Ouvi falar q eram – voltaram, então ainda são – alemães, formados por guitarrista/produtor e baterista bastante conhecidos, Waldemar Sorychta e Markus Freiwald, e q o som misturava Helloween e Slayer.
Putz.
O ponto q interessa ao post é: neste mês de dezembro (em data indeterminada, segundo fontes) está fazendo 34 anos de lançamento do disco de estréia da banda, “History Of Hate”, linkado acima e q pretendo arrumar tempo pra ouvir.
Mas isso é o preâmbulo apenas.
E por q isso realmente importa? Pq segundo uma das fontes (a página The Metal Realm) foi o 1º disco lançado pela Century Media.
Quando a banda é nova, pressão de gravadora é oportunidade e convite. Bastidores + contexto de “In Memory” (1996) – trechos inicial e final – por Matin Popoff.
“THE PROVERBIAL TOUR EP
With a really cool European tour drawn up, what’s a label to do but tell their charges to whip up a bunch of tunes to sell on the road and do it fast. It’s a time-honored turn of events, and one of metal’s light bright hopes Nevermore found themselves in that situation, sent o’erseas to bunk with the likes of Iced Earth, Tiamat and The Gathering. Fortunately, the guys were already toiling away at what would become their sophomore materpiece, The Politics Of Ecstasy, so inspiration was in to short supply.
‘The In Memory EP and Politics…’ recalls Nevermore vocalist Warrel Dane, ‘and the Judas Priest cover for that Priest tribute – I think it was like 17 songs – we did all in one session, and we were under such tight time limits. It was crazy. I still can’t believe it got done. Century Media wanted to release the EP before we started a festival tour over in Europe, and they had somebody else master it. I think the EP songs are great, but if you listen to the sound quality, between In Memory and Politics… same producer, same studio, In Memory sounds funny: it sounds a bit squashed. I mean, most people probably think it sounds okay, but if you take into consideration that both of those recordings were from the same session, same everything, the sonic difference is really kind of staggering’.
(…)
Impressively, Nevermore found a way to make the In Memory EP cohesive, when so many of these things are not. Nevermorphing the Bauhaus material, and through three of the remaining four tracks being somber and essentially ballad-framed, the band showcased a subtle side to their sound that has since become an important part of any given Nevermore sound“.
“Live Damage”, Dark Tranquillity, 2003, Century Media/Rock Machine Records
sons: INTRO / THE WONDERS AT YOUR FEET / THE TREASON WALL / HELDON / WHITE NOISE – BLACK SILENCE / HAVEN / PUNISH MY HEAVEN / MONOCHROMATIC STAINS / UNDO CONTROL / INDIFFERENT SUNS / FORMAT C: FOR CORTEX / INSANITY’S CRESCENDO / HOURS PASSED IN EXILE / THE SUN FIRED BLANKS / DAMAGE DONE / LETHE / NOT BUILT TO LAST / THEREIN / ZOODJACKYL LIGHT / FINAL RESISTANCE / OUTRO – EX NIHILO
formação: Mikael Stanne (voice), Niklas Sundin (guitars), Martin Henriksson (guitars), Anders Jivarp (drums), Michael Nicklasson (bass), Martin Brändström (electronics)
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Este é um dvd repleto de aspectos, a maioria falhos ou amadores, a serem considerados. E tb didático em desmistificar uma série de coisas.
Temos um show principal ocorrido nalgum estúdio (meio uma casa de show minúscula) em Cracóvia, na Polônia. Duma banda claramente de pequeno porte, q até então vivia seu auge (turnê de “Damage Done”, de 2002), cujo banner com o nome deles ao fundo só aparece de fato quando a câmera foca o baterista… O q dá a medida REAL de monte de bandas européias, às vezes incensadas sem medida por sites ou revistas daqui, q ficam parecendo coisas enormes, de feitos incomensuráveis.
Nada disso: embora a edição e os cortes ñ escancarem tanto, mal se contam 200 pessoas presentes; ñ há 6 (SEIS) fileiras dum público q se esprema na grade entre palco e público. Quero dizer com isso q o glamour – legítimo – dos festivais europeus MASCARA o fato da maioria das bandas q neles se apresentam sequer conseguir lotar sozinhas lugares para 500 pessoas.
Daí acaba acontecendo de tocarem por aqui em locais como o Hangar 110, Inferno, Carioca ou Clash Club abarrotados ou meio cheios e acharem o máximo. Me faz lembrar do povo do Epica boquiabertos anos atrás, tocando prum Blackmore lotado (500 pessoas espremidas) numa apresentação semi-acústica improvisada. Sim, pq esse é O GRANDE FEITO pra bandas tais quais. Nada contra e sem juízos de valor: apenas constatação.
