PROPAGANDA SUBLIMINAR EXPLÍCITA
E o q o blog recomenda pra hoje?
13 décimo-terceiros discos pra rolar em loop.
E o q o blog recomenda pra hoje?
13 décimo-terceiros discos pra rolar em loop.
Um post tautológico. Em loop.
Aproveitando ainda algum resquício sobre o “IV” zeppeliniano, devo já ter recomendado esta versão pra “Stairway to Heaven”.
E q eu prefiro mil vezes à original. Estava tudo lá (tentem ouvir a original depois sem sacar), Frank Zappa só a “desentortou” ahahah
E a coisa mais legal, nos comentários, acho gente com a minha mesma dúvida: “ele fez de zoeira ou pra homenagear”?
O gato ou o Quico?
Provavelmente as duas coisas, o q torna o lance ainda mais genial.
Mas aí a tal da Vida dá vodcas e vodcas e Frank Zappa ñ estava vivo para ver Weird Al Yankovic (lembram dele?) fazendo uma alegada paródia de Taylor Swift (?!?!?!?!), acima, q parece homenagem e zoeira ao próprio Zappa.
Genial, mas ñ por causa dele propriamente.
Com direito a Dweezil Zappa tocando junto.
Achei do caralho, mas ñ entendi nada.
Em 28 de agosto do ano passado – precisamente há 1 ano – comecei esta pauta born to lose, live to win contando histórias inglórias, ingratas, engraçadas e passadas em meus dias de No Class.
Relatei, em “Another Perfect Day”, nossa primeira ida ao Alquimia Rock Bar, em Pirituba (bairro periférico e barra pesada), q teve um momento de… assombro… q quase q superou a experiência e tremendo acolhimento pelos e pelas bangers ali presentes.
Resolvi postar hoje, pra dar inclusive efeito de loop, sobre a ÚLTIMA VEZ em q tocamos no Alquimia. O q havíamos decidido antes do show – afinal, os riscos e ñ ganharmos um tostão de cachê finalmente haviam prevalecido ante a “adrenalina” e ao “desafio” de tocarmos longe – mas q tb rolou por conta do bar ter encerrado atividades uns poucos meses depois.
(e ñ por nossa culpa. O desfecho do post tratará de esclarecer isso, ou ñ)
***
Memória é algo traiçoeiro e eis q descubro há pouco (fuçando a lista das apresentações no Facebook) q foram QUATRO as vezes no bar, e ñ três.
A primeira, com o P.O.T.T., citada, em janeiro de 2005; a segunda foi em 12 de março daquele ano, em q levamos os comparsas do Napster pra fechar a noite (q só ñ teve mais impacto q a primeira vez… pq ñ foi a primeira vez); na terceira, em 2 de julho, levamos os autorais camaradas do Sharpen, q faziam metal melódico e tinham um baterista cuzão “aluno do Confessori” (continua cuzão, toca hoje no Armahda e nem bateria em casa costumava ter – um dia ainda conto essa), q quase quebrou os holders dos tom-tons da minha bateria – pq eu ainda levava a bateria – quando insistiu em tocar na “posição correta” dos tambores.
Todas as vezes muito legais, e todas com o seguinte aprendizado: nada de ficar fazendo hora na calçada do lado de fora. Era chegar, montar as coisas, tocar, confraternizar com o pessoal do bar e, na hora de ir embora, todo mundo arrumar tudo e botar tudo nos carros sem muita embromação.
Lembro de quando tocamos com o Napster, do MEDO dos caras quando nos perdemos pelas quebradas escuras de ruas sem saída da região. Esse era outro fator complicado, principalmente pra mim, habitualmente inapto em lembrar caminhos de volta. Foda.
***
Nessa nossa 4ª vez, em 26 de novembro de 2005, resolvemos levar uma banda cover de Black Sabbath dum guitarrista conhecido meu (havíamos tocado brevemente numa banda de covers variados chamada Höhlemaus) da qual ñ me recordo o nome. Era uma banda recém-formada e ávida por locais pra tocar, então bora.
Só q aconteceu deste q vos bosta bloga se perder no caminho. Estávamos em 3 carros – 1 nosso (só nós 3 + equipamento), 2 deles (os sabbáthicos eram quarteto e estavam com namoradas/esposas) – e em vez de pegar a rodovia dos Bandeirantes, peguei a Anhanguera, completamente outra direção. E ñ conseguia corrigir a rota.
Ainda ñ existia GPS ou Waze, o guia de ruas analógico (de papel) q carregava no porta malas ñ serviu de ajuda, no q a solução era tentarmos perguntar direções nos postos de gasolina, padarias e pra taxistas. Q eram praticamente zero naquelas quebradas naquele sábado à noite, quase madrugada.
Resultado: as esposas/namoradas, completamente apavoradas, EXIGIRAM q seus pares desistissem da empreitada, o q honestamente ñ condenei na hora. Mesmo. Ficamos sem a outra banda, q se desculparam um monte e deram jeito de voltar. De nossa parte, caberia darmos jeito de achar caminho de volta e tb desistir.
