30 ANOS DEPOIS…
… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
RANKING DE BANDAS Q LEVAM ORQUESTRA NO NOME:
10 MELHORES BANDAS Q CONHECI ATRAVÉS DA ROCK BRIGADE:
PS – a “promo de aniversário” ainda ñ teve vencedor(es). 2ª rodada das charadas continua insolúvel. E ae?
PS 2 – no post sobre “Perfect Strangers”, logo abaixo, postei resenha whipláshica sobre a lamentável e decadente apresentação cometida pelo Deep Purple em Brasília semana passada. Procon é pouco.
Post a pedidos. Sobre ranquear discos extremos preferidos:
OS 10 MELHORES ÁLBUNS EXTREMOS PRA MIM:
bônus tremas em a’s: “Abducted”, Hypocrisy – q acho muito foda, mesmo ñ gostando inteiro
* S.U.P. reprisado por aqui em jan/11
+ resenhados neste blog quando era do Terra
Originalmente postado em 3 de Setembro de 2004.
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“Not to Be Undimensional Conscious”, Disharmonic Orchestra, 1992, Nuclear Blast/Rock Brigade/Devil Discos
sons: PERISHING PASSION / A MENTAL SEQUENCE / ADDICTED SEAS WITH MISSING PLEASURES * / THE RETURN OF THE LIVING BEAT / GROOVE */ IDIOSYNCRASY / LIKE MADNESS FROM ABOVE * / TIME FRAME */ MIND SEDUCTION
formação: Martin M. (Martin Messner, drums), Patrick K. (Patrick Klopf, guitar/voice), Herwig Z. (Herwig Zamernik, bass)
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Puta disco doido.
Aproximações possíveis, porém ñ tão plausíveis, e insatisfatórias:
1) imagine o Primus fazendo death metal;
2) disco de deathão psicodélico (ñ só improvável, como incompatível. Se bem q ‘death metal melódico’ era inimaginável 10 anos atrás…);
3) disco de death jazz metal (q faria algum jus a Frank Zappa e seu “Jazz From Hell”)…
Tentemos aproximações mais verossímeis: por q Primus? Pq abundam solos de baixo ao longo do disco, e o q é “pior”: alguns bastante arrojados, apropriados e interessantes (em “Time Frame” e “A Mental Sequence”), ñ tão fusion [chatos] nem assim punheteiros. O tal Herwig domina a cena!
Mais q a guitarra, por sinal. E bem mais q o vocal, ponto fraco da banda e do disco. Por ser aquele vocal urso reto, cheio de efeito, quadrado e nada chamativo. Letras aqui são secundárias, até terciárias. Nem importam.
“Not to Be Undimensional Conscious” é único em sua proposta. É pesado e experimental, é death metal, mas é complicado e original. É bem tocado, mas ñ virtuoso. (A comparação com o Death, feita pelo all music, procede pero no mucho: a pegada e as intenções aqui são outras). E, pelo jeito, levou o mesmo fim q o Treponem Pal, em seu auto-intitulado disco de estréia [S.U.P. dez/03] por aqui o Disharmonic Orchestra: foi lançado apenas esse disco deles – e em vinil – em versão nacional, q provavelmente vendeu pouco, e nada mais se lançou deles por aqui.
Parece q um pouco é tb culpa deles. Pouco produtivos, lançaram só outros 3 discos, desde um split inicial com o Pungent Stench (outros austríacos bissextos tais quais) e fora este, desde 1990: “Expositionprophylaxe” (90), “Pleasuredome” (94) e “Ahead” (de 2002). Visitei o site desatualizadíssimo dos caras – www.disharmonic.com – e tinha lá fotos de show em 2002, descrito como o 1º deles em 8 anos (!!), assim como informação deste ano de q estão com 6 pedaços de músicas novas pra acabar de compor e lançar.
É um disco antológico e q recomendo muitíssimo tb por conta de sua CLÁSSICA foto de contracapa: estão lá os 3 fulanos com uma das fotos mais legais q já vi duma banda extrema. Na onda de tirar sarro com os from hell-pagãos-malvados-pintados, posaram fazendo caras e bocas de espanto em meio a bichos de pelúcia. Ñ tem como se ofender: só rachando o bico!
