THRASH COM H CLASSICS
Coluna q se pretende mensal, de reprises de S.U.P. lá do “outro” blog. Com o lamento de ñ ter conseguido salvar os comentários da época. Façamo-los novamente!
Publicado originalmente em 4 de Junho de 2004:
“Jesus Killing Machine”, Voodoocult, 1994, Motor Musik/PolyGram
sons: KILLER PATROL / METALLIZED KIDS / JESUS KILLING MACHINE / BORN BAD AND SLICED! / ALBERT IS A HEADBANGER / HELLATIO / DEATH DON’T DANCE WITH ME / ART GROUPIE / BLOOD SURFER CITY / VOODOOCULT / BITCHERY BAY
formação: Phillip Boa (vocals, lyrics), Dave Lombardo (drums), Chuck Schuldiner (guitar), Dave ‘Taif’ Ball (bass), Gabby Abularach (guitar), Waldemar Sorychta (guitar), Mille Petrozza (guitar)
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Sabe o q é foda? Tem 10 anos q esse disco foi lançado, e ninguém lanço versão nacional AINDA!…
Pq a cena metal – ou o mercado heavy metal – como outros mercados ou cenas, e principalmente a partir dos anos 90, vem se caracterizando por diversas “ondas”: a leva de metal melódico, depois a onda de clones do Chatovarius (q já era duma “originalidade” entre aspas), a leva de gothic bands, com vocais masculinos e femininos alternados (vanguarda tornada vã-guarda), a onda de discos tributo, e, ultimamente, essa de óperas-rock – cheias de vocalistas os mais díspares (“Aina”, “Star One”, “Missa Mercuria”, “Avantasia”…) – ou de participação de ilustres em discos de bandas menores, ou desconhecidas, pra alavancar vendas e reconhecimento.
(Tem um certo Thalion, do Rio – alguém já tinha ouvido falar? – q tá pra lançar disco aí, com participação do Michael Kiske, de gente do Shabi e do Franga, e tal… Provavelmente banda de filhinhos de papai, q desencanou de trocar de carro, ou de pagar manicure pro cachorro por um tempo, pra investir na banda do ‘filhão’). Até reclamava disso por aqui há uns 2 meses (acho), quando falava de Franga ou Shabi disputando pra ver quem é q junta mais gente convidada nos discos ou nos shows ‘pirotécnicos’. De repente, banda boa agora é a banda q tem mais amigos, é isso?
Como comentou o Inácio por aqui certa vez, “enquanto estiver vendendo, continua”. Sim. De repente, virei tiozinho mesmo, pq sou do tempo (ih!…), em q projetos paralelos ou inusitados eram exceção, e ñ onda. Como foi o Voodoocult. Engraçado – insisto – q com essa moda atual, ninguém parece ter lembrado de lançá-lo. Venderia pra cacete!
Quem viu a formação ali acima, ñ se enganou: Dave Lombardo, Chuck Schuldiner e Mille Petrozza numa mesma banda. Ou, melhor dizendo, num mesmo disco. Pq informações a respeito foram poucas na época – a despeito dum certo auê, só li a respeito na Rock Brigade, suficiente pra me instigar, e eu acabar achando o cd (quando já tinha desencanado da busca) num balcão de ofertas na Galeria – mas deduz-se do encarte (tb pouco informativo) q as gravações foram separadas: o Mille gravou na Alemanha (e aparentemente só o som q co-escreveu, “Blood Surfer City”), o Chuck, dos EUA (gravou apenas solos em “Born Bad And Sliced!” e em “Voodoocult”), e o núcleo do projeto (Phillip, Lombardo, Sorychta, Ball e Abularach) parece ter gravado num mesmo estúdio. Na ilha de Malta.
Do pouco q saiu sobre história da banda/projeto, sei o seguinte: o tal Phillip Boa seria um vocalista alemão de pop rock, q resolveu fazer um disco de heavy metal e, pra isso, juntou/pagou o time citado acima (e o tal Sorychta já havia feito história numa banda chamada Despair, q nunca ouvi, mas q era descrita como uma cruza do Helloween com o Slayer! – alguém tem ou conhece?). Na “boa” (argh!), ficou bão.