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Outro aspecto falho do material é sua filmagem amadora: sei lá se no original gringo, ou se só na versão brasuca, tem-se uma imagem meio embaçada. Fica parecendo esses dvd’s piratex q a gente encontra em Lojas Americanas ultimamente, sem nem selo oficial de gravadora na contracapa. Junte-se a isso um exagero de extras, q incluem entrevista/documentário – sem legendas – enorme sobre a trajetória do Dark Tranquillity até então; galerias de fotos e filmagens “bootleg” (meio como os atuais vídeos de celular do You Tube) de apresentações em Atenas, Essen (Alemanha) e Paris, q por sua vez contam com maior – um pouco maior – público e interação mais calorosa; e ainda 2 videoclipes (“Monochromatic Stains” e “Therein”), tb meio granulados, q expõem outro defeito do produto.
3 horas e 15 minutos totais de algo q a Century Media lançaria melhor em 2004 como parte da compilação “Exposures – In Retrospect And Denial”, cd duplo de lados b e faixas ñ lançadas nos álbuns de até então (no cd 1) e… 19 das 21 faixas deste dvd, no cd 2. Sem exageros e nem óbvias granulações e/ou encheções de lingüiça.
Fora isso, um defeito na mixagem, q tvz refletisse alguma imaturidade da banda à época, desatenta ou desamparada em matéria de engenharia de som: o áudio destoa dos sons em disco. Soa menos pesado. A banda tem 2 guitarristas e 1 tecladista, e quase se ouve só os teclados; nem o baixo soa tanto. Se ñ por culpa da banda, então por falha da captação do show em si. Curioso q em “Exposures…” o som está pesado mais q por aqui.
Colabora ainda pra atrapalhar o visú dos caras, q muito pouco lembra uma banda de heavy metal. Ñ condiz com o peso. Todo mundo muito tímido (e daí q são suecos?), barbeadinhos e de cabelinhos arrumados, sem camisetas de banda – tem q virar o Metallica pra abrir mão disso! – e com o vocalista Stanne parecendo o carinha do Nickelblargh. Implicância minha isso, claro. Mas q o show no cd ñ entregava eheh
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De todo modo, o Dark Tranquillity estava alheio a tudo isso – precariedades, ímpeto desmedido da gravadora em lançar monte de coisa e blogueiro brasuca chatonildo q viria a malhar o dvd 12 anos mais tarde – e fez um show bacana, com fartura de sons q considero interessantes, por fugirem da vala comum do “death metal melódico de Gotemburgo”, cujos maiores expoentes – In Flames e Soilwork – coalharam a Europa de imitadores, ainda q sem querer.
Desconheço mesmo trabalhos recentes, “Fiction” (2007), “We Are the Void” (2010), “Construct” (2013) e “Atoma” (lançado há 21 dias), todos ainda pela Century Media. Mas ouço falar q só se aprimoraram na identidade sonora dissonante e peculiar q fugiu do derivatismo e do pula-pula americanizado, apresentando letras complexas e incomuns, q misturam cibernética, xamanismo e Teoria do Caos. Colabora pra isso ainda terem mudado muito pouco de formação. É banda q estou pra ir atrás de mais coisa, e q se eu fosse um pouco menos ‘das antigas’ já o teria feito por Spotify e You Tube, sei lá.
De qualquer maneira, custou só 10 reais. Vale 10 reais. Pq o selo/loja q o lançou nacional está se livrando do excesso de material (e isso inclui cd’s e dvd’s outros) a preços ridículos lá na Galeria do Rock.
Por outro lado, parece ñ ser o melhor modo de conhecer a banda. Até onde sei/ouço falar, o ideal seria começar pelo 4º disco, “Projector” (1999), q inaugurou o jeitão Dark Tranquillity de fazer death metal melódico, q perdura e se metamorfoseia até o momento.
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CATA PIOLHO CCLV – Jogo de 7 Erros capístico da vez:
Q a Warner já era acionista majoritária, daí resolveu pegar de vez… É por aí? Ou será q pegaram já uma massa falida? E será q isso se expanderá a gravadoras outras de renome do heavy metal, como Nuclear Blast e Century Media? Pra quando?
Todo modo, parece mais um daqueles capítulos q vamos assistindo da derrocada da indústria fonográfica. Ou nem é por aí?