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O som: grooves de bateria predominantes q parecem os exercícios q faço pra ganhar velocidade no dw (sobretudo nos 1os. sons); ñ rolam viradas, mas é bem feitinho, e repleto de quebradas, conduções jazzísticas discretas e contra-tempos. “Perishing Passion”, um deathão feliz (!!), tem momentos q lembra um ska-metal! A guitarra vai junto, sem nada demais (ñ tem nem solos de guitarra nas músicas), apenas oferecendo o esporro necessário e a distorção indispensável. O q deixou o caminho livre pro baixista deitar e rolar.
Os 3 primeiros sons, diferentes, são ‘ame ou odeie’. Eu curto, mas tive q ouvir bastante pra acostumar. “The Return Of Living Beat” é a única dispensável: vem na mesma linha das anteriores, mas dá uma quebrada a la “Bring the Noise” e entra uma batida rap – ñ eletrônica – e uns scratches… (ñ precisavam chutar TANTO assim o balde…).
A partir da “Groove” as coisas ficam um pouco mais familiares; tb pq a guitarra aparece mais e diminui um tanto a ironia. Poucas passagens assim brilhantes (o riffão da própria “Groove”, no meio, eu ainda ñ saquei se é guitarra ou baixo), insisto, mas a pegada já é mais legal. Quebradeira continua, mas com seqüências de compassos levemente mais retas. Blasting beats tb aparecem (“Idiossincrasy” e em “Mind Seduction”, q contém aquelas palhetadas-Slayer típicas). Inserções discretas de teclado tb são interessantes: uma introdução até extensa e progressiva em “Time Frame”, e um clima meio aquático na “Perishing Passion”. O início de “Adicted Seas With Missing Pleasure” é piano e o baixo, coerentes, dando clima.
Falava das letras – e vocais – serem terciários. São mesmo. Algumas parecem algo poéticas e abstratas (“Perishing Passion”, “Addicted Seas…”, e em “Like Madness From Above”, q é pra mim a melhor fora “Groove”), outras oferecem imagem surreais (“following a biscuit to its empire”, em “The Return of a Living Beat”; “Groove” tb – chega a mencionar baleias e plâncton), mas a maior parte parece mesmo coisa de q ñ saca muito inglês, e resolveu se virar como pôde, e até tirar sarro da limitação, e dalguns clichês metálicos (como em “A Mental Sequence”).
E o melhor da estória toda – se ainda ñ consegui atiçar a curiosidade de ninguém – é q existem alguns vinis ainda à venda lá na Devil Discos, na Galeria. Custando R$ 5. Eu mesmo comprei, pq tinha gravado em fita, q já tava gasta. Recomendo ainda mais pra quem curte Vintersorg, Dragonlord ou o Death com o Steve DiGiorgio (q toca/tocou, aliás, nos 3).
Alguns caminhos diferentes foram traçados em “Not to Be Undimensional Conscious”: se vc é alguém se vê enjoado de certas fórmulas e/ou repetições, vale aqui uma escutada, nem q seja pra me dizer depois q andei falando merda, e q o Disharmonic Orchestra é ruim. Pergunta: e dá pra ser mais medíocre q o Hammerfraco? Acho difícil.
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PS – recentemente (em dezembro último) cometi post intitulado “Genial” sobre a contracapa deste álbum no www.exiliorock.com.br/blog
PS 2 – a Devil Discos ñ existe mais. Virou loja de roupinhas e maquiagens pra emos
MELHORES DISCOS INICIADOS EM ‘N’:
1. “Nem Polícia Nem Bandido”, Golpe De Estado
2. “No Prayer For the Dying”, Iron Maiden *
3. “1916”, Motörhead
4. “Nemesis”, Grip Inc. *
5. “Never, Neverland”, Annihilator
6. “Need to Control”, Brutal Truth
7. “No More Color”, Coroner
8. “Never Apologise, Never Explain”, Therapy?
9. “Not to Be Undimensional Conscious”, Disharmonic Orchestra *
10. “Necroticism: Descanting the Insalubrious”, Carcass
* álbuns resenhados neste mesmíssimo blog, mas de outrora
RANKING DOS MELHORES NÃO-DISCOS:
1) “No Prayer For the Dying”, Iron Maiden *
2) “No Sleep ‘Till Hammersmith”, Motörhead
3) “No Remorse”, Motörhead
4) “No More Colour”, Coroner
5) “Not to Be Undimensional Conscious”, Disharmonic Orchestra *
6) “No More Tears”, Ozzy Osbourne *
7) “No World Order!”, Gamma Ray
8) “No Way”, Vodu
9) “No Place For Disgrace”, Flotsam & Jetsam
10) “Once Was Not”, Cryptopsy
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* álbuns resenhados outrora, ñ neste blog, mas no “outro”…