(Ah, e q Probot o quê!…)
O som? Thrash, porra! Ainda q em afinação mais baixa, mas repleto de bases, e alguns riffs, e tendo tb a melhor característica q se podia esperar do projeto (ao menos pra mim): a maioria dos sons parece ter sido composta A PARTIR do Lombardo. Q na época estava recém saído/demitido do Slayer, e ainda ñ tinha iniciado o Grip Inc. – aliás, iniciado a partir deste “Jesus Killing Machine”: “Born Bad And Sliced!”, 1ª parceria de Sorychta e Lombardo, poderia ser até considerado o 1º som da futura nova banda. Pra dar noção da performance do cara, basta dizer q é um meio termo entre o próprio Grip Inc. e as atrocidades por ele cometidas no “The Gathering”, do Testament.
Foda!
“Killer Patrol” tb lembra um pouco o Grip; “Metallized Kids”, “Albert Is A Headbanger”, “Jesus Killing Machine” e “Hellatio” são mais cadenciadas q rápidas (as duas primeiras até meio marciais), num cd q se deixa ouvir numa boa. Tudo muito homogêneo, nada destoa negativamente. Nem asterisquei nada acima, como de costume, mas minhas preferidas são as mais rápidas e as q têm mais trampo de 2 bumbos: “Art Groupie”, “Blood Surfer City” (q poderia ter entrado nalgum Kreator), “Born Bad…” (baseada toda em grooves, únicos, de tambores com 2 bumbos) e “Bitchery Bay”, q ainda tem uma puta letra.
Sobre as letras: o tal Boa, responsável por elas, apresenta um estilo único, mesclando surrealismo, trocadilhos (mais até q o Gary Holt no último do Exodus) (embora alguns sejam ininteligíveis), ficção científica, citações literárias (Anthony Burguess, Camus, Sartre etc.) e puro mau gosto. Curto pra caralho. Exemplos: 1) refrão de “Killer Patrol” – “killer patrol/in our hatemobiles/with killer-petrol/in our hatemobiles!”; 2) “Jesus Killing Machine”, fala duma volta de Cristo, com um exército e armamentos (“giant-slot machinery”), pra exterminar a escória da humanidade; 3) “Bitchery Bay” fala duma praia habitada por putas, meio como um paraíso (“here where the bitches grow on trees”). Nos vocais, ñ compromete, até pq provavelmente sabia q ñ era a peça principal. Na maior parte, valendo-se de efeito, soa distorcido, incômodo (na boa) e até meio industrialóide, com o q ñ foge do clima do cd.
Mais obscuro ainda foi o fato de haver sido lançado, 1 ano mais tarde, um 2º disco do projeto, desta vez auto-intitulado, e sem Lombardo, Chuck, Sorychta e Mille (e com o baterista do mesmo Despair, Markus Freiwald, no lugar do hómi), q nem é tão fudido assim (nem poderia), e tem participações guitarrísticas discretas (nem poderia ser diferente) do Jim Martin, ex-Faith No More. Mais industrialzão, hardcore, eletrônico, sujão, e menos técnico q “Jesus Killing Machine”, contou tb com um tecladista (Moses Pellberg), e ainda sim se faz digno de alguma curiosidade devido a sons tais como “Welcome to A New Season Of Deathwish”, “King Of Beautiful Cockroach”, “Exorcized By a Kiss” e “Cliffhanger On a Bloody Sunday”, conservando o estilo estranho de temas/letras do Boa. Mas só por isso. O estrago cometido em “Jesus Killing Machine” ñ foi replicado.
Com tanto projeto sensacional, vanguardista ou “inspirado” de metal melódi-CU por aí, é até compreensível o Voodoocult ainda ser solenemente ignorado. Compreensível, mas fudidamente injusto.
Cássio
24 de janeiro de 2009 @ 17:06
Conheci este CD do Voodoocult na época em que foi lançado, no começo de 1994 (nos bons tempos do 2º grau…). Sempre achei esse disco muito foda, mas realmente teve pouca divulgação e o pessoal que ficou sabendo, no geral tb não se interessou muito.Tinha uma loja por aqui em Recife em q os donos trouxeram um e eu mandei gravar uma K7, que consegui preservar até o começo de 2007 (!!!). Esse CD ficou ANOS empoeirando nessa loja e acho – pelo menos eu não conheci ninguém por aqui até hoje que ao menos conehceu esse CD/projeto – que fui o unico daqui de Recife que se interessou pelo CD, mas nao tive grana para comprá-lo; acho que quando encerraram as atividades dessa loja, esse CD ainda estava por lá… No começo de 2007, encontrei um CD numa outra loja (tb tinha desencanado de conseguir um!!), zeradinho, mas num preço meio salgado ($ 40,00…), ainda ssim fiz esforço, comprei e enfim , aposentei aquela velha BASF Chrome 60…
Marco Txuca
25 de janeiro de 2009 @ 15:39
Pô, cara, bem legal esse teu depoimento!
