nota: Continuação das resenhas brigadianas antigas escaneadas para debate. Esta aqui, memorável ñ só por se tratar do lendário e ainda ativo VB, mas por oferecer subsídio a uma pauta antiga do redator por aqui, q encontrou DUAS resenhas IGUAIS de discos DIFERENTES do Motörhead cometidas pelo sujeito. Longa folha pregressa de baboseiras.
Encarte de “Sacrifice” (1995), parte de Lemmy nos agradecimentos transcrita:
“Lemmy Sez: This is a very good album. Put it in your system and your girlfriend’s clothes fall off. Yes, friends, get a copy of a Proto-rich, stainless, eco-friendly, asbestos free, non-toxic, harmless to pots, sincere, re-cyclable, individually wrapped “SACRIFICE”, and hordes of huge naked women/men/goats will come round to your house and rub themselves all over you! In the nicest possible, non-role model, respectful way. One copy of stain-resistant “SACRIFICE” and you will increase your bust measurement by 2″ or your truss back. Good luck, and go and lie down, quick. V.C., B.A., D.M.T., BSA, P.M.R.C., L.A.M.F.”.
Este é um post vintage, pra pessoas como eu, que ainda compram dvd.
(se bem que, procurando, vai que tem pra baixar…)
É também uma dica de dvd praquele tipo de pessoa que acha que o Motörhead acabou no “Another Perfect Day”, há 29 anos… Tem gente assim na “mídia metálica”, vide Bento Araujo. Mas não apenas: a quem sabe que a horda de Lemmy ainda persevera no Evangelho, lançando álbuns a cada 18 meses, segue AINDA MAIS a dica. Deste bootleg, “Heart Of Stone”, desovado por estas bandas pelo selo Voice Music.
Que a capa não ajuda: fica parecendo desses muitos dvd’s encontráveis atualmente, piratas oficiais, de shows tirados de fitas de videocassete gravadas de transmissões de programas especiais ou transmissões de shows em tv’s européias, ou de sei lá onde. E a qualidade das imagens corrobora isso um tanto.
Por outro lado: o áudio é bastante razoável, e o material… pérolas da arqueologia motörhéadica. Duma formação, dita “clássica”, que, salvo engano, nunca teve registro em vídeo adequado.
Show principal, inteiro, da turnê do “Iron Fist”, no Canadá em 1982. Com o trio Lemmy/Animal Taylor/Fast Clarke simplesmente abrindo com “Overkill”; com o palco decorado pelo bombardeiro estilizado que vinha desde os tempos de – óbvio – “Bomber”. Sem nenhuma frescura: som após som, banda em ponto de cintos de bala, copiados pelo Destrúcho mais tarde. Com uma platéia completamente entregue.
Curiosamente, não tocaram “Iron Fist”. A não ser que não conste o show inteiro – parece haver alguma edição. Mas “America”, “Heart Of Stone” (oras…), “(Don’t Let ‘em) Grind You Down” e “(Don’t Need) Religion” constam do set. Nos extras, outro show, de 1980, em Nothingham, anterior ao “Ace Of Spades”, álbum, que a maior curiosidade pra mim é “Step Down”, com Fast Clarke cantando.
Não bastando, há extras, facilmente encontráveis no You Tube, mas reveladores do quão xaropes os caras eram: playback de “Bomber” no “Top Of the Pops” inglês, p.ex., conta com Animal Taylor na bateria de 2 bumbos à frente, usando chapéu panamá ahah
Constam também os famigerados playbacks de “Please Don’t Touch”, com Motörhead e Girlschool juntos, pra quem ainda achar que é pouco. E “The Hammer”, também dublada nalgum programa matinal a céu aberto, com apresentador usando terno, público nada a ver com nada (e umas sacolas plásticas nas mãos) e pratos de bateria cor azul piscina.
…
[originalmente postado no Exílio Rockem 15 de Julho de 2012]
*
* CATA PIOLHO CCXXVII – Jogo dos 7 Erros Videoclípico:
Existem os discos manjados, os consagrados e os de que já se “ouviu falar” do Motörhead. “Snake Bite Love”, de 1998, é provavelmente o álbum IGNORADO da banda.
Em parte por conter a capa menos ortodoxa de Joe Petagno. Em parte por não haver legado assim algum “hit“. E em parte por termos nele sons um tanto complexos: porra, é talvez o único álbum da horda cujos sons passam todos dos 3 minutos!!
