DESANCANDO DORO
Grata surpresa fuçar o whiplash há pouco e encontrar uma matéria sobre ainda o recente box (relançado novamente, a la Stars, ou apenas uma resenha atrasada? Isso ñ entendi) de Doro Peste, feita por um certo Ricardo Seelig.
Na linha ali descrita “Doro: artista mediana, esforçada, gente boa e gostosa”.
O tipo de texto, de resenha, q eu jejuaria 10 dias pra escrever. O tipo de texto q se eu fosse dono dalguma revista daria jeito de comprar e publicar (dando crédito, claro). Pq excede o “produto” em si, contendo referências outras e dizendo a respeito de muita coisa no atual estágio de truezices e equívocos headbangers. Pelo jeito, ñ só tupiniquins.
E q é, modestamente falando, um dos escopos constantes aqui no Thrash Com H. Uma hora eu acerto!
Segue um trecho abaixo. Pra quem ñ tiver preguiça, procure-se o link inteiro:
Doro Pesch é um exemplo clássico de como a escolha por uma estética mais tradicional na forma de fazer e vender a sua música influencia o modo como ela é avaliada pelos críticos e consumida pelos fãs. Se transferirmos esse raciocínio para o mundo da propaganda, é como se artistas como Doro tivessem o seu lado institucional muito bem trabalhado, com campanhas publicitárias que constantemente lembrassem ao seu público o quanto ela á verdadeira e ama o que faz, prejudicando uma análise imparcial e fria de seu trabalho atual.
Doro Pesch, por mais esforçada, gente boa e gostosa que possa ser, não passa de uma artista mediana, que faz, e sempre fará parte, do segundo escalão da música pesada mundial. Não possui o brilhantismo e o algo mais que poderia tirá-la desse nicho, colocando seu nome lado a lado com ícones metálicos, e essa fraqueza é algo que a própria Doro sabe e conhece muito bem em seu trabalho, tanto que procura compensá-la posando ao lado de artistas que agregam valor e credibilidade a sua arte, como, no caso desse DVD, fez com Lemmy, Udo e Blaze (tudo bem, esse último é questionável …). Podem me apedrejar, mas a lógica mercadológica de Doro é a mesma de grupos como o Manowar, auto-intitulados “reis do metal” mas donos de uma discografia que não sobrevive a uma análise mais profunda de qualquer crítico musical que leve o seu trabalho com seriedade.
Do outro lado da moeda, essa maneira de enxergar a música faz com que artistas que ousam trilhar caminhos inovadores não tenham o seu trabalho devidamente reconhecido pelos fãs ortodoxos do estilo. O preconceito contra a inovação faz com nomes como System Of A Down e Slipknot, só pra ficar entre os mais conhecidos, não sejam considerados “verdadeiros” e dignos de executar uma música tão “especial” quanto o heavy metal, apesar de terem lançado discos excelentes no decorrer de suas carreiras.
Onde eu quero chegar? No seguinte paradoxo: se você for “verdadeiro” e andar com as pessoas certas, a qualidade do seu trabalho fica em segundo plano.
E por aí foi e vai.
E só um adendo: pra mim, Doro JÁ FOI gostosa. Está conservada, bonitinha (disfarça a idade sempre saindo desenhada em capas recentes, repararam?), uma tiazinha diferenciada. E só.
sidola
25 de setembro de 2008 @ 09:49
devo concordar com a resenha e com vc, a Doro é isso ai mesmo…
Rodrigo Gomes
25 de setembro de 2008 @ 12:52
tiazinha diferenciada, hahahahahaha.
Tucho
26 de setembro de 2008 @ 14:45
Concordo também. E por sinal, aqui coisas assombrosas como Tauros, Comando Nuclear e etc, tem o mesmo tipo de veneração. Malditos trues. Só gosto do Txuca- mesmo ele não gostando de At the Gates- pq ele me mostrou os discos do Zappa. 🙂
Marco Txuca
26 de setembro de 2008 @ 14:55
Das bandas q tentam (ou tentaram, sem sucesso) imitar o Slayer, o At the Gates pra mim é a mais anêmica.
(ou será q ouvi o álbum errado? Só conheço o “Slaughter Of the Soul”)
Até mais q o Korzus, q era um scanner do tempo em q o scanner ainda ñ existia.
Valeu pelo afeto ae, miguxo!
André
2 de junho de 2013 @ 23:11
Na boa, falar que Manowar e Doro(bandas invisíveis fora do mercado metálico)atrapalham o reconhecimento de bandas como System of a down e Slipknot(esta, de qualidade tão discutível quanto um Manowar), perante os “fãs ortodoxos do estilo”, é piada.