E q me faz pensar q a molecada de agora, q pega tudo fácil na internet, nunca saberá o trampo q era conseguir algo pra gravar em cassete. Por falta de grana pra comprar o álbum, fosse em vinil ou cd.
Aquele lance, dum post ali pra trás, do dia de tributo ao blast beat (ou coisa assim), alguém deveria fazer em prol das fitas cassete. As BASF, as TDK (minhas preferidas) ou mesmo às VAT (q depois de duas ouvidas, ñ dava mais pra ouvir…)!
Tudo dando um valor ainda maior pra esses cd’s q a gente ralava (ainda ralo) pra pegar. Tenho porrada de fitas cassete e toca-fitas no carro ainda, por causa disso: gravar enquanto ñ juntava dinheiro pra pegar o álbum.
E muita coisa ñ consegui comprar até hoje! ahah
Outra coisa: acho q ñ é a 1ª vez q vc comenta aqui, né? Recife, hum? Como vc ficou conhecendo esta bodega aqui, hein??
Cássio
25 de janeiro de 2009 @ 20:10
txuca, acho que vou escrever um bocado de novo:
I)além da dificuldade pra pegar os discos, por aqui era foda até pra conseguir revistas; quando chegavam, esgotavam rapidinho (detalhe: não chegavam nas bancas. apenas em algumas lojas), programa de rádio só tinham dois, aos domingos à tarde. hehehehe…fitas VAT. lembro dessas, mas nao tive não. tive algumas muito fuleiras (de má qualidade – como dizemos aqui no NE), como a LEADER (lembra dessa??). As BASF chrome super e maxima mofavam em pouco tempo. perdi muito sons legais q tinha nessas k7 (tinha numa dessas um CD 2 em 1 do Cro-Mags que até hj não vi mais, nem na net pra baixar). já as chrome extra e as ferro eram melhores (vide o depoimentro sobre o voodoocult); tb gosto muito das TDK – algumas do começo dos 90´s, por incrivel que pareça, ainda reproduzem com qualidade razoável…mas nesses tempos atuais, tudo deve ser de altissima definição e nitidez. há poucos anos, quando eu falava em vinil ou k7, tinha cara que so faltava me dar umas porradas. hoje em dia, se fala até em voltar a fazer vinil aqui no brasil. Mas isso é um assunto pra muita tese de doutorado, temos aí as opinões mais díspares.
II) eu lia teus posts no blog anterior, e dei uns pitacos tb, inclusive num post sobre o Coroner. gosto do teu estilo. achei o blog novamente qdo eu estava procurando por uma resenha do War and Pain (Voivod), lembrei q vc tinha uma resenha dele, aí o google fez o resto.
III) cara no geral, falar de nostalgia é comigo mesmo, tenho saudade desses tempos , mas hoje em dia ficou mais fácil conseguir muita coisa que eu nem imaginava mais. mas, sempre que possivel (qdo tem um preço razoável), ainda curto comprar um vinil, um CD, é algo ainda especial pra mim, abrir, ver as fotos, informaçoes e tudo mais. é uma sensação que as geraçoes mais novas naõ tem interesse em conhecer, devido às comodidades modernas…acho que é por aí. valeu e desculpa pelas longas divagações.
Rhatto
25 de janeiro de 2009 @ 20:47
Salve galera me metendo nesse papo de velho haha sou mais novo aki, 23 anos, mas sou nostalgico com relação ao vinil que de metal mesmo vi poucos.
Mas o canal pra chegar as bandas pra mim era outro, sem grana pra internet com velocidade era o Furia MTV, VHS na cabeça. Tenho ate hoje, especial Kreator, Megadeth, Metallica e mais uma pancada.
Nevermore, rammstein, Exodus, Machine Head …. e mais uma pancada conheci atraves do programa que tinha ate uma abertura legalzinha.
de terça pra quarta a meia-noite, se nao me engano, era sagrado.
fora isso deixo uma anomalia
http://br.youtube.com/watch?v=w9LaB9dq4Rw
5 malucos que cantam metal, todos os instrumentos, menos a batera.
