GENE HOGLAN FALA E EU ESCUTO

Gene Hoglan dispensa apresentações. Tanto q parto pros finalmentes.

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Trechos de entrevista de uma página e meia concedida por ele a seu roadie (!) brasuca publicada na recente Batera & Percussão (# 144):

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É verdade que você começou como técnico do Slayer?
Quando eu tinha 16 anos, eu sabia fazer luzes bem bacanas e de um modo bem feito, mas eu não sabia que, nas turnês, eu tinha que carregar equipamentos! Os clubes em que tocávamos na época não tinham ninguém. Você chegava, montava o equipamento, ficava de olho em tudo até a hora do show, desmontava e empacotava tudo. Não existia o profissionalismo dos dias de hoje.
……..O que aconteceu foi que eu já tocava bateria, tanto que o Dave (Lombardo) pediu para que eu desse algumas aulas de 2 bumbos para ele, pois o cara não conseguia manter uma velocidade rápida por muito tempo. Ele tinha começado a tocar com 2 bumbos alguns meses antes, e eu estava lá, dando dicas para o Dave Lombardo! E eu nem tinha uma bateria com 2 bumbos ainda! Por alguma razão, todas essas coisas de 2 bumbos sempre foi algo natural para mim.
……..Foi quando percebi que meu lugar era tocando bateria, não fazendo luzes ao vivo. Nunca fui um técnico de luz, um
designer. Eu era simplesmente o cara que fazia a luz nos shows do Slayer. Depois, quando me tornei o cara que tocava bateria para o Dark Angel, me senti mais natural (risos).

Quais foram as suas maiores influências como baterista?
Neil Peart foi uma grande influência no início, quando tocava “bateria imaginária” junto com as músicas do Rush. Foi um período em que aprendi muito, mesmo sem ter uma bateria de verdade. Terry Bozzio, Rob Reiner (do Anvil) e Rob Hunter (do Raven) foram grandes influências em matéria de 2 bumbos, bem como o Cozy Powell. Depois, comecei a estudar caras como Sunny Emmery, Steve Gadd e, logicamente, Deen Castronovo. Esses foram os caras de quem tirei alguns “truques” para colocar em meu próprio estilo, que contribuíram bastante para minha formação como baterista.

(…)

E aí, após trecho em q confessa estar com “oito a dez bandas ativas no momento” – o q inclui o Fear Factory, Dethklok, Meldrum, Pitch Black Forecast, Mechanism, Tenet, Zimmers Hole e The Key Whole Nation, entre pelo menos outras duas de q ñ conseguiu se lembrar – mais pergunta:

Como você administra o seu tempo para estar em tantas bandas ao mesmo tempo e ainda fazer um trabalho fenomenal em todas elas?
Cara, você chega à conclusão que tem que abrir mão de todo seu tempo pessoal, mesmo coisas simples como checar
emails, postar alguma coisa no MySpace, conversar ao telefone com os amigos. Às vezes, recebo cd’s de bandas das quais faço parte para checar uma mixagem, para dar a minha opinião de como estão as coisas, e fico com o disco por duas ou 3 semanas sem ter a chance de sentar e ouví-los.

O que você estuda e como o faz?
Nunca pratico ou estudo bateria. Pratiquei por algumas semanas em 2006, mas, fora isso, nunca sentei para praticar ou estudar desde 1985, pois estou sempre trabalhando com bandas ou ensaiando. Acabo fazendo disso o meu estudo. Uso isso para a prática física. Na verdade, em minha cabeça sempre há algum
riff tocando e eu utilizo muito a visualização. Por exemplo: ouço no meu carro as músicas que estaremos trabalhando e, em minha cabeça, consigo me ver tocando do jeito que quero. Se eu consigo me imaginar tocando, então consigo tocar. A visualização realmente me ajuda muito.

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Pra quem PODE, ñ pra quem quer!…

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