CUSTOU SÓ 10 CONTOS
“Live Damage”, Dark Tranquillity, 2003, Century Media/Rock Machine Records
sons: INTRO / THE WONDERS AT YOUR FEET / THE TREASON WALL / HELDON / WHITE NOISE – BLACK SILENCE / HAVEN / PUNISH MY HEAVEN / MONOCHROMATIC STAINS / UNDO CONTROL / INDIFFERENT SUNS / FORMAT C: FOR CORTEX / INSANITY’S CRESCENDO / HOURS PASSED IN EXILE / THE SUN FIRED BLANKS / DAMAGE DONE / LETHE / NOT BUILT TO LAST / THEREIN / ZOODJACKYL LIGHT / FINAL RESISTANCE / OUTRO – EX NIHILO
formação: Mikael Stanne (voice), Niklas Sundin (guitars), Martin Henriksson (guitars), Anders Jivarp (drums), Michael Nicklasson (bass), Martin Brändström (electronics)
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Este é um dvd repleto de aspectos, a maioria falhos ou amadores, a serem considerados. E tb didático em desmistificar uma série de coisas.
Temos um show principal ocorrido nalgum estúdio (meio uma casa de show minúscula) em Cracóvia, na Polônia. Duma banda claramente de pequeno porte, q até então vivia seu auge (turnê de “Damage Done”, de 2002), cujo banner com o nome deles ao fundo só aparece de fato quando a câmera foca o baterista… O q dá a medida REAL de monte de bandas européias, às vezes incensadas sem medida por sites ou revistas daqui, q ficam parecendo coisas enormes, de feitos incomensuráveis.
Nada disso: embora a edição e os cortes ñ escancarem tanto, mal se contam 200 pessoas presentes; ñ há 6 (SEIS) fileiras dum público q se esprema na grade entre palco e público. Quero dizer com isso q o glamour – legítimo – dos festivais europeus MASCARA o fato da maioria das bandas q neles se apresentam sequer conseguir lotar sozinhas lugares para 500 pessoas.
Daí acaba acontecendo de tocarem por aqui em locais como o Hangar 110, Inferno, Carioca ou Clash Club abarrotados ou meio cheios e acharem o máximo. Me faz lembrar do povo do Epica boquiabertos anos atrás, tocando prum Blackmore lotado (500 pessoas espremidas) numa apresentação semi-acústica improvisada. Sim, pq esse é O GRANDE FEITO pra bandas tais quais. Nada contra e sem juízos de valor: apenas constatação.
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Outro aspecto falho do material é sua filmagem amadora: sei lá se no original gringo, ou se só na versão brasuca, tem-se uma imagem meio embaçada. Fica parecendo esses dvd’s piratex q a gente encontra em Lojas Americanas ultimamente, sem nem selo oficial de gravadora na contracapa. Junte-se a isso um exagero de extras, q incluem entrevista/documentário – sem legendas – enorme sobre a trajetória do Dark Tranquillity até então; galerias de fotos e filmagens “bootleg” (meio como os atuais vídeos de celular do You Tube) de apresentações em Atenas, Essen (Alemanha) e Paris, q por sua vez contam com maior – um pouco maior – público e interação mais calorosa; e ainda 2 videoclipes (“Monochromatic Stains” e “Therein”), tb meio granulados, q expõem outro defeito do produto.
3 horas e 15 minutos totais de algo q a Century Media lançaria melhor em 2004 como parte da compilação “Exposures – In Retrospect And Denial”, cd duplo de lados b e faixas ñ lançadas nos álbuns de até então (no cd 1) e… 19 das 21 faixas deste dvd, no cd 2. Sem exageros e nem óbvias granulações e/ou encheções de lingüiça.
Fora isso, um defeito na mixagem, q tvz refletisse alguma imaturidade da banda à época, desatenta ou desamparada em matéria de engenharia de som: o áudio destoa dos sons em disco. Soa menos pesado. A banda tem 2 guitarristas e 1 tecladista, e quase se ouve só os teclados; nem o baixo soa tanto. Se ñ por culpa da banda, então por falha da captação do show em si. Curioso q em “Exposures…” o som está pesado mais q por aqui.