A musica em questao e battery….. e… estranho mas legal.
Marco Txuca
26 de janeiro de 2009 @ 02:49
Rhatto e Cássio:
ñ tem q pedir desculpas porra nenhuma. Isto aqui é espaço pra divagações e ponto final.
Acho q meu saudosismo entra um pouco no do Cássio, um pouco no do Rhatto. Pois ñ fui da época de comprar fitas cassete pirata na Woodstock (se bem q tenho o “Exit… Stage Left”, do Rush, em VHS copiado de Laser Disc de lá até hoje. E se vê bem ainda), mas gravei muita coisa do Fúria Metal ou da Mtv.
O especial Kreator foi do show aqui em 1991, 1992, né? No Ginásio da Portuguesa, com Ventor errando feio em “Brainseed”, e Frank Caloteiro metendo Morricone no solo de “Extreme Aggression”. Tenho o 1º Monsters quase tudo, incluindo o Sabbath porco com Tony Martin fodendo todas as músicas, inclusive as “dele” (“Headless Cross”, com o Iommi nem se agüentando e RINDO do cara!)…
Quanto à busca por aqui, Cássio, agora vejo q me lembro de vc. “War And Pain”… de repente repriso essa resenha. [A propósito, o post ali abaixo sobre o Dvd do Voivod, cê viu? Tem o Dvd?] Ou a do Coroner, q em minha memória foi das melhores q já consegui escrever!
Pintem sempre aqui, porra!
Essa “Battery” aí, já tinha visto, xará indígena. Legalzinha. Por outro lado, sobrando pras maledicências – e me desculpando de ñ haver posto nas “previsões” – agüarde Van Canto como atração magnânima desse Wacken Brasil, q ñ vai ter Iron, nem Motörhead, nem Heaven & Hell, nem Morbid Angel, nem Benediction, nem Agua de Annique, Metallica, Kiss, nem AC/DC.
Vai ter o q, afinal, fora o monte de lugar vazio? ahah
Cássio
26 de janeiro de 2009 @ 11:33
txuca e rhatto
I) saudoso fúria metal mtv! aquela abertura eu achava muito foda!!! quando a mtv chegou aqui em recife (1991/1992), rolava na madruga de segunda pra terça; a imagem UHF era ruim pra cacete na TV que tinha na minha casa, mas valia a pena; era o único espaço pra ver thrash, death e por aí vai. foi num desses programas que vi pela 1ª vez o Voivod – clip de Astronomy Domine – q tá no nothingface – como conseguir essa perola ainda era impensavel pra mim (hoje tenho o vinil) , vejam o q eu fiz: fiquei ligado na reprise do programa e como video K7 ainda era outro sonho, coloquei um gravador pra pegar o áudio da tv (!!!), apelando pra nao ter barulhos em casa ou na rua. acabei fazendo isso muitas vezes pra outros sons, até pra mostrar pra o pessoal daqui que tb gostava, mas o sinal da mtv nao chegava até suas casas. depois, começaram a chegar mais CDs / LPs e pude conehecer melhor mais sons…vou parar por aqui, ja ta na hora de tomar meu remedio pra reumatismo e ir jogar dama ali na praça. hehehehehe.
II) o DVD do voivod nao assiti ainda, mas li muitos comentários que deixa muito a desejar…por aqui ainda ta´muito caro (já vi por $ 45,00). o jeito vai ser pegar piratao mesmo quando eu o vir por aí.
III)é uma merda a mtv ter se tornado emotv, questões de grana pra eles, vai saber…o foda é que aqui no Brasil , internet rápida é uma das mais caras e piores do mundo. não penso nem em investir nisso. voltando a emotv, é uma merda eles nao darem mais espeço pro metal por lá. como a net ra´pida ainda é pouco acessível, fica ver ou rever os clips que gostamos. o jeito é apelar pros dvds piratas que circulam por aí.
IV) por fim, falando em dificuldades e pirataria, nesse fds asssisti o dvd q o kreator relançou do show historico de Berlin/1990. tem um documentário falando um pouco sobre o contexto da época e sobre como a gaelra da alemmanha oriental se virava pra conseguir discos e informação. porra, as coisas por lá eram MUITO piores que aqui nesse sentido. os caras pagavam caro até por cópias de matérias de revistas! PQP!!!
V) amigos, abraços e até a próxima!!
