40 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
Ou vai ver, soube e não lembrava?
Afinal, era mais um daqueles discos-tributo feitos em série e com músicos avulsos (não bandas propriamente) há uns anos por Bruce Kulick.
(Ou Bob Kulick?)
(e essa capa foi inspirada na dum single dos caras de Liverpool, hum? Antecipando tendências gore)
Tem no Spotify o lance. Por ora, copio a playlist:
A real é q fiquei curioso de verdade com algumas versões de “Butchering the Beatles“, mas não devo “arrumar tempo” tão já. Quem já ouviu e quiser ouvir e comentar, à vontade!
O encarte de “Liquid Tension Experiment 2” (1999) contém comentários dos 4 músicos fodões envolvidos sobre cada faixa. Como foi compor “na hora”, como foi gravar, amenidades.
Um pouco pra tentar dar a seu público o momento “visite nossa cozinha”, outro tanto pra (tentarem) pagar de engraçados, e ainda um pouco tb pra pagar de fodões e se acharem gênios.
“CHEWBACCA
Improvised and basic tracks recorded live on Thursday, October 15th 1998
Mike: Another improvised jam from the LTE2 trio sessions. This is very interesting because what you are hearing are Jordan, Tony & myself completely improvising and then, months later, John took the tapes and learned all of Jordan‘s improvised riffs at the top and bottom of the piece and then doubled them… giving the ‘illusion’ of written composition!
John: Pat Thrall digitally engineered the guitar overdubs on this one. I have to thank him for his patience during the process. Using Pat’s Pro Tools system, we were also able to experiment with some digital manipulation of guitar tracks“.
… o q ficou?
04.10.19 – Espaço das Américas, São Paulo
Foi um solenidade, ñ um show.
Local todo forrado de cadeiras. Nove setores (fiquei no H), lotou tudo. Ainda q duas cadeiras ao meu lado tenham ficado vagas. Ñ teve pirotecnia, nem “boa noite” ou “e aí, Saon Paolo?”. Ninguém usando camiseta da CBF no bis. Tampouco telões com animações em profusão. Luzes eram azuis, brancas ou vermelha. Integrantes ñ foram apresentados, nomes de músicas ñ foram anunciados. Ñ precisava: sabíamos quem estava ali e onde. E o quê.
O q teve então? MÚSICA. Como tem q ser. Banda tocando, público ouvindo.
3 horas de show, com direito a 20 minutos de intervalo. Intervalo pra eles, público ñ precisava. Ñ pediria. A amiga Dani, q foi junto, fez a comparação inevitável com o Dream Theater, q uma música inteira cansa mais (bem mais!) q o King Crimson tocando 2h40min.
Sim, procede.
A ambiência propícia tb foi gerada antes: fomos avisados de ñ podermos usar smartphones. Nada de ficar filmando, tirando foto, fazendo selfie: é pra ver/ouvir/sentir o show. Eu ñ sabia se deixariam a gente entrar com celular; ñ houve como ñ deixar.
A banda ñ proibiu exatamente: pediu, na verdade, pra q só os usássemos no verdadeiro fim do show. Telões exibiam o pedido, cartazes postados em cavaletes tb, assim como uma locução feminina marota, em Português mas com humor britânico, fez o pedido. Assim como nos pediu se deixaríamos “o baixista Tony” (Tony Levin é fotógrafo, ainda por cima) tirar umas fotos nossas ao final eheh E o q vi? Maioria absurda das pessoas RESPEITOU.
Brasileiro vira-lata é o caralho. De modo q as fotos do show q tenho são as acima mesmo. A última, puxei via Google do twitter de Levin.
***
A banda é hermética, às vezes ñ desce nem pra nerds fãs de progressivo típicos (nerds fãs típicos + progressivo típico). Mudou muito a pegada ao longo dos anos (progressivos, certo?), assim como os integrantes (alguns saíram e voltaram mais de uma vez) e as formações (teve uns tais ProjeKcts paralelos, de 1 a 10, muito específicos). Vai lançando seus trabalhos sem q ninguém fora do círculo de devotos saiba exatamente. O lançamento mais recente é o dvd duplo e caro pra caralho “Radical Action to Unseat the Hold Of Monkey Mind” (2016) q contém sons inéditos/novos exibidos. Dos quais 2, obviamente, foram meus favoritos. Por razões baterísticas.
Puta merda. TRÊS bateristas monstruosos no palco – Pat Masterlotto (o mais antigo na banda), Gavin Harrison (ex Porcupine Tree) e Jeremy Stacey (o do chapéu; e q tb toca com Noel Gallagher) – ora tocando juntos, ora complementado e fritando, ora repetindo em 3 as viradas e passagens (apoteótica e catarticamente em “Indiscipline”). E NA FRENTE DO PALCO, deixando os outros no fundão. Fora isso, os sons “Drumsons” e “Suitable Grounds For the Blues” são apenas baterísticos: Robert Fripp, Jakko Jakszyk, Mel Collins e Levin ficam imóveis atrás, só olhando.
E os amigos achando q Primus ou Tool eram doidos.
Os sons predominaram da fase setentista inicial, entre 1969 (“In the Court Of the Crimson King” faz 50 anos de lançado neste ano) e 1974, quando acabaram pela 1ª vez, após “Red”, q aliás teve a faixa-título tocada. Pra mim, outro momento sublime. Algo q tb justifica o vocalista/guitarrista Jakszyk, de timbre muito próximo aos finados Greg Lake e John Wetton.
Preferia q tivessem tocado mais sons oitentistas – de “Discipline”, “Beat” e “Three Of A Perfect Pair” – ou até mesmo de “THRAK”, meu preferido (noventista), mas nem liguei. O evento foi inexplicável, quase como estar presente diante de alienígenas. Tb me foi inexplicável ñ constar Bill Rieflin no palco, baterista e atualmente exclusivamente tecladista (função q coube a Stacey); a formação octeto veio septeto. Mas q q tem?
Domingo, ainda mais inacreditavelmente, tocaram no Rock in Rio [é a deixa], após Nickelblargh e antes de Imagine Dragons, um Coldplay na 4ª série. Um set inacreditável de UMA HORA (!!) com 7 músicas. Passou no canal Multishow, de onde pude tirar fotos e quase ir às lágrimas de novo.
Ainda ñ achei no YouTube e vou torcendo pra alguém vender o dvd ripado na Galeria. Robert Fripp é foda. É inacreditável. Os 500 contos do ingresso ñ me doeram. Mesmo.
_
Set 1: 1. “Drumsons” 2. “Lark’s Tongues In Aspic, Part One” 3. “Suitable Grounds For the Blues” 4. “Red” 5. “Epitaph” 6. “Drumzilla” 7. “Neurotica” 8. “Moonchild” 9. “Radical Action II” 10. “Level Five” – intervalo de 20 minutos – Set 2: 11. “Drumsons” 12. “Cirkus” 13. “Easy Money” 14. “Lark’s Tongues In Aspic, Part Four” 15. “Islands” 16. “Indiscipline” 17. “The Court Of the Crimson King” 18. “Starless” – bis 19. “21th Century Schizoid Man”