Colabora ainda pra atrapalhar o visú dos caras, q muito pouco lembra uma banda de heavy metal. Ñ condiz com o peso. Todo mundo muito tímido (e daí q são suecos?), barbeadinhos e de cabelinhos arrumados, sem camisetas de banda – tem q virar o Metallica pra abrir mão disso! – e com o vocalista Stanne parecendo o carinha do Nickelblargh. Implicância minha isso, claro. Mas q o show no cd ñ entregava eheh
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De todo modo, o Dark Tranquillity estava alheio a tudo isso – precariedades, ímpeto desmedido da gravadora em lançar monte de coisa e blogueiro brasuca chatonildo q viria a malhar o dvd 12 anos mais tarde – e fez um show bacana, com fartura de sons q considero interessantes, por fugirem da vala comum do “death metal melódico de Gotemburgo”, cujos maiores expoentes – In Flames e Soilwork – coalharam a Europa de imitadores, ainda q sem querer.
Desconheço mesmo trabalhos recentes, “Fiction” (2007), “We Are the Void” (2010), “Construct” (2013) e “Atoma” (lançado há 21 dias), todos ainda pela Century Media. Mas ouço falar q só se aprimoraram na identidade sonora dissonante e peculiar q fugiu do derivatismo e do pula-pula americanizado, apresentando letras complexas e incomuns, q misturam cibernética, xamanismo e Teoria do Caos. Colabora pra isso ainda terem mudado muito pouco de formação. É banda q estou pra ir atrás de mais coisa, e q se eu fosse um pouco menos ‘das antigas’ já o teria feito por Spotify e You Tube, sei lá.
De qualquer maneira, custou só 10 reais. Vale 10 reais. Pq o selo/loja q o lançou nacional está se livrando do excesso de material (e isso inclui cd’s e dvd’s outros) a preços ridículos lá na Galeria do Rock.
Por outro lado, parece ñ ser o melhor modo de conhecer a banda. Até onde sei/ouço falar, o ideal seria começar pelo 4º disco, “Projector” (1999), q inaugurou o jeitão Dark Tranquillity de fazer death metal melódico, q perdura e se metamorfoseia até o momento.
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CATA PIOLHO CCLV – Jogo de 7 Erros capístico da vez:
Leo
25 de novembro de 2016 @ 06:33
Bela resenha, Marcão!!
Eu mesmo, que me considero fã do DT (aliás, DT pra mim nunca foi dream theater. Rs), não conhecia esse DVD.
Acho que, pra começar com uma coletânea ( e um DVD) o Where Death is most Alive – filmado em Milão – é o mais indicado.
É turnê do fiction, que, pra mim, foi o CD que consolidou os caras como banda “grande”… Acho uma pena ainda não ter registro depois, porque o construct e, especialmente, o we are the void, pra mim, são os melhores CDs deles… O attoma confesso que eu ainda estou digerindo na black Friday dos lançamentos desse mês, que todo mundo resolveu botar CD na rua.
Mas, voltando, no WDimA o lugar já é bem maior (Itália – mas é fechado, o que garante um som muito bom), a performance dos caras está melhor com a nova formação, a filmagem muito mais profissional, o repertório tb cheio de “clássicos”, que são as músicas daquela turnê.
Pela sua descrição, falta maturidade mesmo.
Obviamente, algumas coisas não mudam, mas mesmo a postura de palco e o visu dos caras deu um upgrade grande (até hoje os caras são mega simpáticos show, mas, pelo menos, vestem preto com corrente!! Hahaha).
Valeu mesmo pela apresentação e, mais ainda, pela dica de compra. Rs
Abração
märZ
25 de novembro de 2016 @ 07:29
Não conheço a banda, nunca ouvi uma música sequer. Mas pelo estilo e definição, sei se tratar de um produto que não me apetece, um som que não me agrada. In Flames, Soilwork, nada disso entra lá em casa. As únicas exceções são o Pain Of Salvation, e mesmo assim somente a fase atual, assumidamente pop, e o Opeth, também da fase atual, assumidamente progressivo vintage.
E o lance de banda pequena lá e grande aqui, é um fenômeno, que se não é exatamente novo, creio ser relativamente jovem, dos últimos 15 anos. Mas pode acontecer o inverso também, da banda ser um nada aqui e lotar ginásio no Japão e na Hungria.
Vide um Hibria da vida.
Marco Txuca
26 de novembro de 2016 @ 05:54
Hibria… temos provas disso? Lotam sozinhos ginásio ou apenas revisitam o caô do Angra?