Marco Txuca
27 de janeiro de 2009 @ 00:37
Mas é isso, Cássio: os tempos mudaram, a tecnologia mudou, mas os aperreiros continuam. Os mesmos.
Quem ñ tem internet acaba lascado, sem acesso a uma pá de coisa. O dvd do Voivod, por exemplo. 45 conto tá muito caro; paguei 30 e achei caro.
Mas os clipes acessam-se facilmente no You Tube.
Muito legal essa história aí de gravar o áudio da tv pra poder ouvir o som. Ñ sei se a molecada com iPod consegue ter o mesmo apreço. Enchem a bagaça de sons, pra ñ ouvir nenhum com maior atenção.
Música virou música de fundo, ao passo q conosco é trilha sonora da vida. Tem uma grande diferença entre uma e outra.
Rodrigo Gomes
27 de janeiro de 2009 @ 11:03
“Enchem a bagaça de sons, pra ñ ouvir nenhum com maior atenção.”
É aquilo que eu ouvi outro dia, essa geração de hoje tem muita informação mas pouco conteúdo. Querem ouvir um disco de uma banda X? Vão na internet e em meia hora baixam. Quando eu era moleque, eu tinha que ficar o mês inteiro economizando o dinheiro do lanche na escola e voltando a pé pra casa pra conseguir comprar um disco. Era um ritual comprar um LP e depois o CD, ficar viajando na capa, lendo o encarte, vendo todos os nomes nos “special thanks”, essas bobeiras. Tô ficando velho também, isso é uma merda, hahaha.
Marco Txuca
27 de janeiro de 2009 @ 11:14
Cara, ñ vejo tanto problema em ficar velho assim. Se a “velhice” significar consistência. Ser anti “muita informação, pouco conteúdo”.
Porque essa gente tecnofílica está aí meio q nos testando pra ver o quanto abrimos mão de nossas convicções ou rituais musicais etc. Eu acho q ñ precisa.
E é uma gente q, como acho q já comentei aqui no blog, chega nos orkuts da vida fazendo as perguntas mais idiotas, sem saber anos de lançamento, cronologia das músicas, formações q mudaram ou ñ, essas coisas q são tudo, menos “bobeira”.
Pelo menos pra mim, ñ.
Teve um basbaca desses q uma vez limei lá duma comuna do Motörhead, (voltando ao caso q ñ lembro se contei por aqui) pq perguntou se o Ramones tinha surgido DEPOIS do som do Motörhead.
E ñ perguntou pra tirar sarro.
Cássio
27 de janeiro de 2009 @ 12:03
txuca, rodrigo e rhatto
mais uma vez, concordo com tudo o que vcs escreveram há pouco.
acredito que não somos contra a evolução da coisas da vida e da tecnologia, apenas contra a falta de conteúdo e a vontade de conhecer mais do pessoal que tá chegando agora, mais ou menos isso, certo?
realmente, a música é a “trilha sonora de nossas vidas”, lembro com carinho dos perrengues pra comprar uma revista, um disco, às vezes atravessar a cidade pra tentar pegar emprestado um LP/CD de um “amigo do amigo” pra gravar uma fitinha K7, acahar uma posição da antena pra assitir o fúria metal e por vai…
mas a tecnologia evoluiu, inúmeras coisas sao mais fáceis hj em dia, porra, comprar aquele vinil importado, tão sonhado, que na maioria das vezes o lojista só trazia um e ficava sem vendê-lo, so ganhando $$$ em cima das gravações de fitas era como ganhar uma copa do mundo… nao consigo achar as palavras certas, mas digo que tenho saudade por ter marcado parte da adolescencia, poucas preocupações, etc, mas eram muitas dificuldades, das quais não sinto a menor falta, mas que serviram pra fortalecer o que sentimos quanto à música que gostamos e muito do que está envolvido com ela. acho que é por aí. e vcs?
Rhatto
27 de janeiro de 2009 @ 21:59
O que eu realmente acho chato, e pode soar cliche ou pose de artista e o pessoal tratar a musica como barreira pro barulho.So pra fazer fundo sem prestar a atençao igual o txuca falou.
Eu lembro que eu comprava mais ou menos um cd por e mes, com sorte. Entao eu ouvia a parada ate decorar, lia encarte, decorava ordem das faixas. Pura nerdice, mais junto com isso eu digeria melhor a banda, pegava conceitos, caracteristicas e tudo mais.
