parece um Overkill mais lento e com o vocal rouco. Pitadas de SacredReich. Nada contra
lembro de märZ dizendo q foi um puta show no Summer Breeze. Acredito
culpo a imprensa do metal nacional pela banda nunca ter pegado por aqui. Sempre o mesmo papo de “exbandadobaixistadoMetallica“. Ex-baixista. Há 24 anos. Ex-Flotsam&Jetsam há 38.
PS – de ex-baixista do Prong tb, mas nem Tommy Victor deve lembrar de todos os ex-baixistas do Prong ahahah
Eu me sentiria agraciado caso odiado por Quorthon. “Desagradecimento” em “TheReturnOftheDarknessAndEvil” (1985):
“No thank you to: Pink Cook, Mr. Big Bass, VV, Fish and Chips, TB asshole, all of you who never believed… piss on your corpse and dance on your grave!”
“Nenhuma nota fora do lugar”. Pensava isso o tempo todo.
Como penso isso do NewModelArmy desde sempre. As músicas são simples, dirão os guitarristas de YouTube. E fáceis de tocar, provavelmente bostejarão.
Até são, mas vai tocar igual.
Os caras dominam timbres e arranjos, coisa q muita banda consagrada ou estagnada (como o Amorphis) poderia aprender. Violão, violinos (de teclado), percussão adicional, microfonias e feedbacks propositais dando climas, teclados e backingvocals dão a assinatura insuspeita do NewModelArmy muitíssimo parecida ao vivo com as versões de estúdio.
Estavam aqui pra lançar disco novo, “Unbroken“, do qual tocaram 5 sons. De 19 totais. 9 outros sons foram os clássicos e mais conhecidos, tocados sem pau mole ou protocolarmente. O q incluiu o meu preferido, “I Love the World”, ao final.
Foi um puta show, e a resenha acaba aqui pra quem tem TDAH induzido ou foca só no essencial. Bora as divagações.
O Carioca estava lotado, o q me surpreendeu. Fiquei literalmente na última fileira possível, praticamente escorado na mesa de som, em q o técnico ficou remexendo em 3 opções de setlist, nenhuma das quais executada. Sei do amigo bonna q os viu domingo (Circo Voador, no Río), só não sei se repetiram o repertório.
O público era majoritariamente tiozão. As músicas são absolutamente atuais. “Here Comes the War” foi o ápice; JustinSullivan sanguíneo nela. “225”, continua um soco na cara, crônica absurda. As músicas novas me convenceram, sobretudo “First Summer After” e “Idumea”.
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Sullivan em alguns momentos tentou contextualizar coisa ou outra, ligar lé com cré, mas não precisava. E pareceu legitimamente tocado com a reação do público, sem precisar apelar pra frases feitas ou camisa da CBF no bis.
O discurso, o som (excelente) e a coerência do repertório mostraram uma banda zero nostálgica ou presa ao passado. Zero surpresa pra mim.
O baterista é sensacional, o mesmo das outras vezes, substituto do falecido Robert Heaton, e simplesmente dá o chão de tudo. Volume da bateria impecável na mixagem.
“Green And Grey” foi outro ponto alto, cantada em alto e bom som. “51st State” foi tocada melhor do q da outra vez em q eu os tinha visto (2015? 2016?). E cantamos um trecho errando nela ahahah “Wonderful Way to Go” é uma q tinha esquecido q existia, pancada.
No bis, baita sacada: Sullivan veio sozinho com guitarra, disse q não tinham trazido violinista e q teríamos q cantar a melodia em “Vagabonds”. Perfeito. Feito. Emendaram “The Hunt”, outra q me surpreendeu, comoveu geral e q nunca ouvi a original. E aí fecharam com “I Love the World”.
Pouco mais de 1h30min de show. Duma banda relevante, contundente e satisfatória como poucas.
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PS – sem bandas de abertura q “we never asked for any of this”
PS 2 – com preço bastante adequado: 200 lulas + kg de arroz não sulista