na verdade, tudo aqui é um híbrido de Ministry, NIN, EMB, Killing Joke, farpas industriais e alguma eletronice pop.
Quando inicia “Ultra”, parecendo música eletrônica de fato, logo entra uma levada de caixa baterística (orgânica) q remete ao Ministry; no refrão, dá-lhe NIN era “The Downward Spiral”. “Juke-Joint Jezebel”, a mais pop de todas, tem início ostensivamente EBM (batida grave na cara!), até contar com cantora disco – uma certa Jennifer Ginsberg – ajudando no refrão.
Quando “Beast” soa inicialmente mais acessível, meio dub, vem uma voz feminina e montes de guitarras; “Terror”, estranhamente pesada – a mais metal, fora “Trust” – parece Killing Joke, mas menos q muito som do Prong. “Disobedience” remete ao NIN safra “Pretty Hate Machine”, daí entram uns vocais mais graves (meio góticos) e um naipe de metais nada díspar. “Revolution” soa certamente pop, graça ao refrão feminino, mas é tb pesada e com um tecladinho meio brega, tvz intencional.
Guitarras pesadas, vocais femininos mesclado a outros graves/sussurrados, batidas ostensivas, baixos seqüenciados, teclados solando, climas atmosféricos (mas ñ por tanto tempo), letras (em inglês) torturadas e de subjetividade atormentada (outra conexão óbvia com o NIN): se os sons daqui são ACESSÍVEIS – tvz sejam estejam mais pra polidos, burilados – fiquei curioso em conhecer os outros álbuns. Ou lamento ñ serem banda dos EUA: excrescências como o Barbie Manson tvz fossem abortadas antes mesmo de nascerem. O melhor tvz seja sair ouvindo som após som, e assim constatar a MISTUREBA sonora muitíssimo bem ajeitada. Ou os sons mais pesados, meus preferidos, asteriscados acima.
Curiosidades do álbum ainda: “Trust” ñ é versão de Megadeth, nem “Search & Destroy”, de Stooges (embora eu ache ver com o Annihilator do “Waking the Fury”), tampouco “Ultra” é cover de Depeche Mode. Embora a referência tb sirva: fãs da horda de Gore e Grahan dos tempos anteriores a “Songs Of Faith And Devotion” poderão se lambuzar com “Nihil”. Músico estranhamente participante: Bill Rieflin, ex-baterista de PIL e Ministry, e recentemente participante do recém-dissolvido R.E.M. (!!!), toca bateria em “Ultra”, “Flesh” e “Disobedience”.
E por fim: KMFDM significa “Kein Mitleid Für Die Mehrheit“, q em inglês significa “No Pity For the Majority“, q em português poderia significar “Prefiro Ñ Ir ao Show da Pitty“, mas nem é isso. Sendo algo como “Sem Perdão Para a Maioria” – algum tipo de humor tipicamente germânico??
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CATA PIOLHO CXCIX – jogo de 7 erros capísticos.
Influência assumida e descarada, só ñ precisavam ser tanto assim…