Hoje eu sou um viciado em MP3. Lembro de uma banda e baixo a discografia toda. Tanto que tenho mais 20 gb so de musica no PC. Mas eu nao consigo pegar um repertorio de um cd e ouvir. De cara eu ja escolho as musicas que me agradam em duas ouvidas nao apreendo a escutar as outras. Exemplo Faith no More, me apeguei a umas 5 musicas por Album e nos ultimos nem isso. O resto eu nem dou atenção.
MAs esse e o futuro ne? Pegar tudo mastigado, ate musica. Estilo, visul…
Ai eu me pergunto e pergunto pra voces. Dança do Creu vai ser trilha sonora do que?? Orgia da Facul? Ou punheta dominical?
A facilidade que a tecnologia trouxe, fora o detalhe de ter banalizado tudo, acho que so trouxe beneficio.
Bom na verdade sem tecnologia nem estariamos tendo essa conversa ahhaa
Marco Txuca
28 de janeiro de 2009 @ 02:23
Então, Cássio, acho q a pegada no q estamos conversando é justamente isso: certa saudade, mas ñ aquela nostalgia de “no meu tempo era melhor”.
Acho q APRENDEMOS a gostar de música. Vejo moleque ouvindo música, sem prestar atenção direito, pq o barato é ter iFod.
Rhatto: teu depoimento (parece coisa de AA isso ahah) é bem no q vimos conversando. A atenção dispersa na medida em q a informação aumenta. Vá mais fundo no Faith No More, sobretudo no “King For A Day, Fool For A Lifetime” (vc leu a resenha q fiz dele por aqui, por sinal??)…
Quero discordar de tua idéia de futuro. Ñ acho q precise ser “pegar tudo mastigado”. Pq tem tb um outro ponto: há trocentas bandas hoje em dia, 80% descartáveis. Mas leva tempo pra conseguirmos separar alhos de bagulhos…
Dança do Créu acho q ñ vai ser trilha sonora de nada. Quem “gostava”, já esqueceu. Se bem q tenho um PUTA medo de quando surgir o movimento revisionista/saudosista desses anos 00…
Vai ser um tal de tiazinha esclerosada e varizenta tentando dançar na boquinha da garrafa… ugh! Ou ñ?
Será q é o tipo de som q suscitará alguma boa lembrança, como as q a gente vem evocando por aqui??
*****
Mas queria tb puxar o Voodoocult mais pra conversa. E ae?
Lembro q a galera no HELL CLUB 666 recentemente meio q falou mal de “Jesus Killing Machine”, e Louie anda meio sumido. Q me diz, mermão??
Cássio
28 de janeiro de 2009 @ 13:50
txuca e rhatto
I)falando novamente sobre o voodoocult:
o debate sobre a nostalgia me fez esquecer da falar que tb tenho o 2º disco!! puta merda!!!
II)recentemente consegui uma cópia do 2º CD – a mesma situação do 1º: estavado numa outra loja daqui, esquecido, empilhado e empoeirado no meio de tantas outros Cds interessantes…como sempre gostei de “garimpar” coisas como livros, CD/LPs, revistas, etc; falei com o dono sobre o preço: o camarada me pediu 45 pilas irredutíveis devido à raridade e tal, mas achei que desta vez nao valeria a pena, devido ao estado de conservação do CD e dos encartes. apenas fiz uma cópia e tirei tb uma cópia do encarte. acho que é um registro muito interessante; mais esquisito e mais eletrônico, mas pra mim, não deixa a desejar quanto ao primeiro, apesar de não contar com todo o “Dream team” deste. SE não me engano, tem uma versao do 2º com uma faixa a mais em relação a que eu tenho – “death of a kung – fu fighter” , que consta a letra no encarte, mas não tem a musica na versao que consegui.
III)txuca, quanto ao revival dos anos 00…cara, acho que não vai demorar não. até um dia deses, tava um oba-oba da porra sobre os 80´s, festas TRASH e por aí vai. rolou até por aqui em Re(hell)cife, com direito à paquitas (ex -xuxas, caidonas, kkkkk), simony (aquela do ursinho pimpão e mulé de bandido) e outros da mesma laia. até que deu uma caída essas coisas. Outro dia, eu estava em uma livraria e já me deparei com um “almanaque dos anos 90”. daqui a pouco, começarão os revivals dos 90`s e logo começarão os dos anos 00 tb. puta que pariu !!! vade retro!!!
IV) abraços a todos e até a próxima