Pauta trimestral nova, de nome ruim. Visa elencar faixas subestimadas e fodas (“bestiais”, hum?) de discografias completas.
Ñ necessariamente faixas injustiçadas, às vezes pérolas ocultas, mas q parecem passar batido e tvz mereçam uma ouvida. Focando discos de estúdio.
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Bora estrear com os favoritos
“Rush” – “Here Again” “Fly By Night” – “Best I Can” “Caress Of Steel” – acho q ñ tem “2112” – “Something For Nothing”
“A Farewell to Kings” – “A Farewell to Kings” “Hemispheres” – sem faixas suficientes pra subestimada “Permanent Waves” – “Entre Nous” “Moving Pictures” – “The Camera Eye”
“Signals” – “Chemistry” “Grace Under Pressure” – “Afterimage” “Power Windows” – “Emotion Detector” “Hold Your Fire” – “Prime Mover”
“Presto” – “Chain Lightning” “Roll the Bones” – vai lá “You Bet Your Life” “Counterparts” – “Everyday Glory” “Test For Echo” – “Time And Motion”
“Vapor Trails” – “Ceiling Unlimited” “Feedback” – “Summertime Blues” “Snakes & Arrows” – “Spindrift” “Clockwork Angels” – ñ ouvi o suficiente ainda pra sacar
Tinha ouvido, por alto, e ñ curtido “The Hope Six Demolition Project”, até então o último álbum lançado por PJ Harvey, em 2016. Achei meio world music e “evoluído demais”.
Sou órfão do início de carreira blues sujo da moça. Nem comprei.
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Em 2018 trouxe de viagem “The Hollow Of the Hand”, co-escrito com um jornalista tb inglês, Seamus Murphy. Legal, letras de músicas e poesias feitas em viagem jornalística dos dois em áreas de conflito pelos cafundós do mundo.
Tipo lá onde o Judas perdeu… o KK Downing ahahah
Mas ñ tinha ligado uma obra a outra.
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Anteontem, fuçando na “xêpa do Now”, me deparo com o documentário híbrido “A Dog Called Money” (de 2019), q nunca tinha ouvido falar e junta ambas as coisas. Polly Jean era multimídia e eu ñ soube.
Mistura imagens documentais dela no Afeganistão, no Paquistão, no Kosovo, na fronteira entre Macedônia e Grécia (onde flagrou um empurra-empurra de refugiados da primeira à segunda) e na parte pobre e negra de Washington D.C., nos EUA. Interagindo musicalmente e pouco fazendo juízos. Apenas registrando.
Temática geral: pobreza, abandono, religião consolando/manipulando e os EUA cagando em tudo. O q inclui imagens de tropas estadunidenses ostensivamente armadas pelas ruas (os afegãos nem estranham) e dum drone-dirigível pairando q enviaria relatórios diários de Cabul ao Pentágono.
Ao mesmo tempo, e intercalado, é um documentário sobre a composição e gravação do disco citado, acessível ao público (q assistia do lado de fora dum estúdio construído pra essa mesma voyeur finalidade, em Londres), com direito a requintes de PJ e sua banda + produtor (todos homens) incorporando – ops! – cânticos rituais afegãos e côro gospel estadunidense às músicas inspiradas no rolê.
Recomendo demais. Ainda q incialmente pareça demasiado eurocêntrico – palavra da ordem do dia – ou predatório à Paul Simon indo tocar com o Olodum pra repaginar a carreira. Ñ vi desse modo, mas é q sou fã e tvz esteja passando pano.
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De todo modo, um tapa na cara pra quem “ora pela Ucrânia” bovina e binariamente em correntes de WhatsApp e simplesmente – como aqueles jornalistas europeus racistas compilados (alguém aqui ñ viu?) – caga e anda pra Sudão, Armênia, Afeganistão, América Latina, Palestina e Oriente Médio. Submundo (“países em desenvolvimento” de ânus é nome de pomba) com guerras a toda hora, q ninguém liga.
Cereja do bolo? Isentão comentando num dos sons lá no YouTube q PJ Harvey “devia parar de fazer músicas políticas”. Tá certo. Alguém teve a manha de perguntar “e por quê?”.
Pra esse ser responder algo como “ñ é todo fã dela q curte essas paradas”. Aham. Pau no cu de quem “só curte som pelo som” e q considera bom gosto só o próprio gosto.
Repostei ainda hoje no Instagram, o q certamente postei há muito tempo aqui no blog: o Mosh foi uma breve banda de thrash cadenciado (ñ grooveado) e nome ruim, capitaneada pelo casal Betão Silecci (baterista, com passagens por Korzus e Ratos de Porão) e Rosanna Riberti (vocalista). Anos 90.
Lançaram um único disco, “Private Place” (1997), pelo sub-selo Primal (q tb lançou Dr. Sin e Anjo dos Becos), do efêmero selo Velas. E tiveram o clipe de “The Scene” – vide acima – em magra rotação no Fúria Metal Mtv.
Ñ acho q foi o melhor som (uma balada) pra fazer o clipe e divulgar. Outros sons legais foram “Behind Locks And Bars” e “H.T.K.”. Quanto ao disco, recomendo uma audição, pelo menos.
E eu achava Rosanna bem mais… interessante… q a Syang, ainda ñ subcelebridade erótica nem bolsonea, q à época militava no insípido P.U.S..
Lista abrangente de últimos sons num álbum. Sons ruins ou fracos (ñ combinando com o todo) ou esquisitos, destoando do todo. E geralmente num álbum forte.
Ordem decrescente de álbuns mesclada ao grau de “nada a ver” do som em questão.
“Depression Unrest”, Kreator [“Renewal”]
“The Thin Line Between Love & Hate”, Iron Maiden [“Brave New World”]
“Clenched Fist”, Sepultura [“Chaos A.D.”]
“Infinite Misery”, Cannibal Corpse [“Kill”]
“Rocket Queen”, Guns N’Roses [“Appetite For Destruction”]
“Coma”, Guns N’Roses [“Use Your Illusion”]
“Mind Control”, Slayer [“Divine Intervention”]
“The Last Vigil”, Meshuggah [“Koloss”]
“Dear Lord”, Thin Lizzy [“Bad Reputation”]
“Pristina”, Faith No More [“Album Of the Year”]
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ADENDO: Dolly Parton – aliás, antivax – recusando indicação ao Rock’n’Roll Hall Of Fame. Afinal, como ela mesma justificou, ñ faz nem nunca fez rock.