Pra quem acha que todo álbum motörhéadico é sempre o mesmo (e bão), que tal a sepulturice percussiva (solo, vai) de Mikkey Dee em “Assassin”? O tijolo no queixo “Take the Blame”, não a 1ª nem a última música deles a escarrar nos políticos? O riff grudento de “Love For Sale”, de que mal se percebe os quase 5 minutos de duração?
A crueza de “Night Side” ou o quase AOR “Don’t Lie to Me”? Etc. A versão nacional ainda contém a ótima “Over Your Shoulder” (do “Sacrifice”), ao vivo, de brinde. Nem precisava.
Love For Sale
Dogs Of War
Snake Bite Love
Assassin
Take the Blame
Dead And Gone
Night Side
Don’t Lie to Me
Joy Of Labour
Desperate For You
Better Off Dead
…
[originalmente postado no Exílio Rock em 28 de Março de 2012]
Entendo quem desdenhe de “March Ör Die” por considerá-lo comercial em demasia, haja visto “Hellraiser” e “I Ain’t No Nice Guy” ainda serem os sons mais conhecidos. E é disco que parece conter alguma – compulsória? – reparação para com o maciço investimento (sem retorno em paradas de sucesso) que a Sony fez com o Motörhead no “1916” anterior.
Entretanto, a despeito dalguma acessibilidade também marcante na (ótima) versão de Ted Nugent (“Cat Scratch Fever”) e na hoochie coochiana “You Better Run” (anos mais tarde presente em trilha sonora do longa do Bob Esponja), tenho que os demais sons não foram devidamente apreciados.
Que o digam “Bad Religion”, onde Lemmy cospe em Deus – num outro Deus – e também no Diabo, e “Jack the Ripper”, hard rocks com culhão, razoável duração e trampo denso de duas guitarras, ou a positivista “Stand” que inicia o petardo (superior a muito livrinho de auto-ajuda por aí), ou ainda as “na cara” “Name In Vain” e “Too Good to Be True”.
Ah, mas é álbum lento. Sim. Penso que, fora pela vocação mais acessível da safra, também pela mudança baterística à época, resultante em Animal Taylor melancolicamente gravando seu último som com a horda (“I Ain’t No Nice Guy”, de participações a mim identicamente macambúzias de Slash e Ozzy), seu substituto Mikkey Dee ter estreado também num único outro (“Hellraiser”) e Tommy Aldridge, músico de estúdio e ex-tudo quanto é banda, ter gravado os outros.
Ah, mas a faixa-título, aparente continuação da faixa-título anterior (“1916”) não chega aos pés daquela. Questão de gosto, pra mim também não. Além disso, a capa nem é grande coisa, mas tudo bem.
Ouso dizer que “March Ör Die” talvez seja o disco que o ZZ Top jamais fez ou fará. Pior pros texanos. Não o considero o pior do Motörhead, como algumas pessoas apressadamente cravam – “Another Perfect Day” ainda me soa o “menos inspirado” – e me soa recomendação certeira de álbum para ser ouvido nalgum salão de snooker cheirando a cerveja e cigarro.
Stand
Cat Scratch Fever
Bad Religion
Jack the Ripper
I Ain’t No Nice Guy
Hellraiser
Asylum Choir
Too Good to Be True
You Better Run
Name In Vain
March Ör Die
…
[originalmente postado no Exílio Rock em 3 de Abril de 2012]
Meu apreço por “Rock’n’Roll” é também afetivo: meu 1º cachê tocando em banda, há uns 17 ou 18 anos, foi canalizado nele. Comprado na Pop’s, loja na Teodoro Sampaio, ainda em vinil.
Minha 1ª audição, à época, foi idêntica à mais recente, por ocasião de pauta motörhéadica no Thrash Com H: acabou, pus de novo. O mesmo vinil, que ainda tenho. Sem pensar nem me arrepender.
Álbum cuja turnê foi o da 1ª visita da banda ao Brasil (1988), levemente lembrado por “Eat the Rich”, que nos tempos de Fúria Metal até teve razoável exposição, contém repertório que o Motörhead há muitos anos já não vem tocando – exceção a “Cradle to the Grave”, lado b do single do hit citado, na turnê do “Motörizer”.
