KORPIKLAANI

Show legal no domingo à noite. Lugar legal tb, com a condição alvissareira – e q parece já ter tornada COSTUME – de algumas casas de terminarem as coisas antes da meia-noite: perfeito pra se ir e voltar de metrô e busão.

E aquele show q me fez me sentir BURRO, BURRO: ñ imaginava o Korpiklaani ter tanto fã, como fiquei sabendo ali no Clash Club in loco, nem q há toda uma “cena” de bandas folk metal. Com todo mundo curtindo, a sério.

(cito “a  sério” pq meu gostar do Korpiklaani sempre foi meio na brincadeira: ver uns vídeos toscos, pegar um cd q ouço de quando em vez pra espairecer, dar risada etc.)

E “a sério” a ponto de se ver por ali gente com o rosto pintado (como o da banda, nalgumas fotos de divulgação), gente vestida a caráter (com aquele tipo de malha branca medieval, sei lá como chama esse troço) e sacar toda uma ansiedade no ar enquanto os branquelos ñ entravam.

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Fiquei conhecendo tb o tal Skiltron, argentinos, q mandaram bem – grosseiramente falando, me soou um Skyclad mais alegre e power metal, e com um gaitista de fole ao invés de violino – e, surpresa, a galera presente, fora curtir, tb cantava os sons dos caras. Em inglês. A banda q abriu a abertura, o tal Skaldicsoul, brasucas, ñ vi, pq fiquei papeando do lado de fora com camarada da Paranoid Records – q me inteirou do Overkill ter ESTRUMBADO o lugar 2 dias antes – mas fiquei sabendo q causou comoção com cover de Iron Maiden.

Qual cover eu sei lá.

Detalhe outro do público, o qual rogo uma prece: q Odin abençoe os finlandeses por terem trazido as MULHERES aos shows de heavy metal! Ñ o falo pra causar encrenca com a patroa (tá, benhê?), mas por achar bem legal casais – muitos – e muita mulher em show de metal. Por causa deles, sim.

Sou de época de só homem nos lugares, e todo mundo posando de malvado. E de mulher, quando havia, posando de malvada e portando o “kit” espinha na cara + bracelete (ugh!).

Tomara q, daqui uns 10 ou 20 anos, a turma retrô – a surgir desfilando curtindo só bandas noventistas e 00’s – tb o faça arrumando mulher pra ir em show, coisa e tal.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=UclcSkytM9M [/youtube]

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E meu depoimento sobre o Korpiklaani nem poderia ser negativo: o som estava bão (bateria bem alta, bumbos batendo no peito), os caras foram tocando sons “a pedido”, e o q eu vi foi uma tremenda CELEBRAÇÃO e comunhão banda-público. Quem é realmente fã acabou justificando as orkutices de “melhor show da vida” e isso tudo.

Ñ cito nomes, por ñ o saber (e deu preguiça de ir procurá-los certos), mas dá pra dizer assim: tirando o vocal, um Max Cavalera branquelo (toca guitarra tanto quanto ele) e de dread e o baterista com cara de bebum gente boa, a banda pouco interage. São finlandeses, ora!

O 2º guitarrista, Cane ñ sei o quê, lembrava uma versão magra do vocal do Tankard, e a razão de ter duas guitarras na banda só deve ser a de dar PESO, já q solos inexistem, tampouco trampo harmônico. O último som o vocal cantou sem tocar, e ficou tudo bem. O baixista tiozão (seria pai de alguém da banda?) com cara de Mestre dos Magos, parece o melhor tecnicamente falando; e interagia com o “Max cover”. Já o sanfoneiro e o violinista (de camiseta do Tankard) são os típicos finlandeses: nenhuma expressão facial – de agrado, nem de desagrado – com o 2º, pra mim, ganhando em truzice dos inexpressivos-mor Tony Martin, Derrick Green e Blaze Bayley ahah

Falando sério: esses 3, perto desse cara, são o Jim Carey fazendo careta adoidado. E claro q no fim o sujeito até reverenciou o público, satisfeito e exibindo algum ESBOÇO DE SORRISO. Mas sorriso a la Sheldon Cooper (“The Big Bang Theory”).

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=naO4DNZE4CU&feature=related [/youtube]

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De qualquer modo, o público estava lá pra se satisfazer e a banda o fez com sobras. Dando impressão de terem tocado mais do q habitualmente fazem e visitando até álbuns mais antigos. Abriram show com “Vodka”, tocaram “Wooden Prints” a pedido (pra mim, a melhor), “Happy Little Boozer”, e assim foram: no bis rolou “Let’s Drink” (do “Tervaskanto”, o único cd q tenho deles) e o hit “Beer, Beer” enquanto catarse final e total.

Rodas rolaram – ops! – a torto e a direito, com um ineditismo (pra mim): até as mulheres participando. No fim, vi garota só de sutiã por conta do calor e suor. E sem ninguém faltar o respeito, nem nada do tipo.

Estava mais cheio q o Nile – embora a casa seja menor q o Santana Hall – e foi mais de uma hora e meia de som. Parece q prometeram voltar, e eu ñ duvido, apesar de ter ficado nítido o sofrimento dos caras em meio ao CALOR. Bem legal. em suma.

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E a ser lembrado por mim, pra dar de true daqui 10 anos do seguinte modo:

Quando daqui 10 anos o paradigma do metal underground for o polka metal húngaro, búlgaro e polonês, me verei em rodinha de gente (mais) velha (ainda) recordando o passado. E recordando dos tempos em q predominava o metal escandinavo, com bandas black, bandas pó-pó-pó, bandas folk, e tal.

Algum interlocutor falará: “ah, é, folk metal do Turisas, do Fintroll, do Ensiferum, do Korpiklaani. Q ouvi falar q tocaram aqui uma vez”

Pra daí eu responder: “é, sim. EU FUI!”.

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