Mas éramos teimosos: resolvemos – ou EU resolvi, e os outros 2 acataram – q chegaríamos ao Alquimia de qualquer maneira, mesmo q fosse pra tocar 15 minutos. Mesmo q ñ houvesse mais público. Mesmo sem nada de cachê combinado.
E ñ havia celular direito ainda. Um de nós q tinha conseguiu ligar pro Bruno (dono do bar) avisando q chegaríamos. Chegamos, sei lá como. Demoramos. Faltando meia hora pra dar o horário de encerrar.
(pq o bar era em região residencial e tinha um acordo com a vizinhança de ñ passar de meia-noite, ou uma da manhã)
***
Tinha público (estavam nos esperando ainda) e Bruno adotou solução tosca: fechou as janelas todas (pra tentar abafar um pouco do barulho) e pediu pra q diminuíssemos um pouco o volume, pra daí conseguirmos tocar uns 45 minutos, sem maiores encrencas.
Algo q deu certo até a página 2. Na empolgação, acabamos acabei aumentando um pouco o volume. E a interação com a galera estava excelente. Bruno parecia ter esquecido de qualquer cautela e curtia o som junto, muito legal tudo. Fizemos o show inteiro, no final.
Até q esse mesmo Bruno, num intervalo entre sons, começou a rachar de rir e nos cumprimentou, falando alto e rindo muito, pra todo mundo ouvir: “porra, caras, vcs são tão foda e tocam tão alto, q vão acabar acordando o Lagartixa”.
Provavelmente eu resolvi perguntar: “e quem diachos é Lagartixa?”
Resposta do Bruno: “Lagartixa é um mano aqui do bairro q foi assassinado hoje de manhã e o corpo tá ali na calçada do outro lado, pq a polícia ainda ñ veio recolher ahahah”
Caralho. De novo.
“Good God’s Urge”, Porno For Pyros, 1996, Warner
sons: PORPOISE HEAD / 100 WAYS / TAHITIAN MOON / KIMBERLY AUSTIN / THICK OF IT ALL / GOOD GOD’s://URGE! / WISHING WELL / DOGS RULE THE NIGHT / FREEWAY / BALI EYES
formação: Perry Farrell (vocals, percussion, samples, harp, keyboards), Peter DiStefano (guitars, samples, backing vocals), Stephen Perkins (drums, percussion, samples, backing vocals) + Mike Watt and Martyn LeNoble (bass), Thomas Johnson (samples and sounds)
participações especiais: em “Porpoise Head” (Daniel Ash, guitar; David J, bass; Kevin Haskins, samples); em “100 Ways” (Kimberly Juarez, backing vocals; Lili Haydn, violin; Ralf Rickert, trumpet); em “Freeway” (Flea, bass; Dave Navarro, guitar intro; John Flannery, space guitar; Josh Klassman and Christine Cagle, backing vocals); em “Tahitian Moon” e “Bali Eyes” (Matt Hyde, slide guitar); em “Good God’s://Urge” (John Flannery, backing vocals and trash can; Christine Cagle e Shawn London, backing vocals); em “Wishing Well” (Leo Chelyapov, clarinet)
–
“Good God’s Urge” ñ é metal. Como o Porno For Pyros tb ñ o foi. (A ñ ser q o primeiro álbum – q ainda ñ ouvi – o fosse).
Como o Jane’s Addiction gerador/anterior/posterior tb ñ o era, mas aproximava-se por causa de Dave Navarro e sua guitarrice. E pq algum zeitgeist noventista os abrigava num nicho “metal alternativo”, muito pelas beiradas.
“Good God’s Urge” traz esoterismo eletroacústico. Bicho-grilice e cacofonia, talentosamente equilibrados, às vezes num mesmo som. Disco homogêneo, nada esquizóide. De timbres e atmosferas, mais q de riffs. Tem peso. E instrumentação exótica – sobretudo percussiva – sem estereotipias nem afetação; cortesia do fodaço Stephen Perkins, fiel escudeiro de Perry Farrell nesta outra empreitada.
São 10 sons em pouco mais de 30 minutos, o q favorece ouvir bastante. Gosto é pessoal: eu curto o álbum, e quando me dá umas de ouvir, faço repetidamente. Destaco, dentre as pesadas, “Tahitian Moon” (rolava um clipe na Mtv Brasil) e “Dogs Rule the Night”. Dentre as (mais) acústicas, “100 Ways” e “Kimberly Austin”. E a quem ñ curte o vocal de Farrell, advirto: está mais pertinente aqui. 8 ou 80.
A banda durou pouco: o “Porno For Pyros” (1993) anterior mais este. Fecharam a lojinha devido a um câncer de Peter DiStefano, tratado e curado, mas sem volta da banda. Ñ deixaram legado, tampouco um saudosismo q a nostalgia + volta do Jane’s Addiction, posterior, tb ñ acalentou. Serve pra listarmos em conversas como das tantas bandas noventistas boas q ñ foram grunge.
E é o tipo de disco q eu deixaria tocando em loop em minha sala de espera caso fosse tarólogo ou quiroprata.
*
*
CATA PIOLHO CCLXV – nova jornada de “capas de inspiração semelhante”