Não consigo entender por que catso. A faixa-título é apenas o brado mais inflamado sobre o estilo, que Lemmy ainda não conseguiu replicar (nem precisaria); “Stone Deaf In the USA” de certo modo rascunha “Going to Brazil” e “Angel City” (do “1916” à frente), ao conter declaração de amor de Deus pela Los Angeles onde foi morar.
“All For You” tem alguma garota cantando junto, que jamais consegui saber quem: nem encarte esclarece, tampouco fórum de fã onde fui perguntar. “Traitor”, é genial e toscamente simplória. Gruda. “The Wolf” e “Dogs” exalam a crueza que no álbum abunda, resultado também da volta do Animal Taylor pro time.
Resultando num álbum que penso SER o que o muitíssimo mal gravado e mal produzido anterior, “Orgasmatron”, jamais conseguiu: curto e grosso. Abrasivo. Rude.
Rock’n’Roll
Eat the Rich
Blackheart
Stone Deaf In the USA
The Wolf
Traitor
Dogs
All For You
Boogeyman
…
[originalmente postado no Exílio Rock em 21 de Março de 2012]
Lista dos sons (14!) pra quem quiser melhor se localizar:
1. “Heartbreaker” 2. “Coup De Grace” 3. “Lost Woman Blues” 4. “End Of Time” 5. “Do You Believe” 6. “Death Machine” 7. “Dust And Glass” 8. “Going to Mexico” 9. “Silence When You Speak to Me” 10. “Crying Shame” 11. “Queen Of the Damned” 12. “Knife” 13. “Keep Your Powder Dry” 14. “Paralyzed”
Por ora, após uma única audição com áudio bosta de computador, 5 sons me chamaram atenção: “Heartbreaker”, “Lost Woman Blues”, “Going to Mexico”, “Queen Of the Damned” (única realmente na veia tradicional) e “Paralyzed”. Parece caso de ser ouvido seguidamente, até ir decantando e alguns detalhes – acústicos, solos – irem se assentando nas idéias.
Tb ñ me recordo do último álbum motörhéadico em q o baixo se destacasse tanto. Trampo de Mikkey Dee aparentemente burocrático. Sem puxar, entanto, o freio de mão escancaradamente. Inspiração Alice In Chains em “Silence When You Speak to Me” bem apontada por amigo Those no Facebook. Sons todos em andamentos seguros pra Lemmy güentar ao vivo. Por mais q só toquem 2 ou 3 sons de álbuns novos, no máximo.
Tb me ocorre q listar entre 10 melhores do ano – blasfemicamente falando – tvz ñ seja bem o caso. Ou então ñ entre os 5 primeiros. Sei lá. Faltam ainda as letras. Falta ainda sair o físico, provavelmente sexta.
Até há nem muito tempo, Lemmy se ufanava do Motörhead lançar álbum novo a cada 18 meses e sair em turnê.
“The Wörld Is Yours” (de 2010) levou um pouco mais de tempo em relação ao “Motörizer”.
E eu já vinha estranhando 2012 ter passado batido.
Bem, já vão anunciando álbum novo – e não será de cover – pra este ano, batizado “Aftershock”.
E o panorama é sombrio: divulgaram q recentemente Lemmy passou por alguma cirurgia cardíaca…
Dum tal João Paulo Andrade, traduzindo pro whiplash do site gringo boca mole:
Uma vida movida a drogas, Jack Daniel’s com Coca-Cola e Marlboro cobra seu preço mesmo de um dos sujeitos com a lendária saúde mais forte do showbizz. A última edição da revista inglesa Classic Rock revelou que Lemmy Kilmister, o frontman do MOTÖRHEAD, recentemente sofreu cirurgia para implantar um defibrilador em seu peito, para ajudar seu coração a bater normalmente, depois de passar por “problemas cardíacos”.
Eu sabia q todo o mimimi pra cima de pirataria e mp3 acabaria quando começaram a anunciar automóveis na tv equipados com som “com cd e mp3”: adquira o know-how do inimigo e tente prosperar às custas dele, parece ser a moral da estória.
Só ñ precisavam apelar tanto. Como assim?
Coisa incrível: com a vinda do Motörhead ao Rock In Rio In Rio, surgiram opções de dvd’s da banda em quantidades jamais vistas. Pelo menos no q eu tenha visto, 5 títulos “novos” disponíveis: um ao vivo no Rock In Rio Lisboa, outro aparentemente de apresentação em tv alemã – ambos PARECENDO minimamente oficiais (SEI q ñ são) – mas tb uns tais “The Early Years”, “The Birthday Party” e “Live At Rock Am Ring – Germany 2004”. TODOS PIRATAS.
