Meio um elo perdido entre Wayne & Garth, Bill & Ted, Beavis & Butthead e a idiotia Jackass. Um semi-hit, tvz mais hit nos EUA do q aqui: “Party Hard”. Parece q vive dessa nostalgia.
Meio q um abilolado fanfarrão e festeiro, menos boçal q o tal Kid Rock. Causou polêmica com a capa, por acharem q era algum cheirador; daí inventou q meteu um tijolo na fuça pra tirar foto. Tá certo.
Seria uma bobeira modista ou um adolescente tardio one hit wonder, não fosse a banda de apoio contar com Donald Tardy e Trevor Peres, respectivamente baterista e guitarrista do Obituary. Death metal raiz.
O q causa estranheza e alguma vontade de ouvir – meu caso – de vez em quando. A cada ano bissexto ou algo do tipo. Não combina, mas é legal. Dá pra ouvir, mas não virou clássico nem cult.
Daí fucei sobre o sujeito há pouco e surpresa: lançou outros discos (sem repercussão, tvz) e tem ganhado (alguma) notoriedade pelo noivado com Kat Jennings, atriz legalzinha, desbocada e proscrita em Hollywood.
Momento “visite nossa cozinha” no encarte de “Alien Love Secrets” (1995):
“The Venusian vocal on the intro to ‘Kill the Guy With the Ball’ was created on guitar with a whammy bar. Digitech whammy pedal, massive E.Q., the Eventide H 4000 Ultra Harmonizer and my left foot“.
Vontade recorrente (e contida) q tive ao longo do show e tb depois, na rua voltando ao metrô, era ficar vociferando “chupa, Zakk Wylde“ e “chupa, Dimebag”. Guitarrista de verdade é Tommy Victor.
Considerava sobre a injustiça do sujeito ñ ser enaltecido como deveria, mas ao mesmo tempo sobre minha vã empatia: o cara tá se lixando pra isso. E isso é foda.
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Contexto: o show estava agendado há meses pra quinta-feira 13, mas a organização quis tentar tirar proveito do feriado (conseguiram comigo: comprei na porta) pra ver se rolava mais público. E nem adianta falar q foi o show do U.D.O. rolando no Carioca ou o Popload Festival pra hipster no Clube Tietê, rolando no mesmo dia atrapalhando. Nem o Corinthians x Flamengo em Itaquera.
Ou o show do Nightwish (Unimed Hall, pra 8 mil presentes) no dia seguinte. Ou o Helloween baile da saudade de sábado antes. A real é q o show do Prong rendeu metade do Fabrique (ex-Clash Club). E se isso significou 200 pessoas, eram 200 FÃS DE VERDADE presentes.
Gente q nem foi pela nostalgia, mas por conhecer a obra da banda, fases noventista e recentes. Aliás, Victor e seus asseclas (ñ peguei nomes) estavam com sangue nos óio: o set-list colado ao palco – e do qual tirei foto – tinha duas páginas. 19 sons + uma intro.
E foram todas magistralmente executadas. Requinte de crueldade mesmo.
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E a comoção era genuína: galera cantando os sons, air guitar comendo solto, decibéis açoitados impiedosamente e à exaustão. (TUDO muito alto, mas definitdo). Fazia muito tempo q ñ saía SURDO dum show. Padrão de qualidade, oras.
E o público ñ tinha ninguém abaixo de 25 anos. O público comprou todas as poucas – e caras – camisetas de 120 reais. O público ñ teve do q reclamar.
E tenho impressão de q Victor ficou por ali mais um tempo, trocando idéia, tirando selfie, autografando a Rock Brigade véia q um tiozão portava embaixo do braço. Esbanjou simpatia: entrou e saiu do palco rindo e mascando chiclete.
Mandava beijinhos, estava claramente curtindo o evento. Show único em SP, duma turnê latino-americana visivelmente modesta. Do tamanho q a banda (ainda) tem. E tudo bem.
Rolou “Unconditional”? Logo, no 6º som. “Snap Your Fingers, Snap Your Neck”? Como ñ? Com direito a introdução alongada. Em “Beg to Differ”, 4º som, Victor dava de Tim Maia, pedindo retorno pro sujeito da mesa de som (daqui, ñ da banda), até se dar por satisfeito. Sem cuzice, zero estrelismo.
[ele era técnico de som ou porteiro no CBGB, né?]
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E foi aquele show q pra mim apontou duas possibilidades:
ou a banda vai começar a voltar direto (e poderia ser em Sesc), até cansar
ou a banda nunca mais volta e quem deixou de ir vai lamentar o resto da vida
Puta show.
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Set list: 1. Intro 2. “Test” 3. “Whose Fist Is It Anyway?” 4. “Disbelief” 5. “Beg to Differ” 6. “Lost & Found” 7. “Unconditional” 8. “Ultimate Autority” 9. “Cut-Rate” 10. “Rude Awakening” 11. “Broken Peace” 12. “Cut & Dry” 13. “Another Wordly Device” 14. “Snap Your Fingers, Snap Your Neck” 15. “However It May End” 16. “Revenge… Best Served Cold” 17. “Close the Door” 18. “Prove You Wrong” [bis] 19. “Third From the Sun”
PS – teve uma banda de abertura sem sal tb. Considero nos comentários, pra ñ gerar incômodos PS 2 – q legal um show começando e terminando cedo e na hora. 21h30min eu já estava em casa, vendo Corinthians x Flamengo. Com a tv no mudo.
Música nova, estrearam no Rock In Rio. “Pra irritar banger reaça”.
Tvz consigam, se os mesmos pararem de ouvir Nickelback escondido.
“Mizinfío é conservador E acusa uzôto daquilo Do que te dá mais sabor De fazer dichavado no sigilo
Bate forte no peito, sujeito homem, muito machão Quando chega na academia passa vontade no chuveirão Cada um cada um. Quebre o tabu, o butico e o barraco Quando mais gente gozando, menos gente enchendo o saco
HEADBOOMER O sucesso da Anitta te desanda HEADBOOMER Um absurdo que mulher tenha banda HEADBOOMER Pablo com camisa de banda tu não aguenta HEADBOOMER Acha que o Roque morreu lá nos anos noventa
Acha gesto nazista liberdade de expressão Mas Macumba e Hardcore não passa de lacração Apelido aumentativo (que medo!) Pipi vira Pimpão O roquista do Diabo (quem diria?) virou reaça cristão
O samba é mais roquenrou Que sua banda Dipi Porpôu O samba é mais roquenrou Que sua banda Dipi Porpôu O samba, samba, samba, samba, samba é mais roquenrou Que sua banda Dipi Porpôu
Diz que é polêmico e que fala o que quer Depois de samba e de funk o que mais odeia é mulher A não ser que lave sua sunga sempre freada de bosta Véio podre pica brocha (cha cha cha)
HEADBOOMER O sucesso da Anitta te desanda HEADBOOMER Um absurdo que mulher tenha banda HEADBOOMER Pablo com camisa de banda tu não aguenta HEADBOOMER Acha que o Roque morreu lá nos anos noventa
Essa eu ñ sabia até há 5 minutos: o logotipo do Darkthrone foi criado (forjado?) por Tomas Lindberg, do At the Gates, o q foi confirmado pelo próprio Lindberg em entrevista ao podcast MetalSucks em 2014.
Se pudesse perguntar, eu perguntaria se o sujeito fez por brodagem, ou se ganhou $$ ou um bode caolho morto e sodomizado pela “arte”.