“The Birthday Party” já é bem conhecido de fãs (é show da turnê “Orgasmatron”, comemorando 10 anos de banda. Participação de Wendy O Williams, e tal) e tem sua versão oficial PIRATA disponível – até em bancas de jornal – já faz tempo. Mas agora tem capa toscamente diferente, contando com logo pela metade do “Stage Fright” (dvd oficial), apenas com um “m” da banda no lugar das caveiras. E q eu comprei por conta de nunca tê-lo tido.
E sabendo do q se tratava, já q é produto destinado a ENGANAR os incautos, iniciantes ou distraídos, q podem acabar pensando ser algum show de 2005, caso ñ conheçam título do show antigo ou passem batido pelos nomes dos sons – setentistas e oitentistas – na contracapa. Ou caso se deixem enganar pela foto da banda contida no menu, do encarte do “Motörizer” (2008).
(ñ encontrei a capinha horrenda pra colar aqui. Mas o fato de ser duma certa Rhythm & Blues Records e licenciado por “Rocha Produções” já diz muito)
++++
O “Live At Rock Am Ring – Germany 2004” comprei ontem SABENDO se tratar dum dvd q eu já tinha. Pirata de fato – toscamente copiado – q comprei na Galeria há uns 2 anos, por 10 contos. E com capa diferente, claramente de dvd pirata, ñ essa porqueira acima, de colagem imunda da capa do “March Ör Die”. Aquisição tal por ingênua expectativa de q som e imagem neste fossem melhores, já q o áudio desse meu é bem ruinzinho (volume 30 na tv ñ dá conta)…
Resultado: o som é bem melhor, mas a imagem é PIOR.
Dvd copiado de dvd, ou como “The Birthday Party”, copiado na cara-de-pau dalgum vhs! Pra piorar, a desinformação e o menu nojentos: nomes de músicas com créditos errados – “God Save the Queen”, cover do Sex Pistols, vem creditada ao Brian May (!!!), enquanto “Civil War” teria como co-autor um certo Magnus Anders (QUEM??) – e no menu ñ se consegue acessar “Going to Brazil” (dada como “Brazil” no mesmo) separadamente, já q em o fazendo, caímos no final de “Damage Case”, sei lá pq bipartida em duas faixas.
Há um som creditado no menu, “Suicide”, q bem q se poderia considerar ser o do “Inferno”. Caso a tivessem tocado antes de gravar o disco, pra experimentar. Nada: em clicando, caímos no solo de bateria do Mikkey Dee na tb bipartida “Sacrifice”. Pff!
O pior é eu tê-lo comprado LACRADO na SARAIVA. R$ 19,90. Jam Record. “Sob licença de Media Produções”. E o mais bizarro, coroando: aviso de “Denuncie a Pirataria”, na contracapa. Acho q vou mandar o email pra [email protected] Fuja, se vc ñ for muito fã!!
++++
Já esse “The Early Years”, nem fui atrás. Tem na Saraiva tb. Num digipack horrendo: o Snagletooth todo escuro, tosco, num fundo escuro. O nome de Deus escrito errado na contracapa: “Lemmy Kilminster”, ou coisa do tipo. E tb a descrição molóide no site da Saraiva…
Neste DVD, os “papais” do trash metal continuam em plena forma e fazem um show inesquecível, interpretando com muita energia grandes sucessos como:Ace of Spades, Overkill, No Clas, We Are Motorhead, entre outros mais.
…q ñ bate com o repertório, q inclui sons noventistas. Produto engana-trouxa de novo.
Bah!!
Tem mais coisas, de outras tantas bandas, disponíveis nas lojas de nível (ñ é nenhuma banquinha de camelô pagodeiro). Sobretudo umas tranqueiras dum certo selo Coqueiro Verde – pff! – e um do Iron Maiden em Donnington (“1992” marcado pequenininho na capa, turnê do “Fear Of the Dark”), q recentemente comprei sabendo de q se tratava (dvd copiado de vhs descaradamente), ao invés da capa q aludia à formação sexteto atual.
Pois eis q, numa revelação com delay, fico sabendo da volta Dele aos primórdios pré-Evängelho, nalgum culto em 2004, na Finlândia, terra gelada mas jamais, jamais, jamais por Ele esquecida: